Mistakes Of The Love escrita por LittlePhoenix


Capítulo 20
Capítulo 19




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/240696/chapter/20

Ficamos um bom tempo sentados na torre de Astronomia. Apenas observando o céu. Eu me sentia um pouco mais esperançosa agora que tinha ao menos uma ideia de onde o vira-tempo poderia estar.

Não falávamos nada, mas de vez em quando eu percebia que Sirius me olhava como se quisesse dizer algo, mas então desistia e voltava a observar o céu. Depois de ficarmos pelo menos umas duas horas sentados ali, o cansaço começou a nos atingir.

— Acho que vou voltar para a sala precisa, para descansar um pouco. – Falei me levantando.

— Ah... Eu vou também. – Falou Sirius também se levantando.

Nós começamos a descer as escadas da torre, em direção a sala.

— Vou sentir sua falta Lili. Quando eu for embora. – Olhei para ele meio surpresa com o que ele tinha dito. Não esperava que ele falasse aquilo.

— Sirius... – Comecei.

— Desculpa, é o que eu sinto. – Ele falou me interrompendo. Olhei para baixo. – Eu poderia vir te visitar às vezes. Poderia ficar apenas um tempinho...

— Não, Sirius! Vocês vão voltar para o seu tempo e ficar lá! Você tem que esquecer que eu existi na sua vida e eu tenho que esquecer que você existiu na minha!

— Não dá! – Ele falou parando, me segurou pelos ombros de frente para ele. – O tempo trouxe você até mim, mas ele é cruel a ponto de não permitir que fiquemos juntos. E é mais cruel ainda de não permitir que eu te esqueça facilmente. – Ele me beijou. E eu deixei.

— Eu também vou sentir sua falta, Sirius. – Falei abraçando-o. Comecei a sentir meus olhos arderem, as lágrimas começarem a se formar. – Mas... – As lágrimas caíam dos meus olhos. – vamos ter que aceitar que somos de tempos diferentes e... - Senti as lágrimas dele molharem minha blusa. - Jamais vamos ficar juntos.

— O que vocês dois fazem fora da cama?! – Gritou Filch que surgia de repente de um corredor.

— Acho melhor a gente correr. – Falou Sirius mudando de repente para o despreocupado que eu havia conhecido a não tão pouco tempo.

Saímos correndo pelos corredores em direção a sala precisa. Filch gritava para voltarmos, mas quando chegamos à tapeçaria dos trasgos dançarinos ele já não estava mais atrás de nós. Eu e Sirius entramos na sala rindo e ofegantes.

— Bom... Vou dormir. – Falei dando um bocejo, quando paramos de rir.

— Boa-noite. – Ele falou dando um beijo na minha testa e indo em direção a sua cama.

— Boa noite, Sirius.

Fomos, então, cada um para sua cama. Agora a Sala Precisa estava diferente. Antes, no centro da sala, tinha vários sofás e poltronas em círculo e no meio deles uma mesa de centro bem grande. Tinha uma lareira em uma das paredes e ao fundo as duas camas de Sirius e Tiago com as cortinas vermelhas e douradas. Agora, ainda havia os sofás no centro, mas com mais camas, que estavam dispostas em duas paredes, de um lado a das meninas e do outro dos meninos. A maioria das camas tinha a decoração da Grifinória, exceto a minha e a de Escórpio, que eram da Sonserina, e a de Tyler, que era da Corvinal.

Assim que me deitei peguei no sono, mas não dormi muito bem por causa de alguns pesadelos que eu estava tendo. Quando acordei, já estava mais claro, como não consegui dormir novamente, decidi ir buscar algo para comermos.

— Aonde você vai? – Perguntou Rose assim que sai pela porta.

— Vou buscar comida. – Respondi parando de andar e me virando para ela. Dei um sorrisinho. – Bom dia, a propósito.

— Desculpe, bom dia. – Ela respondeu fechando a porta atrás de nós. – Posso ir com você?

Assenti e nós duas fomos andando em direção a cozinha do castelo. Ela passou o braço pelo meu e caminhamos juntas.

— Por que acordou tão cedo? – Perguntou.

— Estava tendo pesadelos. - Respondi dando de ombros. - Mas por que você acordou tão cedo?

— Fiquei pensando onde o vira-tempo poderia estar.

— Nossa! Tinha me esquecido completamente! – Falei parando bruscamente e soltando o braço dela. Fiquei de frente para Rose.

— O que foi? – Ela perguntou confusa.

— Eu tive uma ideia de onde possa estar. – Falei, e ela pareceu um pouco menos confusa, só que mais ansiosa.

— Aonde?

— Na casa da sua mãe. – Respondi. Ela ficou um tempo pensativa. – Se eu não existo, nunca o tirei de lá! – Expliquei.

— Faz sentido... Um pouco... Porque se você não existe, você não voltou no tempo e não e não mudou nada. Mas então... não precisaríamos concertar nada... Mas...

— Eu sei que é um pouco confuso, mas pode ser que esteja lá. No momento é o que podemos fazer. – Ela continuou pensativa. – Bom, não temos mais nada a perder. E ficar parado não vai ajudar muito.

— Tudo bem, podemos tentar. – Falou pegando meu braço de novo e continuamos a andar para a cozinha. – Mas agora temos que pensar onde minha mãe pode estar morando, já que ela pode não ser casada com meu pai.

— Podemos tentar achar o filho ou filha dela. Como fizemos com o de meu pai, e podemos usar a capa da invisibilidade. – Falei.

— Pode ser. – ela concordou. – Certo, então assim que voltarmos para a Sala Precisa, contamos isso para os outros.

Concordei.

— A propósito, ontem eu e Sirius conversamos...

— Sobre o que? – ela perguntou séria.

— Ele disse que vai sentir saudades de mim... que não vai conseguir me esquecer e que quer vir me ver de vez em quando. – Rose deu de ombros.

— Não me preocuparia com isso, ruivinha. – Ela falou quando já chegávamos ao quadro das frutas que levava para a cozinha.

— Por quê? – Perguntei fazendo cócegas na pera.

— Porque vamos apagar a memória deles antes de voltarem.

— O que? – Perguntei meio agradecida pela ideia e meio infeliz em saber que ele nunca mais se lembraria de mim, mesmo que se esforçasse.

— Lilian, se mandarmos eles de volta para o passado sabendo de tudo o que eles já sabem, não vai adiantar de nada. E, além disso, podemos prevenir coisas como Sirius vir te ver inesperadamente, por exemplo, já que eles vão ter um vira-tempo. – Ela falou.

— Mas...

— Olá, senhoritas! – Falou um elfo doméstico animado, me interrompendo. – Gostariam de alguma coisa?

— Gostaríamos de algumas coisas para tomarmos café, mas se puderem fazer de um modo que possamos levar, seria excelente.

— Claro, senhorita. – Falou o elfo indo preparar o que Rose pedira.

— Mas não acha que eles vão estranhar aparecer com um vira-tempo no pescoço? – Falei concluindo o que o elfo tinha interrompido.

— Não, porque os mandaremos pela sala da diretora com um bilhete para o Dumbledore. E, bem, eles terão tomado uma poção do sono.

— Os dois já sabem disso? – Perguntei, por mais que soubesse a resposta.

— Não. E acho que nem irão saber. Só eu e Alvo sabemos. E mesmo que contássemos, eles não aceitariam. Não aceitaram quando minha mãe sugeriu e não vão aceitar agora.

— Aqui está, senhorita! – Disse o elfo que trazia junto com sigo alguns colegas e vários pacotes de comida. Pegamos os pacotes.

— Obrigada – Disse Rose.

— Mandem um “olá” para Winky. – Falei.

— Winky? – questionou um dos elfos, e olhou para seus amigos que estavam tão confusos quanto ele próprio. – Quem é Winky, senhorita?

Eu e Rose trocamos um longo olhar preocupado. Parece que as coisas mudaram para todos, inclusive para os elfos.

— Deixa para lá.

Saímos da cozinha levando os pacotes de comidas nos braços. Pegamos nosso caminho para voltar para a sala precisa.

— Estou rezando para o vira-tempo estar mesmo na casa da minha mãe. – Comentou Rose.

— Eu também.

Quando passamos pelo saguão de entrada, algumas pessoas já estavam entrando par tomar seus cafés da manhã. Eu e Rose tentamos agir normalmente para não sermos notadas, mas não deu muito certo...

— Hey, gata. Onde vai com isso tudo? – Perguntou um garoto que surgira do meu lado de repente.

Ele deveria ter uma dezesseis anos, tinhas os cabelos ondulados e pretos, olhos escuros e um leve sorriso maroto junto com o jeito de “eu sou foda” que me lembrava muito alguém...

— Eu te conheço? – Perguntei olhando para ele curiosa, querendo me lembrar de onde ele me parecia ser tão familiar.

— Não. – Ele sorriu maliciosamente. – Mas permita que eu me apresente. – Ele pegou uma das minhas mãos que estava meio livre e a beijou. – Sou Black, Gary Black.

— Black?! – Gritei. Ajeitei umas caixas que quase caíram das minhas mãos. – Você é parente do Sirius Black?!

— Sim... Ele é meu avô... – Falou o garoto começando a ficar meio confuso. Eu comecei a rir. O que deixou Gary mais assustado. Isso era impossível. Sirius não teve nenhum filho. Muito menos um neto!

— Bom... Eu tenho que ir. – Ele falou se virando ainda assustado e indo para o salão se juntar à mesa dos Grifinórios com os amigos dele.

Rose me olhou como quem pergunta “por que é que você está rindo?”.

— Ele só pode estar brincando. – Expliquei revirando os olhos e voltando ao meu caminho. Rose me seguiu ainda sem rir, nem achando a mínima graça naquilo tudo. Ela me olhou séria.

— Não acho que ele esteja brincando, Lili. - Olhei para ela, séria também. Não, não podia ser sério aquilo... Mas era.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Mistakes Of The Love" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.