It All Started With The Damn Pig. escrita por Nena chan


Capítulo 1
Perseguição ao porco!


Notas iniciais do capítulo

Yoo pessoas ^^/
É a minha primeira fic original e espero que divirta a todos. Fico muito feliz que tenha escolhido essa fic para sua leitura, enjoy!! *-*
Alguma frase ou palavra que tenha um comentário (estará em itálico) especifico sobre ela estará entre *Texto* e o comentário dela, começando com um *, estará no final do parágrafo. Fiz isso para não ter que fazer um comentário que fique no meio do texto e confunda a leitura.



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Chapter 01.


Uma menina perambulava pelas ruas quando notou a presença de um gato preto encarando-a fixamente através daqueles dois âmbares arredondados, retribuiu o olhar e o sujeito saiu em disparada. Ela seguiu correndo atrás do bichano, até que, quando virava a esquina deu de cara com o gato. Porém ele estava sentado confortavelmente nos braços de um homem de cabelos negros como a cor dos pelos do felino e seus olhos negros a encaravam com o mesmo olhar que o gato a lançou há alguns instantes atrás. Ficou perplexa sem conseguir desviar daqueles olhos que pareciam transmitir algo... A imagem começou a ficar turva e lentamente as pálpebras se abriram.

–Huum...-A menina olhou por uma fresta dos olhos, ainda sonolentos, a situação ao redor.-Caí da cama de novo.-Ela acordou toda espalhada pelo chão com o lençol por baixo dela.

Levantou-se lentamente, ajeitou a calcinha que usava e enquanto bocejava, o que durou um bom tempo, foi até o banheiro para escovar os dentes. Molhou a escova já com a pasta, sentou-se no vaso para fazer xixi e começou sua escovação de dente enquanto esvaziava a bexiga.

Em seguida juntou coragem para lavar o rosto naquela água fria e jogou em seu rosto, lembranças de seu sonho retornaram a sua mente.

–Jae...*Jaejoong*!!! -Gritou ela quando a água ainda escorria pela face-Era ele no sonho! Como não reconheci antes!?-Uma pequena fileira de saliva escorreu por sua boca à medida que se lembrava de seu ídolo.*Jovem cantor e ator coreano.

Seguiu ao quarto e sua visão repousou no novo uniforme que usaria naquele dia. “Ele é fofo e tudo mais, só que...tenho que dar um jeito nisso.” Pensou enquanto vestia a roupa. Verificou no seu celular o horário e para sua surpresa estava muito atrasada.

–Nossa! To *@*&%#*!* -Pegou sua mochila, passou na cozinha para pegar algo e foi calçando o all star enquanto corria para a saída.*Fica por conta da sua imaginação escolher os palavrões desse capitulo.

Entrou no metro lotado, segurando a mochila acima de si para poder adentrar, em seguida saiu correndo da estação para a escola. Passou pelo portão se deparando com um homem que parecia ser o jardineiro do lugar.

–Ei, *Oyaji*! Sabe me dizer para onde devo ir? Estou meio perdida e atrasada.-A jovem parecia estar inquieta.*Quando se refere a um homem mais velho.

–Todos estão na cerimônia de abertura.-O senhor a olhou um tanto curioso.

–Obrigada.-Logo estava correndo e desapareceu da vista do homem quando passou por uma coluna.

–Será que ela vai encontrar o lugar? Nem tive tempo de explicar.-Ele se virou e voltou a sua rota original.

A jovem contempla uma árvore de tronco largo que projetava uma sombra convidativa. “Acho que não é uma boa aparecer atrasada, provavelmente estão dando um discurso de introdução e bla, bla, bla... Vou descansar aqui enquanto não termina.” Ela se arrumou na grama e como se um feitiço fosse soprado nela em poucos instantes já adormecia profundamente.

Um som irritante e constante surgiu gradualmente em sua mente, precisou abrir os olhos, pois seu sossego arrumou as malas e se despediu. Reparou que aquele barulho era o sino da escola avisando que as aulas estavam para começar. Espreguiçou-se e foi atrás de informações para achar o lugar que vendiam os uniformes escolares. Em seguida foi para o painel que indicava os nomes e as salas de cada aluno, várias pessoas já se aglomeravam de frente ao lugar.

“Que saco, desse jeito vai ser difícil ver alguma coisa lá.” Já desistindo da ideia de ir observou um rapaz alto caminhando para ver sua sala. “É a minha chance!” Apressou o passo e se posicionou atrás dele fingindo que estava com ele enquanto que este avançava no grupo de pessoas. Como ele se destacava as pessoas quase que inconscientemente abriam passagem diante da grande e magra figura. A menina procurou ficar bem perto dele, avistando sua sala o jovem se deslocou dali e aproveitando a oportunidade ela rapidamente ocupa o lugar, antes dele.

Entrando na sala viu que várias pessoas conversavam entre si e outras escolheram seus assentos. Avistou um lugar desocupado ao lado da janela e esboçando um sorriso por dentro senta-se no lugar, acomodando sua mochila ao lado. O professor entrou na sala e a barulheira de antes agora foi tomada por um silêncio respeitoso e profundo. O professor lançou um olhar grave para os alunos e disse para ficarem de pé, em seguida falou para cumprimentarem. Todos os alunos reverenciaram curvando-se para o homem.

–Bom dia!-Disseram em uníssemos, após isso o professor comunicou, ainda em seu tom autoritário, para sentarem.

A jovem apenas seguiu os outros como de costume, mas ainda não conseguia tornar aquele hábito algo natural de se proceder. Ela ainda estava um tanto sonâmbula.

–Gostaria que todos fizessem uma pequena apresentação de vocês para a classe, para se conhecerem melhor.-Ele olhou para um dos alunos que no mesmo instante entendeu o recado.

A introdução logo começou e estava chegando a hora da nossa garota. Nervosa, pois não se expressava bem em público, milhares de palavras passaram pela sua mente e nenhuma delas parecia útil naquele momento. Saiu de seu transe com um susto, porque o professor chamava repetidamente seu nome. Levantou-se inesperadamente balbuciando algo incompreensível até para E.T’s. Olhando para sua mesa, pois sabia que se olhasse para os outros, ai sim, que as palavras não sairiam de sua boca, tomou coragem.

–Meu nome é... Sakai Lily. Tenho 16 anos. Eu nasci em ABELHA!-A menina se espanta pelo inseto que estava bem a sua frente, seus olhos estavam fixados no ferrão.

O próprio inseto se assustou com o berro e voou para longe. Quando ela se da conta do que fez olhou em volta e todos a olhavam em silêncio o que não durou muito resultando numa risada geral, com exceção do professor que a olhava como se fosse uma estranha de outro planeta. A menina ficou totalmente sem graça e se sentou imediatamente. O professor pigarreou com a mão próxima a boca e logo as risadas foram cessando. Ele lançou um olhar para a aluna detrás de Lily, que começou sua apresentação. Sakai virou seu rosto para a paisagem a fora, sem querer encarar seus colegas de sala. A aula assim prosseguiu e no final os alunos se levantarem e agradeceram a aula fazendo reverencia para o professor.

Lily fez um gesto para pegar algo na mochila e subitamente uma menina surgiu ao lado de sua mesa.

–Oi! Meu nome é Watanabe Yuri, prazer!- A menina alta e em boa forma mostrava uma cara receptiva que emitia energia.

Sakai estava encabulada e antes que pudesse responder duas meninas que pareciam estar de frente a um espelho, pois eram idênticas, apareceram ao lado da jovem alta.

–Olaa! Eu sou Yamada Keiko.

–E eu sou Yamada Sachiko!-Até o movimento delas era sincronizado, só que como em um espelho que reflete para o lado contrário.

–Seu cabelo é dessa cor mesmo?-Perguntou uma delas curiosa segurando a ponta do cabelo loiro de Lily. Antes que pudesse ter qualquer reação à outra clone interviu.

–Como conseguiu passar pela *“vigilância”*?Se referia a professores que verificavam na entrada se os alunos estavam de acordo com as regras de vestimenta e aparência.

–*Ou será que deixaram passar porque é o primeiro dia?* -Seu rosto estava a centímetros do de Lily, que arregalou os olhos sem saber o que fazer.*O colégio era restrito com pessoas com cabelos pintados, a menina achou que Lily havia pintado o seu.

–Você usa lentes de contato para ter olhos grandes assim? E a cor deles é tão linda!! Eu sou Fujimoto Naomi, guarde bem esse nome.-Uma outra menina que parecia ter saído de uma revista de moda surgiu por trás das outras se intrometendo na conversa.

–Me lembra mel, huum! Me deu uma vontade de comer doce...-Uma menina rechonchudinha pôs o dedo nos lábios ao lembrar da imagem suculenta do doce.-Me desculpe, não me apresentei, não é? Meu nome é Suzuki Arata.-Continuou com uma voz meiga.

–Falem baixo. E é óbvio que ela nem pintou o cabelo e nem usa lentes de contato, não esta claro?-A jovem que sentava na frente de Sakai se virou um pouco, ajeitando os óculos enquanto mostrava-se confiante no que falou. Lançou um olhar esperando uma resposta da pessoa em questão.

Lily ficou alguns segundos olhando as garotas que a encaram fervorosamente em espera.

–Se querem saber se não sou japonesa a resposta é sim, sou filha de pais estrangeiros. Resumindo, *sou autêntica.*-Respondeu determinada, mas ainda constrangida com tantas caras novas ao seu redor. Com pessoas desconhecidas não conseguia ser ela mesma até se acostumar e ficar a vontade.*Falava do seu fisico que as outras duvidavam ser real.

Todas deram risada, deixando a menina com interrogações em sua cabeça.

–“Eu sou autêntica.” Hahaha...essa foi boa. Você é engraçada, menina que veio da terra da abelha.-A garota comprida apoiou as mãos na cintura se divertindo com a nossa protagonista.

Ela por sua vez, não sabia se ria junto ou se estavam caçoando dela. Ficou apenas olhando sem saber como reagir.

–Depois eu quero saber o que você usa no cabelo para deixa-lo com essa cor viva, ok?-A menina bela, que parecia não ter ouvido nada sobre o cabelo da outra ser natural,piscou um dos olhos como se quisesse ser amigável.

–A propósito, qual seu nome mesmo?

–Sou Sakai Lily.-Um leve sorriso surgiu em seu rosto.

A professora entrou na sala e as garotas se despediram para sentar em seus lugares.

“Essa classe é meio estranha, mas pelo menos não são antipáticas.” Falou para si apoiando a cabeça em uma das mãos.

As horas passaram e o tão esperado momento chegou, intervalo de comer. Lily mexia contente na mochila a procura do seu lanche até que várias pessoas chegaram ao redor de sua mesa fazendo milhões de perguntas diferentes, por ela emitir a auréa de estrangeira ou diferente do padrão. “Eu só quero comeeer!.” Pensava desesperada, sem prestar atenção nas perguntas, que cada minuto perdido era um desperdício.

Para sua salvação uma mão a puxou da multidão.

–Desculpe gente, ela esta comigo.-Yuri, garota alta, sorriu matreira e saiu andando puxando Sakai.

–Ei! Ela vem comigo!-A garota de beleza inegável, Naomi, se enroscou em um dos braços de Lily, nossa protagonista, parecendo que era algo precioso.

–Não, vem com a gente.-Lily olhou para baixo e cada uma das gêmeas segurava uma de suas pernas com cara de birra.

–Sakai-san, você gosta de doces? Gostaria de lanchar junto comigo? Minha mãe fez *dorayaki*, são deliciosos!-Arata, a menina cheinha, tão envergonhada parecendo que iria chorar se fosse recusada.*Doce japonês.

–Desse jeito ela não vai com nenhuma de vocês se continuarem a impedi-la de se mover.-Concluiu a menina esperta de óculos inexpressiva.

–Falou a sabe tudo.-Naomi se pronunciou com cara de repudio para a outra.

–Vamos todas comer juntas!-Lily diz para se livrar daquilo e poder comer em paz.

Elas se entreolharam e acabaram cedendo ao pedido, menos a de óculos que preferiu ignora-las e foi para não sei onde. Ajuntaram-se num banco grande circular onde cabiam todas e ainda sobrava espaço, uma a uma abriu seu *bento*, uns mais decorados ou mais recheados de comida que outros. Sakai abriu ansiosa um pacote grande de salgadinhos quando notou que as outras a olhavam curiosas.*Lancheira japonesa.

–Você não trouxe seu bento?-Perguntou Arata.-Pode comer junto comigo se quiser.-Disse cheia de si, orgulhosa de seu bento farto de gostosuras.

–Não, obrigada. Vou ficar com meus salgadinhos sabor churrasco.-Respondeu já saboreando satisfeitíssima com seu lanche.

O cheiro do churrasco chegou seduzindo aos narizes das outras, o que as deixou com água na boca. Ninguém resistia ao cheiro de carne, não preciso comentar dos vegetarianos, né? Elas olharam para o salgadinho como um bando de leoas prestes a dar o bote na sua presa.

Lily emite um olhar parecido daqueles filmes de guerra e o louco que se atrevesse a pisar em falso seria aniquilado sem dó nem piedade. As garotas logo perceberam o perigo eminente e foram devorar seus bentos conversando entre si como se nada tivesse acontecido. Sakai se levantou, com o salgadinho na mão óbvio, dizendo que iria pegar uma bebida e se alguém não gostaria que ela pegasse também. Logo depois, as meninas que tomavam seus sucos, com exceção de Naomi que bebia leite, se surpreenderam, mais uma vez, que a que fora pegar as bebidas estava bebendo seu refrigerante, nem um pouco saudável, como se fosse o ultimo manjar dos deuses deixado na terra.

–Sakai-chan,-Já se referia com certa intimidade.-Porque esta usando calças?- Keiko, uma das clones que pareceu mais interessada por outra coisa além do refri, a olhava com uma peça rara de museu.

–Porque não me sinto a vontade com essa saia, já que não posso tira-la coloquei por cima da calça que dobrei até os joelhos, assim fica com aparência mais legal.-Fez um gesto de “legal” enquanto dizia aquilo como se fosse algo super natural e descolado de se fazer.

Gotas surgiram na cabeça das meninas sem entender o gosto daquela menina estranha, pelo menos, para elas.

–Mas não te disseram que quem usa calça são os meninos?-Indagou Sachiko, a outra gêmea.

–Sim, só que disse para o cara (a questão é, que cara?) que nas regras diziam que é obrigatório usar o uniforme. Não dizia qual especificamente, então para não ficar ouvindo sermão dele aceitei usar a saia junto com a calça. Pura besteira!-Cruzou os braços inconformada.

–Eu acho saia algo tão sexy, o melhor é quando balança ela assim.- Fujimoto fez um rebolado sexy, o que atraiu olhares de vários garotos e professores, orgulhosa de si.

–Na verdade, você quer é fazer assim.- Keiko levantou um pouco... ok, levantou bastante a saia de Naomi e soltou uma risadinha travessa.

–Acho que a blusa poderia ficar mais assim para combinar.-A outra irmã subiu um pouco, dessa vez foi razoável, a blusa de Naomi, imitando a gêmea. A “vitima bela” ficou vermelha e deu um gritinho envergonhada, mas para ser sincera não se sabe se ela, mesmo naquela situação, estava tentando dar uma de sexy.

–*Meninas, uma garota deveria ser misteriosa e usar o corpo para os esportes, o único momento em que sua feminilidade esta a mostra!*-Falando isso Yuri desce a saia da bonitona até um pouco antes do joelho, coloca a blusa por dentro da saia, retira o lacinho que fica perto do pescoço e deixa alguns botões desabotoados, mas sem que pareça vulgar como estava antes, por fim dobra as mangas da blusa até o cotovelo e faz laço na cintura com o blazer do uniforme.*Ela não quis dizer que era para deixar o corpo amostra de forma sexy ou nada do tipo, só paar deixar claro.

–Pronto! Esse é o espírito jovem!-Fez uma posição de uma verdadeira guerreira pronta para a batalha.

Todas, com exceção de Yuri, ficaram sem palavras sem acreditar no que acabaram de ouvir, reticências surgiram para dar ênfase na situação.

Lily que já estava mais a vontade com toda aquela doideira delas resolveu tirar uma duvida.

–Vocês são amigas há quanto tempo?-Perguntou inocentemente.

As outras a olharam espantadas com tal absurdo dito, após o momento deram gargalhadas até não poder mais, bem irônicas por sinal. As interrogações voltaram à cabeça da autora da pergunta.

–De onde tirou essa conclusão? Todas nós nos conhecemos hoje, assim como você. A maioria das pessoas na nossa sala vieram de escolas diferentes.-Disse Suzuki de forma simpática.

–Jura?? Vocês parecem tão próximas umas das outras.-Lily pareceu abismada com o que acabara de ouvir.

–Eu? *Próxima dessa narcisista sem cérebro?*HAHAHA Até parece...-Watanabe enxugava as lagrimas de tanto rir.*Referia-se a Naomi.

–Tsc! *Como se eu fosse me juntar com uma vara que se acha a atleta* Hohoho!-Naomi aproximou a mão da boca cobrindo-a dando sua risadinha debochada.*Referia-se a Yuri.

As gêmeas riam sem parar junto com Arata que deu uma risadinha meio abafada, até que as duas que se xingavam olharam de lado para as que riam.

–Tão rindo do que? *Cópias de segunda mão!* -Instigou a mais alta.*Referiu-se a Sachiko e Keiko.

–*Isso mesmo, e você maquina de comer doces?* Se vai rir da gente, pelo menos ria de verdade em vez de ficar se escondendo.-Bufou a bonita exibida, apontando para a nova vitima.*Referiu-se a Arata.

–Coitadinhas, rimos de vocês dupla de comediantes cafonas.-Responderam as clones ironicamente, ressentidas com o xingamento, porém adoravam uma boa intriga.

*O corpo da rechonchudinha* tremeu de raiva, seu cabelo escondia a expressão em seu rosto.*Por favor, não levem a mal este apelido, é uma forma mais fofa que encontrei para a que possui mais "corpo" entre todas.

–Ta me chamando de gordinha?? Quem pensam que são? Bando de mocréias venenosas!!-Arata era um amor de pessoa, até xingarem ela de menina gulosa. A bicha virava uma fera.

A discussão descontrolada prosseguiu, Lily por sua vez analisou a situação das meninas e a sua volta, muitos estudantes olhavam interessados na briguinha.

–Que crime! Isso definitivamente não pode acontecer! Preciso impedir antes que um desastre aconteça e rápido!-Pôs as mãos na cabeça desesperada resolvendo agir. Juntou todos os bentos das meninas e colocou perto de si, após isso devorou o que sobrara de comida e sorriu felicíssima achando que fez um bem a humanidade.

–Pronto! Missão cumprida. Não haverá mais nenhuma comida desperdiçada.

E foi assim que a amizade das jovens se iniciou, algumas semanas passaram depois daquele dia. Com o passar dos dias Sakai constatou algo, o seu grupo de amigas chamava atenção por onde passavam. “Porque essas coisas acontecem comigo? Nunca soube como lidar com a atenção dos outros, quanto mais da escola inteira praticamente. Meus antepassados devem ter pecado muito para eu ter que passar por isso.” Questionou Lily sem entender, mal sabia que isso era só a ponta do iceberg.

Não era à toa que atraiam olhares, já que haviam duas gêmeas com uma aparência e jeitos diferentes -Keiko tinha o cabelo pintado de vermelho e lentes de contato rosa e Sachiko tinha o cabelo azul e lentes de contato verdes,a estrutura física das duas era igualzinha e tinham a estatura mediana-, uma das mais bonitas do colégio estava em seu grupo -Naomi possuía cabelos castanhos com luzes claras seus olhos eram castanhos escuros e possuía peitoral avantajado, um corpo saudável e estatura um pouco acima da média- , uma menina alta que por mais que tivesse uma aparência simples tinha um jeito que atraia a curiosidade dos outros -Yuri por sua vez tinha cabelo curto castanho escuro e olhos negros como a noite- e a mais cheinha –Arata possuía cabelos pretos, sempre presos como maria chiquinhas, e olhos castanhos claros- era a única aparentemente normal.

Acontece que, por mais que quisesse negar, por onde Lily andasse se via rodeada de olhares e diversos comentários do tipo: “Veja quem esta aqui, é a menina estrangeira.”, “Olhem só para ela, finge que não esta nem ai, mas tenho certeza que adora chamar atenção só porque é ocidental.”, “A menina estrangeira é tão atraente, nunca vi cabelo igual!”, “Rum! Só de olhar para ela me deixa enojada, como ela pode andar por ai como se achando normal.”, “Ela deve ser cheia de si por estar atraindo atenção, coitada(ironicamente).”, “Uou! Que inveja, queria poder ter esse charme estrangeiro!”...Ela estava começando a se acostumar com o passar do tempo e pensava para si, “Calma Lily, não se estresse por baboseiras como essas. São um bando de desocupados que ficam inventando o que não sabem! Vão acabar se habituando e logo logo vão deixar isso de lado.” Repetia para si enquanto xingava vários palavrões em sua mente para descontar a raiva.

Quando se juntava as novas amigas e se distraia esquecia esse problema rapidamente, não sabia dizer ao certo se realmente podia chamar aquelas meninas de amigas. Afinal não tinha certeza se elas estavam com ela porque ela era estrangeira ou por algum outro motivo relacionado a isso, só sabia que estava se sentindo cada vez mais relaxada ao lado delas. Para sua surpresa, havia uma pessoa que parecia, não sabia porque, interessada em seu grupo, a menina que sentava-se a sua frente que se mostrava sempre muito reservada. Algumas vezes se intrometia nas conversas entre elas na sala de aula ou soltava algum comentário, curiosamente não fazia questão alguma de andar com elas, tudo que Lily sabia sobre ela era seu nome, Ikeda Chika.

*Já as outras garotas estavam notando uma mudança na amiga estrangeira*.

*O que os leitores irão saber quando lerem os próximos capítulos.

Um dia quando ela foi ao banheiro Yuri comentou com Naomi:

–Você reparou que a Sakai-san esta agindo diferente comparado ao primeiro dia que a conhecemos?

–Esta falando de que no primeiro dia ela parecia uma pequena menina fofa e meiga e agora isso só se aplica ao seu exterior? Querida, enquanto você esta indo já estou voltando.-Disse cheia de si balançando sua mão delicadamente.

–Odeio ter que admitir, porém pode estar certa. Confesso que estou curtindo esse lado dela.-Um sorriso satisfatório e um tanto enigmático brotou no rosto da atleta.

–As vezes você me da medo, não tenho o que reclamar também.-Lixou as unhas cuidadosamente enquanto olhava receosa para a cara medonha e misteriosa da outra.

Em um dia que parecia como todos os outros Suzuki surgiu apressada parando junto das amigas.

–Porque tanta agitação Suzuki-chan? Algum babado forte? Algum barraco?-Keiko a indagou sentindo a empolgação circular por suas veias.

–Não, Yamada-san. -Fez uma pausa para recuperar o fôlego- Venham ver o que eu achei!-Arata saiu apressada e as outras a seguiram.

Depois de uma boa caminhada com Fujimoto e as Yamadas reclamando da demora chegam a uma parte da escola em que não haviam reparado. Todas permaneceram paralisadas, Arata orgulhosa de si por tal descoberta, boquiabertas com os olhinhos brilhando mais que joias.

–Que fofooooooooooooos!!!-Todas exclamaram juntas. Diversos animais, na sua maioria filhotes, estavam presos em jaulas espaçosas.

A atenção delas se voltou a um barulho peculiar, mais especificamente o abrir de uma jaula.

–O que esta fazendo Sakai?-Yuki olhou assustada, não queria ouvir sermão de algum professor por algo bobo como mexer nos animais. Afinal, sua fama era de uma eximia atleta.

–É que esse porquinho é tão fofo e não se mexe, ai fiquei pensando se ele não...-Olhou para as outras como se quisesse comunicar algo terrível pela expressão no rosto, elas ficaram aterrorizadas com a ideia de um animal tão novo e indefeso passando dessa para melhor, para elas passou é para a pior.

–Mas...e se alguém ver a gente?- Suzuki estava um pouco aflita e ao mesmo tempo preocupada com o animal.

–Não vou demorar. Porquinhoo!-Lily entra na jaula para verificar o estado do animal que estava deitado no canto. Para seu espanto, o porco que antes imóvel abria seus olhos astutos e vividos. Sakai permaneceu quieta e o bicho a olhou nos olhos, ela teve a impressão de que vira aquele olhar em algum lugar. Acercou-se dele e o mesmo saiu em disparada, se sentindo enganada seguiu correndo atrás do animal. A coisa toda aconteceu tão rápido e inusitado que as amigas ficaram paradas tentando compreender o que aconteceu.

O porquinho corria com todo o entusiasmo que lhe tinha, Sakai tentava alcançar, contudo não estava em boa forma. O bicho disparou adentro de um prédio cheio de estudantes circulando, ainda na área da escola, ela se enfezou por estar perdendo para um bicho e encontrou energia na sua raiva disparando logo atrás do animal.

Enquanto isso... as amigas procuravam os dois que correram, mas já tinham perdido eles de vista, sem contar que ambos tinham ido para um prédio que elas ainda não tinham entrado o que diminuía a chance de encontra-los.

Pessoas se espantavam ao ver um porquinho correndo desenfreado pelos jovens, logo em seguida uma garota atropelava ou empurrava as pessoas de sua frente para alcançar o bicho, ela já havia perdido o pouco juízo que lhe restara. Papéis voavam acima das pessoas, pessoas se esbarravam, matérias escolares caiam no chão derrubados, os corredores daquele prédio já não eram os mesmos, o caos reinou. Lily tentou se jogar algumas vezes para segurar o porco, contudo foram todas tentativas falhas. Algumas pessoas até tentaram ajudar a capturar o animal e também foram enganadas pelo pequeno e ligeiro ser.

Até que, o individuo ágil entra em uma sala, Sakai pensou que essa era sua chance e fez o mesmo. Então freia seus passos se deparando com o porquinho deitado nos braços de um garoto. Antes que pudesse analisa-lo seus olhos encontraram os do menino, para sua surpresa o mesmo olhar que lhe era familiar fora dirigido a ela. Bingo! A lembrança lhe veio em um estalo, atrasado, mas não falho. Seu sonho do primeiro dia de aula surgiu em sua mente, o olhar que o porco fizera semelhante ao do gato, a perseguição e agora o olhar do garoto idêntico ao de seu ídolo. “Então era isso...aquele olhar que o Jaejoong transmitia e que não conseguia lembrar era isso...o olhar prazeroso de uma pessoa que se acha superior. Claro que só poderia ter sido um sonho, porque meu ídolo nunca olharia desse jeito para alguém. Agora, resta saber o que o porque desse menino estar me olhando dessa forma, com toda essa satisfação um tanto medonha.” Pensou ela tendo um mal pressentimento e aquela sensação de não conseguir se livrar do maldito olhar.

–Ora, ora. O que temos aqui amiguinha.-O garoto se referia ao porco.

–Hum? -Ela deu um tapa na própria cara para acordar do transe do maldito olhar, o que assustou a todos na sala e os que olhavam de fora.- Obrigada por segurar ele.-Esticou as mãos para segurar o bicho e para sua surpresa o menino deu um passo para trás ainda com o porco em mãos.

–Esse animal é seu?-Perguntou inexpressivo.

–Não.-Estava desconfiada.

–Então porque deveria dar a você? A pobrezinha claramente não vai com sua cara.-Um sorrisinho cínico apareceu em sua face. O que deixou Sakai incomodada.

–E o que você tem haver com isso? Ele também não é seu. Eu sou responsável por ele e vou coloca-lo de volta onde estava.-Esticou novamente as mãos, demonstrando uma cara de desgosto para o outro.

–Você que ir com essa menina que te assusta, *cheia de arranhões pelo corpo*, descabelada e arfando que nem um cão sarnento?-Olhou com uma cara dissimuladamente simpática para o porquinho enquanto dizia tais palavras, agindo como se fosse uma pessoa bondosa como um anjo.*Quando se jogou para pegar o porco.

–Que?-O mau humor tomou conta de Lily.-Ninguém cairia nessa sua conversa fiada! E quem você esta chamando de cão sarnento seu @*&%#*!

–Se não é cão sarnento o que poderia ser então? Uma garota é que não é falando dessa maneira, talvez uma gralha. Acho que não, isso ainda é um elogio falando de você.-O sorriso dele estava cada vez mais sínico, enquanto seus olhos pareciam dizer que era um ser puro, o que Lily sabia que não era bem isso que seus olhos deveriam ser.

Uma veia pulou na testa de Sakai, sinal de que ela estava prestes a pular no pescoço dele.

–Vamos fazer assim.-Se pronunciou antes que ela dissesse ou fizesse algo.-Deixe que ela descida com quem quer ir.-Soltou o porco no chão.

–Ela?-Agora ela o olhou com deboche.

–Além de tratar a coitada assim, não sabe nem que é uma fêmea. Parece que já sabemos como isso vai terminar.-Ele suspirou fingidamente então fez uma cara de quem já ganhou desde o inicio ainda com aquele fingido sorriso estampado para quem quisesse apreciar. O bicho olhou para ele como se estivesse apaixonado, ou enfeitiçado.

–Que absurdo, até parece que o porco vai mesmo decidir com quem vai...-Enquanto pronunciava tais palavras o...a porquinha pulou, praticamente se jogou, nos braços do jovem. O que fez com que ela parasse no meio da frase boquiaberta.

–Parece que minha amiguinha aqui não gosta de perder tempo, poderia ter feito um suspense para os que assistem.-Realmente, os espectadores daquela cena faziam até apostas quando ele comentou da escolha da porca, estavam todos entretidos na situação. Ele fez uma cara de total deboche e satisfação para Lily.

–O que esta acontecendo aqui? Você não é aluna dessa sala! Então é você que fez toda essa bagunça?-Um professor surgiu com uma cara nem um pouco amigável.-O que isso esta fazendo aqui?-Olhou confuso e insatisfeito para o animal.

Lily aproveitou a distração e avançou no porco, quer dizer, porca, segurando-a com firmeza.

–Não se preocupe *sensei*, já estou saindo com o animal. Fazer um churrasquinho com ele talvez.-O porco pressentiu a ameaça e se remexeu sem conseguir escapar. Enquanto ela se retirava da sala, realmente pensando em assar o porco mesmo com toda a ironia, quando o professor a chama atenção se dirigindo em sua direção. Lily percebeu na hora que seria castigada e se desviou dele fugindo com a porquinha em seus braços, o animal ainda se rebatia.*Como se direciona a um professor.

–Volte aqui menina!-A voz do professor ressonava pelo corredor que Sakai corria, foi quando pareceu ouvir a voz de Yuri no andar de baixo. Ela se deteve e olhou pela janela.

–Yuri, segura e leva de volta! Rápido!-Antes mesmo que a amiga pudesse reagir, jogou o animal e voltou a correr, pois visualizou pelo canto do olho que o professor andava apressado em sua direção.

A amiga, por sorte e também por ter reflexos de atleta, segurou o animal e correu. Lily chegou as escadas antes que outros professores viessem atrás dela e pulou vários degraus de uma vez, espantando quem subia ou descia a escada, para não perder tempo. “Se eu estivesse com o porco nas mãos iria me atrasar para fugir, Yuri chegou bem na hora.” Lembrou para si enquanto escapava do prédio e se desviava de uma professora que a viu correndo e parecia prestes a reclamar com ela por tal ato, mal sabia ela que a aluna fizerá coisa pior.

Na sala de aula onde ocorreu a briga pela porca um dos alunos da classe chegou curioso perto do garoto que discutiu com Lily.

–Você a conhecia?-Perguntou com uma ponta de interesse.

–Não.-Respondeu indiferente.

–Que pena, ela era demais.-O menino pareceu desapontado.

O garoto, amigo da porca, deu uma risadinha macabra como quem acabou de pensar em um plano macabro. O outro se afastou um pouco e como era curioso resolveu arriscar.

–No que esta pensando?

–Quer mesmo saber?-Virou a cara para o curioso e sua expressão era de um completo maníaco.

O menino, como já havia previsto, se arrependeu profundamente rindo sem graça para disfarçar e foi sentar-se em seu lugar.

–Finalmente achei algo interessante para se fazer nesse lugar.-E soltou mais uma risadinha mais macabra do que a anterior, o clima ao redor dele ficou bastante pesado e sombrio fazendo com que as pessoas que estavam próximos a ele afastarem para bem longe receosos.

Enquanto isso, Lily que se aproximava de outro prédio sentiu-se puxada por uma mão. Para seu alivio, eram as gêmeas agachadas por detrás do prédio. Uma delas fez sinal para que ela não fizesse barulho quando fora puxada.

–Aqui vai ser muito difícil alguém encontrar a gente.-Sorriu como se estivesse se divertindo com tudo aquilo.

–Obrigada meninas.-Suspirou Sakai aliviada e recobrando o fôlego.

Alguns minutos depois a Watanabe, a Fujimoto e Suzuki aparecerem sorrateiras, como se estivessem em uma missão secreta.

–Tudo certo. Já resolvemos a situação.-Yuri fez um sinal de ok com uma das mãos piscando para as outras.

–Tudo certo??-Sakai pressentiu que algo aconteceu.

Todas se entreolharam e depois sorriram, com exceção de Sakai, como crianças que acabaram de fazer uma grande travessura.

–Quando você saiu correndo fomos atrás de você, só que perdemos você e uma das gêmeas teve uma grande ideia. Eu, uma das Yamada, e Suzuki soltamos alguns animais, a outra Yamada mexeu nas traves das jaulas e Fujimoto foi chamar alguns dos senseis explicando que alguns animais escaparam das jaulas...

–E como uma verdadeira atriz expliquei para ele que as traves das jaulas estavam frágeis e os animais fugiram. E que nós estávamos tentando ajudar a capturar os animais.-Naomi interrompeu a outra. Enquanto falava demonstrou seus truques usados no professor, balançando seu corpo de um lado para o outro pressionando os braços, obviamente isso fez com que seu peitoral, falando menos vulgar, ficasse em evidencia se é que me entendem e olhou com uma cara de gato dengoso.

As outras a olharam como se ela fosse um caso perdido para a humanidade.

–Quando os senseis chegaram fingimos que já havíamos capturado alguns e os outros não foram difíceis de acharem, no final das contas fomos elogiadas pelos senseis pela nossa competência.- Sachiko finalizou a explicação.

–A melhor parte foi que conseguimos ainda alimentar os animais e segurá-los!-Arata pressionou as bochechas fartas com as mãos, cheia de felicidade só de lembrar, seus olhinhos e os das outras brilharam de satisfação.

–Então foi por isso que fizeram tudo isso, para ficar com os animais...-Lily as olhou de lado desiludida.

“E eu pensando que tinham feito o plano para que quando eu fosse castigada pudesse usar ele como desculpa para me safar. Mesmo que essa não fosse a intenção, ainda posso usa-lo como desculpa.” Sakai compreendeu que ainda precisava conviver muito tempo com elas para poder compreender o que passa naquelas cabeças de vento, como a dela.

–Pelo jeito vamos ter que matar essa aula.-Comentou uma das clones enquanto jogava no celular, a irmã fez o mesmo retirando o celular para jogar contra a outra no joguinho.

–É a minha primeira vez matando aula.- Suzuki parecia insegura, mas estava feliz por estar com amigas nessa.

–A minha também, não é como se fossemos vândalas, foi por uma boa causa.-A alta parecia falar aquilo mais para se convencer do que para as outras.

–Por acaso vocês conhecem um garoto de cabelos castanhos claros, olhos praticamente da mesma cor do cabelo, tem uma pele clara e deve ter la pelos seus 1,80 ou mais de altura?-Indagou Lily curiosa.

–Huum...acho que já ouvi falar de um garoto assim. Você conhece ele ou algo do tipo?-Enquanto checava sua maquiagem no espelho portátil a bela pareceu interessada na pergunta da outra.

–Mais ou menos isso...

–Se ele for quem estou pensando- Pela primeira vez Naomi mostrou uma cara séria, as outras até pararam o que estavam fazendo para ouvir-então...-suspense-...você é muito sortuda! Hohoho!-As outras desabaram no chão desacreditadas por terem caído nessa achando que era algo importante, enquanto Fujimoto dava sua risadinha debochada fazendo seu gesto de sempre com a mãozinha próxima escondendo a boca.

–Acho que não estamos falando da mesma pessoa.-Lembrou-se do jeito arrogante do garoto de antes e começou a sentir a irritação só de lembrar.

–Ele não fica no prédio X, na sala 1-C?-Falou a mais bela, como sempre bem informada.

–Huuum...-Pôs o dedo na testa e fez um esforço para tentar se lembrar.-Acho que é esse mesmo.-Sua voz parecia desapontada.

–Seu nome é Kobaiashi Sadao, nesse pouco tempo ele se tornou famoso na escola.-Naomi contou confiante de sua informção.

–Já ouvi falar dele, parece que é bom nos esportes, apesar de não ter visto ele jogando ainda.- Watanabe fez uma cara de que estava recordando de tais fatos naquele exato momento.

As bochechas de Arata ficaram coradas, ela parecia sorridente.

–Então ... é mais uma das fãs dele!- Keiko surgiu por trás dela, se divertindo com a nova descoberta.

–Aquele príncipe tão misterioso, mas não estou a altura dele.- Sachiko apareceu também por trás de Suzuki cochichando em seu ouvido, como se estivesse adivinhando os pensamento da outra.

–Saiam de mim!-Arata encabulada esconde sua cabeça entre as mãos jurando que aquilo impediria as duas clones de xeretar em sua mente.

As duas gargalharam ao ver a atitude da amiga, rolavam no chão repetindo a cena, da outra se escondendo, diversas vezes em sua mente.

“Pobre Arata, não sei o que ela viu naquele ser demoníaco.” Sakai ainda estava inconformada por estar estudando no mesmo colégio de uma pessoa como aquela. “Pelo menos não vamos mais nos ver, já que nossos prédios são diferentes.”

O sino tocou para a aula seguinte e a diversão das meninas foi interrompida, se dirigiram para a sala de aula. Terminado o dia as meninas conversavam caminhando em direção à saída.

–Ainda bem que tudo ocorreu bem. Eu pensava que ia ser muito difícil você escapar da punição Sakai.- Yuri mostrava uma expressão sincera.

–Nem me fale!-Suspirou aliviada- Mas acho que preferiria o castigo ao sermão de não sei quantas horas que levei do supervisor.-Respondeu com desgosto.

“Pelo menos a história que as meninas inventarem amenizou bastante a minha situação. E ainda tive que inventar algumas desculpas para me safar.” Os pensamentos chegaram a mente de Lily,antes mesmo que ela percebesse, sem mesmo notar que as outras continuavam papeando.

Quando para a surpresa de todas uma figura se destaca, dentre os alunos que circulavam, encostada na entrada. Até que quando elas passaram ao seu lado, achando que não tinha nada haver com elas, tiveram mais uma surpresa.

–Ei, gralha.-Uma voz com um tom autoritário chama a atenção. Lily já se chateia lembrando-se daquele nome inconveniente que ouvira antes, contudo continuou andando tendo certeza que não era com ela.

–Além de ter uma voz irritante ainda é surda, agora sakei.-Do tom autoritário acrescentou um leve deboche.

Ela se virou inconscientemente, mesmo não reconhecendo a voz do garoto. Sua cara fica chocada ao ver que para seu extremo azar e desprazer a única pessoa que ela não queria ver nem pintado de ouro, brilhantes e diamantes estava bem ao seu lado.

–Bom, pelo menos obedece depois de um tempo. Estou aqui para informar que a partir de amanhã quero que seja minha escrava, por isso, de o seu melhor.-O menino falou como se aquele pedido fosse a coisa mais natural do mundo e sua cara claramente demonstrava isso devido a expressão de imparcialidade.

A expressão de Lily, suas amigas e das pessoas ao seu redor, que ouviram claramente, parecia que um meteoro caíra naquele lugar e congelado a cara de terror de todos.


Continua...


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Notas finais do capítulo

Espero que tenha curtido este capitulo e principalmente que a leitura tenha o alegrado. Não vou pedir reviews, é da sua escolha se fará ou não, porque o que importa é que continue a ler e que aproveite bastante enquanto acompanha! Até o próximo capitulo =D



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