Destino escrita por flavia_belacqua


Capítulo 10
Capítulo 10




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Capítulo dedicado à Ana Black Salvatore, Pauliinha_eyva, Bárbara Cristina, Gui_Lion, mia_kcullen, warick, Ana Hermswoth Somerhalder, Andi, joseuzumaki, MariSB, Looh e Alisson Potter, que comentaram. Um obrigada especial à  Thaís Peverell, que além de comentar recomendou a fanfic. Vocês são absolutamente os melhores!

Eu andava desanimada porque no outro site que posto tenho recebido poucos reviews e tal, mas depois dos 13 reviews do último capítulo e dos INCRÍVEIS 24 leitores dessa fic, eu me coloquei nos eixos. Meus profundos agradecimentos.

Um aviso importante: Sei que vocês devem estar começando a ficar cansados de mim pedindo opinião o tempo todo. Mas eu comecei a escrever essa fanfic com o intuito de escrever nela o que eu sempre quis ler e nunca achei. O meu objetivo é fazer com que os leitores se sintam assim também, e para isso espero que vocês interajam comigo. Assim, vamos à pergunta: Vocês querem que Rony e Hermione voltem ao passado com Harry? Essa questão foi levantada pela mia_kcullen, e me dividiu bastante. Está nas mãos de vocês. Obrigada, e aproveitem o capítulo!

"Quando não houver desejo

Quando não restar nem mesmo dor

Ainda há de haver desejo

Enquanto houver sol

Enquanto houver sol

Ainda haverá"

Titãs – Enquanto Houver Sol


- Muitas vezes, vocês vão achar que eu estou mentindo. Mas eu não vou. Essa história está diretamente ligada à minha vida, mas prometo que não vou omitir nada ou mentir. Isso é fundamental que vocês compreendam., ele disse, e os dois professores acenaram, solenes.

- Daqui a poucos anos, uma profecia vai ser feita. O senhor estava entrevistando uma candidata ao cargo de Adivinhação, e sentiu que ela não era adequada ao cargo. Acontece que Sibila Trelawney não é uma charlatã, mesmo que ela não saiba disso. Até onde eu sei, já fez duas verdadeiras profecias. A primeira delas foi nesta noite:

"Aquele com o poder de vencer o Lorde das Trevas se aproxima... nascido dos que o desafiaram três vezes, nascido ao terminar o sétimo mês... e o Lorde das Trevas o marcará como seu igual, mas ele terá um poder que o Lorde das Trevas desconhece... e um dos dois deverá morrer na mão do outro pois nenhum poderá viver enquanto o outro sobreviver... aquele com o poder de vencer o Lorde das Trevas nascerá quando o sétimo mês terminar..."

O problema principal começou naquele momento. Um Comensal da Morte estava espiando a entrevista, e ouviu a primeira parte, até que foi pego. Você, professor, e Voldemort chegaram à mesma conclusão: havia dois meninos que poderiam ser o Escolhido. Neville Longbotton e eu. Curiosamente, Voldemort escolheu justamente o mestiço. Ele que defende a pureza do sangue, achou que eu, filho de mãe trouxa, ofereceria mais perigo. Você alertou meus pais, e eles se esconderam. Todos achavam que eles estariam seguros com o Feitiço Fidellius, mas foram traídos por um dos melhores amigos do meu pai.

- Não Sirius?, McGonagall perguntou horrorizada, e Harry sorriu tristemente.

- Não, professora, embora ele tenha levado a culpa e sido preso por isso. Foi Peter Pettigrew. Voldemort os achou, e os matou quando eu tinha um ano de idade. Mas minha mãe...bem, ele realmente não queria ter que matá-la. Mas ela se sacrificou por mim, e isso despertou uma magia antiga em meu sangue. O sangue dela. Voldemort tentou me matar, mas por causa do sacrifício de Lílian, ele não conseguiu. Aquilo quase destruiu nós dois, e ele foi destituído de seu corpo, passou a ser pouco mais do que um fantasma. E eu fiquei com esta cicatriz. – o rapaz ergueu a franja, mostrando sua mais famosa e significativa marca pessoal, que o identificava imediatamente em qualquer lugar que fosse.

- Como isso é possível? Um Avada Kedabrava não pode ser parado!

- Por isso, eu sou o Escolhido. Eu sou o Menino Que Sobreviveu., e sua voz fez soar o silêncio no quarto. Naquele momento, Harry pareceu crescer sob a visão atenta dos dois professores. Ele ergueu os ombros e o olhar, e pareceu muito mais velho e muito maior do que sua constituição frágil permitia. Ele parecia um homem, não um menino. Ele era Atlas*, levando nos ombros o peso de seu mundo. Harry Potter aceitou seu fardo de bom grado, sabendo que era o único que conseguiria carregá-lo.

- O que aconteceu com você?, perguntou McGonagall baixo.

- Fui criado como trouxa por meus tios. Com onze anos, quando recebi a carta, foi que eu descobri que era um bruxo., ele pegou a varinha na cômoda do lado, e girou-a entre os dedos., no dia em que Hagrid me levou até o Beco Diagonal para comprar esta varinha, o senhor Olivaras me disse que era interessante. Interessante que essa varinha tenha me escolhido, se a gêmea dela foi a que me deu a cicatriz. Eu e Voldemort temos varinhas irmãs, e isso já causou um par de problemas para ele. Mas isso pode ser contado depois.

No meu primeiro ano, ele tentou voltar. Havia uma Pedra Filosofal na escola, e ele possuiu um professor para tentar se apoderar dela. Quirrel tomava sangue de unicórnio para manter Voldemort vivo, e tentou pegar a Pedra para seu Senhor. Felizmente, ele não conseguiu e a Pedra foi destruída.

No meu segundo ano, a Câmara Secreta foi aberta. – McGonagall apertou os lábios até sumirem em uma linha fina e Dumbledore imediatamente franziu a testa em um semblante preocupado – Voldemort fez Horcruxes. Elas são pedaços da alma, divididos através de assassinato e armazenados em objetos. Esses fragmentos impediram que Voldemort morresse, mas também o deixaram mais frágil. Um desses fragmentos era um diário que possuiu na escola, e que Lúcius Malfoy deu à Ginevra Weasley. Ela, obviamente, foi possuída pelo diário para abrir a Câmara. No fim, a Horcrux foi destruída, embora eu não soubesse disso na época.

- Como?, perguntou Dumbledore, o desespero sendo impedido de transbordar em sua voz. Ele já sabia sobre as Horcruxes, mas não conseguia achar um modo de destruí-las.

- Com veneno de basilisco. Eu estava na Câmara Secreta, lutando com o basilisco com o auxílio de Fawkes e uma espada, que pertencia à Godric Griffindor. O basilisco tentou me morder, e enfiei a espada no céu da boca dele. Isso o matou, mas também encheu a espada com seu veneno, uma das poucas coisas que destroem Horcruxes. É assim que temos destruído no nosso tempo.

- Quais já foram?

- O diário eu destruí, o anel foi o senhor, e o medalhão foi Ronald Weasley. Nós já temos a taça, mas ela não foi destruída porque perdemos a espada.

- Como assim "perderam" a espada, senhor Potter?, disse McGonagall horrorizada. Ele sorriu de leve, porque reconheceu o tom de voz bravo dela com tanta facilidade como se ainda estivesse entregando ensaios sobre Transfiguração atrasados.

- A taça de Lufa-Lufa, uma das Horcruxes, estava no cofre de Gringotes de Belatrix Lestrange. Nós tínhamos que pegá-la. Assim..., mas foi interrompido por Dumbledore.

- "Nós", quem, se não se importa?, e Harry percebeu que vinha falando no coletivo havia algum tempo e não se dera o trabalho de esclarecer.

- Perdão. Me refiro a mim e meus melhores amigos, Ronald Weasley e Hermione Granger.

- Mas por que na Terra três adolescentes estão fazendo em busca das Horcruxes? Você eu posso entender, mas por que não há membros da Ordem com vocês?

- Bem que eles gostariam. Mas Voldemort não podia saber que nós sabíamos, ou nós jamais conseguiríamos. É um segredo importante demais para que muitas pessoas saibam, e os membros da Ordem não conseguiriam mantê-lo uns dos outros. Talvez conseguissem, no fim. Mas foram ordens suas, professor. Antes de falecer, o senhor deixou ordens explícitas de que somente eu, Ron e Mione soubéssemos da busca. Não deixou muitas orientações além disso, na verdade. – Harry comentou amargamente.

Dumbledore não esboçou qualquer reação ao saber que morreria num futuro relativamente próximo, ao contrário de McGonagall. Ela pareceu chocada e olhou para seu mentor e amigo quase com desespero, como se esperasse que ele fosse desaparecer diante dos seus olhos.

- Continue a história da taça, por favor, Harry.

- Então, descobrimos que ela estava no cofre do Gringotes de Belatrix., - os punhos do rapaz se apertaram ao dizer o nome dela. - e decidimos que tínhamos que invadir o banco.

- Perdão?, exclamaram as duas pessoas à sua frente.

- Eu sei que parece impossível. Acontece que nós tínhamos sido capturados por Comensais algum tempo antes. Nós três, um duende, Olivaras e uma amiga nossa, Luna Lovegood. Hermione foi torturada, mas enquanto isso nós conseguimos pedir ajuda para um elfo doméstico que é meu amigo, Dobby. Ele veio e nos tirou de lá, pagando com a vida por isso.

Os olhos de Harry se encheram de lágrimas não derramadas pela morte de Dobby, enquanto Minerva o olhava como se fosse de uma espécie desconhecida da qual nunca ouvira falar.

- Esse duende, Griphook, resolveu nos ajudar a invadir o banco em troca da espada. Como era nossa única opção, aceitamos. Nós elaboramos um plano complicado, que envolvia uma capa de invisibilidade, poção Polissuco e muitas maldições Imperius. No fim conseguimos entrar, mas nós três cometemos um erro essencial. Nós tentamos enganar Griphook, para que a espada só fosse devolvida quando as Horcruxes estivessem destruídas. É claro que não conseguimos, e o duende nos entregou, que era o que ele estava planejando fazer de qualquer maneira. Conseguimos fugir, acreditem, em um dragão. Mas perdemos a espada, e não temos como destruir as Horcruxes agora.

- E as outras? O medalhão e o anel, como foram destruídas?

- O anel o senhor mesmo recuperou da casa dos Gaunt, e destruiu. Infelizmente, o senhor caiu em tentação antes disso e o colocou. Como preço, perdeu uma de suas mãos. O medalhão foi mais complicado. Estava em uma caverna, aonde Riddle levou seus colegas do orfanato, sua primeira demonstração de poder contra outras pessoas. Estava em uma bacia cheia de uma poção horrível, que tinha que ser bebida, e cercada em um lago de inferi. Fui com você, professor, e recuperamos o medalhão. Infelizmente, aquele era uma réplica falsa. Uma pessoa deixou um bilhete dizendo que ia destruir o original, e assinou como R.A.B. Foi nesta noite que você morreu, em um ataque a Hogwarts planejado por Draco Malfoy, filho de Lucius.

Descobrimos que R.A.B. era Régulo Arturo Black, o irmão de Sirius. Ele encarregou um elfo doméstico chamado Monstro de destruir o medalhão antes de morrer, mas é claro que ele não conseguiu. O elfo deixou o medalhão no Grimnald Place, aonde foi roubado for Mundongos Fletcher e vendido a uma horrível mulher do Ministério. O Ministério tinha sido tomado por Voldemort alguns meses antes, e nós três erámos procurados. Assim, tivemos outro plano envolvendo Polissuco e doces que fazem a pessoa ficar doente, invadimos o Ministério. Saímos de lá na maior confusão possível, mas com o medalhão. Ronald o destruiu.

Houve um grande silêncio depois da narrativa. Minerva considerou a possibilidade de o rapaz ser louco e estar inventando tudo aquilo. Elfos domésticos amigos e traidores, duendes, espadas envenenadas, invasões ao Gringotes e ao Ministério, Dumbledore morrendo. Tudo aquilo parecia tão surreal e impossível de ser realizado que a professora considerou chamar alguém do Saint Mungus para interná-lo na ala psiquiátrica. Mas no fundo, ela sabia que o menino dizia a verdade e aquilo era demais pra digerir. Que mundo é esse em que viveriam? Tomado pelo terror e pela morte, aonde a paz dependia de três adolescentes jogados sem orientação nenhuma? Decidiu que custasse o que custasse, não deixaria isso acontecer. Dumbledore parecia ter chego a uma decisão semelhante, e os três ocupantes da sala hospitalar naquele momento se entreolharam, um acordo silencioso sendo travado.

O vento passou pela sala, selando a promessa. Eles mudariam a história.

Na manhã seguinte, o Salão Principal estava pegando fogo com os burburinhos. Corria o boato de que Harry Granger escapara dos Comensais da Morte e estava de volta. Ele tinha se tornado em uma espécie de mártir desconhecido, e agora era uma celebridade. Falavam que ele tinha matado todos os Comensais com as mãos para fugir, que tinha feito um pacto com o Diabo para escapar. Os rumores variavam do heroísmo puro ao mais ridículo absurdo, mas várias pessoas tinham sido pegas tentando entrar furtivamente na Ala Hospitalar para espiar.

Lílian e os Marotos estavam excitados e nervosos com a volta dele. Esperavam ansiosamente pelo fim do café da manhã, quando foram autorizados a visitá-lo por Madame Pomfrey. Quando finalmente deu o horário, todos correram pelos corredores, parando abruptamente na porta da Ala Hospitalar. Foi Remo quem primeiro tomou coragem, abrindo a maçaneta com determinação. As camas e paredes esterilizadas familiares estavam intocadas, com exceção de uma, ocupada por uma figura frágil coberta com um lençol até a cintura. Ele se ergueu cuidadosamente quando os viu, uma tentativa de sorriso cobrindo a face. Lily não se conteve e se jogou em cima dele se debulhando em lágrimas, abraçando-o.

- Oh Harry, como você está? Eu fiquei desesperada e achei que você tinha morrido e..., ela não conseguiu mais falar, soluçando.

O garoto estremeceu de dor sob o peso da garota, mas passou os braços ao redor dela, deixando que chorasse apoiada nele. Era o primeiro real contato físico não inspirado pela necessidade que tinha desde que voltara, e se esforçou para não afastá-la. Por outro lado, também era o primeiro abraço que recebia de sua mãe, e Harry fechou os olhos, inclinando a cabeça no ombro da menina. Mas o abraço não era nada maternal, somente fraterno, e Harry tentou imaginar que era Hermione ali, consolando-o como muitas vezes fizera. Sentiu tanto a falta de sua irmã de consideração e de Ron que suspirou. Por mais que Lily gostasse dele, era Hermione que saberia o que dizer para consolá-lo e seria Rony que ia diverti-lo com alguma bobagem. Delicadamente, afastou o corpo da garota do seu, e limpou as lágrimas do rosto dela com as mãos.

- Shh, estou bem Lily. Eu estou bem. Estou a salvo., ele disse olhando nos olhos dela. A menina sorriu envergonhada e se afastou um pouco, parando ao lado do namorado.

Harry olhou para os outros garotos, que olhavam para ele quase constrangidos. De repente Lupin arregalou os olhos de susto e apontou para o tronco de Harry, que olhou para baixo. A faixa branca imaculada que o envolvia agora começava a se manchar. O ferimento a faca se abriu sob o peso do abraço de Lílian, sangrando lentamente.

Lily levou as mãos à boca e começou a se desculpar loucamente, os olhos enchendo d'agua novamente. James abriu a boca para gritar por Madame Pomfrey quando Harry impediu com a mão, fazendo um sinal para parar.

- Está tudo bem. Acontece o tempo todo. E aí, como vocês estão? – ele começou a desenrolar a faixa lentamente enquanto falava. Iniciou-se uma conversa artificialmente descontraída, enquanto Harry limpava o ferimento com um algodão embebido em um líquido amarelo escuro. Ele trocou a gaze e a faixa, passando-a ao redor do tronco várias vezes, firmemente.

- Porque você está cuidando do machucado do jeito trouxa?, perguntou James.

- É o único jeito que sei. , Harry sorriu, Sou quase imprestável com magia de cura. Qualquer coisa além de um nariz ou dedo quebrado está além das minhas capacidades.

- Está habituado a se ferir e ter que se cuidar como trouxa?, perguntou James, franzindo a testa.

- Mais do que deveria., respondeu Harry com uma voz sem expressão.

Um silêncio quase desconfortável caiu na sala, mas Harry ainda o preferia àquela conversa fajuta. Ele olhou para os colegas, Lily ainda de olhos vermelhos encostada em James. Sirius e Peter encolhidos, Remus parecendo quase alheio.

- O que vocês querem me falar?, ele disse, cortando a tensão e decidindo colocar as cartas na mesa.

- Queremos...pedir desculpas e explicações. A primeira, bem, desculpe. Nós não fomos exatamente acolhedores com você. E a segunda... é um pedido, não uma exigência. Queremos saber o que aconteceu, você sabe, em Hogsmeade. – falou Sirius em um rompante, e por um momento Harry reconheceu nele o homem que ele ia se tornar. Sofrido, inteligente e corajoso.

- Tudo bem, desculpas aceitas. Vocês não precisam aceitar novatos no seu território logo de cara, não é?, ele disse, uma pontada de tristeza aparecendo na voz. , E quanto ao segundo pedido... Já que estamos deixando tudo às claras, devo dizer que há coisas que não posso contar a vocês. Todos temos segredos. Eu deixo os de vocês em paz, e vocês deixam os meus. Pode ser? – Harry disse com um olhar significativo para os Marotos. Os outros garotos se entreolharam preocupados, se perguntando como Harry sabia das suas viagens noturnas por Hogwarts em suas formas animagas. Afinal, do que mais poderia estar falando?

- Fechado. Ninguém tem que contar mentiras pra ninguém.

- Exato!, disse Harry com um sorriso., Bem, eu soube que haveria um ataque naquela noite, e eu não podia ficar aqui parado esperando acontecer. Fui para lá escondido, e tentei ajudar as crianças que os Comensais tinham feito de prisioneiras. Felizmente, consegui. Mas o preço que paguei foi alto, porque fui capturado. É isso.

- Nós tínhamos imaginado algo mais ou menos assim. Mas como você escapou?, perguntou Lily, fazendo Harry pensar para responder.

- Nem eu sei direito. Eu tinha acabado de ser levado de volta para cela, e daquela vez tinha sido pior do que todas as outras. Belatrix se superou... Eu estava quase morto, e parecia que a dor não ia passar nunca. Então...aconteceu. Eu estava ferido demais, quebrado demais, e de repente a dor não coube mais em mim. Simplesmente explodiu pra fora. Senti que alguma coisa tinha se quebrado nos feitiços de proteção à cela, aparatei e estava em Hogsmeade.

- Caramba Harry, mas..., - o que quer que James fosse falar, foi interrompido por Madame Pomfrey. Ela apareceu com algumas doses de poção para Harry e tocou todos os adolescentes para fora.

Trocando os outros curativos, dando-lhe poções medicinais e conversando com o menino magrinho de olhar feroz à sua frente, Pomona suspirou. Ela tinha secretamente ouvido ambas as conversas que ele teve na sua Ala, e se assustado com o que tinha ouvido. Mas agora ela olhou nos olhos de Harry e o que viu lá a fez compreender. Viu nos olhos dele um símbolo. Símbolo de dias e pessoas melhores, de que a Guerra poderia acabar. Símbolo de que ainda havia gente disposta a lutar e se sacrificar, gente que poderia fazer algo bom pelas outras sem querer nada em troca. Ela viu nele o desejo de lutar que todos tinham e reprimiam. Ela viu um garoto sem pais e sem família jogado num mundo terrível, mas que ainda tinha vontade de viver e de lutar. Ela viu nele o futuro de um mundo aonde ela ia querer estar. Viu nos olhos verdes do menino o que gostaria de ver nela mesma, a fibra e coragem que todo mundo deveria ter no olhar e no coração. 

Ela viu esperança.


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