Make A Wish escrita por Carol22


Capítulo 8
Festa e pingos de café


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Estou postando um capítulo por dia mas pode ser que eu demore um pouco mais para postar os próximos. Estou precisando de mais inspiração para escrever kkk
Mais aí vai mais um e espero que gostem porque sinceramente, eu amo escrever essa fic :)



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Cheguei no estúdio e fui procurar a sala que o Bill estaria gravando.


No meio do caminho acabei dando de cara com o diretor Jim.


–Carol? O que faz aqui?
–Eu, hã...vim buscar a pulseira que esqueci na sala do ShotUnderSkin.
–Ah, tudo bem. Precisa de ajuda?
–Não, eu sei onde é. Obrigada.
–Nosso clipe ficou ótimo. Daqui mais ou menos 2 meses será o lançamento e vou precisar de você aqui em Los Angeles.
–Sério? Bom, isso você resolve com a Clair. Com licença.


Aquela situação já estava me irritando. Precisei mentir para o Jim porque, bem, o que eu poderia dizer? "Vim ver o cara que me deixou hipnotizada em Milão e ele me manda flores, mas nunca chegou muito perto ou insinuou que gostava de mim".


Ele disse que eu era bonita e me deu flores certo? Vai ver ele é tímido ou será que somos só amigos? Que esperanças eu poderia ter?


Eu sempre fui muito impaciente e quando ficava afim de um cara, bom, ele sempre me beijava antes que eu pedisse. Vai ver eu sou uma boba e o Bill até já tem namorada. Ah! Como eu odiava pensar nisso.


Peguei o celular e fui até o banheiro do corredor. Faltavam dez minutos pras 4:00. Eu ainda tinha tempo.
Liguei pra Isabelle, ela sempre sabia o que fazer.


                                                                                                                          –Isa.
–Carol! Nossa que saudade! Como você tá em "L.A."? -aff a Isa também?
–Isa eu quero um conselho. Quando um cara que mal te conhece te chama pra sair e manda flores no hotel, ele quer o que?
–O Bill te mandou flores? Que romântico!
–Isa, é sério. Ele nem pediu meu telefone ou sei lá me passou uma cantada...
–Carol, fica fria. Ele deve ser tímido. Vocês estão se conhecendo, vai ver ele prefere ter uma relação mais calma. Deixe tudo acontecer naturalmente.
–Mas eu volto pra Itália daqui 3 dias! -gritei meio que desesperada.
–Me ouve, nem pense nisso, deixe tudo acontecer em seu devido tempo e aproveite as horas que está perto dele. Lembre-se o que a gente consegue fácil, vai embora fácil.
–Acho que entendi. Vou me acalmar e pensar nisso. Valeu Isa!
–De nada Carol, não se desespere. Beijos.


A Isa tá certa. Eu preciso aceitar que as coisas aconteçam naturalmente em seu tempo certo. Mas que isso está me deixando louca está!


Saí do banheiro e continuei andando pelo corredor. Por sorte vi Tom indo pela direção contrária e passando por mim.


–Carol! Você apareceu.
–Oi Tom. O Bill me chamou pra ver vocês tocarem.
–Eu sei ele tava te esperando, com medo que você não recebesse as flores...sabe como é o meu irmão.
–Na verdade sei pouco sobre ele...
–Então vamos pra sala e você vai saber de tudo!
–Okay.
–Quase me esqueci, você está muito linda! Pena que não fui eu que te conheci em Milão porque se não, não estaria tão frio aqui.
–Acho que sala é aquela ali.



                                                                                                                          –Bill! Olha quem eu achei dando sopa pelo corredor.
–Carol! Que bom que veio! -Bill disse abrindo um largo sorriso.
–Oi, e Bill, amei as flores! Como você sabia que eu gostava de rosas cor-de-rosas?
–Ah, achei que rosas vermelhas eram muito cliché. E rosas brancas ninguém merece né?
–É -eu ri, ele era bom com flores kkk
–Agora quero que você conheça o Georg e o Gustav.
–Oi, prazer.
–Prazer, você é mesmo brasileira? -disse Georg, um cara com um cabelo muito bonito. Pensei, aquilo não pode ser de verdade kkk.
–Sou, e você enlouquece muito em festas? -ele riu.
–Já vi que o Tom andou te contando algumas histórias...
–Eles andaram me contando de uma certa turnê.
–Ah, espere até eu contar um dos segredos do Tom.
–Haha, então, vamos começar a gravar? -disse o Bill interrompendo nossa overdose de risadas.



...You're automatic and your voice is eletric
Why I still believe
It's automatic when you say things get better
But they never
There's no real love in you...




Bill cantava lindamente com calma e concentração. Eu gostava muito das músicas e até cantava junto algumas vezes.



                                                                                                                          –Cansei por hoje gente, agora só amanhã.
–É, fizemos um bom trabalho.
–Carol, o que achou?
–Eu adorei! Escuto o tempo todo "Monsoon" -do nada olhei pra ele e fiquei vermelha.
–Monsson também é uma das minhas preferidas.
–Você está com cede? Nós íamos tomar um café aqui perto. Vem com a gente!


Olhei no relógio, eram quase 6 p.m. Os garotos passariam no hotel às 8:30 p.m. Eu bem que podia ir com eles.


–Ah, tenho que admitir a Califórnia sabe fazer ótimos cafés.
–Onde eu e o Bill costumamos ir serve o melhor café de L.A.!
–Sério? Onde eu encontro esse café?
–É só eu pegar as chaves e já te levo lá.


Chegamos ao local e reparei que se parecia muito com uma típica cafeteria europeia. Cercas brancas, toldos vermelhos e o cheiro de croissant de chocolate. Eu quase poderia julgar que estávamos em Paris, mas as ruas bem movimentadas vistas pelo vidro acabavam com essa ilusão.


–Um descafeinado com duas camadas de chantilly.
–Descafeinado é Georg?
–Vocês sabem o que a cafeína faz comigo.
–Eu vou querer um mocha com calda de chocolate e Amarula.
–Humm esse parece bom vou querer um também.
–É a Carol parece saber das coisas.
–De café! Disso eu entendo.
–E você Bill?
–Eu vou querer um cappuccino extra forte com pouco creme.
–Parece forte.
–Quero algo que me mantenha acordado e depois de um tempo me faça dormir profundamente.
–Oh... -eu disse e ele olhou pra mim como se quisesse dizer algo.


Nossos cafés tinham chegado. Gustav parecia intrigado com seu café cheio de creme.


–Hey Gustav vai com calma. Quer virar dois?
–Vai ser bom poder tocar bateria com quatro mãos não acha?
–Eles adoram implicar com você né Gustav? Nem se preocupe eles são uns bobos fazendo isso.
–Valeu Carol, no fundo eles são bobos mesmo.
–Foi mal Gus. Olha o lado bom, você foi defendido por uma modelo! Isso nunca aconteceria com o Georg.
–Vish, agora o bullying é comigo? Carol me defenda, por favor.
–Meninos, chega, devemos respeitar uns aos outros e viver em paz! Pronto, essa é a minha defesa universal. -falei e provei meu café.
–Nossa esse café está incrível!
–Está mesmo. Irei sempre confiar na sua escolha de café -riu Tom.


Conversamos um pouco, rimos de mais algumas histórias e saboreamos nossos cafés. Já estava ficando tarde e achei que era hora de voltar pro hotel.


–Gente, foi ótimo, mas acho que já é hora de voltar pro hotel.
–Já? Nós estamos com a noite livre e você?
–Eu er...tenho uma festa.
–Uma festa? -disse Bill meio chateado.
–Vocês devem saber que eu estava participando do novo clipe do ShotUnderSkin e passei bastante tempo no estúdio com eles. Um amigo deles vai dar uma festa e eles me chamaram.
–Eu tinha ouvido falar do clipe. A banda parece boa.
–É eu vim pra Los Angeles mais por conta do clipe, pena que logo vou ter de ir.
–Mal nos conhecemos e você já vai?
–É, mas eu encontrei o diretor Jim e ele disse que precisaria de mim daqui alguns meses.
–E quanto a amanhã? Você tem planos?
–Acho que não tenho nada marcado.
–Então ainda nos vemos. O nosso produtor vai dar um jantar segunda à noite e você deveria vir.
–Eu adoraria.
–Te ligamos mais tarde então.
–Eu te levo até o hotel -disse Bill vendo que a conversa havia encerrado.
–Sim, obrigada.
–Tchau Carol, Tom e eu também teremos uma diversão essa noite.
–Okay, divirtam-se tchau.


Fui com o Bill até o carro. Não fazia ideia no que ele estaria pensando, mas gostaria de saber.


–Obrigada por se oferecer pra me deixar no hotel -disse meio sem graça.
–Que isso, é um prazer. Eu queria saber mais sobre você.
–E eu sobre você.
–Sabe, algo veio a mim quando te reconheci no desfile. De alguma forma sua presença me reconfortou.
–E eu sempre pensava na nossa conversa em Milão. Não conseguia esquecer daqueles poucos minutos. Parecia que era algo especial.
–Eu não queria te ver partir tão cedo, agora que nos encontramos novamente. Eu gosto de conversar com você Carol, você me trás sensações felizes.
–Eu digo o mesmo.
–Bill, você tem namorada?
–Eu, infelizmente não. E você, tem namorado?
–Tive há algum tempo atrás.
–Bom, minha última namorada foi há muitos anos. Hoje em dia não sei se acontecerá de novo.
–Ah, você é jovem e tem uma alma boa Bill, muitas garotas ficariam felizes ao seu lado.
–Valeu, acredito que você já tenha vivido muitos romances.
–Eu admito que já tive vários relacionamentos mas nada muito envolvente que me fizesse girar ou ver um mundo diferente, você me entende.
–Eu ainda acredito em amor verdadeiro.
–Eu também.


Chegamos à entrada do hotel. De alguma forma eu não queria que ele fosse embora. Queria saber o que eu significava pra ele e o que ele significava pra mim.


–Eu tive uma tarde maravilhosa.
–Eu também, aquele café era incrível. Acho melhor eu ir. Tchau Bill obrigada pelas flores e pelo café, você é demais.
–Obrigado pela companhia. Carol...
–Sim?
–Eu vou te ver de novo?
–Prometo que sim. Boa noite.
–Boa noite, divirta-se.


Beijei seu rosto e fui para o quarto. Eu tinha menos de uma hora para estar pronta.



                                                                                                                         –Carol, vai sair?
–Clair, eu vou a uma festa com os meninos.
–Jim disse que te encontrou no estúdio. Você achou sua pulseira?
–E-eu achei sim.
–Que bom, ele também deve ter dito que voltaremos em alguns meses.
–Ele disse.
–Bom, então divirta-se na festa e não volte tarde.
–Sim, não se preocupe.


Fiquei pronta e desci para o saguão para esperar os garotos. Um casal apaixonado estava perto de mim e eu pensei na tarde que havia tido. O Bill gosta de mim certo? Ele é poucos anos mais velho, mas nos daríamos bem.


O vento soprou levemente em minha roupa e notei que eles já haviam chegado. É, eu poderia me divertir na festa.



–Oi Carol, você está linda como sempre.
–Valeu meninos.
–Aaron dirija com cuidado.
–Claro, tem uma modelo a bordo e não é o Natan que está no volante.
–Muito engraçado, agora pisa no acelerador que eu tenho uma festa pra ir.
–Onde é a festa? –perguntei.
–É em Hollywood numa boate perto da praia. Você vai adorar.


Entramos na festa e o local parecia legal, muitas luzes, um dj animado e algumas celebridades conhecidas.



                                                                                                                         –Vem, você tem que conhecer o Dilan.

                                                                                                                         –Eaí parceiro que bom que veio! -falou o Dilan em seu aspecto festeiro.
–Oi cara, essa aqui é a nossa amiga do clipe. Carol Manfredini.
–Oi, como vai?
–Oi, é você que eles chamaram pra aumentar a audiência da banda?
–Ah, acho que sim -ri do jeito que ele olhava pra mim.
–O sucesso deles ainda promete. Fique a vontade.
–Obrigada.


Sentamos numa mesa perto do bar e estava tocando uma música dançante.



                                                                                                                          –Você dança Carol?
–Muito mal, pra dizer a verdade.
–Não acredito. Venha provar pra mim.


Brad me puxou pra pista de dança. Ele dançava muito bem. Logo os outros meninos saíram da mesa e vieram dançar.


O Sean estava com a Keisie e o Aaron já estava acompanhado por uma garota que apareceu de repente. Natan também estava curtindo com algumas garotas.


–Você não dança mal garota.
–Muito menos você garoto.
–Quer beber alguma coisa?
–Pode ser.


Os atendentes o bar estavam fazendo malabarismos com os copos e outros truques. Pedi só uma água com um pouco de cereja. Era estranho, mas gostoso.


–Como passou a tarde?
–Ah, eu estava no estúdio.
–Sério? O que você estava fazendo lá? A filmagem acabou.
–Eu hã... -não iria mentir pra ele, resolvi falar o que estava acontecendo.
–Eu estava no estúdio porque um amigo meu tinha me chamado para ver a banda dele tocar.
–Achei que você estivesse saindo com algum cara. O Sean falou que tinha te visto hoje conversando com um integrante de uma banda.
–Ah acho que ele me viu conversando com o Tom.
–Do Tokio Hotel? É eles gravam lá.
–Isso mesmo. Eu meio que já conhecia o vocalista de outro lugar.
–Então vocês estão saindo né?
–Sim, quero dizer, jantamos outro dia e tomamos um café. Não sei bem o que você quer dizer com "saindo".
–Você e o vocalista tipo, estão juntos, quero dizer, tem um relacionamento?
–O pior de tudo é que não sei. Nos conhecemos a pouco. Tínhamos conversado uma vez em um desfile e nos encontramos de novo agora em Los Angeles.
–Entendo. Se o cara ainda não tentou te beijar ele é muito burro.
–Eu não sei se ele quer me beijar. Eu ainda estou conhecendo ele.
–Carol, na mesma hora que te vi na minha frente eu queria te beijar. Fiquei congelado por alguns segundos, mas já queria te ter nas mãos. Você é uma garota especial. Qualquer cara percebe isso.
–Não sei Brad, vou esperar. Quem sabe somos só amigos...
–Quer dançar de novo? Eu já te disse o que acho desse cara. Se quiser você arruma um outro num estante. Alguém que deixe claro que você é especial.
–Vamos dançar então.


Brad e eu dançamos. Logo ele se cansou e me fez dançar com o Dilan. A verdade é que eu só pensava no Bill. Onde ele poderia estar agora?



(Bill)


–Bill você vem com a gente?
–Não sei, é seguro?
–Você conhece nossas diversões nem sempre é seguro mas vale uma noite.
–Quem sabe você não arranja uma garota gata pra dançar?
–Não estou muito pra balada hoje, não acredito que encontraria uma garota lá.
–Você quem sabe. Estamos indo.


Preferi não ir. Eu não seria a melhor companhia pra eles. Fiquei pensando na modelo que conseguiu girar meu mundo em tão pouco tempo. Ela estaria numa festa agora. Talvez com algum cara, se divertindo. Fui até um bar que ficava na rua ao lado.


Pedi um drink e me sentei vendo o cara preparar a bebida. Uma garçonete trouxe a bebida até mim.


                                                                                                                         –Sua bebida senhor. Ei, você não é daquela banda alemã?
–Sim, eu sou.
–Você parece triste. Quer conversar?


Por alguns segundos hesitei achando que não deveria compartilhar meu drama com uma estranha, mas na falta de companhia pedi que ela se sentasse.



                                                                                                                         –É alguma garota?
–Meio que sim.
–Sua namorada?
–Não, infelizmente não -as últimas palavras fizeram meu coração disparar. Eu queria que ela fosse minha namorada?
–Você gosta dela?
–Gosto. Conheço ela há pouco tempo, mas gosto. Ela me faz sentir bem.
–Hum, então porque não sai com ela e diz como se sente?
–Ela vai embora em pouco tempo e nem sei se irei vê-la de novo. As coisas estão acontecendo rápido demais.
–Como você acha que vai se sentir quando ela partir?
–Não sei. Mal?
–Olha, tudo isso depende de você. Se você está feliz ou triste as escolhas são suas. Se você gosta dela, mostre que ela é especial, diferente. Mexa com os sentidos delas e se você achar que a ama, não deixe ir, não pra sempre.


Conversei mais um pouco com ela e fui embora. Seu nome era Lola. O café que tinha tomado fizera efeito e já queria ir pra cama. Não conseguia dormir. De alguma forma pensei no que Lola havia dito. "Se você achar que a ama não deixe ir, não pra sempre". Aquilo se repetiu em minha cabeça. Eu a amava?


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                                                                                                                         –Obrigada pela festa meninos. Boa noite!
–Boa noite e não vá embora sem se despedir. O Dilan adorou sua presença e podíamos sair de novo.
–Claro, amanhã quem sabe.
–Te ligo Carol, agora vamos indo porque o Natan teve diversão demais.
–O que? Não Carol, fica a noite é só uma criança.
–Tchau Natan durma bem -ri e fui embora.


O carro saiu e eles tinham me deixado na entrada do hotel. Olhei a recepção, aquele casal de jovens apaixonados continuava lá.
Subi e fui dormir. Ouvi um barulho e vinha do meu celular.
Uma mensagem do Bill.


Sonharei com você essa noite?



Comecei a sorrir. Acho que eu gosto dele.

















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Notas finais do capítulo

Oh Bil...
Bom, contem-me o que acharam nas reviews. Eu adoro saber a opinião de quem lê e isso é fundamental para que eu continue.
Muitos beijos!



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