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Assim que todos os alunos da grifinória já haviam se deitado, eu fui para o meu dormitório e fingi dormir até que Lilá e Parvati estivessem dormindo, elas até que eram legaizinhas mas sabiam ser umas fofoqueira que só Merlin na minha vida. Assim que elas começaram a roncar – sim, elas roncavam e muito -, chamei a Hermione para descer comigo para o salão comunal. Assim que descemos nos sentamos no sofá, e ela perguntou:

_Belle, porque me fez descer para o salão comunal agora?

_Preciso te contar uma coisa sobre os colares, que papai me deu. – expliquei a ela.

_Oh, sim. E o que é? – perguntou curiosa.

_Na carta ele disse que deveríamos escolher uma palavra, ou uma frase que só nós soubéssemos para que o colar só funcionasse em nós duas. E precisamos escolher o mais rápido possível, porque eu vi que você ficou preocupada hoje quando demorei para voltar, quanto mais cedo escolhermos mais cedo não teremos que nos preocupar uma com a outra atoa. – disse.

_Tem razão, mas o que seria? – perguntou, pensando em algo.

_Não faço ideia... Já sei! Olhar de onça! – disse e ela me olhou confusa. – Quem te chama assim? Só eu. Agora uma coisa que só você me chama...

_Pequena travessa. Era como mamãe e papai te chamava quando era pequena, bom chama até hoje. – disse ela rindo.

_Olhar de onça, eu uso para te procurar. E pequena travessa você usa para me procurar. – disse a ela. – Agora vamos pegar os colares e nossas varinhas.

Pegamos os colares e as varinhas. Eu segurei o colar dela e ela o meu.

_Olhar de onça! – disse e passei a varinha por cima do colar dela, que brilhou na mesma hora e abriu, eu o fechei e entreguei a ela para que ela o pendurasse no pescoço novamente.

_Pequena travessa! – ela disse e passou a varinha por cima do meu, que como o dela brilhou e abriu. Ela fechou-o  e me entregou, pendurei ele novamente no pescoço.

_Vamos tentar. – disse meio nervosa. – Olhar de onça!

Ele abriu e onde estavam as fotos, apareceu uma telinha que mostrou uma visão do alto do salão comunal e ela sentada, e escrita em baixo estava “Salão comunal, Grifinória”.

_Minha vez. – disse ela empolgada. – Pequena travessa!

O dela abril e apareceu a telinha que como o meu mostrou a visão do alto do salão comunal onde eu estava sentada, e escrita em baixo “Salão comunal, Grifinória”.

Ficamos perplexas pela magia que havia naquele colar e muito contentes por saber onde estaria a outra se precisássemos nos procurar.

Depois subimos para o dormitório, dei boa noite a Manchinha que estava em sua gaiola e para a Hermione que estava deitada na cama. Não sei ela, mas eu mal consegui dormir de tão eufórica e feliz que estava com o presente que ganhara do meu pai naquele dia.

Agora ela não precisaria ficar preocupada comigo, e nem eu com ela. Só não poderíamos contar a ninguém sobre as frases e torcer que ninguém as descobrisse. Fiquei pensando no que o Nick havia me falado, sobre eu não ter vergonha do meu pai, que ele era um grande bruxo, que havia ficado na grifinória ao contrario do resto de sua família, que ele era muito bagunceiro, isso me fez sorrir.

Eu podia ser idêntica a minha mãe, cabelos pretos e lisos, olhos azuis como safiras. Mas o meu jeito era o do meu pai, eu era talentosa – modéstia a parte – e muito bagunceira, como meus pais diziam eu era uma pequena travessa. Isso me fez voltar o pensamento para o colar que eu usava agora, usava o que havia ganhado dos meus pais, que era um pingente de coração com a letra A gravada. E o que meu pai havia me dado que era uma espécie de rastreador. No mundo dos bruxos cada dia era uma nova surpresa.

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