Scritto Nelle Stelle escrita por Karla Vieira


Capítulo 29
Desculpas


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde, amores! Então, pra começar, eu vou pedir desculpas por este capítulo estar pequeno, chato, dramático e sem graça. Foi o melhor que eu consegui escrever em quase 15 dias de bloqueio criativo. Acho que daqui em diante melhora, não sei... O resto eu vou falar nas notas finais, e é importante. Peço que leiam, ok?



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Dan Evans POV

– O quê?!

– Você me ouviu, Dan, eu estou terminando com você. – Disse ela, séria, tentando disfarçar a tristeza no olhar.

– Você não pode estar falando sério. Tem que haver outro jeito. Você vai aceitar tudo assim, tão fácil?! Não vai lutar pela gente?! – Perguntei exasperado, com as lágrimas nos meus olhos.

– Não, Dan, não tem outro jeito. Não torne as coisas mais difíceis para nós.

– Você não entende... – Comecei a dizer, mas ela me interrompeu.

– Não, é você quem não entende, Dan. É o meu emprego em jogo, o meu SONHO em jogo! Você não sabe quanta coisa tive e estou tendo que abrir mão para correr atrás do meu sonho! Você deveria entender, mais do que ninguém! Achas que está sendo fácil para mim deixar você? Achas que eu vou ficar bem sem você? Você não imagina o quanto eu estou ruindo por dentro! Mas tem coisas que é necessário deixar para trás se você quer progredir, e você sabe muito bem disso. Desculpe, Dan, é necessário.

– Me diz que isso é mentira. – Pedi, em quase um sussurro. – Me diz que isso é uma jogada para enganar Hawking, que é qualquer coisa, menos verdade.

– É verdade, Dan. Desculpe.

Mahara se virou e saiu, fechando a porta atrás dela. Fui até lá, pensando em ir atrás dela, dizê-la que há outro jeito, sempre há outro jeito, mas no fim, acabei apenas trancando a porta e me encostando nela e deslizando até o chão. Deixei com que as lágrimas fluíssem para fora dos meus olhos. Mahara havia me deixado. Terminado comigo para que pudesse continuar com seu emprego. Eu entendia o ponto de vista dela. Ás vezes, somos obrigados a deixar algo para trás enquanto corremos atrás dos nossos sonhos. Eu deixei coisas para trás para que pudesse chegar aonde cheguei com a banda.

Eu só não ficaria bem sem ela. Apenas isso.

Peguei meu telefone e disquei o número de Luke. Ao terceiro toque, ele atendeu com um alô abafado, como se a boca dele estivesse cheia. Luke comendo? Novidade.

– Alô?

– Luke, eu não estou bem. – Consegui falar, com minha voz soando falhada.

– O que houve, Dan? Outro pesadelo? Outro ataque? O quê? – Perguntou ele, agitado e preocupado comigo. Imaginei-o ficando de pé e andando de um lado para o outro. Bem típico de um Luke Foster preocupado.

– Bom, você sabia que Mahara é uma agente federal, né?

– Sabia.

– Descobriram que estávamos juntos e ela terminou comigo para não perder o emprego. E também foi afastada do caso.

Luke falou um palavrão impronunciável em qualquer conversa civilizada.

– Quer que eu vá aí? Não responda. Eu estou indo aí.

– Mas não vão deixar você subir...

– Não ligo! Eu vou subir aí de qualquer jeito e não vai ser meia dúzia de agentes federais que vão me impedir de ver meu melhor amigo! – Ele falou agitado e soando bravo. Ele estava soando tão ameaçador quanto um filhote de pinguim. Afinal, o que seria doze agentes federais contra um Luke determinado?

– Luke...

– Nem vem, Dan. Não vou deixar você sozinho quando você precisa. Em menos de trinta minutos estou aí.

Luke desligou na minha cara e eu me larguei de costas na cama, fitando o teto. Respirei fundo uma, duas, três vezes. Eu queria parecer calmo. Forte. Eu queria parecer, ser de ferro, como Mahara era. Mas eu não sou. Nunca fui, nem nunca serei assim. As lágrimas vieram aos meus olhos com menos força, e deixei com que escorressem pela minha face a vontade. Deixei com que a minha alma desabafasse. Eu, afinal, estava perdendo tudo aos poucos. Perdi primeiro uma grande amiga. Depois perdi minha liberdade. Agora perdi minha namorada. Posso perder meus amigos, minha família. Eu posso perder tudo o que eu mais prezo nesta vida por causa de algo que eu não tive culpa, algo que eu não escolhi me envolver. Eu queria simplesmente chutar tudo pro ar, encontrar aquele filho de uma égua parida e mata-lo; queria que alguém o matasse; queria então pelo menos voltar no tempo.

Não, eu não estou sendo radical. Só cansei de arrumar desculpas por erros que não são meus. Por escolhas que não são minhas. Por alguém que não sou eu.

Mahara Carter POV

Se eu pudesse, explodiria cada coisa e cada um que se encontrasse em meu caminho de tamanha raiva que acumulava dentro do meu ser. Por fora, uma máscara de ferro. Por dentro, um vidro frágil e todo rachado, perto de se partir em milhares de pedaços. Novamente.

Entrei no meu quarto, ou melhor, minha prisão, e fechei a porta com força. Tranquei-a e fiquei estacada no centro do quarto, sem saber o que fazer. Parte de mim queria chorar, mas não havia lágrima alguma nos meus olhos. Outra parte queria gritar, mas não achava que minha voz sairia da minha garganta. Outra queria fazer com que um cartucho de vinte balas ficasse enfiado dentro do peito de alguém. Para ser mais exata, no peito de Ian Hawking.

Larguei-me na cama e fiquei encarando o teto e uma macha estranha que tinha ao lado da lâmpada fluorescente. Eu estava afastada do caso. Estava afastada do meu trabalho. Estava afastada do homem que eu amava. Estava a um passo de perder tudo o que em três anos havia lutado para conseguir. E como eu estava? Sem conseguir chorar, ou gritar, com um instinto assassino lutando para se soltar.

Bom, eu não poderia mais trabalhar nesse caso dentro da MI6. Mas ninguém disse sobre eu trabalhar nele fora da MI6. Ninguém falou nada sobre fazer as coisas do meu jeito.

– Mahara? – Ouvi a voz de Andie do outro lado da porta, após duas batidas leves na mesma.

– Quê? – Perguntei meio rude.

– Major Walker quer falar com você. Novamente. – Ela disse. – Agora.

– Estou indo.

Levantei-me e encaminhei-me mal humorada e meio desgrenhada até o escritório de Major Walker. Dei três batidas na porta, e depois que ouvi o sonoro “entre!”, entrei no cômodo.



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Notas finais do capítulo

Então... Sei que alguns de vocês já tem mais de dezesseis anos, e eu queria pedir do fundo do meu coração que vocês doem sangue. Vocês podem sim, desde que tenham pelo menos 50kg e um responsável por vocês os acompanhem. Por que estou pedindo isso? Uma amiga minha está com leucemia, e tem um tipo sanguíneo meio raro (O-), e cada sessão se quimioterapia leva umas quatro bolsas desse tipo, e o banco de sangue do hemocentro é baixo, não só pra esse tipo sanguíneo, mas para os outros também. Não estou pedindo só para quem tem esse tipo sanguíneo, mas para quem tem qualquer tipo sanguíneo, porque é super importante a doação. Você pode salvar vidas perdendo apenas uns quarenta minutos da sua vida! E não dói nada, não paga nada, é super simples e fácil. Se você não puder doar ainda, eu peço que rezem por ela, e por todas as pessoas portadoras dessa doença. Divulguem, peçam aos seus parentes e amigos, é super importante que o maior número de pessoas possível se mobilize para isso! Afinal, doar sangue é um gesto de amor, é um gesto que pode salvar vidas.
E se você puder, doe medula também. Mas para isso você tem que ter 18 anos... Sabia que a chance de um doador ser compatível com alguém é 1 em 100 mil? Podemos mudar isso se muita gente se mobilizar. Por favor, ajudem. Por favor.



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