[LEIAM AS NOTAS INICIAIS]

Fiquei vagando pelo castelo sem saber por onde estava indo, quando me deparei com o Nick Quase Sem Cabeça, ele estava conversando com o fantasma da Corvinal, a Dama Cinzenta. Ela não gostava de ser chamada assim, gostava de ser chamada de Helena, mas poucos a chamavam assim.

_Olá senhorita Annabelle. – cumprimentou-me o Nick.

_Olá senhor Nicolas, e senhorita Helena. – não queria provoca-la. E como ela era tímida apenas me deu um aceno com a cabeça.

_Helena, nós conversamos depois. Queria conversar um pouco com a senhorita Annabelle. – despediu-se ele. E ela desapareceu de vista. – O que houve senhorita? Está abalada com algo?

_Não é nada demais não senhor Nicolas. – o tranquilizei.

_Se está abalada, é algo demais, sim. – insistiu ele. – Pode confiar em mim.

_Tudo bem. –disse vencida. – É que o professor Dumbledore me deu o presente que meu pai havia deixado para mim. Só que eu sinto saudades dele, mesmo nunca tendo o conhecido, ou melhor, mesmo que eu não o veja desde o meu primeiro ano de vida. E sempre que recebo uma carta dele, ou algo que me lembre de ele eu fico desse jeito.

_Eu sei que o seu pai é o Sirius... - e completou ao ver minha cara de espanto. – Mas, não se preocupe eu não irei contar para ninguém. Mas, não deveria sentir vergonha de seu pai, ele foi um bruxo excelente, de toda a família dele ele foi o único que ficou na Grifinória. Mesmo ele sendo muito maroto, ele era um grande bruxo. E a senhorita herdou as duas coisas dele.

_Eu não tenho vergonha dele senhor Nicolas, eu tenho medo de que todos zombem de mim, por ele ter me deixado. – esclareci.

_Pois, isso deveria te deixar orgulhosa. Sei que assim parece difícil, mas ele a deixou para que a senhorita ficasse a salvo e não corresse perigo. Eu me lembro daqueles tempos, foram horríveis, todos tínhamos medo. Até mesmo nós, os fantasmas, que não temos nada a temer. Afinal, já estamos mortos mesmo. – disse ele fazendo piada, o que me fez rir. – Agora é esse sorriso que quero ver sempre em seu rosto.

_Muito obrigada senhor Nicolas, o senhor me ajudou bastante. Me sinto bem melhor, agora se me der licença, vou para o meu dormitório. – disse me virando para o corredor.

_Hã... Senhorita Annabelle?

_Sim?

_A torre da grifinória fica para o outro lado. –disse ele apontando para o lado certo.

_Oh! Eu já sabia, só estava te testando. – disse e ele soltou uma gargalhada gostosa.

Quando cheguei no salão comunal, Hermione, Harry e Rony estavam discutindo sobre onde eu deveria estar.

_Aposto que ela ainda está na sala do Snape. – dizia Rony.

_Ela deve estar em alguma confusão. – dizia Harry.

_E se alguma coisa aconteceu com ela? – Hermione estava preocupada.

_E se ela estivesse bem atrás de vocês? – perguntei

_Annabelle, onde estava? – perguntaram juntos.

_A professora Minerva me levou até o professor Dumbledore, e ele me perguntou porque eu havia enfeitiçado o Malfoy, eu expliquei e ele disse que tudo bem.

_Nossa o Dumbledore é mesmo muito legal. – dizia Rony. Enquanto o Harry concordava.

_Sério? – perguntava Hermione, incrédula.

_Sim, e depois ele me deu um presente que o papai tinha me deixado. Sirius. – expliquei ao ver os olhares confusos. – Olha, é um colar Mione. Um pra mim e um pra você.

_Pra mim? Seu pai deixou um presente pra mim? – perguntou espantada.

_Sim, ele disse que era para que pudéssemos saber onde a outra estava, caso estivéssemos nós procurando. Mas, isso depois eu explico melhor. Ele disse que no meu tinha uma foto dele e da minha mãe. – disse abrindo um.

Abri um deles, mas estava vazio, então aquele deveria ser o da Hermione. Abri o segundo e tive uma surpresa. Havia um homem com os cabelos ondulados e castanhos escuros, até os ombros. Ele era igualzinho ao meu sonho. Ele estava abraçando uma mulher, que deveria ser a minha mãe, ela tinha cabelos pretos e lisos, olhos azuis como safiras. Eu era igualzinha a ela. Senti lágrimas caindo dos meus olhos, mas logo sequei-as, para que eles não percebessem, porém não adiantou muito.

_Ei, Belle? O que foi?- perguntou Harry passando os braços por meus ombros.

_Meu pai Harry, finalmente vi os meus pais. – e mostrei a ele.

_Sua mãe é muito linda, você é igualzinha a ela. – disse ele. – E o seu pai, ele parece ser muito bondoso.

_Nossa você é a cara da sua mãe! – exclamou Rony.

_Deixa eu ver, Belle? – pediu Hermione – Seu pai é exatamente como você me descreveu dos seus sonhos, e realmente sua mãe era linda, e você é idêntica a ela.

Depois de toda aquela minha choradeira, estava na hora no jantar. Hermione e eu já havíamos colocado os colares e só faltava eu explicar para ela como ele funcionava. Mas, isso teria que ser bem mais tarde, quando estivéssemos a sós. 

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