Beatriz POV:

“- Apenas – ele sussurrou no meu ouvido.”

 Ele saiu correndo e eu o segui. Chegamos numa área onde as tendas eram fechadas, cada tenda tinha um nome diferente. Entramos numa que tinha o nome “Red” desconfiei por um momento. Quando entrei era uma tenda com umas cadeiras parecidas com aquelas cadeiras de bronzear sendo que elas eram acolchoadas, tinham pétalas de rosas por toda a areia e tinha um refrigerador pequeno de onde Harry tirou um champanhe e abriu, essa era a intenção dele. Embebedar-me e me corromper. Ele serviu duas taças e me ofereceu uma.

- Não, obrigada. – ele riu.

- Não confia em mim? – não.

- Sou menor de idade.

 Ele levantou uma sobrancelha desconfiado e eu disse:

- Ok – e tomei a taça da mão dele. Dei um gole.

- Você tem medo de mim. – ele afirmou fitando a taça nas mãos dele.

- Não tenho não! – disse com raiva.

- Não? – ele pôs o copo dele em cima do refrigerador e tirou o meu da minha mão e fez o mesmo. Ele me encostou numa bancada e ficou muito próximo de mim. Eu ouvia sua respiração, sentia seu hálito na minha pele.

- E agora? – ele sussurrou no meu ouvido. Não respondi nada apenas virei o rosto, ele colou o corpo em mim e beijou meu pescoço, oque fez os pelos da minha nuca se eriçarem – E agora?

 Puxei-o para mim, e o beijei na boca. Ele correspondeu, ele passava as mãos nas minhas costas. Eu acariciava as costas dele, e todo canto que ele me beija parecia que eu estava pegando fogo. Tirei a camisa dele e examinei seu corpo, musculoso e bem definido, ele deu uma risada e começou a tirar minha blusa à medida que ele ia tirando ele beijava meu abdômen nu. Eu suspirava de prazer, ele beijou minha boca e começou a passar a mãe dentro de minha saia. Uma das minhas mãos desceu em direção a sua bermuda, senti aquele órgão ereto. O toque de minha mão fez Harry arfar de prazer e me beijar com mais fogo, desabotoei a bermuda dele e ele me colocou em uma das cadeiras e disse:

- Você tem fogo garota. – e voltou a me beijar. Escutei alguém gritando meu nome, empurrei Harry e vesti minha blusa, enquanto Harry colocava de volta a blusa dele alguém abriu a tenda enquanto chamava meu nome:

- Bia! Ahn – era Scott, ele fitou Harry um pouco desajeitado colocando tudo no lugar – estávamos de procurando, as meninas estão voltando para a cabana e querem saber se você quer ir.

- Ahn – fitei Harry e depois olhei para e Scott – claro, vou agora.

 Segui uma parte do caminho de volta a festa calada quando Scott disse:

- Thayer gosta de você. – ele não me olhava.

- Não conte isso a ele, por favor. – implorei.

- Você sabe que eles vão descobrir não é verdade? – agora ele me olhava sério.

- Sei, só preciso de um tempo, para descobrir oque sinto direito por cada um.

- Sugiro que descubra rápido.

 Esso foi a ultima coisa que foi dita durante o caminho de volta.

Harry POV:

- Você tem fogo garota. –eu disse e voltei a beija-la. Escutei alguém gritando o nome de Bia, ela me empurrou e vestiu a blusa, enquanto eu colocava de volta a minha blusa alguém abriu a tenda enquanto chamava pelo nome dela:

- Bia! Ahn – era um garoto de olhos escuros, ele me fitou – estávamos de procurando, as meninas estão voltando para a cabana e querem saber se você quer ir.

- Ahn – Bia me fitou – claro, vou agora. – ela continuou

Droga! Finalmente tinha conseguido, esse menino resolve aparecer. Bia saiu da tenda um pouco desajeitada, quem era aquele menino? Assim me arrumei todo saí da tenda e os vi caminhando na minha frente a alguns metros de mim, eles conversavam tranquilamente. Assim que cheguei na festa eles ainda estavam lá, fui até Anne e perguntei:

- Quem é aquele menino? – apontando para o menino de olhos escuros junto de Bia.

- Scott – Anne respondeu desinteressada – ele é amigo de Thayer.

- Bom saber.

- Porque quer saber? – ela estava me provocando, só podia.

- Não é da sua conta. – pisquei o olho e saí, encontrei Liam conversando com umas garotas, fui até lá para me juntar a conversa.

Beatriz POV:

 Quando chegamos na festa procuramos as garotas, vi Harry chegar um pouco depois e ir em direção a uma garota loira de olhos escuros, era a menina com quem ele feito stripp, ele olhou em minha direção, desviei o olhar. Quando voltei a olhar ele estava indo para direção de Liam.

- Bia! – gritou Carol acenando e balançando as mãos. Adrianna estava do lado dela, e Thayer logo atrás.

- Então, vamos? – perguntei.

- Ér... – começou Carol – Nós meio que mudamos de ideia, vamos ficar para o luau.

- Luau? – perguntei.

- Sim, uns amigos de Thayer vão tocar violão, acender uma fogueira, vamos? Por favor? – fiz uma careta.

- Vai ser legal. – garantiu Thayer.

- Ok, eu vou. – disse desistindo.

[...]

 Tinha alguns troncos de árvores umas bebidas no chão, um garoto tocando violão. Nós sentamos, e Tyler chegou mandando uma enxurrada de ideias quando Thayer o interrompeu:

- Fala devagar cara.

- Que tal fazermos o jogo do “Eu não...”? – Carol levantou a sobrancelha – Cada jogador vai falar alguma coisa que nunca fez e quem já fez dá um gole na cerveja.

 Todos concordaram com a ideia. Thayer foi buscar as cervejas e entregou uma para cada pessoa.

- Quem começa? – perguntou Thayer.

- Tem espaço para mais alguns jogadores? – perguntou Harry, que apareceu do nada com o resto da banda.

- Claro que tem! – gritou Tyler entusiasmado. Todos se sentaram ao redor da fogueira. E uma garota que não conhecia falou:

- Eu nunca beijei uma garota.

 Todos os meninos beberam e uma menina loira, baixinha bebeu.

- Você já beijou uma garota? – perguntou Louis incrédulo.

- Sim – ela falou rindo.

- Você é lesbica? – perguntou Scott.

- Não, foi um período ruim da minha vida, eu me envolvi com drogas. – todos a fitavam surpresos.

- Minha vez. – disse Tyler – Eu nunca quebrei o nariz de ninguém.

 Scott e Thayer beberam.

- Vocês já quebraram o nariz de alguém?

 Thayer riu e fez que sim com a cabeça.

- Um mendigo veio me assaltar, então eu dei um soco nele e sai correndo. – ele deu de ombros.

- Quebrei o nariz de um menino da escola quando eu tinha 16 anos, ganhei uma medida restritiva. – ele se divertia com a história.

- Por quê? – perguntei sem acreditar.

- O idiota ficava assediando as meninas e as mulheres que trabalhavam lá, ele se achava. E também porque eu sempre tive vontade de dar um soco nele. – Scott riu e todos riram junto com ele.

- Oque aconteceu com ele? – perguntou Carol.

- Ele era menor de idade, então só ganhou algumas sessões de psicólogo.

- Minha vez! - disse Adrianna – Eu nunca mergulhei no mar pelada.

 Thayer, Harry e algumas meninas beberam.

- Qual a sensação? – perguntou Adrianna.

- Maravilhosa – disse Harry, que me fitou com um olhar maliciosamente convidativo.

- Que tal experimentar? – perguntou Tyler fitando Adrianna.

- Não obrigada. – ela respondeu dando um sorriso de canto.

 O jogo foi bem divertido, depois terminamos e só ficamos cantando e tocando violão. Escutamos alguns brasileiros pedindo por música brasileira, o forró começou a tocar e eu arrastei Carol pra dançar. Um menino moreno, alto, bonito me chamou pra dançar, e é claro, eu aceitei. Não ia perder a chance de me divertir. As pessoas nós encaravam tentando absorver os passos de dança e alguns até tentavam dançar. Quando acabou a música voltei para Adrianna e o grupo que me olhavam surpresos.

- Oque foi? – perguntei, notei que Carol não estava comigo, ela estava dançando com um menino.

- É isso que toca no Brasil? É isso que vocês dançam? – perguntou Adrianna.

- Sim, por quê? – perguntei rindo eu estava suada.

- Meio complicado. – ela disse.

- Não é complicado!

- Como quiser, vamos para a cabana? Estou cansada.

- Claro, vou falar com Carol.

  Carol pediu para ficar mais um pouco e eu e Adrianna voltamos para a cabana. Eu estava muito cansada, dormi logo, nem vi a Carol chegar à cabana. Não aparecemos no café da manhã, dormimos até tarde. Quando deu onze horas ouvimos novamente o badalar do relógio.

- Acordem garotas – disse Adrianna se arrastando até o banheiro.

- E ai como foi ontem à noite? – perguntei a Carol que me olhou com um olhar de malicia.

- Foi ótimo – ela disse com simplicidade.

- Foi ótimo? Foi... ótimo? – perguntei - Sua vadia, conte os detalhes! – disse atirando o travesseiro nela.

- Só se você me contar onde estava ontem... – ela disse – e com quem. – ela me olhou com um sorriso maligno.

- Certo! Sua cobra! Estavam numa das tendas fechadas – titubeei um pouco e continuei – com o Harry!

- Oque aconteceu? – ela disse quase voando em mim.

- Hm, só conto se você disser o que fez ontem...

- Ok! Sabe aquele moreno que estava dançando com você?

- Sim... – falei fingindo-me desinteressada.

- Então, ele me chamou pra dançar e rolaram alguns beijos, só. E você e o Harry? – ela perguntou curiosa.

 Contei a ela o que tinha acontecido, omitindo apenas alguns detalhes.

- Mas não comente com ninguém, certo? – pedi.

- Tudo bem, sou sua melhor amiga, lembra? – ela falou convencida.

- Convencida!

- Eu sou mesmo!

 Começamos a rir diante a “modéstia” dela. Quando as três ficaram prontas fomos para o Salão de Refeições para almoçar. Chegando lá nós sentamos na mesa de sempre e nos servimos.

- O que vamos fazer hoje? – perguntei.

- Daqui a pouco os coordenadores vão dar uma palestra com algumas orientações. E depois temos o dia livre. – disse Naomi.

- Ah! E oque nós vamos fazer? – perguntou Carol.

- Os meninos vão com uma turma pra uma cachoeira perto da Vila 14, não é? – Naomi perguntou a Thayer, eu percebi que Scott não estava na mesa, ele geralmente ficava calado.

- É. – ele falou ligeiramente mais interessado na comida.

- Cadê Scott? – perguntei.

- Foi almoçar em outra mesa hoje. – respondeu Thayer com um sorriso encantador.

 Terminamos o almoço e fomos até um auditório enorme com varias poltronas vermelhas enfileiradas, ficamos perto do palco e os meninos logo atrás. Avistei Harry com o resto da banda algumas fileiras na frente, aqueles cachos eram inconfundíveis, ele virou para trás para dar uma olhada no ambiente e me pegou fitando ele, sorri de canto e ele devolveu o sorriso. Percebi que Adrianna me olhava, olhei pra ela e perguntei:

- Oque?

- Hm, você e o Harry, já notei. – arregalei os olhos – Relaxa, ninguém vai ficar sabendo. – ela piscou o olho. E eu relaxei, claro que eu confiava em Adrianna.

 Ficamos uma hora lá enquanto um coordenador dava uma palestra que parecia, pelos menos pra mim, inacabável. Quando ele terminou ele disse:

- Liberados. – todos praticamente saíram correndo, ri da situação. Nós três andamos calmamente até a Vila 14, entramos numa trilha dentro da mata depois de alguns metros de caminhada já se podia ouvir o som da cachoeira. A cachoeira era enorme e tinham várias pessoas, algumas meninas estavam até de biquíni mergulhando.

 Vimos Thayer correndo sem camisa e todo molhado vir falar conosco.

- Ei! Vocês vieram! – ele disse abrindo os braços. Ele estava muito alegre, livre, e sem camisa. Me perguntei se tinha entrado água pelo ouvido.

- Ahn, eu achava que a gente ia só conversar e brincar, não imaginei de seria tipo uma festa na cachoeira. – disse Adrianna balançando as mãos e fazendo caretas, nós estávamos na frente da cachoeira e quando as pessoas pulavam a água respigava em nós.

- Sério? Pois é vai ser tipo uma festa na cachoeira. – disse Thayer imitando os gestos que Adrianna tinha feito. Adrianna bufou e Thayer a empurrou dentro da cachoeira, eu e Carol começamos e rir feito loucas enquanto Adrianna resmungava e jogava água em Thayer. Ouvimos alguém gritar o nome de Thayer, quando virei era Tyler eles se cumprimentaram. Mas Tyler não estava sozinho ele estava com alguns garotos, Harry e Louis. Vi que Thayer fez cara feia quando viu Harry, ainda não entendi a rixa deles.

- Vou dar uma volta, ok? – Carol disse.

- Ok, eu entendi o sentido de volta. – falei olhando para o brasileiro com quem Carol tinha ficado noite passada.

- Que ótimo! – retrucou Carol cinicamente.

- Vai ficar ai sozinha? – perguntou Thayer pondo a mão molhada no meu ombro.

- Não. – falei rindo.

- Quer dar um volta? – ele perguntou muito inocente. Fiz que sim com a cabeça.

 Seguimos um pedaço da trilha em silêncio quando arrisquei perguntar:

- Porque não gosta do Harry?

- Ahn – ele gaguejou, ele estava desconfortável – É que... Eu apenas não gosto dele. É difícil de explicar.

- Mas... – comecei a falar, mas ele segurou meu rosto com carinho e me fitou com aqueles lindos olhos azuis.

- Não vamos falar disso, por favor.

- Tudo bem. – falei dando um sorriso de canto e segurando as mãos dele. Nós voltamos a caminhar.