04 - First Tragedy - The Meteor

Eu já estou acostumada a ser forever alone.

Acho que... Eu aceitei andar com aqueles quatro por impulso.

Por que depois, eu tinha certeza de que ia ser expulsa do grupo no primeiro segundo.

Bem, logo depois que aceitei ser amiga deles, eles já estavam querendo me levar pra algum lugar aleatório aí. Mas eu não fazia a menor ideia da onde.

Aí, eu me toquei que nem os nomes deles eu sabia.

– Ah, é - O Alois disse, do nada, como se tivesse lendo a minha mente - Os nomes... - Ele começou a apontar para os outros - Stan, Kyle, Balofo e Kenny

O mais gordo bateu no Alois do nada.

– É Cartman, garoto pobre

Garotas normais ficariam com medo e separariam a briga na hora. Eu tinha certeza de que estava no lugar certo. Acho que os garotos devem ter se assustado um pouco ao me verem olhando para aqueles dois, na porrada, com os olhos brilhando como se eles fossem do Junjou Romantica. Sim, além de pervertida, eu adoro porrada.

Bem, nós fizemos outra coisa que eu adoro : Fugimos da escola.

No ano anterior, eu fugia o tempo inteiro. E olha que aquela escola parecia uma prisão. Era o de sempre : É só pedir pra ir no banheiro, pegar algumas toalhas no vestiário e lençóis na enfermaria que a fuga já é garantida. Eu achava que seria alguma coisa à lá Missão Impossível, com mil apetrechinhos e tal. Mas... Na verdade não foi bem assim.

A gente só... Passou pela porta.

Só.

E pela porta principal ainda por cima.

Ah, sério.

Tá de sacanagem comigo, né?

Ok, ok, fugas frustradas à parte. Eles me levaram para uma pedra gigantesca perto de uma rua aleatória. Eu lembrei de ter passado por ela quando estava de mudança. No início, não fazia a menor ideia do que estava fazendo ali. Depois, eu lembrei que garotos de cidades pequenas tem essas manias de fazer uma espécie de adaptação quando chamam alguém novo. Subi na pedra e fiquei apenas observando o que eles iam fazer.

– Aí, tá vindo um - Cartman disse, olhando para a rua. Fui até a ponta da pedra e fiquei olhando. Tinha um carro a caminho e vi que eles estavam com algumas pedras nas mãos.

Aí essa tapadinha aqui resolveu finalmente se tocar.

Pedra, carro, pedrinhas...

Realmente, eu não sou uma garota normal.

Eles começaram a jogar as pedras e o motorista começou a gritar lá embaixo.

– FILHOS DA PUTA!

Dei algumas risadinhas. O Alo... Ou melhor, o Kenny se virou para mim.

– Quer tentar?

Aí, a minha pose fofinha sumiu de vez. Eu fui lá e peguei uma pedra. Mas não era uma pedra comum. Era A pedra. Ela era enorme, pesada e aquelas paradinhas nela ficavam incomodando. Aí, um carro apareceu. Até hoje, eu acho que aquele motorista está me procurando. Eu joguei a pedra no lugar errado. Foi direto pro porta-malas. Mas o estrago foi grande.

Parecia que tinha caído um mini meteoro lá. Ainda bem que o motorista era surdo e não ouviu o barulhão que fez. Já estava até vendo : Eu, novamente, excluída da sociedade.

Mandou bem, Momiji.

O gênio foi mais forte.

Eu até ouvi eles cochichando alguma coisa a meu respeito, mas não era nada sobre me tirar do grupo. Muito pelo contrário.

Tanto que eu ouvi a palavra perfeita várias vezes...

–-- Continue ---