Vitória escrita por Ephemeron


Capítulo 3
O DESEJO MAIS PROFUNDO




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II

O DESEJO MAIS PROFUNDO

Caminhavam há algumas horas e a paisagem se modificara pouco. Mu, habituado a treinamentos rigorosos, podia acompanhar os passos tranqüilos da deusa da vitória sobre o gramado úmido. Ela estava descalça. Durante aquele tempo nenhuma palavra fora trocada e o ex-cavaleiro de Athena nem deu falta delas, tamanho seu estado interior. Sentia-se confuso, no mínimo, e perplexo por ter feito o que fez. Simplesmente abandonara tudo! E com tanta facilidade que o assustava. Será que havia ali algum tipo de magia que Niké lhe colocou? Não achava isso...desde o dia em que ela lhe levou o medalhão para consertar, viu que ela era alguém confiável...percebeu nela uma aura diferente dos demais deuses e soube que seu destino iria ter com o dela novamente...mas ainda assim estava surpreso!

- Estranho pedido o seu, mortal. Nunca ouvi algo parecido...

Ela falara assim, de repente, quase assustando o rapaz...e transtornado pela forma como falara o mesmo questiona:

- Desculpe, mas...do que está falando?

O rosto dele pareceu ferver quando a deusa virou-se para ele com um principio de sorriso:

- Honestamente, Mu, você me intriga...

Subitamente ela pára, pouco antes de uma elevação no solo.

- Preciso que me ajude.

Seu tom de voz era tão absurdamente diferente do usado com Athena...era tão mais semelhante ao que usara com ele quando entregou-lhe o medalhão. O coração de Mu palpitava e ele não conseguia entender o motivo. Parecia um adolescente que começava tudo novamente!

- Que me ajude a reconstruir algo.

Naquele momento pareceu a Mu que recebera um soco no estomago. Aquelas palavras da deusa o fizeram perceber que estava sendo usado...como qualquer outro deus faria, como qualquer outro poderia a partir do momento de descobrir as qualidades de um mortal...qualidades estas que auxiliariam em planos mesquinhos e egoístas.

- Como pude ser tão cego?

Adquirindo postura hostil, o ex-cavaleiro começa a maquinar um plano para se desvencilhar da deusa e voltar para aquela que jurara proteger. O chão parecia ter sido tirado de seus pés...e ele acreditara nela piamente! Ele e essa sua ingênua e excessiva confiança nos outros...fora traído! Niké apenas o observa, sem nada dizer...sua expressão compenetrada novamente.

- Você me trouxe até aqui somente para usar-me, somente para seu mesquinho interesse! Devo satisfações apenas a Athena!

Irritado com o próprio erro, o guerreiro se prepara para uma batalha erguendo sua cosmo energia:

- Mesmo se eu quisesse, Niké, não poderia lhe ajudar! Você me tirou o direito de ser cavaleiro, mas não me tirou a força para lutar!

Prepara-se para dar seu mais poderoso golpe, lamentando ferozmente sua decisão de partir...e então percebe a deusa, ela caminhava placidamente em sua direção. Nunca vira tamanha força em um olhar...o vestido e cabelos esvoaçavam. Ela não tinha medo. E acabou com todas as esperanças dele quando disse por fim:

- Tolo humano.

Cores em tons de marrom e laranja partiam do medalhão de Niké até o rapaz, ela toma o punho fechado de Mu, preparado para o ataque, entre as suas, delicadas e fortes, e o fita diretamente. O ariano trabalhava sua mente para desvencilhar-se daquela aura, daquele sentimento...em vão.

- É essa tolice que os faz capacho dos deuses.

- Seus capachos, Niké?

Provoca o rapaz e uma centelha de raiva escapa dos olhos da deusa em uma fração de segundo.

- Você é livre para ir e vir, ingrato mortal.

Ela o desprende da magia e ele tenta atingir-lhe com o braço, agora solto, mas a deusa já estava distante...

- Como ousa me chamar de ingrato?!

- Ora...

Calmamente ela caminha e ele percebe que ela sumia descendo no vale a frente...

- O desejo de estar aqui partiu de você, não de mim.

Ele, movido pelas palavras intrigantes dela, corre em sua direção na tentativa de impedi-la de continuar:

- Como...

E quando vê o que ela via naquele lugar, pára no mesmo instante:

- ...assim?

Naquele grandioso vale a sua frente, incrustado de coloridas flores e pontilhado por rochas, uma vila se encontrava. Não muito distante da pequena cidade, um templo discreto no estilo grego...Parecia mais uma visão do Olimpo do que da Terra. Mu jamais pensara que no mundo havia ainda locais tão lindos...

- Seu desejo mais profundo, caríssimo – a deusa falava e caminhava sem olhar para trás...para onde ele estava – o desejo de estar entre os seus, e viver livre. Viver com a ajuda da terra e para a Terra.

Descendo ainda mais, Niké passa a emitir um cosmo tranqüilo, bondoso e acolhedor. Então o rapaz pode ver diversas pessoas – não só humanos – saindo das casas e correndo ao encontro de Vitória. Ele suspira profundamente, tentando se controlar...mas quando ela se vira e, subitamente, lhe sorri com o olhar...

- Ser feliz, Mú.

...as lagrimas correm de seu rosto e, sem mais defesas e completamente derrotado no território de Niké, o rapaz caminha atrás dela, sem ousar dizer mais nada.

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Star Hill – Leito de morte de Shion

- Mu, você é herdeiro de Hefesto e jamais poderá se desvencilhar deste fardo.

O recém proclamado Cavaleiro de Áries baixa os olhos úmidos na tentativa de esconder a decepção daquela escolha e a tristeza pela perda de seu querido mestre. Shion sabia e sentia que o menino Mu, apesar de todo o seu potencial, não estava realizando um sonho ao se tornar cavaleiro. Resignado o pequeno herdeiro da primeira casa cumpriria sua tarefa, ele não tinha duvidas , mas jamais teria a felicidade. Desde que viu o menino pela primeira vez, no seu nascimento, soube que ele havia vindo ao mundo para cuidar dele...não para lutar por ele. É capaz de que o “lutar” estivesse implícito no cuidado, mas Mu nunca pensaria em outra função na vida que não fosse colher os frutos que plantasse, literalmente. Mas seu destino não tinha sido traçado dessa maneira, hoje ele era o único remanescente daquela raça de ferreiros. Único, pois Shion sentia sua morte próxima o suficiente pra poder toca-la. Mu seria o responsável por perpetuar aquela etnia, ou no mínimo, aquela técnica que traziam tão inerentes. Como sentia pena por aquele assustado garoto! Teria sido duro demais com ele nos momentos fora dos treinamentos? Gostaria de ter tido mais tempo para aproveitar essa vontade de Mu de viver, tão somente, em sua simplicidade e humildade...Mas as tarefas como Grande Mestre o impediram de tal ato. Com pequenos movimentos da mão, Shion sinaliza para Mu sentar-se ao seu lado. O menino treme o corpo todo...o Mestre era a única família que conhecera. Seus amigos dourados talvez entendessem seu pesar, mas talvez não...E essa duvida o corroia por dentro, juntamente com a responsabilidade de ser um cavaleiro de Athena. Seu desejo mais profundo era viver em paz, numa tranqüila vila, trabalhando com suas mãos para ajudar as pessoas...seu desejo mais profundo era...

- Ser feliz, não é, meu filho?

Dizem os antigos que quando o Grande Mestre esta prestes a falecer ele faz uma ultima – e muitas vezes sua maior – profecia. E o que acontecia naquele momento na mente de Shion era isto. Somente Mu sabia quem havia envenenado o Grande Mestre e ele entenderia sua missão como uma proteção para sua integridade, mas era mais que isso...ele acabara de ver o que envolvia o futuro do pupilo...o que ele poderia ser. E jamais impediria que isso ocorresse...

- Seu mais profundo desejo...

Balbucia Shion em seus últimos momentos...

- Jamiel...vá para Jamiel, Mú...

E o garoto chora sobre o corpo inerte do mestre e pai, sem saber a influencia daquela decisão.

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Vila de Vitória – Atualidade

- A Senhora voltou!

- Niké!!

- Senhora Niké!

A deusa, surpreendentemente, sorria às crianças, adultos e idosos que vinham até ela aos pulos, ou da maneira que podiam. Mu, ao seu lado, poderia ser confundido com um algum tipo de arauto ou servo, tão compenetrado estava. Suas emoções tentavam aflorar em seus olhos, lembrando-se do mestre e também vendo quantos ali existiam como ele, buscando a tranqüilidade da vida ou a fuga de lutas, de batalhas infundadas. Subitamente se sentia...em casa.

Niké, vez ou outra, observava o recém-chegado...nem todos tinham essa postura quando chegavam ali e ao mesmo tempo que sentia-se, como sempre, preocupada por ele...sentia-se segura ao seu lado. Tentava compreender a razão deste sentimento e vendo ele se soltar aos poucos, rindo e brincando com as crianças, foi pega pela moça a sua frente que, vendo-a tão séria, acabou por confundir as coisas e trazer a tona antigas questões da deusa:

- Ainda de luto, Niké?

Os ouvidos atentos de Mu não perdem essa passagem e, sem entender, seus olhos cruzam com os da deusa que se torna séria novamente:

- Ângelus, nunca aprenderas a ficar quieta?

O rapaz deixa a criança no chão e observa a moça de cabelos azulados encarar Niké, divertida:

- Jamais, senhora!

A deusa faz uma careta de desgosto e todos se riem desta expressão. Esquecem-se da menção ao sério assunto. Mu não se esqueceria.

- Ouçam com atenção!

Era como se o mundo inteiro pudesse ouvir a voz de Vitória:

- Apresento-lhes o ferreiro dos deuses, descendente de Hefesto: Mu.

Pego de surpresa, o rapaz fica sem jeito vendo todos o fitarem. A chamada Ângelus dá uma risadinha.

- Ele irá nos ajudar na reconstrução da vila, pois agora tenho o que preciso para reergue-la. Precisaremos de todos, então preparem-se!

O povo festeja o retorno do poder da deusa. Mu sabe que se trata do medalhão...

- Amanha iniciaremos nossas tarefas, que serão divididas por igual e cada uma cabendo à função e capacidade de vocês.

Todos a escutam atentos e ela, suspirando profundamente de satisfação, sorri levemente:

- Vamos descansar agora...

E como se fosse uma ordem irrefutável, a população se espalha, retornando aos seus afazeres domésticos, permanecendo apenas o ex-cavaleiro e a deusa na pequena praça central.

- Nós também, rapaz, precisamos descansar. Venha comigo, ficarás em meu templo...Todos já perceberam que você é alguém importante, e como tal será tratado.

Ela começa a caminhar e ele, ao seu lado, timidamente resolve falar:

- Acredito que lhe devo desc...

- Não me deve nada, Mu.

A deusa, em sua humana face, coloca a mão sobre o ombro dele enquanto fala:

- E se houver algo que queria saber...questione.

- Sim, Senhora...

Habituado ao tratamento nos salões do Santuário grego, Mu estranha à súbita seriedade da mulher:

- Não quero que me chame assim. Sua linhagem deve ser tratada como igual por nós, deuses. Dependemos, e muito, de vocês! Chame-me Niké, somente!

Os dois se encaram por um instante...e Mu, de forma séria, então pergunta:

- É por isso que foi exilada, Niké? Essa sua proposta ousada de igualdade?

De alguma forma ele pode ver a ira nos olhos dela, mas não conseguira ficar sem questionar, pois eram duvidas recorrentes desde a época que possuía o medalhão. Viu aquela irritação, ou pensou ver.

- Rápida demais essa sua decisão de se tornar um igual a mim, rapaz!

O sorriso dela o desconcertava, mas dessa vez – apesar de sem graça – correspondeu a isso e, surpreso, viu a face dela se tornar rosada. Não conseguindo manter o olhar firme no dele... Encontram-se aos pés do pequeno templo.

- As respostas serão dadas em outro momento, caríssimo. Por hora irei reaver meu templo. Peço que se afaste um pouco.

Hesitou apenas por um instante, e então o cavaleiro deu alguns passos para trás. Naquele momento jamais imaginaria presenciar tal fato. O templo encontrava-se completamente abandonado...ervas daninhas cresciam displicentes por sobre os pilares e o tempo havia feito estragos em sua estrutura visivelmente...Mas aquilo não parecia nada para ela, realmente...o medalhão, de súbito, torna-se uma só cor...de um amarelo profundo e alegre, assim como a face daquela que ergue os braços aos céus enquanto proclama palavras inteligíveis aos mortais. O sol parece brilhar com mais força e cobre todo o local, fazendo Mu fechar os olhos diante de tamanho esplendor...

- Conseguiremos entrar agora...

Era de se esperar que o local ficasse diferente do anterior, com certeza...mas o que Mu não esperava é que o Templo fosse feito de tão rústico mármore e jamais imaginaria que aquelas plantas permaneceriam, belas e frondosas, a ornar os pilares...

- As árvores e os animais estavam aqui antes de mim...

Ela parecia ter lido os pensamentos dele, mas não o fizera...e encaminhando-se para dentro do local completou:

- Mesmo sendo uma deusa, eu seria hipócrita ao retira-las daqui apenas para minha comodidade...

Ele, em silencio, observava que, além das belezas naturais, nada mais estava disposto no templo...era só a estrutura em rocha esculpida.

- Eu não entendo...

Ela se dirigia, visivelmente, ao fundo do amplo, porém discreto, salão. Onde havia um espaço que se assemelhava a um trono...andando atrás dela, não pode ver seu sorriso ante aquela frase:

- Não entendes o porque de estar aqui, ou o porque EU estou aqui?

Ela toca, com os dedos afinados, o braço daquele trono e segue adiante, para uma entrada lateral, devidamente escondida por uma cortina de veludo verde escuro... Mu hesita um momento antes de segui-la, ficou tentando assimilar a pergunta daquela mulher, então entra no aposento seguinte...vendo se tratar de uma ante-sala, preenchida com sofás e divãs...Tudo o que não existia de riqueza no salão principal, naqueles aposentos interiores era o que transbordava. Não havia nada de mau gosto, pelo contrário, era extremamente fino...e Mu se sentiu um pouco sem jeito, não estava acostumado com tanta ostentação.

Ambos se encararam, em profundo silencio e com um estranho constrangimento...

Os pensamentos do ex-cavaleiro estavam tão atordoados que não conseguia sequer formular palavras, que dirá frases completas que podiam ser ditas a uma deusa! Não trouxera nada, não sabia nada daquele lugar, abandonara sua deusa e seus amigos, era como começar uma vida nova, em um lugar estranho e com um também estranho sentimento a lhe tomar. Sentiu-se frágil...Sentiu-se como naquele dia da morte de Shion, uma criança angustiada e perdida. Seus olhos marearam em desespero...não sabia o que fazer diante daquela situação.

E Niké pensou que nunca vira um ser tão humano como aquele rapaz a sua frente...tão belo e triste em seus primeiros passos da vida, porque percebia que aquele momento era o verdadeiro nascimento de Mu. E ela, que pensou que jamais iria sentir novamente, que nunca mais seria capaz de...

- Senhora Niké?

Uma senhora de cabelos azuis prateados entrara na ante-sala discretamente, vestia uma túnica de cor verde-água...já visto que era a cor da deusa.

- Pois não, Brielle.

- Os aposentos estão prontos.

- Muito obrigada, Brielle . Mú, por favor, acompanhe-a. Foi uma longa viajem, e é certo que uma conversa agora só traria mais dúvidas. Descanse, ao anoitecer voltaremos a vila para os festejos.

- Me desculpe, Niké, mas acredito ser melhor eu ficar na vila, com os outros.

Mú a encara com seriedade e ela parece pensar por um instante, enquanto Brielle fica a observar os dois com um sorriso...Sabia o que acontecia ali, mas jamais falaria. Então a deusa coloca a mão sobre o ombro dele, delicadamente...e ele percebe que ela não está tão alta quanto antes...aliás, ela está até mesmo mais baixa que ele. Arqueia uma sobrancelha àquele fato, um tanto esquivo.

- Fique aqui, como meu hóspede. Assim que começarmos as obras na vila, você poderá construir sua própria cabana, se for este o seu desejo, sim?

De alguma forma ele pôde naquele instante perceber que ela se sentia tão solitária quanto ele naquele lugar...e por isso, gostaria de aproveitar cada instante da companhia...ainda que pouco se falassem. Sorriu e agradeceu com uma leve mesura, acompanhando, então, a serva para seu aposento. E naquele momento o medalhão de Niké estava com um tom rosa profundo, tal qual um quartzo.

- Preparamos algumas roupas para você, espero que não se incomode. O banho também esta pronto e ali está uma cesta com pães e queijo, também temos um pouco de cevada, se desejar. Acredito que esteja com fome...

- Na verdade, não.

Ele estava completamente confuso, isso é o que estava. Não sentia nada além de uma complexa rede de sentimentos que se emaranhavam no seu coração e mente...lutando, uns com os outros.

- Não se preocupe, filho, todos que chegam aqui passam pela mesma coisa.

- Todos?

Ele aproxima-se da janela que dava para as falésias ao longe...sentindo a brisa do mar e um nó no estomago.

Sentada no trono há tanto tempo inutilizado, parecia viajar entre as fronteiras do tempo...seus olhos ainda ardiam ao lembrar do fogo consumindo todos os locais daquela vila, aquela raiva que guardara em seu coração por tantos anos parecia aplacada com o olhar tranqüilo daquele rapaz. Era como se pudesse ver nele tudo o que sempre fora e o que sempre desejara àqueles que ama...inclusive a si mesma. Sabia que, com isso e com o que ele forjara a ela, poderia finalmente enfrentar seus temores. E mais...Poderia vence-los.

- Neste momento todos no Olimpo já devem saber de meu retorno...

Sua habitual seriedade dá lugar a um meio sorriso cheio de cinismo:

- Acho que melhor do que aguardar alguma visita desagradável...

E toca o medalhão de cor negra...

- ...é ir visitá-los.

CONTINUA...


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Notas finais do capítulo

Obrigada a todos pela leitura. Comentem, por favor, essa fic é bastante importante pra mim!



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