Sweet Children - Green Day escrita por Renata Pádua


Capítulo 4
E agora?


Notas iniciais do capítulo

Pois é, eu achei que esse capítulo ficou ridicularmente pequeno e sem nada de interessante, mas até achei legal escrever sobre o passado do Mike :)
Espero que gostem >



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/241323/chapter/4


Mike Dirnt's POV



–Sério, a gente nunca vai achar alguém. - eu disse para Billie.

Primeiramente, eu sou Mike. Billie é meu melhor amigo. Nós nos conhecemos desde os dez anos, e somos grandes amigos desde então. Estávamos a mais  de um mês com a esperança de encontrar um novo integrante para a banda que estávamos formando, mas estava na cara que não íamos achar ninguém.

Eu tocava baixo e Billie guitarra.

Ele era bem baixinho, o que era bem estranho quando estamos juntos, já que sou alto. Ele batia mais ou menos no meu ombro, mas geralmente usava sapatos do tipo TUK, conseguindo assim alcançar o meu queixo.

- Ah Mike, você acha mesmo que vamos simplesmente desistir da banda? Nós já tocamos juntos, e o som foi bom. Bem, pelo menos a minha mãe gostou. Aliás, a ideia foi totalmente sua. - ele disse com um tom de impaciência na voz.

Ele tinha razão. Eu tive a ideia de formarmos uma banda. Não ia desistir assim tão fácil. Afinal, era assim tão difícil encontrar um baterista?

Quer dizer, não que não tenhamos encontrado um, mas é que os que encontramos eram amadores ou não gostavam de Ramones. O Billie não aceitava ninguém que não gostava de Ramones.

- Você está certo. - concordei com a cabeça. - Mas nós não estamos sendo, sei lá, exigentes demais? Um desses aí vai ter que servir. - eu disse, apontando para a lista que estava amassada em uma bolinha de papel caída ao lado da lixeira. - Aquele cara, Philip, ele era ótimo...

- Ele xingou o Joey. Me recuso a formar uma banda com ele.

- Ok então. - respondi, revirando os olhos. - De qualquer jeito, vou dar uma revisão na lista para ver se não tem ninguém aceitável.

Me levantei da escrivaninha e fui para o meu quarto.

Eu morava junto com Billie.

Não me lembro de minha mãe biológica. Só sei que ela me abandonou em um orfanato. Meus pais me adotaram quando eu tinha cinco anos. Eles me contaram que quando criança, meu pai biológico tinha me abandonado e eu passei a viver junto com minha mãe biológica em uma pequena casa. Ela tinha sérios problemas com álcool e drogas, e não podia me sustentar para satisfazer seu vício. Claro que eles não me contaram isso quando eu era criança. Isso foi ano passado, eu acho. Imagina o quão traumatizante seria para uma criança? "Eu não moro com minha mãe de verdade porque eu sou menos importante do que cerveja.". No orfanato, fui adotado por um casal de uma mulher negra e um homem branco. Mas acontece que eles não deram muito bem e acabaram se divorciando. Minha mãe agora odeia as pessoas brancas. Acho que ela só ama a mim. Digo, minha mãe adotiva. Eu não considero aquela outra mulher minha mãe. Aliás, nem sei o que aconteceu com ela. Deve ter morrido de coma alcoólico, ou virado uma prostituta. Irônico. Eu provavelmente sou um filho da puta. Mas enfim, depois que meus pais se separaram, eu fugi de casa e passei a morar com Billie, meu único amigo. A mãe dele é uma pessoa muito querida. Compreendeu minha situação e concordou em me deixar morar com eles. Billie tem mais cinco irmãos e uma irmã, só que eles são mais velhos e já saíram de casa, o que permitiu que eu ficasse com um quarto só para mim. Mesmo assim, eu ficava basicamente o tempo todo no quarto de Billie. Ele também tinha um pai, mas morreu alguns anos atrás, de câncer. Acho que fui uma das poucas pessoas que chegou a conhecer Andy. Billie não gosta muito de falar sobre isso.

Billie apareceu na porta do meu quarto, e jogou um casaco na minha cara.

- Vem - ele disse para mim. - vamos dar uma volta.

Quando estamos saindo de casa perguntei:

- O que você está esperando? Que um baterista caia do céu? - e imediatamente após pronunciar essas palavras, uma bolinha de papel voou na minha cabeça.

Olhei para os lados e vi que eram somente umas crianças que a estavam usando para jogar futebol. Desdobrei a bolinha e li o que tinha dentro.

"Bar Jackie & Carol
Show de estréia da banda 'The Lookouts!' nesta sexta-feira às 19:00. Não perca!"

- Posso ficar com ela? - perguntei para as crianças que estavam brincando, indicando o papel.

Elas me olharam meio decepcionadas por roubar a bolinha delas. Me senti mal e peguei uma bola de futebol que já estava começando a criar teias de aranha no quintal. A joguei para elas.

- Uma troca: esse papel  essa bola. - elas abriram um grande sorriso, pegaram a bola e saíram correndo, provavelmente esperando que eu não mudasse de ideia. Acho que pensaram que eu era realmente muito estúpido em trocar uma bola em ótima qualidade por um pedaço de papel amassado que eu poderia encontrar sendo distribuído em qualquer banca.

Sorri internamente pensando nelas.

- O que que tem nesse papel? - Billie perguntou, o retirando da minha mão. Após dar uma lida rápida, dirigiu seus olhos vivamente verdes para mim. - Você acha que vamos encontrar algum baterista por lá? - indagou.

- Só há um modo de descobrir - respondi, dando de ombros.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Rosas são vermelhas
Violetas são azuis
O Billie é tão sexy
Que me seduz
Ok, o poeminha ficou podre, mas enfim, comentem :D



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Sweet Children - Green Day" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.