Radio Rebel escrita por Snapelicious


Capítulo 7
VI


Notas iniciais do capítulo

Se dependesse de mim, tinha terminado essa fic no final de semana. Mas como o mundo não colabora com minha felicidade, minha mãe me arrastou em uma kombi amarelo-ovo para um sítio no meio do mato, cheio de vacas, patos e galinhas. Isso foi bom apenas no sentido de eu ter decidido que quando eu crescer vou ter um canguru.
TCHARAMMMM! (isso foi só pra chamar a atenção)
Acho que o proximo sai sexta, no dia do aniversário de uma pessoa muito importante aqui ~tunts tunts tunts dança~. Adivinha quem é?
ACERTOU!
Ai, ai. Estou ficando velha.



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No outro dia, obviamente, todos comentavam. James tinha quase virado o Salvador da Pátria, e Dorcas queria me bater.

-O que você estava pensando? - dissera ela, no armário de vassouras de sempre – Agora você vai ter que cumprir! E isso com certeza vai acabar com a Radio Rebel, ah, se vai...

Remus e Sirius também queriam me bater.

-Para onde você foi? - perguntou Sirius – Estávamos quase descobrindo a verdadeira identidade de Elly, e você simplesmente some!

-Cara, queria ter convidado ela para o baile antes... - comentou Remus.

-Ela não aceitaria, com certeza – deixei escapar.

-Por quê não? - perguntaram os dois ao mesmo tempo.

-Porque... Ele é James Potter – tentei.

Não podemos esquecer de Marlene McKinnon.

-Tenho a impressão que não ouvi a rebelde da rádio dizer para as pessoas votarem em mim...

-Eu vou falar com ela – suspirei, cansada.

-Agora que ela afirmou que vai ao baile, precisa fazer isso o mais rápido o possível – disse ela – Não se esqueça, eu sei sobre aquilo.

Por outro lado, a escola toda vibrava de emoção. Começaram a pendurar cartazes do tipo: "ELLY, ESPERAMOS POR VOCÊ!", e "REBELDE DA RÁDIO PARA RAINHA". Todos comentavam sobre o assunto. E McGonagall ficou furiosa.

"Os alunos que pendurarem cartazes inapropriados para o ambiente escolar pelos corredores serão imediatamente suspensos..."

-Hey – cumprimentou James, ao chegar no Salão da Escola para mais um ensaio, depois da aula.

-Oi – respondi – Soube dessa história da Rebelde da Rádio. Você vai mesmo ao baile com ela?

Ele deu um sorriso sem graça.

-É o que eu espero. Vai que ela dê um caô e não apareça... Só me preocupo em como vou encontrá-la no dia. Quero dizer, ela não vai escrever na testa "Eu sou Elly".

Eu ri.

-Seria meio estranho... Afinal, a rebelde da rádio pode ser qualquer um.

Ficamos um tempo em silêncio, até Spencer Smith chegar e pedir ajuda com as suas fantasias.

-O que você fez foi inapropriado – disse Zac, sem nem se preocupar em me olhar nos olhos, quando eu cheguei em casa.

-Como se eu não tivesse percebido... - resmunguei, subindo as escadas.

-Lily! Venha cá, vocês precisam conversar – chamou minha mãe. Relutante, fui até a cozinha, sentei em um dos bancos e fiquei encarando Zac, do outro lado da mesa.

-Está na hora de levar sermão? - perguntei, e mamãe me fuzilou com o olhar.

-Aceitar o convite para o baile foi totalmente irresponsável – começou ele.

-Nossa, obrigada pelas maravilhosas palavras, mas sinto-lhe informar que eu tenho assuntos importantes a tratar... - comecei a me levantar, mas minha mãe me forçou a sentar – Ah, que droga! Já aceitei o convite, não tem como voltar atrás!

-Você sabia que isso era errado – disse Zac – Então porquê aceitou?

-Porque... - comecei, envergonhada – O garoto é bonitinho.

-Você vai jogar tudo pelo ar por causa de um garoto? Agora vão colocar pressão para você ir ao baile, e isso pode acabar com o programa... Estávamos indo tão bem... Já sei. Eu, como seu padrasto, e, digamos, chefe, proíbo você de ir a esse baile.

-O QUÊ?! - grite, me levantando de um pulo – Não!

-Ora, mas não era você que não queria ir? - estranhou minha mãe.

-Eu não quero ir como Lily, mas como Elly vai ser uma experiência incrível! - falei – Quero dizer, todos adoram Elly. Vai ser especial, e ainda mais com James Potter, o garoto que eu gosto desde a pré-escola.

-Você é a Elly, Lily – disse Zac, lentamente – Não são duas pessoas diferentes. Se não gostam muito de Lily Evans, quando descobrirem que você é ela, não tenho certeza se terão uma boa reação...

-Ainda estou pensando nessa parte – disse – Talvez uma plástica!

-Não inventa, garota – mamãe revirou os olhos – Ou você vai e acaba para sempre com a Radio Rebel, ou você não vai, enfrenta uma raiva passageira dos seus ouvintes e pode continuar com o programa.

-Não, não tem escolha – interrompeu Zac – Você não vai e ponto.

-Eu acho que já estou bem grandinha para tomar minhas próprias decisões – falei, e olhei para minha mãe em busca de confirmação – Não é? - A cara dela dizia que não – Ah, você também?

-Acho que seu padrasto está certo.

-Não. Não, ele não está certo! - gritei – Não é ele quem decide isso! ELE NÃO É MEU PAI!

Com isso, subi para o meu quarto pisando duro e batendo porta.

Acho que esse ato me rendeu um castigo, mas eu não conversei com minha mãe nem com Zac pelo resto do dia para descobrir. Saí do quarto apenas para ir na SLAM apresentar a Radio Rebel, o que não teve nada de mais. Voltei a me trancar no quarto e só saí lá pelas duas da manhã, quando a vontade de ir ao banheiro ficou insuportável.

É, não devia ter comentado isso.

-Se é pra falar mal mim, é melhor ir embora porquê eu não tô com saco hoje – falei, ao ouvir alguém se aproximando de mim pelo lado. Eu colocava meus livros no armário no começo da manhã, antes da maioria dos alunos chegar, como eu sempre fazia. Eu achava que podia ser Dorcas, Remus ou Sirius. Pra variar, estava errada.

-Quem falaria mal de você? - perguntou James.

-Ah, sei lá. - respondi, tentando disfarçar – Todo mundo?

-Tenho que dar uma lição em todo mundo – suspirou ele, e eu ri.

-Não se preocupe com isso. Só não estou conseguindo me entender muito bem com algumas pessoas.

Pelo meu tom, ele deu a entender que não devia continuar com esse assunto. O que eu achava uma pena, porquê quanto mais conversávamos, mais feliz eu ficava.

-Você gosta de My Chemical Romance? - perguntei, olhando para sua camiseta. Ele tentou esconder com a camisa xadrez que usava por cima.

-Bem, é. A maioria das garotas diz que é uma banda demoníaca, vira as costas e nunca mais volta a falar comigo – disse James, acanhado. Eu ri.

-Eu acho brilhante! É uma banda fantástica. Como se fossem um bando de renegados, pretestando contra a sociedade que os julga...

-Tentando mudar o mundo com sua música, lá no fundo acreditando que ainda há salvação – continuou ele – Você por acaso faz parte de um movimento punk?

-Não – respondi – Mas fiz um trabalho sobre isso na quinta série, e tirei um A-.

E assim se passou a manhã, com nós dois conversando sobre bandas, livros, pessoas e sobre sonhos. Quanse não prestei a atenção na aula, e almocei em uma mesa só com ele. Dorcas ficou pirada, mas entendeu que é um sacrifício que ela terá que fazer se quiser ver sua amiga com alguma compania masculina que não tenha alguns neurônios a menos (leia-se: Sirius e Remus).

Tudo estava perfeito. Tirando alguns olhares malignos de algumas admiradoras de James e de Peter Pettigrew, eu estava na boa. Bem, até os altos falantes ligarem.

"Por ordem da diretoria de Hogwarts, e por causa da grande confusão causada por alguns alunos que não colaboram para o funcionamento da ordem, medidas drásticas terão de ser tomadas. Devido ao grande estardalhaço causado por certa celebridade internauta, que se auto-denomina Rebelde da Rádio, que ainda por cima é uma aluna da escola, e pelos seus fãs, o baile de final de ano está, por ora, cancelado. Lembramos que tudo isso é por causa dessa apresentadora, e que se ela parar com o programa, os eventos ocorrerão normalmente. Tenham um bom dia."

E McGonagall ainda tem a coragem de nos desejar um bom dia.

Bom dia, Lily Evans. Você está em uma enrascada.


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Notas finais do capítulo

Comente e eu como uma fatia de bolo a mais em sua homenagem.