Don't Leave Me. escrita por Céu Azul


Capítulo 2
-Stupid rain.


Notas iniciais do capítulo

Ok flores, aqui mais um cap para vocês :D
Beijos, Boa leituraaa !



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/240487/chapter/2


Capitulo II

-Stupid rain.

A chuva já tinha começado e eu ainda nem ia à meio do caminho, era preciso muito azar mesmo! Comecei a correr, mas parecia que quanto mais eu corria mais me molhava!

Uma voz me chamou me virei para trás, e quando vi a pessoa, a primeira coisa que me veio à cabeça foi “minha maquiagem deve estar toda borrada”.

-Quer ajuda?-ele perguntou irônico.

-Prefiro morrer de hipotermia! –cuspi na sua cara.

Ele caminhou até mim me tapando com o seu guarda-chuva enquanto que eu tremia abraçada a mim própria por via de estar encharcada. Eu realmente parecia a Miss T-shirt molhada, só que no corpo todo!

-Não seja teimosa garota! Assim vai morrer mesmo!-Henriq teimou.

-Já disse que não preciso da sua ajuda! –me afastei do seu guarda-chuva voltando a levar com as gotas grossas de água.

-Ok. Como queira! –Ele continuou seu caminho a minha frente.

Comecei a andar também, custava-me andar na verdade, a roupa já pesava de tanta água que ela tinha nela! E parecia que a chuva (trovoada) piorava cada vez mais. Meus dentes batiam por causa do frio e eu começava a espirrar eu iria ficar doente na certa.

Continuei a caminhar desta vez mais depressa, eu tinha que chegar a casa logo e tirar essa roupa. Passei pelo ser imprestável a minha frente que se entre tia com o móvel e continuei meu caminho.

Uma mão me fez parar, me assustando.

-Não seja teimosa. -Henriq voltou a me parar e cobrir com o seu guarda-chuva. Eu não me movi, era confortável não estar a levar com as gotas por momentos. Ele continuou a andar e me levou consigo me puxando. Não relutei eu me tinha rendido.

-Isso é por quê? Ficou com pena? –o olhei.

-Também. –ele respondeu sem retirar o olhar do caminho.

-Também? –parei de andar, fazendo ele também seguir meu ato e me olhar.

-Sim. –ele me respondeu.

-Qual é o outro motivo? –franzi meu cenho.

-Isso só eu é que posso saber. -ele riu e eu o olhei desconfiada. –Vamos logo! –Henriq me puxou e continuamos o nosso caminho.

A chuva já tinha parado, mas ainda caminhávamos lado a lado, todo o caminho foi silencioso, não tínhamos nada para falar. Henriq não é nem nunca foi meu amigo, nunca gostei de me misturar com pessoas como ele.

Que estão sempre na boca do mundo, nunca fui nem gosto de ser o centro das atenções, realmente não gosto de ser exposta, às vezes eu queria que ninguém soubesse quem eu sou, o que se passou comigo. Talvez não passa-se por uma menina órfã de que todos têm pena.

-Eu vou virar aqui. –Henriq chamou minha atenção.

-Ah... Ok, obrigada. –Disse simplesmente.

-De nada. –Ele sorriu gentil e o vi virar a rua.

Continuei o meu caminho sem pressa, apesar de que o frio continuava em meu corpo eu já não ligava, doente eu já iria ficar mesmo. Quando avistei a minha casa apressei o passo.

Entrei na casa e gritei por minha tia, não obtive resposta ela deveria ter saído. Fui até a cozinha e ela tinha deixado um bilhete.

“Fui sair com Melissa, tem comida na geladeira e dinheiro no armário da sala. Volto tarde, beijos.”

Deixei o bilhete em cima da bancada e subi para meu quarto, estava sem fome e agora só queria tirar essa roupa imunda. Despi-me enquanto que a banheira enchia e logo entrei. Senti todo o meu corpo relaxar, era a melhor sensação que eu poderia ter, joguei a minha cabeça para trás e fechei os olhos por um pouco. Até que enfim estou em casa.

Saí da banheira manhosa, eu queria ficar ali. Caminhei até a porta e tirei minha toalha pendurada e me embrulhei na mesma, caminhei até o meu quarto e peguei uma calcinha logo a vestindo, e de seguida meu sutiã, procurei algo pra vestir e coloquei um short jeans e uma camisola de manga comprida, mas de tecido leve, calcei meus chinelos e desci.

Odeio esse tempo, a chover... Mas sem calor ou frio, só… chuva. 

Sentei no sofá da sala e liguei a TV, passei por vários canais, mas nenhum chamou minha atenção para que parasse nele, desliguei a TV. Deitei-me no sofá e fixei o teto.

Minha vida realmente é inútil.

O que uma adolescente da minha idade costuma fazer? Ir a internet, sair com amigos, ver televisão, estar com seus namorados, comer porcaria. Mas eu raramente faço isso, é só como se não tivesse vontade. Não me perguntem por minhas contas sociais porque eu não tenho uma sequer, twitter, tumblr, facebook, hi5, myspace… não me meto nessas coisas, por quê? Porque a maioria pede fotografias, e eu simplesmente não tiro fotografias e outras porque eu também não tenho paciência nenhuma, e sinceramente não vejo a utilidade, já vejo as pessoas todos os dias não preciso de ainda ver suas fotografias quando chego a casa.

Para não falar que muitas dessas redes sociais são só mas uma forma de intrigas e coscuvelhices, simplesmente mais uma forma de as pessoas se poderem meter na vida das outras e espalharem mais boatos alheios. Para mim a internet serve para pesquisa, youtube, ler e noticias. Não vejo qualquer outra utilidade no uso do computador, ler, navegar, escrever e pesquisar. A internet para mim, não serve nem nunca serviu para socializar, se o quisesse fazer iria ter com a pessoa e falaríamos. Só apoio a internet na parte de socializar, quando famílias estão longes umas das outras. Sim, isso sim é útil.

Mas minha única família é minha tia, e ela está bem perto de mim. Meu telemóvel chega para falar com ela.

Levantei-me do sofá e fui até a cozinha, agora eu já sentia fome, abri o frigorifico e procurei algo que me agrada-se.

-Hmm, salada de fruta. –falei para mim própria. Retirei a tigela com a salada do frigorifico e fui buscar uma para mim, onde servi minha salada, voltei a colocar a tigela no frigorifico e fui buscar uma colher, me senti na mesa da cozinha, e comecei a deliciar a minha salada.

Fui interrompida na minha refeição com uma musica tocando, saí a correr para a sala e atendi a chamada.

-Estou.  -falei.

-Mel é a Lilly… então você sempre vai à festa?-ela perguntou do outro lado.

-Festa, que festa? –perguntei sem entender nada.

-Não acredito que já esqueceu… A festa no sábado, na casa de Henriq!

-Ah… isso. -Eu realmente não teria nada para fazer esse fim de semana. -Sim eu vou.

-Ah tá bom, oh vai haver balada hoje a noite, ta afim?

-Onde? –perguntei e voltei para a cozinha logo me sentando.

-Na Tonight, dizem que vai bombar hoje. -Lilly falou animada.

-È… pode ser. Quem vai?-perguntei enquanto comia minha salada.

-Gente da escola, claro. –ela disse como se fosse obvio.

-Sim besta! Mas especifica. –ri.

-Ah, sei lá. John, eu, você, os putinhas, as líderes da claque, essa gente toda. –È, se não entenderam quem eram “os putinhas” Lilly chama o grupo de Henriq assim…

-Tá bem. Vocês me apanham aqui?

-Sim, a meia noite viu? Nada de atrasos!

-Até parece… - rimos juntas. –Vai agora tchau! Você é uma empata salada! –Lilly riu.

-Come sua salada, come. Fui! –Ela desligou.

Pousei o meu telemóvel em cima da mesa e acabei minha salada, espreitei as horas e marcava dezenove horas, eu realmente engonho com a comida. Fui para a sala, e vi TV mesmo sem ter interesse algum. Passado umas três horas e meia minha tia chegou, cheia de compras na mão. Realmente!

-Quê isso tudo? –Falei enquanto pegava nos sacos na tentativa de ajuda-la.

-Roupa, ué!

-Isso tudo? Desde quando a gente é rica e eu não sei? –franzi minha testa irônica.

-Desde que eu recebi um aumento. -ela sorriu.

-Ah parabéns! –larguei os sacos e a abracei.

-È eu também fiquei contente.

-Ah… falando em felicidade, hoje eu quero ir à balada com Lilly, algum problema?

-Não pode ir sim! È da forma que convido Derek pra vir aqui! –Ela piscou o olho pra mim.

-Safada! –lhe dei uma palmada brincalhona, e me joguei no sofá.

-Quê isso?! Eu preciso de sexo meu amor! Sabe há quanto tempo à gente não dá uma boa foda? – a interrompi.

-Não sei, mas acredite meu amor, eu não quero saber!- rimos juntas.

-È, mas eu vou falar na mesma… Oh, a mais de duas semanas!-ela gritou como se aquilo fosse algo de outro mundo. –Rapidinha não dá comigo não! E deixe-me lhe dizer, você consegue ser empatafoda viu?-Ela fez cara de decepção e se sentou a meu lado. Ri com sua cara.

-Eu hein! Vocês que não escolhem o momento certo para fazer isso!

-Ah, você fala porque não faz! Até parece que tem momento certo! È quando rola meu amor, no momento que rolar, rolou!

-È… mas agora você ta fazendo planos para isso! Então não é quando rola!

-Ah… mas isso é porque eu estou desesperada meu amor. E essa coisa de masturbar não cola comigo, eu nem tenho jeito para isso!-ela falou decepcionada. Eu gargalhei.

-È melhor eu fugir de você, realmente não me ensina nada de jeito viu?! – Me levantei do sofá, Samantha gargalhou.

-Se calhar você tem razão, você não aprende nada de jeito comigo… você aprende coisa de profissional!

-Vai sonhando. –falei já caminhando em direção ao meu quarto. Fui até meu armário e procurei uma roupa para hoje à noite. Coloquei um vestido preto de alsas colado no corpo a meio das minhas cochas, calcei meus saltos beges com toque tigresa. Depois cacheei meus cabelos e os deixei soltos. Se fosse fazer um rabo de cavalo iria complicar demais, e não estava a fim de perder muito tempo nisso. Fiz uma maquiagem no tom preto sobressaindo meus olhos verdes, e passei um batom rosa claro, peguei uma bolsa simples e pequena e também meu casado de malha para se tivesse frio, rechiei minha carteira com um pouco das minhas poupanças, e meti na minha mala juntamente com meu bilhete de identidade e minhas chaves de casa.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então gostaram o:
Mandem reviews flores:D