Autora: Jee_kuran_95

Disclaimer: Harry Potter pertence exclusivamente a J.K.Rowling.

Classificação do Capítulo: +13 anos.

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O Segredo

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ℋarry Potter

Capítulo Cinco: A mente de cada um.

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- O que está acontecendo aqui? - disse Snape cruzando os braços sobre o peito, a expressão severa de seu rosto tornando-se dura enquanto olhava para os alunos que se dispersaram rapidamente, esvaziando o corredor.

Draco fechou os olhos, balançando a cabeça negativamente enquanto Zabinni tentava controlar os risos na frente do Chefe de sua casa.

- Professor! - choramingou Pansy aproximando-se do professor de poções. O homem olhou-a, espantando-se com a cor de seus cabelos. - Olhe o que fizeram comigo! Olhe o que Zabinni fez!

- Sr. Zabinni - disse Snape virando-se para ele com voz cansina - Por que fez isto a sua colega?

- Ela enfeitiçou metade de minhas roupas! Tive que ir até Madame Pomfrey por que, ao que parece eu era alérgico a substância da poção que Pansy usou. - disse irônico e olhou para a morena/rosada que arregalou os olhos surpresa.

- Blásio... - começou ela em tom de desculpas, os olhos brilhantes.

- Cale-se Pansy - disse Blásio de repente sério. Draco abriu os olhos olhando para o amigo apático. - Não quero ouvir nada vindo de você.

A mulher se calou, olhando para ele de maneira estranha, quase entristecida, cruzou as mãos e sorriu melancólica como que se lembrasse de algo bom demais, algo que havia acabado com o verão.

- Srta. Parkinson, venha comigo. - falou Snape virando-se e tomando a direção oposta a que eles estavam indo. - Lhe darei uma poção que lhe quitará esse... - olhou seu cabelo com desgosto e asco - ...Rosa de seus cabelos. Vamos.

Pansy o seguiu, olhando uma única vez para trás. Seus olhos pousaram em Blásio e ela suspirou vencida depois seus olhos passaram a Draco.

Suas bochechas coraram e ela abaixou os olhos, envergonhada por ver que o garoto que ela gostava olhava-a daquele jeito, quase raivoso.

Ela só havia se dado conta de que falara com Draco Malfoy agora, que havia chamado-o pelo nome e ele não a repudiara. Talvez pela decorrência do episódio. 

Talvez, ela não sabia dizer. 

Embora muitos achassem que ela era apenas uma oferecida, não era assim, ela era uma garota tinha sentimentos como todas as outras. Não era uma cretina e, na frente do homem por quem estava apaixonada tornava-se boba e tímida.

Era sempre assim na frente de Draco, mas não naquele momento.

A raiva havia cegado-a e nem notou que falara com o Malfoy normalmente como se ele fosse qualquer outra pessoa.

Draco cruzou os braços e virou para o amigo com uma sobrancelha arqueada. Blásio observou Pansy virar no corredor junto com Snape e rosnou dando um soco na parede mais próximo.

O louro franziu o cenho confuso.

- Pensei que você e Pansy Parkinson estavam tendo um caso no verão. - comentou indiferente, começou a andar em direção as masmorras com seu amigo do lado. Suas aulas do dia haviam terminado. - O que aconteceu?

- Eu sou um idiota facilmente influenciável, Draco. É isso que aconteceu - disse amargo. - Como posso gostar de uma coisa dessas? - parou no meio do corredor apontando para onde a morena havia desaparecido.

- Não posso lhe dizer nada sobre isso meu caro. - disse o Malfoy - nunca me apaixonei por ninguém - deu de ombros.

- Não estou apaixonado por ela! - disse claramente indignado.

Draco sorriu sarcático.

- Não, é claro que não está. - disse destilando veneno e irônia.- Então por que está assim?

Blásio não soube o que responder e Draco simplesmente riu dando tapinhas compadecidos nas costas de seu amigo. Nesse momento, Theodore Nott apareceu, saindo de uma das salas com o uniforme amarrotado e sorriu cansado, porém satisfeito demais para alguém que estava estudando.

Sorriu para os amigos sendo retribuido com um malicioso por parte de Draco.

- Estamos no primeiro dia e você já está fazendo pobres vítimas, Theodore? - disse Draco malicioso e olhou para a porta da sala de onde saia uma garota de Hufflepuff loira de olhos verdes. Virou para o amigo surpreso. - Hufflepuff? Sério? Estava tão desesperado assim? - alfinetou maldosamente.

A menina viu-os e corou furiosamente. Seu cabelos louro escuro estava revolto e tinha marcas arroxeadas em volta do pescoço. Saiu correndo ao som dos risos dos dois Slytherin.

- Cale a boca Malfoy.

- Você já conseguiu melhores Nott.

- É, eu sei - disse suspirando e virou-se para o negro olhando-o inquisitoramente. Vendo que Blásio nada falaria mesmo se pergutasse virou-se para o Malfoy novamente. - O que aconteceu com ele?

- Ele está assim por causa de Pansy. Ela enfeitiçou suas roupas e ele fez o cabelo dela ficar rosa - disse rindo ao se lembrar da cena. - Engraçado admito, mas eu teria feito pior se ela tivesse me traído. - disse inocente.

Blásio estacou no lugar e Nott parou olhando surpreso para o louro e depois virando-se para o negro com um olhar quase de pena.

- Como sabe disso? - perguntou rude, sussurrando nervoso.

- É verdade então? - perguntou frio. - Hun, as amigas de Pansy estavam conversando sobre isso hoje antes das aulas. Elas falam demais. - deu de ombros.

- Vocês estavam juntos? Por que não me contou Blásio? - disse Theodore.

Ele parou definitivamente, estavam apenas há alguns passos da entrada do Salão Comunal de Slytherin. E com certeza, não falaria a história tendo a possibilidade de outros Slytherin ouviram a conversa íntima.

Não precisava ser taxado de corno por toda sua casa.

- No fim do ano passado eu convidei ela para ir a Hogsmead - suspirou encostando sua cabeça na parede fria. Talvez seus pensamentos clareassem assim. - Ela aceitou. Foi um encontro agradável, ela parecia se divertir mas... Estávamos dando certo. Nosso relacionamento estava crescendo.

"Então, um dia eu tomei coragem e a beijei. Estava cansado de ficar com garotas sem conteúdo e personalidade. Ela me empurrou no começo mas depois começou a corresponder. Duas semanas depois - já haviamos entrado de férias - ela aceitou namorar comigo."

Blásio parou fechando os olhos e franzindo a boca em um muxoxo.

- Numa tarde então Draco - apontou para o amigo que apenas ouvia tudo sem interesse - e Dave forma lá em casa. Pansy estava lá há uma semana, eu havia pedido permissão para os pais dela. Draco, Dave e eu haviamos subido em meu quarto e Dave falou que ia conversar com minha mãe.

"Ele estava demorando então, Draco disse que tinha que ir embora também. Procurei-o pela casa e achei ele e Pansy, num dos quartos de hóspedes beijando-se e sem parte das roupas. Terminei com ela na hora, ela começou a chorar e me pedir desculpas e eu disse que na manhã seguinte ela estaria voltando para casa."

- Então é por isso que você e Dave se estranharam hoje. - murmurou para si mesmo Theo. Aproximou-se de homem negro e colocou uma mão em seus ombros, apertando-o, confortando-o. - Sinto muito Blás. 

- Não sinta, melhor que isso tenha acontecido no verão do que agora não é? - disse sorrindo. - Pelo menos eu já sei que tipo de mulherzinha asqueirosa ela é - disse sombrio.

- Hun, lindo discurso. Já contou sua história a Nott, vamos, quero tomar um banho - falou Draco passando a mão por entre seus fios loiros deixando-os cair sobre os olhos. - Preciso relaxar um pouco.

- Ter três períodos com Gryffindor realmente cansa qualquer um. 

Entraram no salão comunal vendo que não havia ninguém ali. A maioria dos alunos não tinha aulas naqueles dois períodos.

- Nos vemos no jantar - murmurou Draco subindo as escadas para o dormitório masculino de dois em dois degraus desaparecendo rapidamente.

Nott se virou para Zabinni olhando-o seriamente para ele.

- Você sabe por que ela ficou com Dave não é mesmo? - perguntou o moreno de olhos verdes.

- Sim, e no fim eu achei que ela tinha desistido. - suspirou jogando-se em um dos sofás de couro. - Ele é parecido com Draco, é por isso. - sussurrou colocando uma das mãos sobre os olhos. - Merda, no fim de tudo ela só quis ficar comigo para se aproximar do meu melhor amigo! - terminou gritando com raiva. 

Seus olhos brilhavam, a tristeza estampada.

- Draco também sabe disso, por isso ele não falou nada. - Theo deu de ombros jogando sua mochila no chão e pegando sua varinha. - Tenho uma solução para isso - e sussurrou um feitiço.

Rapidamente - fazendo Blás cair em uma gargalhada divertida - Theo segurava em suas mãos um firewhisky e dois copos.

- Como você conseguiu trazer isso para Hogwarts? - perguntou o herdeiro Zabinni curioso.

- Isso não importa. - abanou as mãos. Um claro sinal de descaso. - O que importa é que temos essa belezinha aqui - apontou para o whisky e sorriu malicioso. - e podemos beber a vontade.

Encheu os copos e ergueram no ar, tilintando-os.

- Há um ano melhor! - disse Theodore sério ao extremo.

- Ao fim desta maldita guerra! - murmurou Blásio sombrio.

Os dois tomaram o liquido em um único gole. Olharam-se e cairam novamente na gargalhada que preencheu todo o salão comunal.

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- ℋarry Potter -

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Tirou a roupa entrando no box.  A água fervia e parecia queimar sua pele branca demais, avermelhando-a instantaneamente. Suspirou deixando sua mente vazia por um momento.

Não queria pensar muito no que aconteceria esse ano. Não queria pensar naquela Guerra que estava acontecendo 

- Que droga de vida - murmurou colocando as mãos na cabeça, parecia estar de ressaca, não havia dormido muito na noite anterior.

Ultimamente dormir era a última coisa que conseguia fazer. Estava sempre em alerta, sempre esperando por um ataque, uma notícia ruim, qualquer coisa...

Havia dias que não conseguia descansar devidamente.

Desligou a água, saindo do box e enrolando uma toalha em sua cintura. Abriu a porta do quarto deparando-se com uma loira sentada em sua cama olhando-o com seus grandes olhos azuis nublados, obscurecidos.

Revirou os olhos descrente, conhecia bem aquela expressão, geralmente era o que ele causava nas mulheres. Aquela... Comoção prazeirosa que elas sentiam quando estavam com ele.

Mas dessa vez, não estava a fim de estar com ninguém e embora fosse um cavalheiro com as mulheres, mas Astória simplesmente lhe dava nos nervos.

- Draco - murmurou ela sensualmente.

Foi até seu armário escolhendo algumas roupas.

- Astória - murmurou cansado. - O que está fazendo no Dormitório Masculino? Melhor, como você conseguiu entrar aqui?

- Privilégios de monitora - disse a menina dando de ombros e sorrindo largamente, as fileiras de dentes brancas brilhando. - eu queria ver você, só isso.

- Não devia estar aqui. - respondeu secamente pegando uma camisa negra e uma calça. - Por que não faz um favor a nós dois e se retira? Pode nos trazer problemas se alguém lhe ver aqui.

- Draco... - ele sentiu os pequenos braços da menina Greengrass rodeando-o, apertando-o. - Não seja mau comigo... - fez manhã descendo seus braços pela bacia do rapaz.

Draco ficou tenso, podia não querer nada com ela, mas ainda assim, era um homem e suas reações o traiam. Seu corpo o traia, mas sua mente o alertava.

E sua mente sempre ganhava não importava a situação.

Tirou delicadamente os braços dela de si e virou-se, apertando seus pulsos sombriamente, aproximando-se seu rosto do da garota. Astória gemeu, desconfortável com o contato mas não retirou seus olhos dos dele.

- Não se aproxime tanto. - falou pausadamente fazendo a entender e a largou, empurrando-a em direção a porta.

- Devia me tratar melhor Draco, estaremos unidos muito em breve - disse sorrindo venenosa. 

- Se você pensa que ameaças funcionam comigo está enganada.

- Meu pai falou com seu pai Draco. - começou enrolando uma mecha de cabelo com os dedos. Ele estacou. - eles estão pensando em casamento e, sabe, eu não me oporia - sorriu inocente.

E então, a seriedade de Draco se foi e ele gargalhou friamente.

Um arrepio percorreu o corpo de Astória, ela nunca o havia visto assim, dessa maneira. Ele parecia cruel até mesmo para ela.

- Você é uma tola por acreditar que eu aceitaria. Eu não obedeço há Lúcius Malfoy - disse severo. - meu pai não tem qualquer controle sobre o que eu quero. E, além do mais, isso seria impossível. Já tenho planos futuros e você - apontou para a garota, um sorriso de canto irônico aparecendo em seus lábios. - não está nele.

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- ℋarry Potter -

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- E então? - disse Ginny afobada entrando no dormitório e jogando sua bolsa no chão. Correu até onde Hermione estava e se jogou em cima dela.

- E então o que? - disse Mione tentando esconder um sorriso, falhando miseravelmente. - Ahh, ele é tão fofo Ginny! - suspirou encantada.

- Não acredito! Ahh! - gritou animada batendo palmas. - Jason convidou mesmo você?

- Sim, ele me disse que queria me convidar desde o ano passado mas não conseguiu! Foi muito fofo ele ficou todo envergonhado e só falou gaguejar acredita? - riu - Mas no fim ele pareceu tomar confiança e pediu se eu não gostaria de ir a Hogsmead com ele - deu alguns pulinhos na cama, esquecendo-se do livro que tinha em mãos.

- Você deu sorte: fofo, bonito e inteligênte. - suspirou e se jogou de costas, os cabelos vermelhos espalhando-se na cama. - Queria um assim para mim.

- Harry é assim - disse cuidadosa. - Ok, talvez não tão inteligênte mas ele se esforça - riu alegremente.

- É, eu sei. - disse desanimada.

- Quando vai contar a ele? - perguntou. - Harry não sabe que você gosta dele Ginny, ele não se deu conta ainda!

E Harry é meu melhor amigo, não posso contar a ela que ele também gosta dela. pensou ela sem saber bem o que fazer.

- Ele não gosta de mim Hermione. - falou tristemente.

- Será? - perguntou e a ruiva arregalou os olhos. Hermione sorriu.

Ela havia se dado conta.

- Ele disse a você que gostava de mim não é mesmo? - disse com os olhos brilhando se levantando e indo em direção a porta. Hermione correu para acompanhá-la.

- Não. - disse negando. Uma mentira a mais uma a menos eu sei currículo não fazia diferença. - Você nunca vai saber o que ele sente se não tentar.

A ruiva saiu porta a fora, pulando e passando por entre as pessoas que abriam espaço para ela. Esbarrou em Lilá no meio do caminho que a olhou assustada. Hermione veio logo atrás com uma expressão serena.

Lilá a parou segurando seu braço e virando-a.

- O que está acontecendo Hermione? Por que Ginny está assim?

- Ela vai contar a Harry o que sente por ele - sussurrou no ouvido da loira. Ela arregalou os olhos cobrindo a boca com as mãos.

- O que estamos esperando?! - falou a mulher agarrando seu pulso e puxando-a na direção em que a ruiva foi. - vamos lá não vamos perder essa chance!

Correram rindo, embora Hermione não fosse amiga de Lavander e a mesma lhe irritasse profundamente às vezes, era uma boa pessoa. Pararam vendo Ginny alguns metros a frente, no meio de uma multidão de pessoas.

As duas se olharam alarmadas e abriram espaço entre os alunos que resmungavam para logo ficarem quietos ao verem Hermione Granger, a monitora chefe, aluna mais inteligente de Hogwarts passar.

- Deixem-me passar! - bradou. - O que está acontecendo aqui? Oh...

Chocada parou ao lado de Ginny vendo a a ruiva tinha os olhos brilhantes, marejados e a face pálida, quase enjoada. A menina cambaleou, as pernas bambas, Hermione segurou-a pelos ombros.

- Ginny... - murmurou preocupada.

A frente delas, Harry Potter beijava furiosamente, com ímpeto, Tracey Halless de Gryffindor, 6º ano. Harry segurava os cabelos castanho cacheados cumpridos da garota e ela abraçava sua cintura.

Pararam e Harry olhou para a multidão a sua volta, espantado, seus olhos parando em Ginevra.

- Ginny...

Ginny desenlaçou-se de seu abraço, deixando uma lágrima solitáira cair e saiu andando normalmente por entre as pessoas enquanto Harry ficava ali, sem reção alguma.

Um burburinho enlouquecedor começou a se formar.

- Ok! - falou alto e todos pararam. - Acabou o show pessoas, todos de volta para suas salas de aula. - não se moveram. - e se não forem agora mesmo pontos serão retirados de suas casa! - bradou a última parte, a voz forte e fria.

As pessoas sairam e ela se encostou na parede.

- Droga, droga, droga, droga! Justo hoje que ela estava tão animada para contar a ele! - murmurou.

- Nem sempre as coisas saem do jeito que queremos não é?

Hermione se virou dando de frente com Draco, encostado na parede. Embora tivesse um minimo sorriso no rosto, sua expressão era séria e arrogante.

- Péssimo dia para dar conselhos, uhn? - disse irônico.

- É. - concordou. - O que está fazendo aqui Malfoy? Não deveria estar da aula? 

- Na verdade não. Tenho dois períodos vagos, assim como você - deu de ombros.

Espera... Como?

- Como... Como sabe que eu tinha dois períodos vagos?

Ele sorriu malicioso. - Eu simplesmente sei.

- Sim, mas como? - desconfiou.

- Não lhe interessa. 

- Por que está aqui Malfoy? - perguntou cansada.

- Não tenho nada para fazer - disse indiferente. - Então vim até aqui e, para a minha sorte, apreciei um show do Potter que quebrou o pobre coração da Weasley. pauvre* (coitada). - disse cinicamente, um rosto inocente mascarando sua maldade.

- Se não tem nada que preste para falar Malfoy, cale a boca.

- Me faça calar então - murmurou ele se aproximando desafiante.

Perto demais. Ele se aproximava rápido demais, como a serpente que era. Plaft! Hermione deu-lhe um tapa no rosto, cuspindo as palavras em seu rosto bonito.

- Você me dá asco. - Mentira murmurou parte de sua mente, mas ignorou-a, decidida. Disse e saiu de perto dele e tomando a mesma direção de Ginny - Não se aproxime de mim novamente.

Draco viu-a dobrar no corredor e sorriu colocando a mão sobre a bochecha avermelhada. Um filete de sangue escorreu de seus lábios tocou-o. Ele havia se cortado.

Riu levemente, deliciado. Aquela era só uma pequena provocação em comparação as outras que ele semore fazia mas ela ficara tão nervosa que acabou desferindo-lhe um tapa!

- Interessante. - murmurou flexionando o rosto. - Selvagem e incontrolável como a mãe. Realmente, interessante. - riu novamente.

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- ℋarry Potter -

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Um, dois, três,... Vamos brincar pela floresta.

Um, dois, três,... Vamos brincar pela floresta.

Um, dois, três,... Vamos brincar pela floresta.

Trechos do diário de Hermione Granger.

Querido diário,

Ontem conheci - oficialmente - minhas tias, é estranho pensar naquelas lindas mulheres como parentes minhas, pessoas que eu nem cogitaria falar um vez apenas pelo fato de saber que elas me repudiariam ou me destratariam como não se faz nem com um pobre animalzinho. E, dentro de mim, um sentimento de felicidade cresceu, eu estava feliz e eu não sei se isso é o certo por que, embora elas sejam minha família, estamos de lados distintos de uma Guerra e eu sei, que quando chegar a hora, terei que escolher entre meu pai e minha mãe.

E sim, eu sei que escolheria a meu pai mas então meu coração sussurra: Você tem certeza? Você tem certeza? E eu fico confusa sem saber o que fazer. Não quero abdicar de minha mãe, a minha verdadeira mãe que eu conheci a pouco. Só de saber que um dia talvez eu vá ser separada dela... Isso me mata por dentro lentamente como uma estaca presa em meu coração. É terrível, doloroso. Uma situação cruel demais.

E eu não sei o que fazer, justo eu, Hermione, a garota mais inteligênte de minhas época, uma das mais inteligêntes que passaram por Hogwarts, sem saber o que fazer. Eu não consigo raciocinar nessa situação... Me sinto caindo em um abismo gritando, esperneando e não consigo sair de maneira alguma.

É frustrante.

E ainda tem uma coisa que estivesse pensando... Como vai ser quando eu voltar a Hogwarts? Como vai ser ter que encarar certa pessoa sem jogar todas as verdades que estão presas em minha garganta, como não humilhá-lo e falar-lhe em sua cara em alto e bom som: eu sou uma sangue-puro, onde está sua arrogância agora? Mas eu não posso, não posso por respeito a outras pessoas. Não posso pois, senão eu estaria sendo como ele.

É tudo tão confuso e eu, não sei mais o que fazer.

Minha realidade, está ruindo...

...Aos poucos.

- Como foi com sua mãe? - perguntou seu pai, entrando em meu quarto na Mansão Black e sentando-se na cama.

- Foi ótimo - deu um sorriso pouco animado - Mas... O que vai acontecer com você pai? - perguntou apreensiva.

- Se você se refere ao fato de eu ainda estar vivo... Bom, sua mãe fez um Voto Perpétuo com suas tias Hermione - suspirou aliviada. - Elas não podem dizer nada.

- Ah.

Suspirou ainda mais e fechou o diário, pensando nas palavras que acabara de escrever. O que faria dali por diante?

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Continua no próximo capítulo...