Mistakes Of The Love escrita por LittlePhoenix


Capítulo 17
Capítulo 16




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Pov’s Rose.

A cada segundo estávamos todos mais perto de deixar de existir para sempre. E agora tem mais essa de existir um “outro filho” do tio Harry. Estou começando a ficar com medo, com medo de não conseguirmos resolver isso tudo.

Voltamos para a Sala Precisa. Lili ainda não queria sair do campo de quadribol, fui até lá falar com ela, mas não funcionou. Ela não fala, não se mexe, não tem nenhuma reação.

Estávamos sentados envolta da mesinha de centro, planejando como iriamos ir até o Ministério da Magia com apenas uma capa da invisibilidade e nenhuma vassoura. Alvo tinha o olhar distante e pensativo, enquanto os outros discutiam alguma coisa que eu não estava prestando atenção. Estava pensando também. Precisávamos da capa do Tiago, mas ele não existe mais, mas existe o outro filho do tio Harry. Então pode ser que o outro garoto tenha a capa, então só...

— É isso! – Exclamou Alvo me despertando dos meus pensamentos distantes.

— É isso o que? – Perguntou Hugo.

— Prestem atenção: meu pai deu a capa para o Tiago porque era o filho mais velho... – Explicou Alvo.

— Então pode ser que ele tenha dado a capa para esse “outro filho dele”! – Conclui.

— Exato! – Concordou Alvo.

Isso acontecia direto, nós tínhamos as mesmas ideias ou sempre concluímos a ideia um do outro.

— Isso é lógico. – Falou Roxanne.

— Agora só temos que dar um jeito de pegar a capa com ele. – Falou Hugo.

— Deixa isso com a gente. – Falou Tiago se referindo a ele e a Sirius.

— Certo. Agora precisamos arrumar oito vassouras para irmos até o ministério. – Falou Hugo. Todos olhamos para ele com uma cara de “por quê?” – Prestem atenção, – ele começou explicando – se na teoria não “existimos”, não temos vassouras, concordam? Então precisamos arrumar alguma.

Hugo dizendo coisas lógicas?! Quem é ele e o que fez com meu irmão?!

— Mas como vamos arrumar essas vassouras? – Perguntou Tyler.

Alvo tinha o olhar distante e pensativo mais uma vez. Depois de um tempo em que todos estavam em silêncio pensando em algo, Alvo disse.

— Podem me emprestar o mapa? – Perguntou a Tiago e Sirius.

— Fique à vontade. – Disse Tiago.

Alvo foi até a mesa de cabeceira que ficava ao lado da cama dos garotos e pegou o mapa. Colocou-o em cima da mesa e disse as palavras para abri-lo. Ficou durante um tempo olhando para ele enquanto tentávamos imaginar o que raios ele estava procurando.

— Aqui. – Ele falou finalmente apontando para um ponto próximo ao campo de quadribol onde estava escrito “Armário de Vassouras”.

— Um armário de vassouras? – Perguntou Roxanne.

— Não é qualquer armário de vassouras, é o armário de vassouras onde a Madame Hocch guarda as vassouras que ela usa na aula de voo do primeiro ano. – Respondeu Alvo.

— Você não está pensando em... – Mas antes que eu concluísse a pergunta ele me respondeu.

— Aqui que vamos pegar as nossas vassouras.

— Vamos roubar as vassouras da Madame Hooch?! – Questionei indignada.

— Não vamos roubar, vamos pegar emprestadas, sem ela saber, mas vamos devolver.

— Você tá doido?! – Perguntei.

— Essa é a única solução, Rose, o único jeito de salvar o meu irmão e a nós mesmos. A não ser que você tenha alguma ideia melhor... - Eu olhei para baixo meio sem graça, então reparei que os outros assistiam a nossa discussão.

— Então... Como vamos pegar as vassouras? – Perguntou Tyler desviando o assunto da briga.

— Bom, hoje o primeiro ano não tem aula de voo, então as vassouras vão estar lá. E o campo só está sendo usado agora, e vai até umas cinco horas... Só temos que evitar sermos vistos.

— Podem usar a passagem secreta que dá no campo de quadribol. – Falou Tiago apontando um ponto do mapa. – É só passar por essa armadura que fica no terceiro andar.

— Bom, então acho melhor começarmos a agir porque o tempo está passando. – Falou Hugo.

— Ok. – Disse Sirius se levantando. – Vamos, Pontas.

— Podemos ficar com o mapa? – Pediu Alvo.

— Claro. – Respondeu Tiago que se levantou também. – Nos encontramos aqui?

— Sim – Disse Alvo. Então os dois saíram pela porta da sala.

Todos nós nos levantamos e começamos a nos preparar par ir. Tentamos ao máximo nos espremer embaixo da capa da invisibilidade, mas não íamos caber todos, então fomos sem mesmo, já que íamos precisar de vários braços para trazer as vassouras.

Quando estávamos no quarto andar um pensamento se apossou da minha mente, uma coisa que eu não tinha pensado antes.

— Alvo. – Sussurrei para que só ele ouvisse, ele olhou para mim. – Apenas mandá-los de volta para o passado, pode não funcionar, porque eles ainda vão saber o que acontece...

— Teremos então que apagar a memória deles. Para esquecerem de tudo, inclusive de nós e da... Lili.

— Foi o que eu imaginei. – Falei. Continuamos andando para a passagem secreta.

 

Pov’s Sirius Black.

Saímos da sala precisa e fomos andando para o salão principal, por uma das janelas dos corredores pude avistar o campo de quadribol ao longe. Então pensei em Lili, ela tinha passado a manhã inteira lá sentada, sem nada nem ninguém.

— Pontas, podemos fazer uma coisa antes de irmos pegar a capa? – Perguntei ainda olhando pela janela.

— O que? – Perguntou.

— Faz assim, tenta descobrir de que ano é o tal Potter e nos encontramos no saguão de entrada.

— Certo... – Falou me olhando desconfiado, mas foi em busca do garoto. Eu, por minha vez, fui até a cozinha.

Lá peguei um pouco de comida com os elfos e me dirigi rapidamente até o campo de quadribol. Não havia ninguém no local, exceto uma pessoa, que estava sentada ao canto mais escondido da arquibancada, e a não ser que você já soubesse que ela estava lá, não conseguiria enxergá-la com facilidade.

Subi as arquibancadas e coloquei a comida ao seu lado, me sentando também. Ela continuou com o olhar fixo ao longe.

— Oi, Lili. – Falei, ela não respondeu, nem ao menos olhou para mim. – Trouxe alguma coisa para você comer. – Nada. – Eu sei que você está brava, e com razão, mas eu queria que você me perdoasse. – Ela continuou olhando para o nada. – Estou tentando, do meu jeito estranho, ajudar. Já que tudo está acontecendo por minha causa, mas também precisamos... Quer dizer, eu preciso de você. Preciso ver você sorrindo de novo. Preciso ter a oportunidade de partir e saber que você não me odeia. Sinto muito por te amar. Sinto muito por ter vindo pra cá com o simples intuito de te ver. Sinto muito por ter destruído o seu namoro. Sinto muito por destruir a sua vida. Mas me perdoe, por favor. – Ela continuou parada na mesma posição. Não teve nenhuma reação. Apenas acariciei sua mão. Ela não se mexeu. Me levantei e já ia indo embora, mas então me virei para ela uma última vez. – Sabe, você pode não querer mais falar comigo e me culpar por tudo, já que a culpa é minha mesmo, mas apenas ficar aí sentada sem fazer nada não irá trazer o seu irmão de volta. – Ela me olhou, sem dizer nada. Me transformei em animago e fui embora para encontrar Pontas.

— O que você foi fazer? – Perguntou pontas assim que encontrei ele no saguão de entrada.

— Fui falar com a Luna. – Respondi. – Mas ela não se deu ao trabalho nem de olhar na minha cara direito, quanto mais de responder.

— Você tem que parar de pensar nela.

— Essa é a parte mais difícil.

— Agora que você sabe como é estar apaixonado também, vai parar de me zoar com o lance da Evans e vai parar de me chamar de veado?

— Não, você é um veado e sempre será um veado. Seu animago é um veado, cara!

— É um cervo! – Ele falou irritado. Eu dei risada.

— Tanto faz. Você descobriu de que ano ele é?

— Quinto ano.

— Vish, então vai ser mole.

Fomos para os jardins, já que estava muito quente e não estava tendo aula naquele horário. E lá estava o garoto, sentado com alguns amigos perto do lago. Eu e Tiago trocamos olhares e já sabíamos o que fazer.

— Hey, Potter! – Gritamos indo até ele, como se fossemos velhos amigos. Ele nos olhou com cara de ponto de interrogação.

— Oi... – Falou um pouco confuso. Então o levantamos do chão, já que era um garoto incrivelmente magro, e começamos a andar com ele, que ainda nos olhava confuso.

— Nós precisávamos mesmo falar com você. – Falei.

— Tá... Mas... Quem são vocês?

— Pontas, - Falou Tiago apontando para si e depois para mim – e ele, Almofadinhas.

— Pera... Eu já ouvi esses nomes...

— Claro que já! Todo mundo já ouviu esse nome! – Falou Pontas.

— É super comum de onde viemos. – Comentei, o que deixou o garoto ainda mais confuso.

— De onde vieram?

— Essa é a questão. – Falei. – De onde viemos?

— Quem somos nós? – Falou Pontas.

— Almofadinhas e Pontas... Não? – Perguntou olhando de mim para Tiago.

— Pode ser que seja, pode ser que não seja. – Falei.

— Espera... O que é que vocês querem? – Perguntou parando de andar bruscamente. – Eu estou ficando confuso.

— É isso que queremos. – Falou Pontas.

— Me deixar confuso?

— Não. – Falei.

— O que querem então?

— Você está confuso? – Perguntou Pontas. – Que interessante.

— O que? – Então voltamos a andar levando ele conosco. – De onde vocês surgiram? Nunca vi vocês aqui. E você – dessa vez se referia ao Pontas – parece meu pai.

— Então seu pai deve ser muito lindo. – Falou Pontas.

— Olha, eu já cansei. Chega dessa palhaçada. – Falou o garoto se virando para voltar ao lago.

— Mas precisamos falar urgentemente com você! – Falei.

— Sobre o que?! – Perguntou irritado. Chegamos mais perto dele e sussurramos juntos.

— Precisamos da sua capa da invisibilidade.

— Claro, vou emprestar minha capa para dois loucos que aparecem na minha frente do nada.

— Vai, sim. – Falou Pontas.

— E por que eu faria isso?

— Pelo simples motivo de que precisamos de uma capa. – Falei.

— Ótimo motivo. – Falou sorrindo sarcasticamente. – Agora tchau. – Ele se virou para ir embora de novo.

Então nos viramos para voltar para a Sala Precisa e encontrar com os outros.

— Pegou? – Perguntei ao Pontas.

— Peguei. – Falou mostrando a capa bem dobrada em suas mãos e sorrindo marotamente. – No bolso das vestes, como de costume. – Eu e ele começamos a rir. Esse menino é muito lerdo mesmo.

 

Pov’s Lilian Luna.

Fiquei um bom tempo pensando no que Sirius disse. E realmente, ficar sentada ali não ia trazer o Tiago de volta. Mas eu estava muito deprimida. Durante a manhã toda fiquei pensando que de uma certa forma, tudo isso era minha culpa. Se não fosse por minha causa, Sirius não teria vindo para cá, nem o Tiago e nada disse estaria acontecendo. Acho que deveria pedir desculpas para o Sirius, por ter culpado ele de tudo. Também tenho que ir ajudar o pessoal com seja lá o que eles estejam fazendo.

Me sinto uma imbecil por ter ficado o dia inteiro sem fazer nada. Logo, Rose e Alvo sumirão também e eu fiquei sentada esperando a morte vir me levar. Eu realmente sou uma idiota. Então agora vou ajudar eles. Mas depois de comer alguma coisa. Toda essa conversa com o meu eu, rendeu tempo suficiente para anoitecer. Sendo assim comi o mais rápido que consegui. Junto com as coisas que Sirius havia me trazido, encontrei um bilhete em forma de avião.

“Se mudar de ideia, iremos partir da torre de astronomia por volta das 22h.

— Almofadinhas”

Olhei para o relógio de Hogwarts. Marcavam exatamente dez horas. Me levantei e sai correndo até a torre de Astronomia. Nunca corri tanto na minha vida.

— Aonde a senhora vai com tanta pressa a essa hora da noite?! – Questionou o Barão Sangrento, quando encontrei com ele quase já na torre.

— Preciso resolver uma coisa urgente, Barão. – Falei desesperada.

— Mas o que há de tão urgente?

— Não tenho tempo para explicar, preciso ir. – Falei atravessando por ele. E que sensação estranha, parecia que eu estava atravessando uma cortina de água. Ele começou a gritar meu nome. O que demonstrava que os fantasmas não esqueciam tão rapidamente. Mas eu não tinha tempo para respondê-lo.

Subi as escadas para a Torre de Astronomia, mas eles já não estavam mais lá. Tinham partido. Vi suas silhuetas indo embora na vassoura.

— SIRIUS! – Gritei desesperada, mas ele não me ouvia. – SIRIUS! –Ainda não me ouvia.

Comecei a entrar em desespero, tentei ver se haviam deixado uma vassoura para mim, mas não havia nada. Então encontrei um pedaço de papel amassado e uma pena. Escrevi com a tinha fraca um bilhete.

“Estou na torre de astronomia.

— Lili”

Dobrei o papel até que virasse um aviãozinho e o arremessei pelos ares, pensando “para Sirius Black”, mas eles já estavam tão distantes que nem podia mais ver a silhueta de nenhum deles. Me sentei no chão com as mãos no rosto e fiquei rezando para que o bilhetinho chegasse. Mas eles não voltavam.

— Está esperando alguém? – Olhei para cima quando já estava sem esperanças e vi Sirius segurando a vassoura na mão. Me levantei de um salto e lhe dei um abraço.

— Que bom que você voltou! – Nós dois subimos na vassoura e fomos voando para sei lá onde. – A propósito, onde é que estamos indo?

— Para o ministério, arrumar um vira-tempo. – Respondeu Sirius. – Lili, você me perdoa?

— Claro. – Falei. – Na verdade, eu descobri que a culpa disso tudo na verdade é mais minha do que sua. Então é você quem tem que me perdoar.

— Eu te perdoo. – Ele falou rindo.

Eu me senti melhor por ter voltado a falar com Sirius. É, eu ainda amo ele, fazer o que?


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