Scritto Nelle Stelle escrita por Karla Vieira
Notas iniciais do capítulo
Boa noite, amores! Eu só estou postando agora porque não postei nada durante uma semana. O último capítulo teve menos de cinco comentários, e isso me deixou chateada, sinceramente. Sorte de vocês que eu estou bem boazinha essa semana, e eu espero que vocês fiquem mais presentes, ok? O próximo capítulo só vou postar assim que tiver pelo menos cinco comentários. E fim. Bom, esse capítulo ficou bom, pelo menos eu achei, e espero que gostem!
Mahara Carter POV
Entrei no estabelecimento mal iluminado e me dirigi ao balcão. A balconista, uma mulher de aparentemente trinta e poucos anos, uma versão menos sexy da Bellatriz Lestrange do Harry Potter se virou para mim e me olhou dos pés a cabeça, me avaliando. Realmente eu não fazia o tipo de frequentador daquele local. Afinal, eu era pequenina e delicada demais.
– Posso ajudá-la? – Perguntou, apoiando-se no balcão mal lustrado e me olhando com desinteresse.
– Quero algumas informações e sei que você conhece alguém que pode me dá-las.
– Depende do que você procura, princesinha.
– Escute, não sou nenhuma princesinha. Você se surpreenderia pelo o que eu posso fazer.
– Ok então, mulher de aço, e o que você procura?
– Informações de como encontrar Ian Hawking.
A mulher endireitou-se, olhando-me com desconfiança.
– Você não é policial, não, né?
– Você está vendo algum distintivo? – Perguntei, erguendo os braços e levantando. É claro que não havia nenhum distintivo a ser visto. Eu não possuía mais nenhum. Tirei um pequeno maço de dinheiro do bolso e entreguei em suas mãos engorduradas. – Esse é o meu distintivo. Agora me leve a quem tem as respostas para as minhas perguntas.
– Você quem manda, mulher de aço. Siga-me.
“Humanos são tão corrompíveis!” pensei. Segui a mulher até os fundos do estabelecimento, onde passamos por uma porta de tom vinho, e descemos por um lance de escadas sujas até pararmos de frente em outra porta de tom vinho, com aparência decadente, como se traças e cupins a tivessem roído por anos. Ela deu três batidas na porta, e uma voz se fez ouvir.
– Quem é?
– Sou eu, Anastasia. Tem uma mulher querendo ver você.
– E quem ela é? – Perguntou a voz grossa, pertencente a um homem.
– Joanne Jackson. – Respondi baixinho, usando um nome falso. Obviamente eu não poderia revelar minha identidade tão facilmente. A mulher repetiu meu nome, e o homem permitiu minha entrada. Anastasia abriu a porta para mim e eu entrei no aposento igualmente mal iluminado por luz baixa, com móveis antigos e decrépitos. O homem que eu procurava estava sentado em cima de uma escrivaninha, olhando atentamente pra mim, avaliando-me.
– Sente-se, Joanne. – Disse ele com uma falsa simpatia, sorrindo e apontando a poltrona mofada diante de si, e dando a volta na mesa para sentar-se na poltrona do outro lado. Sentei-me, ficando ereta e atenta para caso fosse necessário sacar minha amiga de calibre 38. – O que traz uma jovem tão linda a um lugar tão decrépito?
– Sou apenas uma jovem procurando respostas para minhas perguntas, e sei que você pode dá-las.
– Pois faça as perguntas, então. Mas saiba que haverá um preço.
Tirei um maço de dinheiro grande de dentro do bolso e joguei acima da mesa.
– Esse é o suficiente? – Perguntei desafiadora. O homem pegou-o, olhou parcialmente e sorriu.
– Claro, princesinha. Pode começar a perguntar.
– O que você sabe sobre o trabalho de Ian Hawking?
Ele estreitou os olhos.
– Você não é nenhuma tira, não é mesmo?
– Não está vendo algum distintivo, não é mesmo? – Fiz o mesmo movimento que havia feito para Anastasia, e outra vez nenhum distintivo ficou visível. O homem relaxou, mas não tanto.
– Não sei o que ele faz exatamente. Ele manda, eu faço. Simples assim.
– E o que ele manda você fazer?
– Todo o tipo de negócio, querida, todo tipo de negócio. – Ele sorriu com escárnio, e eu soube que era todo o tipo de negócio mesmo. Todo tipo imaginável.
– Certo... E suponhamos que um desses negócios tenha me envolvido. Onde eu poderia encontrá-lo, para acertar nossas contas?
– Ah, você não vai querer acertá-las, docinho. Aconselho-te a deixar como está.
– Acredite, eu quero acertá-las sim. Não tenho medo deste homem.
– Mahara Carter, eu acho melhor você ter. – Disse ele, olhando-me seriamente. O fato de ele saber minha verdadeira identidade pegou-me de surpresa.
– Como você sabe quem eu sou?
– Todos os que trabalham para ele sabem quem você é, docinho. Nós estamos de olho em você. E acredite, você não vai querer jogar esse jogo.
– Pois acredite você, eu já estou jogando esse jogo a muito tempo, e não vou parar até eu obter o meu xeque-mate. – Eu disse, olhando-o ameaçadora, e ele sorriu.
– De fato você é uma mulher de coragem, Mahara, e eu valorizo isso. Sei que tens habilidades incomparáveis. Alguém como você seria valioso, sabia? Hawking tem um interesse especial em você. E não digo como o interesse que ele tem sobre Evans. Você é totalmente diferente.
Tirei um minuto para pensar. Sorri.
– Rua Shelburne, número 23. Diga que quer uma informação sobre o especial do dia e você terá acesso.
– Obrigada. Nós podemos conversar sobre isso em breve. Logo eu entrarei em contato com você. Afinal, eu sei onde te encontrar, e obviamente você sabe onde ME encontrar. Passar bem.
Virei as costas e saí do cômodo, sentindo o olhar avaliador do homem. Deixei o estabelecimento com o rosto impassível, mesmo que me custasse bastante, e fui a pé para casa. Digitei a senha no aparelho ao lado da minha porta, que desbloqueou minha passagem e entrei no meu apartamento, trancando-o novamente. Olhei para a sala, que ainda necessitava da pintura. Depois do assassinato de Mathai e Florence, a parede da sala ficara manchada e eu precisava mudá-la. Troquei de roupa, peguei um balde de tinta branca e comecei a pintar, enquanto pensava no meu próximo passo. Obviamente, eu tinha muito a fazer.
Estava proibida de trabalhar em qualquer caso na MI6 e pela MI6, mas não havia regra nenhuma sobre trabalhar fora. E eu estava determinada a encontrar Hawking de qualquer maneira. E eu iria encontrá-lo custe o que custar, doa a quem doer.
A campainha tocou e tirou-me da minha linda de raciocínio. Deixei o pincel dentro do pote, limpei as mãos na bermuda jeans toda machada de tinta e fui ver quem tocava. Olhei pelo olho mágico e encontrei Jones ali. Abri a porta.
– Jones?!
– Mahara! – Ele sorriu. – Achei que você gostaria de uma visita.
– Ah, sim, entre...
Dei espaço para que ele entrasse e fechei a porta.
– Não repare a bagunça. Estou reorganizando meu apartamento.
– Ah sim... Ei, eu sinto muito. Soube o que aconteceu.
– Não preciso de pena de ninguém, e você sabe disso. – Eu disse, apoiando-me no balcão que separava a cozinha da sala, enquanto ele se encostava no sofá.
– Não estou sentindo pena, Mahara. Só acho que a situação deve ser triste para você, e achei que você iria querer uma visita amiga, apenas isso. Sabe, você devia tirar esse tempo para sair, viajar, conhecer novas pessoas.
– Não estou no clima, Jones. Não posso conhecer outras pessoas enquanto só tem uma em minha mente, e não posso sequer vê-la mais. – Suspirei, enquanto via algo como mágoa ou ciúme no olhar dele. Espera, como assim?
– Mesmo assim... Você devia tentar. Quem sabe... Sair comigo uma noite dessas.
– Não sei não, Jones...
– Mike, por favor. – Pediu ele, sorrindo de canto.
– Mike, eu não sei. Eu posso dar a resposta outra hora? Eu preciso pensar, cuidar um pouco de mim, ficar sozinha. Desculpe.
– Não, tudo bem, eu entendo. Você tem o tempo que quiser. – Ele olhou o relógio, completamente constrangido. – Bom, eu tenho que ir. Mais tarde eu ligo para você, talvez.
Assenti concordando e me despedi dele, trancando-me no apartamento novamente. Encostei-me na porta e suspirei, olhando para o teto. Realmente nada estava fácil para mim ultimamente. Nadinha.
Liguei o rádio no volume máximo, tocando AC/DC nas alturas para abafar até meus pensamentos. E que se danem os vizinhos.
Dan Evans POV
– Eu não posso viver sem ela, Andie, mas não posso correr atrás dela. Tenho que respeitar a decisão dela. – Eu disse, olhando para a morena na minha frente. Andie ficou carrancuda.
– Você é um idiota! Não deve desistir tão fácil! Mahara ama você! E não pode ser MI6 nenhuma que separará vocês! Corre atrás dela, seu jumento!
– Andie, não é tão simples assim. O emprego é importante demais para ela.
– Eu sei, mas sei que você é mais ainda! Ela só se afastou porque foi convencida que isso poderia protegê-lo! Eu sei como a Mahara é, e ela não desistiria de um amor como o de vocês!
– Queria ter essa sua certeza. – Eu disse, levantando-me e olhando para a cidade pela janela.
– Pois tenha certeza do que estou falando. Você tem que ir atrás dela, e pode começar agora, saindo dessa porcaria desse prédio e indo atrás dela. Eu e McCartney lhe daremos cobertura. Sabe, agora nós somos seus seguranças e podemos ocultar uma coisa ou outra.
– Vocês não podem se arriscar tanto por mim e por ela.
– Tanto podemos como vamos. Qual é, e ainda é outra desculpa para eu e ele passarmos um tempo juntos e sozinhos enquanto vocês aproveitam seu tempo no apartamento dela.
– E o John?
Ela enrubesceu levemente.
– Não temos mais nada. Saímos poucas vezes juntos, mas percebemos que não irá dar certo.
– Mas você quer que dê.
– Querer não é poder. É complicado demais. Com McCartney é tudo mais simples.
– Entendo. Mas ainda não sei se irei atrás dela.
– Pense logo, Dan. Antes que se torne tarde demais. Você sabe que tem gaviões sondando Mahara, e ela pode não esperar por você.
Andie sorriu e saiu do quarto, fechando a porta atrás dela. Bufei.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Então, amores, mantenho o pedido que fiz no capítulo anterior (doem sangue) e agora peço outro, um mais fácil... Vocês poderiam me indicar fanfics boas e que não atualizem de mês em mês, por exemplo? Pode ser de One Direction, Logan Lerman ou Josh Hutcherson, se é que tem dele... Enfim. Quem tiver alguma pra indicar, eu agradeço!