Mistakes Of The Love escrita por LittlePhoenix


Capítulo 18
Capítulo 17




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Podíamos ver as pequenas luzes da cidade abaixo de nós. Sirius e Tiago nos guiavam, eu estava junto com Sirius, já que apenas eles sabiam como chegar à entrada do Ministério da Magia. E depois de um bom tempo voando, pousamos em uma rua vazia, onde havia uma cabine telefônica vermelha e uma caçamba cheia. Tiago se aproximou da cabine, abriu a porta e se virou para nós.

— O que foi? – Perguntou Hugo.

— É para vocês entrarem. – Falou Tiago fazendo um gesto com mãos indicando o interior da pequena cabine a nossa frente.

— Você acha mesmo que todos nós, mais as vassouras, vamos caber aí dentro? – Perguntou Tyler em tom de voz que dizia que Tiago só poderia estar brincando, ou então estaria ficando louco.

— Claro que não. – Falou Sirius, Tyler pareceu mais calmo. Sirius apontou para o pequeno vão entre a caçamba e a cabine. – As vassouras vão ficar aqui.

— Nós estamos em nove pessoas! – Lembrou Rose um pouco indignada.

— Tudo bem. – Falou Tiago. – Agora entrem.

Nós nos entreolhamos, confusos. Eles estão ficando louco, como eles poderiam pensar que nove pessoas conseguiriam caber em uma cabine minúscula? Tiago ainda apontava para o interior da cabine, eu continuei parada, mas então Rose entrou, seguida por Alvo e todos pareceram considerar a ideia e acabaram entrando também, inclusive eu, mesmo achando que tudo aquilo era uma loucura só.

— Isso não vai dar certo, Sirius. – Sussurrei para ele, parado ao lado de Tiago que ainda segurava a porta para nós, e entrei na cabine.

Sirius entrou depois de mim e sussurrou no meu ouvido:

— Claro que vai. Vamos ficar juntinhos.

Olhei para ele revirando os olhos, sem deixar de sorrir. Ele deu aquele sorriso de canto de boca e Tiago entrou na cabine fechando a porta. Eu tinha conseguido me espremer entre o Alvo e o Sirius e, sinceramente, eu não sei como todos nós conseguimos caber na cabine, que mais parecia um armário de vassouras.

— Agora, quem tiver possibilidade, digite 62442 nos números da discagem. – Falou Tiago. Alguém, que me pareceu ser Roxanne, digitou o número. Então, de repente, uma voz tranquila de mulher ecoou na cabine.

“Bem-vindos ao Ministério da Magia. Por favor, informem seus nomes e o objetivo da visita.”

— Alvo Potter, Hugo Weasley, Rose Weasley, Lilian Potter, Roxanne Weasley, Tyler Corner, Escórpio Malfoy, Tiago Potter e Sirius Black. – Informou Alvo para a mulher da cabine. – E viemos...

— Viemos em busca de um vira-tempo. – Completou Tiago como se fosse normal nove adolescentes invadirem o ministério em busca de um vira-tempo.

“Ótimo, é claro que o ministério vai deixar a gente entrar para afanar um vira-tempo”, pensei.

“Obrigada”. Disse a voz da mulher me surpreendendo. – “Visitantes, por favor, apanhem os crachás e os prendam no peito das vestes”.

Roxanne pegou os crachás e distribuiu para todos nós com muita dificuldade. Peguei o meu onde vi que estava escrito: “Lilian Potter, em busca de um vira-tempo”. Dei um leve riso. Belo sistema de segurança!

“Visitantes ao Ministério, os senhores devem se submeter a uma revista e apresentar suas varinhas para o registro na mesa da segurança, localizada ao fundo do Átrio”. Tornou a dizer a voz calma da mulher.

— Teremos que passar por uma revista?! – Questionou Alvo em tom de desespero.

— Relaxa, Alvinho. – Falou Sirius levantando o braço com dificuldade para dar leves tapinhas no ombro de Alvo, mas desistiu quando viu que o espaço entre seu braço e o meu braço eram pequenos de mais para permitir que ele fizesse qualquer coisa.

O chão deu uma estremecida, então começamos a descer. Houve um momento de escuridão total, mas logo depois já podíamos ver a suave luz do Átrio do Ministério da Magia. Eu estava com medo de termos que passar realmente por uma revista, porque, é claro, não nos deixariam passar, mas o salão estava aparentemente vazio.

Era um lugar muito bonito. Havia várias lareiras apagadas, no teto escuro, várias figuras douradas se mexiam, o chão era de madeira escura e bem polida e no centro do salão havia um chafariz um tanto quanto diferente. Nele, haviam estatuas, um enorme bruxo apontava sua varinha para o céu, uma bruxa ao seu lado, um centauro, um duende e um elfo doméstico. Os últimos tinham um olhar de admiração aos dois bruxos. E assim que a cabine parou no chão, Tiago abriu a porta e todos nós saímos aos tropeços.

— Onde estão os seguranças? – Perguntou Sirius, mais ao Tiago do que para nós. Sabíamos bem menos que eles.

— Não sei. – Respondeu Tiago. – Mas acho melhor colocarmos as capas.

Nós nos dividimos, então, em dois grupos. Eu, Sirius, Hugo e Roxanne ficamos em uma capa e Tiago, Alvo, Tyler, Escórpio e Rose ficaram na outra. Fomos andando pelo saguão, e alguns seguranças não demoraram a aparecer, se aproximaram da cabine para saber quem eram os invasores. Eles sabiam que estávamos aqui.

— Aonde estamos indo? – Perguntei baixinho enquanto entrávamos num elevador, os outros ficaram atentos para ouvir a resposta.

— Departamento de mistérios. – Respondeu Sirius.

Sirius apertou o botão do número nove no painel do elevador e ele começou a se mover, alternando os movimentos, às vezes um pouco rápido demais.

— Como vocês dois conhecem tão bem o ministério? – Perguntou a voz de Rose do outro lado do elevador. Olhei para Sirius, intrigada.

— Não queira saber. – Responderam Tiago e Sirius em coro, e um sorriso maroto se formou nos lábios de Sirius e por algum motivo eu sabia que o mesmo estava acontecendo com Tiago.

“Departamento de Mistérios”. Falou novamente a voz suave da mulher da cabine quando o elevador finalmente parou. As grades douradas que fechavam o elevador, agora se abriam e nós saímos.

— Podem tirar a capa. – Falou Tiago, nós fizemos. Um a um foram reaparecendo e eles guardaram as capas nos bolsos das vestes. Tiago e Sirius começaram a andar na direção de uma enorme porta preta, nós os seguimos.

Tiago abriu a porta e todos nós passamos por ela. Estávamos em uma enorme sala circular, totalmente preta, um pouco escura, nela havia várias portas pretas separadas por candelabros de chamas azuis. Não havia nem letreiro nem maçanetas em nenhuma delas. Alguém fechou a porta atrás de nós, o que deixou a sala mais escura. Os candelabros começaram a girar, me deixando um pouco tonta.

— Por qual porta vamos? – Perguntou Alvo assim que as paredes pararam de girar.

— Não sei. – Respondeu Tiago.

— Nem eu. – Ralou Sirius.

— Espera... – Começou Rose ficando de frente para os dois, olhando-os confusa. – Vocês não sabem por qual porta temos que passar?!

— Não. São todas iguais! Como é que vamos saber qual é a certa?! – Falou Sirius. Eu bati uma das mãos na testa de leve.

— Ótimo! – Falei impaciente.

— Olha, nós trouxemos vocês até aqui. Já é muita coisa. – Falou Tiago.

Todos ignoraram o que ele tinha dito.

— Nós podemos ir testando as portas. – Sugeriu Escórpio.

Essa era a melhor opção que tínhamos até agora, e seria essa mesmo que nós iriamos usar. Não tínhamos tempo para ficar bolando planos de como descobriríamos qual sala era a certa.

Eu fui até uma das portas e a empurrei. Senti meu corpo sair do chão e percebi que eu estava sendo puxada para dentro da sala. Eu estava literalmente flutuando no espaço. A sala era escura e tinha alguns pontos brilhantes que pareciam estrelas aqui e ali e tinham também vários planetas, literalmente. Me segurei na fresta porta e Sirius veio me ajudar. Ele se segurou também, pegando minha mão e me puxando para fora da sala.

— Acho que não é essa a sala. – Ele falou lutando para tentar me tirar da sala e ao mesmo tempo fechar a porta para ninguém mais ser sugado pelo vácuo.

— Você acha?! – Perguntei saindo da sala com esforço e o ajudando a fechar a porta junto com os outros.

Mas antes que fechássemos a porta, Alvo gritou:

— Esperem! Temos que marcar as portas por qual já passamos.

— Como? – Perguntou Hugo que ajudava Sirius com a porta que estava muito difícil de fechar.

— Eu sei. – falou Rose indo para mais perto da porta, Sirius e Hugo soltaram a porta. – Flagarte! – Ela fez um desenho com a varinha na frente da porta que formou um X de fogo. Assim que isso aconteceu, as portas começaram a girar novamente, mas o X de fogo permaneceu na porta da sala que nós tínhamos entrado.

— Certo, agora vamos testar outra porta então. – Falou Hugo se aproximando de uma porta, a sua direita. Ele a empurrou e todos se aproximaram, cautelosos, para ver o que havia nela.

Nós entramos e vimos um enorme auditório escuro, com um arco no centro. Podiam-se ouvir vozes sussurrando, vindas do arco, como se elas falassem com você.

— Que vozes são essas? – Perguntou Hugo adentrando mais na sala.

— Não sei. - Falei me aproximando de Hugo e puxando o seu braço. – Mas vamos sair daqui.

Todos saíram da sala e Rose fez mais um X de fogo, dessa vez na porta da sala nova que entramos. Duas de doze.

— É... Não é essa também. – Comentou Tiago fechando uma outra porta, sem que víssemos o que tinha dentro, e fazendo um X de fogo igual ao de Rose naquela sala.

Fui em direção de uma outra porta, mas antes que pudesse abri-la Roxanne entrou na minha frente.

— Só tenho uma pergunta. – Ela falou olhando para Sirius e Tiago. – Vocês ao menos sabem como é essa sala que estamos procurando?

— Claro que sabemos. – Respondeu Tiago.

— Mas vocês não sabem por qual porta passar. – Ela confirmou. Tiago assentiu.

— Caso você não tenha reparado, todas as portas aqui são idênticas, já as salas não. – Falou Sirius meio impaciente agora se desviando dela para entrar na sala.

Roxanne saiu da frente da porta e Sirius a abriu. Nós entramos numa sala bem iluminada, havia vários relógios expostos em prateleiras fazendo um tique-taque irritante. No centro, consegui ver que a fonte de luz era um vidro em forma de sino aproximadamente da minha altura e estava cheio com algo que pareciam ondas de vento luminosas. E, flutuando naquelas ondas, havia um ovo bem pequeno que brilhava muito. Quando o ovo subia, ele ia se abrindo e dele saia um beija-flor que ia subindo até ser apanhado pela corrente de ar e voltar para baixo até voltar a ser um ovo de novamente.

— É essa! – Exclamou Sirius depois de dar uma boa olhada na sala. Sirius estava do meu lado e eu nem tinha percebido que ele estava parado ali. – Essa é a sala, agora só temos que achar a prateleira com os dois vira-tempos.

Todos nós nos aprofundamos na sala e fomos em busca da tal prateleira com os vira-tempos. Procurei mais no centro, me distraindo mais de uma vez com o beija-flor se transformando em ovo. Fui aproximando minha mão do vidro para tocar no líquido que havia dentro dele.

— Não faça isso! – Falou Sirius segurando minha mão. O que fez com que eu me assustasse. Olhei para ele com uma expressão interrogativa. – A não ser que queira ficar presa aí e de brinde ficar com mão de bebê. – Não questionei por que raios eu ficar com mão de bebê. Apenas afastei minha mão comecei a evitar passar muito perto do vidro.

Depois de um bom e longo tempo procurando, nós nos reunimos perto da porta de entrada todos com a notícia de que não tinham achado nada. Todas as esperanças que eu tinha ganho quando Sirius disse que essa era a sala, desapareceram tão rápido quanto chegaram e agora eu me via perdida.

— Hey! Por que essa prateleira não tem nada? – perguntou Tyler de um canto da sala.

Nós fomos até ele e paramos em frente a prateleira. Sirius e Tiago trocaram olhares longos e nervosos.

— O que foi? – Perguntei preocupada.

— Era para os vira-tempos estarem aqui. – Falou Sirius.

— O que?! – Perguntou Rose um pouco mais alto do que ela realmente pretendia.

— Era para os vira-tempos estarem aqui. – Repetiu Tiago lentamente, como se falasse com uma criança. – Mas não estão.

Rose me olhou preocupada, olhei para ela engolindo em seco.

— É claro que não estão. – Ela falou mais calma do que parecia. – Só existem mais dois vira-tempos no mundo, jamais iriam deixar que guardassem o único vira-tempo conhecido sozinho aqui nessa sala! – ela fez uma pausa, baixando a cabeça e fechando os olhos, um pouco decepcionada com sigo mesma. – Eu devia ter pensado nisso antes.

— E agora? – Perguntou Roxanne.

— Agora temos menos de dois dias para achar um vira-tempo que não temos a menor ideia de onde está. – Falei entrando no mesmo desespero de Rose.

— Encontrei eles! – Olhamos para trás e vimos um segurança do ministério. Minha respiração parou por um segundo. Era tudo o que precisávamos agora!

Estávamos ferrados, em todos os sentidos.


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