Malditos Marotos. escrita por Bell


Capítulo 22
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOIEEE!!
MEUS AMORES, ESSE EPÍLOGO É O PRÓLOGO DA SEGUNDA TEMPORADA, OK? EU CRIEI ELA POR PEDIDO DE VOC~ES, ENTÃO VOU FICAR MUITO CHATEADA SE NÃO TIVER VOCÊS LÁ, PELO MENOS O NÚMERO DE LEITORES QUE PEDIU!
Ooooooutra coisinha: Eu vou sentir muita falta de Malditos Marotos! Porque a outra não tem Hogwarts, é na Guerra e... Ai, tô receosa.
Gente, vão lá mesmo que seja pra opinar se querem em terceira pessoa em POVs, ok?
AMO VOCÊS, espero que gostem!!
xx Bell



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“Agora que todos vocês receberam seus diplomas” – o senhor de cabelos grisalhos e tão longos quanto a sua barba, acompanhada de um estranho nariz torto e óculos meia-lua apoiados nele disse a um Salão imenso e cheio de alunos, assim como seus amigos e parentes. Era um dia especial – “Eu gostaria de chamar os dois melhores alunos entre as quatro casas para discursarem. Na verdade, é a nossa primeira aluna Lílian Evans e Genevive Abbott, a terceira, pois o segundo melhor aluno Severus Snape recusou a honra.” – ele sorria bondoso apesar do pesar das palavras. Em alguns naquele Salão, irrompeu o receio de ter Severus e Lílian discursando lado a lado. Eles já foram amigos, mas o destino separa as pessoas – “Senhoritas, por favor!”.


O Salão Principal irrompeu em aplausos enquanto duas meninas distintas se levantavam. Genevive Abbott se levantou entre as fileiras dos corvinais, orgulhosa e de nariz alto o suficiente para tropeçar numa mula. Seus cabelos loiros lhe batiam nas costas e os olhos castanho-claros. Dirigiu-se para o palco graciosamente, sabendo que era linda, e chegou à frente do palanque antes da outra aluna, que vinha calmamente pelo corredor central, saída das cadeiras que correspondiam à casa da Grifinória, que gritava incansavelmente seu nome. Ela sorriu baixo pelos gritos e pelo beijo que havia recebido antes de se levantar.

Diferente de Genevive, Lílian Evans não sabia se era bonita desse jeito. Sabia que tinha a sua beleza, mas não a ponto de se portar como ela. Era ruiva, sendo que seus cabelos recém-cortados estavam pouco além dos ombros. Os olhos eram de um tom de verde inesquecível e ela os amava. Mas alguém naquele salão amava mais. Um menino de cabelos rebeldes e olhos castanhos, gritando seu nome ao lado de um cabeludo. Ele amava aqueles olhos. Ele amava aquela mulher. E hoje, se sentia completamente feliz por chamá-la de “meu Lírio”.

As duas se colocaram de frente para a multidão agora silenciada. Os formandos, os pais, os amigos próximos e outros alunos. Lílian se decepcionou por não ver a irmã, mas devia saber que ela não viria a sua escola de magia.

“Bom, aqui estamos! E conseguimos nos formar, finalmente!” – Genevive começou. E começou mal, porque essas mesmas piadas de formatura cansam, e esse foi o pensamento da maior parte do Salão e eu incluo Lilly nessa lista. Na verdade, Genevive não disse nada de produtivo. Falou sobre algumas aulas, provas e... Nada que as pessoas quisessem ouvir. Ela era boa pessoa, mas a pessoa que é lembrada nessa noite é a ruiva tímida que tomou seu lugar após longos cinco minutos.

“Ham... É realmente estranho estar no lugar que eu vi ser ocupado por outros alunos por seis anos. Ano passado, inclusive, foi uma amiga minha e eu a vi discursando e pensei o quão seria bom representar uma sala toda por meio de algumas palavras. Quando o diretor me convidou, eu não soube recusar. Mas agora, parada diante de vocês com as minhas mãos tremendo e essa minha constante insegurança... Bom, talvez seja impossível. Seja impossível descrever em algumas simples palavras como alguns anos mudam você completamente, quer dizer, sejamos sinceros: ninguém sentirá falta das aulas! Mas nós crescemos aqui, amadurecemos, deixamos nossa época de infância e vamos sair daqui para trabalhar e constituir uma casa, mesmo que não uma família, afinal os tempos são outros!

Eu não consegui escrever um discurso, perdão. Mas eu vou sentir falta desse castelo, das escadas mudando no meio do caminho, do lago no outono e de como a Floresta fica bonita no inverno! Vou sentir falta das festas, dos passeios a Hogsmeade, das vezes que eu passei horas no Beco Diagonal comprando todos os materiais, de tudo. Não vou sentir falta dos meus amigos mais próximos, pois tenho certeza que amizade dura além da escola. Mas eu sentirei falta de passar por corredores e reconhecer todos os rostos, parar alguém e perguntar se ele conseguiu passar em DCAT, afinal estudamos muito porque a matéria estava difícil. Vou sentir falta das palhaçadas e... De querer fazer tudo errado.

Mas é claro que eu falo por mim! Afinal, a maioria aqui fez muitas coisas erradas e acho que eu posso dizer que certos garotos da minha turma de formandos devem ter quebrado o recorde de detenções que o Sr. Filch já aplicou!

Eu gostaria de... Agradecer. A todos vocês. Professores, Diretor Dumbledore, Hagrid, Sr. Filch, Sonsrinos, Corvinais, Lufanos e Grifinórios, além de cada um dos pais, amigose familiares que estiveram conosco. Eu estou deixando a minha casa para trás hoje. Deixando pra que outros cuidem bem. É uma grande dor no peito, mas sempre temos que seguir em frente.

Aproveitem. Obrigada. E boa noite a todos vocês!”.

Ela terminou com lágrimas rolando e se retirou do palanque enquanto surgiam palmas vindas de pessoas em pé, gritos de seus amigos e um diretor com um particular sorriso aberto batendo palmas fervorosamente.

Caminhou calmamente até sua cadeira e se sentou. Assim que o fez, um braço passou pelos seus ombros e ela recostou a cabeço no ombro de onde vinha aquele perfume familiar.

–Você estava linda lá em cima – ela ouviu a voz rouca que amava.

–Eu mal acredito que consegui!


(...)

–Quem diria, não? – James soltou ao lado de Lilly. Estavam eles dois, Sirius, Bianca, Dorcas, Remus e Marlene no Três Vassouras, em Hogsmeade. Bebendo e conversando, como sempre.

–O que? – Dorcas perguntou enquanto comi algo

–Que nós passaríamos o último dia de aula sem uma detenção! Filch deve ter entrado no clima das férias, porque as bombas de bosta explodiram no corredor inteiro!

–Por Merlin! Finalmente posso deixar essa passar sem “não cumprir com meus deveres de monitor”!

–É, lobinho! E a imitação da Tia Minnie tá legal – Marlene disse

–Lobinho?! – Lílian e Bianca foram olhadas

–É! Outro dia Sirius disse e eu achei legal – suspiraram aliviados e continuaram a passar assim a tarde: jogando conversa fora, bebendo e rindo. Aproveitando o que faltava, afinal a vida fora da escola começara e agora teriam um trabalho, uma casa e uma família.

O tempo passou rápido, e à medida que eles passeavam pelas familiares ruas, a nostalgia vinha e acompanhava os passos. Coisas como passar pela Floreio & Borrões e lembrar de cada compra, ou a suave lágrima que caiu no rosto branco de Lílian ao passar pelo Olivaras são simples, mas são essas que nós lembramos pra sempre.

A primeira a ir embora foi Marlene, alegando que ainda ia sair com o namorado. Aparatou e ficaram os três casais. Mas Remus tinha que arrumar algumas coisas em casa para a viagem que iria fazer com Sirius. Infelizmente, Bianca ainda não sabia e ele disse em voz alta.

–Que viagem, Sirius? – ela se virou pra ele arqueando as sobrancelhas e ele ficou nervoso. Ela causava esse efeito nele...

–Bia, minha nega... Eu e o Remus... REMUS, SEU DESGRAÇADO!

–Ei, achei que você tinha contado pra as namorada!

–É, eu achei que a sua namorada soubesse das coisas! – ela disse. James e Lilly assistiam à discussão sem falar nada. Ambos sabiam os efeitos da raiva de Bianca Chase.

–Bia, meu amor.Eu ia te contar hoje, sabia?

–JURA? QUE HORAS? IA DORMIR EM CASA TAMBÉM?

–Ok, chega de gritos. Estamos no meio da rua. Calma. Eu e o Remus vamos ficar uns meses fora, sabe... Conhecer alguns lugares, estudar, ele quer saber mais sobre DCAT e eu quero conhecer novos ares. Qual é, eu passei anos só conhecendo as paredes do meu quarto na maldita casa da minha família!

–Tá, ok. Eu entendo. Mas, quando vocês decidiram? E quando vocês vão? Poxa, eu sei que você é você e eu não podia cobrar nada, mas caramba, você vai ficar MESES fora! E eu, como fico? – ela disparou a falar e ele soltou um sorriso de canto, feliz por conseguir confirmar que aquela menina se preocupava com ele.

–Bia, combinamos antes da formatura, quando o James disse o que ele ia fazer – ele deu uma olhada pra Lílian e James negou com a cabeça. Ela ainda não sabia – e nós resolvemos. Remus contou pra Dorquinhas na hora, mas você é... Diferente nesse quesito e eu tava tentando fazer do jeito certo.

–Que belo jeito certo – ela resmungou em uma voz baixa audível – E vocês voltam quando? Estamos em Junho...

–Antes do Natal, eu prometo!

–Só?

–Por favor, morena – ele se aproximou dela e lhe tirou uma mecha de cabelo do rosto.

–Você pode ir...

–Eu já ia! – ele falou e Lilly lhe deu um soco no braço

– ... Mas eu vou te ajudar a arrumar uma mochila.

–Mochila? Só isso?

–Feitiço Indetectável de Extensão, gênio!

–Ah, verdade!

–Posso? – Bianca sabia ser meiga. E mais importante: ela sabia fazer Sirius achá-la meiga. E isso não era pouca coisa.

–Lógico... Aposto que mãe e pai nos esperam, certo James?

–Mãe e Pai? – Dorcas olhou confusa.

–Como Sirius já está lá como se fosse da família, e a família dele não é lá essas coisas, ele chama os meus sogros assim – Lílian disse e James se virou sorrindo

–Seus sogros?

–Meus cunhados que não são, certo? – ela disse com naturalidade e ele ficou estático. Repetindo mentalmente a voz de anjo chamando seus pais de sogros. Soava tão bem!

Despediram-se e Remus aparatou com Dorcas. Sirius e Bianca aparataram juntos e Lílian e James fizeram o mesmo, ambos os casais rumando para a mansão Potter.


(...)

–UAU.

–Bia, você já disse isso no portão, na sala, no corredor e agora no quarto! – Lilly disse.

–Mas agora é pela bagunça, não pela casa! SIRIUS, VOCÊ NÃO PODE NEM GUARDAR AS CUECAS?

–Eles não arrumam nada!

–Eu tenho um elfo, preciso lembrar?

–NÓS TEMOS, Prongs!

–O que custa recolher as cuecas? Pobre elfo esse! – Bianca exclamou indignada e pegando a mochila jogada do chão

–Bia, Bia, meu amor... Tem certeza que quer fazer isso? – Sirius perguntou enquanto ela lançava o feitiço indetectável de extensão na mochila

–Fazer o que, Sirius?

–EU ENTENDI! To saindo, Pad... Vem, Lírio! – e James a puxou para fora do quarto confusa. Mas ela entendeu momentos depois: deixar Sirius e Bianca sozinhos.

Eles andaram até o quarto de Lilly, onde ela se deitou na cama, exausta. James ficou em pé, passando a mão pelas fotos na parede. Sorriu lembrando do dia. “Foi naquele dia...”, ele pensava, “...Naquele dia que eu pude chama-la de minha.”.

–James – ela chamou estendendo o “am” e ele se virou.

–Que, meu Lírio? – ele se aproximou e se sentou à beira da cama, olhando para ela.

–Me dá um abraço? – ela fez cara de bebê e ele riu

–Como se precisasse pedir... – se deitou e a abraçou, fazendo os dois soltarem um longo suspiro. Ficaram alguns minutos assim, quietos e somente abraçados. Ela se virou, apoiou os braços no peito dele e lhe olhou nos olhos. Ele, por sua vez, baixou o olhar para encarar aqueles olhos esverdeados tão profundos quanto o mar.

–James – ela falou devagar, receosa – E agora? Como vai ser?

–Como assim, Lírio?

–Daqui pra frente, sabe?

–Ah, vai ser assim – ele deu um sorriso e começou a falar – Eles vão viajar, você vem morar aqui comigo até eu e você termos um bom emprego. Mas eu, principalmente, porque logo faço o teste pra virar auror. – ela sorria com o planejamento dele – Então nós vamos comprar uma casa em um vilarejo onde nós vamos ter um filho menino e, quem sabe, uma filha menina depois. E aí, nós vivemos felizes para sempre.

–Como nos contos de fadas – ela suspirou lembrando da infância.

–No nosso conto de fadas, amor.

–E qual o nome?

–A ruiva e o vagabundo – ela riu.

–Lindo nome...


Enquanto estavam ali abraçados, cada um prometeu algo mentalmente. Lílian prometeu a si mesma que faria de tudo para que aquilo se tornasse realidade. Ambos casados, felizes, com uma criança pela casa. Ela prometeu amá-lo e amar a criança que pudesse vir incondicionalmente.

E James Potter prometeu em silêncio que ele faria de tudo para sempre tê-la consigo. Ele faria de tudo para sempre saber que aqueles olhos esverdeados eram do SEU Lírio.



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Notas finais do capítulo

Saudades já...
xx
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAQUI A SEGUNDA >>>>>>> https://fanfiction.com.br/historia/258466/Dark_Times



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