Depois que almoçamos tivemos aula de transfiguração e de poção, as duas foram com a Sonserina e Malfoy não estava em nenhuma das aulas. Quando o professor Snape nos dispensou, fomos para o salão comunal.

_Belle? O que você foi fazer antes do almoço? – indagou Harry.

Ele estava sentado no sofá junto com Rony, Hermione e eu estávamos sentadas no chão fazendo a poção que ela iria me ensinar.

_Verdade, onde estava? – perguntou Hermione enquanto eu mexia a poção no caldeirão

_Não vão querer saber. – disse sem desviar os olhos da poção.

_Vamos sim! Vai Belle, conta pra gente. – insistiu Rony.

Desliguei o fogo e me virei de modo que pudesse visualizar todos e comecei a contar o que havia acontecido, incluindo os feitiços lançados. Quando acabei de contar, Hermione disse:

_Não deveria ter feito isso Belle. – advertiu-me

_Ta maluca? – perguntou Rony incrédulo. – Você precisa chamar a gente pra ver isso da próxima vez.

_Não, Hermione está certa. Eu não deveria ter feito isso. – e ela me deu um sorriso. – Deveria ter feito muito mais.

_Annabelle! – disse ela incrédula e Rony riu.

_Ah! Qual é Hermione? Até parece que não me conhece. – falei para ela.

_Harry? Você está bem? – perguntou ela.

_Eu...Eu..Er...Eu estou ótimo. – e completou ao ver nossas caras de descrentes. – Só não acredito no que ele fez. Isso é uma idiotice. Belle podia ter sido morta.

Eu me virei de costas para ele e dei um suspiro. Ele era tão lindo, e se preocupava comigo. Balancei a cabeça expulsando isso da minha mente. Ele ficaria assim com qualquer menina. Só sou amiga dele.

Nesse momento a porta do salão comunal se abriu e a professora Minerva entrou.

_Senhorita Granger, queira me acompanhar. – disse ela.

_Eu? – disse Hermione.

_Não, a senhorita Annabelle. – e se virou para mim.

_Espera só um minutinho professora a minha poção está quase pronta, eu aproveito e entrego ao professor Snape. – peguei a poção coloquei em um frasquinho e passei por ela.

Ela me olhou com cara de reprovação, e saímos da torre da grifinória e eu perguntei;

_Professora onde estamos indo?

_Já irá saber. – respondeu ela sem me olhar.

Continuamos a andar por corredores, subindo escadas até que chegamos em frente a uma gárgula incrivelmente grande.

_Suco de abóbora. – a professora disse e a gárgula saiu do lugar dando passagem para que alguém subisse por uma escada. – Suba.

Subi na escada caracol que começou a subir sozinha. Quando cheguei ao topo havia uma porta, não sabia o que eu iria fazer e nem quem eu estava visitando, resolvi então bater na porta, mas antes de tocá-la uma voz disse que eu poderia entrar.

_Professor Dumbledore? – perguntei.

Havia entrado na sala do diretor, ela era ampla e com várias estantes repletas de livros, haviam vários quadros e todos estavam dormindo. Dumbledore estava sentado em uma cadeira atrás de uma grande escrivaninha.

_Senhorita Granger, sente-se. – ele gesticulou para a cadeira que havia a sua frente. Sentei-me, ela era bem confortável.

_Annabelle, por favor. – pedi a ele.

_Tudo bem. Sabe o que veio fazer aqui Annabelle? – perguntou ele, e respondi negativamente. – Por dois motivos. Primeiro por ter lançado vários feitiços ao senhor Malfoy. Quer me dizer o porquê a senhorita fez isso?

_Bom, eu sei que o que fiz foi muito errado. Mas, acontece que eu não me controlei, tenho o gênio muito forte. E eu havia descoberto que ele usou o feitiço confudus em mim na noite em que o trasgo entrou, para poder me salvar e me fazer acreditar que ele gostava de mim. Depois ele disse que ele iria fazer isso porque ele tem a fama de pegador na escola. – disse a ele, com medo de que não fosse acreditar em mim. – Fred e Jorge foram perguntar para ele sobre o que ele tava aprontando para mim, e eu escutei ele dizendo isso a eles.

_Entendo. – ele me olhava com a cara bondosa sobre os óclinhos meia lua. – A senhorita percebeu que o que fez foi errado. Então tudo bem.

_Sério? – perguntei e ele concordou. – Obrigada professor. Mas qual é o segundo motivo?

_Oh! Sim. – disse ele se lembrando de repente e procurando algo em sua gaveta.

Ele tirou de dentro da gaveta uma pequena caixinha prateada com um lacinho dourado e me entregou.

_Isso é para a senhorita.

_Pra mim? Mas não é meu aniversário e nem nada. –disse espantada.

Ele olhou para mim, incentivando-me a abrir o embrulho. Desembrulhei a caixinha e abri com cuidado. Dentro dela haviam dois colares com pingente redondo, tirei-os para observar melhor eles eram de prata. Dentro da caixinha havia um papel dobrado em vários pedaços. O tirei de lá e comecei a ler.

Belle,

Esses dois colares são para que você e para a sua irmã, Hermione. Se abrir, um deles haverá uma foto minha com a sua mãe e do outro lado colocará a foto da Hermione ou dos seus pais.

Esses colares são encantados, eu mesmo pedi ao professor Dumbledore que os enfeitiçasse para que um dono soubesse onde estaria o outro. Explicando melhor, se você e a Hermione não estejam juntas, mas ambas estejam usando os colares, você saberá onde encontra-la assim como ela. Mas para que isso aconteça só entre vocês duas, precisaram combinar uma senha ou frase secreta para que digam quando precisar encontrar uma a outra.

Eu mesmo gostaria de entregar-lhe o presente, mas estou incapacitado disso, por isso peço que perdoe-me por isso.

Nunca se esqueça que eu te amo minha bruxinha.

Com amor,

Sirius Black

Olhei para o professor Dumbledore que sorria serenamente para mim.

_Pode ir agora Annabelle. Tenha uma boa noite. – disse ele.

_Obrigada professor por me entregar isso, e boa noite para o senhor também. – me levantei e voltei para a torre da grifinória decidindo entregar a minha poção ao professor Snape no dia seguinte. Sempre que recebia uma carta do meu pai eu ficava meio abalada.