Fui ao meu quarto e me arrumei, ela estava me esperando na sala.

- Vamos.- Ela ainda chorava, peguei sua citura e a levei para o carro, ela colocou o cinto e a cabeça no vidro olhando o caminho.O caminho foi silêncioso, até que chegamos na hospital, ela saiu rápido e entrou correndo segurando a minha mão.

- Henrie.- Ela retirou sua mão da minha e foi abraçar o menino que vinha correndo em nossa direção.- Em que quarto?

- 105 é só falar para a enfermeira e ela deixa vocês subiram.- Ele olhou para mim que assenti. Caminhos até a recepção.

- Moça somos visitas do quarto 105.- Falei enquanto ela olhava para a Carol chorando.

- Eu sinto muito por isso.- Ela se lamentou.- Aqui os crachas.- Ela nos entregou e eu peguei a mão de Carol e fiu até o elevador. Nós caminhamos até achar o quarto e eu abri a porta dando espaço para que ela entrasse, e a mesma correu até a cama onde estava um menino com aparelhos e que acho que já estava morto.

- Dani, meu Deus! O que eu fiz com você?.- Ela chorava enquanto segurava a mão do Dani.- Meu super-homem... eu sinto muito. Qual foi o pecado que fiz para pegar desse jeito?.- Ela olhava para o menino e acariciava suas mãos.- Eu nunca vou me perdoar por isso, era para eu estar no seu lugar.- Ela chorava muito, coloquei as mãos nas suas costas e ela olhou para mim.- Olha o que fiz Justin.- Ela me abraçou.Ouvimos algumas falas no corredor e a porta ser aberta, olhamos e era o médico e mais uma mulher.

- Com licença.- O médico disse.- Eu sinto muito por isso, tentamos de tudo mas não deu muito certo. Hã... Qual seu nome?.

- Caroline.

- Há sim, antes de ele falecer, ele quis ver você mas seu outro irmão disse que não poderia vir.- Ela chorou mais ainda.- E o senhor é o namorado dela?

- Sim.- Falei e ela me olhou chorando.

- Só viemos pegar o corpo do menino.- O médico foi até a cama e colocu o mesmo em uma maca.

- Não, não leve ele porfavor.- Ela falava enquanto o médico caminhava em direção ao elevador.- Por favor!.- Peguei sua cintura.- Não, não, não, não, não. Isso não tá acontecendo. Por favor.

- Calma, shhh.- A virei e olhei seu estado, me apertava o coração ve-la assim.- Vem vamos embora.- A puxei para o elevador, quando caminhei até a porta da saída sinto ele ser puxada por alguém.

- Ela vai comigo.- o irmão dele disse, o olhei e fiquei frente a frente.

- Ela vai comigo.- A puxei mais uma vez.

- Cara! Ela é minha irmã!.- Ela a abraçou. Então pensei que se eu a deixasse não conseguiria viver sem ela, mas ela iria conseguir ficar feliz, a larguei e fiquei olhando.- Obrigado.

- Justin, eu vou com você.- Ela disse.

- Não, fica um pouco com o seu irmão vai fazer bem melhor para você.- E sai andando até meu carro, olhei pela janela e vi ela me olhando e sai cantarolando pneu.