Malditos Marotos. escrita por Bell


Capítulo 21
Um longo baile


Notas iniciais do capítulo

[n/a] OOOOOOOOOI! Demorei? Tentei postar rápido! Olha, esse cap é o maior que eu já escrevi na minha vida Ficou com mais de 4000 palavras e é capaz de vcs me odiarem!! MAAAAAAS, PRESTAM ATENÇÃO NISSO AQUI!!:::
1- ESSE NÃO É O ÚLTIMO CAP. O ÚLTIMO SERÁ O PRÓXIMO;
2- NO DIA QUE EU LANÇAR O ÚLTIMO CAP, LANÇO ELE COMO UM JEITO DE RETOMAR PARA A SEGUNDA TEMPORADA, OU SEJA, NA MESMA HORA JÁ ABRO A SEGUNDA TEMPORADA
3- ME DEIXEM REVIEWS!!! EU QUERIA PODER TERMINAR ESSA FIC COM 250 REVIEWS! EU IA AMAR!! POR ISSO, MEUS EITORES QUE APARECERAM NO AVISO, COMENTEM NESSE CAP E NO PRÓXIMO! DÁ PRA EU CHEGAR EM 250 SÓ SE METADE DOS MEUS LEITORES DEIXAR UM REVIEW NESSE E NO PRÓXIMO! DEIXEEEEM, POR FAVOR!
Como meu presente de aniversário! (tá chegando u.u)
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PRESTEM ATENÇÃO NISSO TAMBÉM:
Esses são os vestidos do Baile (não, não esqueci dos pedidos pra eu fazê-los)::
http://www.polyvore.com/baile-meninas/set?id=55904290#stream_box
&
http://www.polyvore.com/lilly-prom/set?id=55905046#stream_box (só ignorem a cor do cabelo).
Boa leitura enorme, amores!! BEIJOS E ME DEIXEM REVIEWS, PQ ESTOU CURIOSA SOBRE A OPINIÃO DE VCS NESSE!!!!!!
xx



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Lílian

–Conta, Dorcas!

–Vamos tomar uma cerveja amanteigada, que tal?

–Dorquinhas, minha princesinha inocente, você está nos enrolando desde a aula de Transfiguração!

–Ai, como vocês são chatas!

Estávamos a caminho de Hogsmeade. Era uma quinta-feira, o nosso baile era no sábado à noite. Dumbledore concordou em liberar os alunos do sétimo ano de hoje até a noite do baile e, no fim da tarde de domingo, iriam nos entregar os diplomas. Bianca, eu e Marlene tentávamos fazer Dorcas contar como o Remus FINALMENTE a pediu para acompanhá-lo ao baile, mas ela resistia desde a aula.

–Dorquinhas, lindinha... – Lene sempre a chamava assim quando pedia algo – Que tal você nos contar e assim fica mais fácil de escolher o seu lindo vestido de princesa?

Nós rimos e Dorcas de rendeu.

–Ok, vocês me ganharam! – já estávamos chegando ao vilarejo – Eu e Remus sentamos juntos na aula, vocês viram. Então, nós ficamos conversando sobre coisas aleatórias, sabe? As matérias, os casais novos – ela abaixou a cabeça e nos olhou – E outras coisas bobas. Então ele falou “Preparada para o baile?” – ela imitou a voz dele e eu ri alto – E eu disse que na verdade não estava porque nem tinha comprado meu vestido, meu sapato, resolvido como ia ficar o meu cabelo e enquanto eu falava sem parar, ele me interrompeu e falou “De qualquer jeito vai estar linda” e eu fiquei muito vermelha! Aí eu agradeci e disse que tinha certeza que ele também estaria lindo e falei que a menina que fosse com ele ia ter muita sorte. Então ele perguntou com quem eu ia, e eu disse que não tinham me chamado ainda.

Nós estávamos curvadas pra frente, esperando cada detalhe da história. Nem parecia o Remus! Sirius deve ter zoado tanto ele, que se rendeu.

–Então... – ela deu uma pausa olhando pro alto, lembrando... Lene lhe um tapa e ela voltou a si – ele disse “Sabe, Dorcas, eu já queria te pedir... Quer ir comigo?”. Aí eu segurei um grito, mas não deu certo, porque a Minerva me olhou feio. Ele deu uma risada e eu disse que sim, que adoraria ir com ele! E aqui estamos, bobonas! Viram? Nem foi grande coisa...

–NEM FOI? ESSE NÃO É O LUPIN QUE EU CONHEÇO, MULHER! – Bianca gritou enquanto entrávamos no Três Vassouras. Havia alguns sonserinos e corvinais sentados e conversando. Não tinha visto lufanos, só no caminho.

–Para de chilique, Sra.Black – Lene disse e Bia fez uma careta – Vamos logo tomar algo e irmos comprar nossos vestidinhoooos – ela cantarolou a última parte.

Sentamos, pedimos as cervejas amanteigadas e ficamos ali por alguns minutos. Eu ainda não tinha visto nenhum dos meninos hoje.


James

–EU TENHO MESMO QUE USAR ISSO?

–Se o senhor quiser satisfazer a sua acompanhante, eu presumo que sim.

–Se ele não usar nada vai satisfazer muito mais! – Padfoot gritou do outro lado da loja e eu lhe dei o dedo.

–Então... Eu... Tô legal?

Perguntei meio envergonhado ao vendedor que estava comigo. Padfoot estava tendo alguns problemas no outro lado da loja e Remus estava impecavelmente vestido com o melhor terno e como se estivesse vestindo qualquer coisinha!

–Está ótimo, senhor. É para o baile de Hogwarts,certo? – eu assenti – Então, está perfeito.

–Deixa que eu vejo... – Padfoot veio e afastou o homem com a mão. Ele estava todo desarrumado. Gravata afrouxada, calça caindo e estava só com a camisa, que estava abotoada somente pela metade.

–PAD!

–Oxe, eu sei como é o vestido dela, lembra? Vamos ver se você está à altura da minha Fogueta. – ele fez cara de quem está pensando, me analisou e soltou – Dá uma virada – eu fiz cara feia e, enquanto estava virando, Moony gritou

–Nossa, sua bunda tá maior com essa calça! – e então os dois crápulas que eu chamo de amigos começaram a rolar de rir.

–VÃO À MERDA!

–Tá gatinho, Prongs... Se eu fosse a Lílian, te pegava no meio do Salão! – e eles riam mais.

–VADIOS!

Olhei pro espelho. Eu realmente parecia bem? A Lílian, com certeza, estaria impecável. E eu realmente queria estar à altura dela. Moony estava bom o suficiente pra Dorcas, e Padfoot... Bom, na medida do possível. Ele ajeitou a camisa, a gravata e se vestiu bem. Sim, ele estava bem. Olhamos-nos no espelho. Os três.

–Não sei pra que toda essa “pomposidade” se no fim da noite eu vou acabar com essas roupas no chão! – Padfoot, como sempre, soltou – Aliás, nós três. Porque, Prongs já tá até acostumado! Até no nosso dormitório o moleque faz as coisas! – nós ríamos de como ele falava sério – E Moony finalmente chamou o amorzinho dele... E eu duvido que não vão comemorar o feito essa noite...

Moony riu, mas não negou. Ah, seu nerd falso!

–Caramba, passou rápido... – eu soltei.

–AAAAAAAAAH, NÃO! Sem nostalgia, Prongs!

–Concordo com o Pad, Prongs... As meninas devem estar falando isso nesse momento!

–É verdade, pô! – eu ri com eles – Passou rápido demais...

Nós nos trocamos (para mútuo alívio) e pagamos pelos ternos.

–E agora?

–Cerveja e quadribol! – eu disse

–Cerveja e quadribol! – Pad gritou

–Cerveja e quadribol?! – Moony hesitou e nós rimos.

–A gente deixa mais fácil dessa vez, lobão... – Pad disse e nós rimos a caminho do Três Vassouras.

Vimos as meninas saindo, rindo e fazendo brincadeiras. Estavam indo no caminho oposto, em direção a loja de vestidos. Resolvi não ir lá ver meu Lírio e impedi os dois bocós. Hoje, era o dia delas.



Lílian

Saímos do Três Vassouras e fomos direto à loja... “Linha de Morgana”. Era linda, tinha passado por uma reforma. Estendiam-se cabides por paredes que pareciam infinitas. A loja era extensa e eu e as meninas ficamos maravilhadas.

–Bia, aqui você comprou o meu?

–Não, Lil. O seu nós compramos em Londres.

Sorri lembrando o Natal e olhando para todos aqueles vestidos. Eram divididos pela cor. Dos mais claros aos mais escuros. Do branco ao preto.

–Posso ajudar? – uma moça de uns 24 anos, bem-vestida e muito gentil veio nos atender – Deixe-me adivinhar... O baile? – ela sorriu e Lene assentiu – Muitas garotas têm passado pelas vitrines ou entrado para procurar.

–Bom, nós vamos dar uma olhada nos vestidos e já lhe chamamos, pode ser? – Bianca propôs alegre.

–Claro, querida! Bom, já viram que a organização é por cores, certo? Enfim, procurem, separem seus favoritos e eu lhes espero no provador. Ah, depois veremos os sapatos, pois bem?

–Certo! – eu disse e ela saiu caminhando – Meninas, eu já tenho o meu. Então vou ajudá-las até a hora de escolher o sapato, pode ser?

–Claro! – Lene disse – Agora eu vou escolher o meu vestidinho preto! – ela cantarolou e saiu, mas a tempo de eu dizer que tinha que ser longo! E dela me ignorar, claro.

–E você, Dorcas?

–Vou ali nas cores de princesa... – ela saiu sonhadora em direção dos vestidos rosa.

–Bia? – ela tinha ficado quieta e olhava sem parar para todas as prateleiras.

–Lil... Eu não sei o que escolher.

–Ah, que novidade! – brinquei e ela deu uma risadinha acompanhada de um murro

–Marota trouxa...

–Nascida – ela me mostrou a língua

–Lílian, eu vou ao baile com o Sirius Black. O cara que eu gostei por anos e escondi. E tentei não gostar. E pior, praticamente todas as meninas de Hogwarts queriam estar no meu lugar! E boa parte delas já deitaram com ele! Elas vão olhar e pensar “nossa, ele acabou com isso?”... – ela estava quase chorando.

Eu levantei seu queixo que agora estava abaixado e dei um tapinha na cara dela. Nada forte, claro.

–Olha pra mim – ela olhou se segurando – Ele te escolheu. Isso te fez boa o bastante. E mais, você fica bonita em qualquer coisa. Eu sei disso, eu não estou mentindo. E mais: Você é uma das meninas mais lindas de Hogwarts, embora ignore a quantidade de meninos que caem aos seus pés e da Lene. Você é MAIS do que o Sirius merece – ela sorriu e me abraçou

–Não posso viver sem você, vaca – ela sussurrou

–E não vai, vadiazinha – eu respondi e ela se foi pro meio dos vestidos roxos. Saiu com dois. Passou e pegou um verde-água de frente única. Foi até a parte dos vestidos vermelhos e saiu com três! Essa menina não conseguia segurar tudo, a vendedora teve que ajudar!

Lene saiu com uns quatro pretos, dois curtos. Já se meteu no provador antes que eu pudesse dizer alguma coisa, já que eu andava naquela direção. Dorcas foi a última a chegar lá. Trouxe só dois vestidos: um rosa e um branco. Mas a Dorcas tem a pele clara, se vestisse branco não ia dar certo.

–Só dois, Dorquinhas? – eu a abracei de lado e caminhei com ela até o provador

–Eu só quero provar. Só por segurança trouxe o branco. Tenho certeza absoluta que vai ser esse – ela levantou o rosa e entrou no provador.


–JÁ DISSE QUE NÃO, MARLENE!

–Mas eu quero o curtinho...

–Lene, se você aparecer com esse vestido, o Dumbledore vai te expulsar! Olha o tamanho! Tá no meio da coxa!

–AAAAAAARGH, INSUPORTÁVEL! Vou experimentar o último. Se não ficar bom, vou com esse e pronto!

–Isso, vai! – ela entrou no provador de novo. Eu estava de jurada há um tempo já. Dorcas estava ao meu lado, mas tinha acabado de chegar. Realmente, o vestido rosa ficou perfeito nela – Biiiiiiiiaaa? E você?

–Cansei! – ouvi a voz chorosa vindo do provador – Foram quase todos e nada de ficar bom!

Ela saiu com o verde-água. Era lindo e ficava bom nela, mas realmente, ainda não era AQUELE.

–Volta e vê o último...

–É um preto meio Lene... Não quero. Eu nunca vou achar meu vestido! – ela se largou no sofá ao meu lado.

–Vaquinha, quais os vestidos que você mais gostou?

–O tal vermelho curto, mas ele é curto! E eu quero um longo!

–Espera... – levantei e fui em direção aos vestidos vermelhos.

Revirei, revirei, revirei e... Nada. Estava quase desistindo quando vi um ponto vermelho no meio dos azuis. Claro! Tinha sempre um desorganizado pra ferrar minha vida. Fui até lá e peguei o vestido era... Perfeito.

–BIANCA! – gritei enquanto corria pra ela. Cheguei ofegante e tudo que fiz foi estender o vestido pra ela – Veste.

Sentei-me e saiu uma Lene linda do provador.

–É esse! Viu como não é curto? Só na frente porque, né... – ela sorriu e se olhou no espelho. Sim, ela estava linda.

–É esse, Lenezita! – eu disse e ela parou ao lado da Dorcas, que também estava trocada. Afinal, elas queriam ver o sapato com o vestido!

Ouvimos um grito vindo do provador da Bianca. A vendedora se precipitou pra ir ajudá-la, mas eu só soube de uma coisa: Ela finalmente achou a porcaria do vestido.

E não é que achou? Saiu com aquele vestido tomara que caia vermelho, longuíssimo, lindo. Ela ficava perfeita nele, mesmo com o cabelo bagunçado.

–Lindas! – eu olhei para as três – Estão lindas! Aos sapatos agora?

Escolher os sapatos foi uma tarefa bem mais fácil, na verdade. Mas eu demorei mais tentando lembrar como ficaria no meu vestido azul. Escolhi um scarpin bege, clássico, lindo. Lene escolheu um preto com o salto branco. A cara dela! Dorcas também escolheu um bege, mas sem ser scarpin, mais baixo e com um laço. Bianca, depois de muita insistência nossa, resolveu levar o vermelho.

Saímos com as sacolas da loja e fomos até a Dedosdemel para comprar alguns doces. Compramos e rumamos para Hogwarts.

Chegando perto do campo, ouvimos gritos e resolvemos parar ali. Era óbvio que eles tinham improvisado um jogo de quadribol. Era muito inteligente da parte deles, porque estava quase na hora do almoço (sim, saímos cedo) e todos os alunos pequenos estavam nas salas.


James

Os times estavam mistos: de um lado grifinórios e lufanos. Do outro, sonserinos e corvinais. Mas sem brigas e discussões, só por diversão mesmo.

–CARALHO, BLACK! – ou quase, se discussões.

Antes que o Malfoy e o Padfoot pudessem discutir se “era falta ou não”, ouvimos uns gritos da arquibancada.

–Joga direito, pulguento! – era Bianca, com duas sacolas recém-colocadas no banco e pulando muito.

–Cuidado, sua besta! – ele abandonou o Malfoy pra trás e saiu correndo em direção à arquibancada.

–Tempo! – eu gritei e Malfoy me olhou incrédulo – Pra eu beijar a minha namorada! – acrescentei e fiz Tonks rir.

Eu voei atrás de Padfoot e cheguei no meio da conversa.

–... Ou você vai se machucar!

–Ninguém se machuca pulando na arquibancada, Sirius!

–Machuca, sim! E... O QUE VOCÊ TÁ FAZENDO?

–Fica quieto ou eu caio! – ela estava subindo na vassoura, atrás dele. Que me olhava incrédulo. Assim que ela se ajeitou e apertou a cintura dele com força, pude ouvi-la sussurrar:

–Me coloque nas nuvens, Sirius...

Ri com a idiotice e eles dispararam pelo céu. Virei, então, pro meu Lírio. Quando olhei para o lado, vi Remus e Dorcas no banco, abraçados e conversando. FINALMENTE! Cheguei até a ver a mãozinha esperta dele na cintura dela e de ver os dois se beijando. Lilly também viu.

–Finalmente, né? – ela comentou.

–Finalmente... – eu sorri bobo pra ela – Fez as compras?

–Sim! – ela sorriu. Olhei pra trás e vi o casal inconsequente dando piruetas no ar – Ela é louca...

–Mas tem boas ideias.

Antes que ela protestasse, a subi para a minha vassoura e saí disparado pelo ar. Ela me apertava com força, com medo de cair e a sensação me fez bem. Tê-la aqui comigo, me apertando forte...

–Jay... – a voz falhava – Vamos voltar pro chão?

–Lírio, você não gosta de voar? – eu estava me divertindo um pouco com a situação.

–Gosto... Na minha própria vassoura...

–Ok, eu te ponho no chão com uma condição!

–Qual?

–Um beijo, meu amor...

Ela riu e disse que sim. Coloquei-a de volta na arquibancada e ela me beijou apaixonada. A melhor sensação do mundo.

Logo Padfoot parou de besteira e o jogo recomeçou. Agora, com uma super torcida que agia como se fosse a final da Copa Mundial de Quadribol!

E, de certo jeito, foi. Afinal, era o nosso último jogo antes da formatura.

Era a nossa final de quadribol!


Lílian

–Lil, é hoje! – acordei na cama e vesti qualquer coisa pra ir tomar café.

Descemos, nos sentamos na nossa mesa e tomamos parte do café ali. Mas logo fomos todos os alunos do sétimo ano (que não iriam pras aulas que os demais tinham ido por já terem terminado os NIEMs) se juntaram na mesa da Lufa-Lufa, que era ao centro. Comemos, rimos e fizemos brincadeiras. Lembramos idiotices antigas e até rolaram umas pequenas discussões, mas só meia dúzia de palavras trocadas.

Voltamos para a Sala Comunal e eu me larguei no sofá. Bia já ia subindo para o dormitório quando se virou pra mim:

–Lil, não vem arrumar as coisas?

–JÁ?! – Sirius e Remus exclamaram juntos

–Rem, meu amor, nós vamos só arrumar a roupa, decidir o cabelo, a maquiagem que vamos usar, a cor das unhas... – Dorcas disse e Remus a interrompeu com um selinho. O que fez com que todos sorrissem automaticamente.

–Nem posso te aproveitar um pouquinho? – ele falou e eu soltei um “OWN” alto o bastante para James deitar no meu colo, fazer cara de cachorrinho e perguntar:

–Nem posso te aproveitar um pouquinho?

–Meninas... Acho que faço isso depois – foi o bastante pra ele se levantar e sair correndo e me puxando pela mão.

–James, onde vamos? – ele não me respondeu. Só ria. Andamos pelos corredores até chegar embaixo da árvore onde fiz a promessa ao Severus.

Ele parou, se postou formalmente diante de mim e falou, com aquela voz rouca e grossa que me arrepiou.

–Vamos praticar.

Ele se curvou, me cumprimentando e eu fiz o mesmo. Ele estendeu a mão e eu a segurei enquanto ele postava a outra na minha cintura e eu colocava a minha no seu ombro.

–E a música? – perguntei

–Só me siga, Lírio... – ele sorriu e minhas pernas bambearam. Eu me senti como no dia do nosso primeiro beijo. Como se viver sem ele fosse impossível.

Nós começamos uma valsa simples, meio desengonçada no começo, mas logo pegamos o ritmo um do outro. Ele me conduzia lindamente, me girava nas horas certas e me levantava forte. Parecíamos um só e era maravilhoso. O sol das 10h batia na copa da árvore e no rosto dele. Eu podia perceber o quanto eu tinha sorte, eu vi cada traço do rosto dele dizer que estava feliz comigo ali. E pude sentir que o meu rosto dizia o mesmo. O barulho das aulas e dos alunos era bloqueado por nós dois. Não me interessava se alguém passava e nos olhava ou até parava. Só existia eu e James naquele momento. E foi o momento perfeito.

A valsa fluía e foi diminuindo de ritmo, nossos corpos foram se aproximando e logo eu estava com os braços colocados em volta de seu pescoço e ele repousava os dele na minha cintura. Minha cabeça encostava no seu peito de lado, e eu podia ouvir seu coração.

–Eu te amo – ele sussurrou bem baixo, como se dissesse pra minha alma e não pro meu ouvido.

–Eu te amo, James Potter.



–-


–MEU DEUS, CADÊ MEU SAPATO DIREITO?

–Lilly, arruma meu cabelo?

–PERA, DORCAS! EU NÃO ACHO MEU COLAR!

–Cadê minha pulseira da sorte?

Esse era o dormitório feminino faltando uma hora para o baile. UMA HORA SIM. E devíamos ser pontuais!

Okay, me olhei no espelho. Ainda estava de lingerie, mas estava com o salto calçado e a maquiagem feita. Nem passei tanto. Só estava com o rosto limpo, batom rosa e uma sombra levinha, quase nude. Meu cabelo também estava arrumado num coque lateral. Estava bonito e meu cabelo vermelho ficava mesmo bem em contraste com o vestido azul. A Bia não erra!

Fui até a Dorcas e lhe fiz uma trança lateral puxada para o lado direito. Ela estava com o salto, o vestido rosa claro, brincos grandes de argola e uma pulseira de ouro na mão. A maquiagem era fraca também, rosa. Parecia uma princesinha...

Lene não parecia uma princesa, definitivamente. Mas estava igualmente linda. O vestido preto já colocado, o salto enorme e a maquiagem era a cara dela: lápis, rímel e delineador. Os olhos estavam perfeitamente marcados. Os cabelos estavam soltos e enrolados nas pontas.

Bianca ainda estava, também de lingerie ainda. O salto não tinha sido colocado e ela estava passando perfume. A maquiagem estava comum, bonita e leve. O que marcava era o batom vermelho que ela nunca usava. Ela ia estar toda de vermelho. Sinceramente, Sirius não ia esquecer hoje por muito tempo. Olhei para o cabelo dela. Estava liso, colocado para o lado esquerdo e um pouco ondulado da metade pra baixo.

Ela se virou pra mim e sorriu.

–Está legal?

–Claro, a lingerie realça... Tudo – eu zoei e ela riu

–Idiota! Tô falando do cabelo, da maquiagem...

–Você tá linda!

–Você também, minha vaquinha ruiva!

Resolvi colocar meu colar, agora achado, e terminar de me arrumar. Bianca foi fazer outras coisas enquanto as meninas davam os retoques e desciam antes de nós. Lene ia encontrar o namorado e Dorcas ia ficar lá embaixo. Quando ela desceu pude ouvir Sirius zoando Remus por “parecer um idiota”.

Fui colocar meu vestido e achei que Bianca estava fazendo o mesmo. Ela estava no banheiro, afinal. Um ser irrompeu pela porta.

–Tô entrando, se cubra se não for a Bia...

–Cabeludo, estou vestida! – ele sorriu pra mim, já havia entrado.

–Tá linda, hein!? Foguetinha, que isso!

–Idiota! – eu ri e lhe dei um murro

–Cadê a...

–Lil, você viu o meu perfume de Paris? E... SIRIUS?! – Bianca tava só com a lingerie preta e de salto. Sirius arregalou os olhos e abriu a boca. Ficou sem palavras e eu sem reação.

–Bia, eu... WOW. – foi o que ele quis dizer.

–SIRIUS, SAI! – ela pediu, mas nem parecia tão convincente.

–Eu... MEU MERLIN. Bia, nós dois sabemos que eu ia ter essa visão do paraíso hoje... – ele foi chegando mais perto dela.

–SAI, BLACK! – ela juntou todas as forças e em meio segundo ele tinha saído corrido.

–Desculpa, achei que você estava pronta.

–Tudo bem... – eu fui ajudá-la com o vestido – Ele tem razão... Mas não tinha que ser assim.

–Calma, princesa – eu lhe dei um beijo na testa – Essa é a nossa noite.


James

–Elas duas estão demorando...

–A Bia eu já vi – Pad falou com cara de malicioso. Ele mal podia se conter.

–Ei, acho que elas tão vindo – Moony disse enquanto estava abraçado com Dorcas. Ela estava linda, e Lene (que já estava longe) também. As meninas, se estivessem parecidas com elas, estariam perfeitas.

A primeira que desceu foi a Bianca, meio insegura. Estava tão linda! O vestido dela era vermelho, ficava bonito nela. Nunca a tinha visto assim. Logo que chegou, Pad a beijou e ela lhe deu um tapa na cara.

–NUNCA mais entre no local que eu estou me arrumando sem bater. Sempre me visto por último!

–Agora que eu entro mesmo – ele disse e a beijou de novo. Eu revirei os olhos.

–Bia, cadê a Lilly?

–Foi pegar o anel dela e já desce. Aliás, olha ela.

Então, eu a vi. Linda, perfeita. Estava quase do meu tamanho com aquele salto e eu percebi quando ela veio caminhando até mim. O cabelo estava preso de lado, tão perfeito nela. Dava pra ver cada detalhe do seu rosto, e aqueles olhos verdes que eu podia me jogar, estavam lá destacados. O vestido só a deixava mais linda. Ela chegou perto de mim.

–Então?

–Lil... Você... – eu não tinha palavras – É perfeita.

Ela sorriu pra baixo e me olhou nos olhos.

–Você parece um cavalheiro de terno. Perfeito em você, mesmo que eu ainda ache o uniforme de quadribol mais sexy – ela sorriu e eu ri.

–Vamos? – lhe estendi a mão e saímos os três casais de lá em direção ao Salão Principal para o nosso Baile de Formatura.



“Aqui estamos em mais um ano. Para formá-los” –Dumbledore começou – “Mais um ano de diversos acontecimentos, romance e conflitos. E muitas encrencas...” – ele olhou para nós, que sorrimos e gritamos ‘TE AMAMOS, TIO ALVO!’ – “Particularmente dos Srs. Lupin, Potter, Black, e do Sr. Pettigrew em menor escala. Continuando, foi um ano de muitos sufocos nas notas,como eu pude perceber, mas com destaques de grandes gênios em dadas matérias! Me dói o peito a cada ano, formar mais uma turma e vê-los partir. Mas, senhores e senhoras, saibam que essa turma que eu formo... É especial. Eu sinto que daqui, sairão grandes pessoas que farão grandes coisas! Torço para que sejam boas coisas, mas sei que serão grandes! Peço que os senhores tenham cuidado com as tentações e as ilusões, iluminem seus corações e saibam que, agora formados e de maioridade, estão por sua conta. Tratem a liberdade como amiga. E saibam escolher o lado que ela irá lhes acompanhar. Um dos lados pode pesar muito. Tenham uma boa festa lhe aproveitem a noite que Hogwarts oferece à vocês!”

Nós batemos palmas e olhamos o teto do Salão, que estava cheio de estrelas. A música logo começou e eu fui o primeiro a puxar a minha dama para a valsa. Antes de começarmos, só lhe falei:

–Vamos praticar.

Ela sorriu e nós dançamos como se estivéssemos embaixo da árvore. Dançamos como se só houvéssemos nós dois. Dançamos como se fôssemos um.

A valsa parou e nós aplaudimos. Vi que Pad, Lene, Bia, Moony, Dorcas e até Peter, com uma menina que eu não conhecia, dançaram. Logo começaram as músicas agitadas e nós dançávamos. Lilly tinha saído pra buscar algo pra beber e não tinha voltado ainda. Saí a procura dela e AINDA BEM que fiz isso!


Lílian

Saí pra buscar bebida e Severus me chamou. Eu fui, afinal ele é meu amigo. CORREÇÃO: Era. Nós andamos até um pouco longe do Salão, mas não muito. Lá estavam Dolohov, o Lestrange, Bella e outros dos amigos dele que eu odeio.

–Sev... O que é isso? – perguntei com medo.

–É o seguinte, Lillyzinha... – Bella começou e a voz dela era estridente, machucava meus ouvidos – A Srta. vai fazer o Potter vir pro nosso lado. Ou nós vamos matá-lo na sua frente e depois você.

–Bella, calma. – Lestrange falou.

–CALMA É UMA PORRA, RODOLFO! Eu estou conversando com uma sangue-ruim! Isso é demais pra mim já!

–Deixa que eu cuido disso! – ela se calou – Escute, Evans: seu namorado é um sangue-puro muito poderoso e inteligente. Nós o chamamos, ele não veio. Então, ou você o faz vir, ou nós vamos lhe obrigar a isso.

–Sev... – foi tudo o que eu conseguia dizer. Ele me traíra – Você armou pra mim?

–Você e aquele Potter – ele tinha nojo na voz –... Está errado.

Bella deu uma cotovelada nele.

–Snape, continue.

–Evans – a voz dele me chamando assmi doía – você é uma sangue-ruim. Não custa nada que o Lorde mate a sua familiazinha trouxa, seus amiguinhos... E se aquele Potter não se juntar, matem-no também.

Eu não reconhecia Severus. Ele agora me dava medo. E nojo. Mas o sentimento mais forte, era o de decepção. Com o meu melhor amigo.

–O que está acontecendo, Lírio? – a minha voz rouca irrompeu no local e eu fui pra perto dele.

–James, me tira daqui... Eu tô com medo.

–Calma, meu amor. Eu tô com você...

–POTTER, já demos nosso aviso! – e eles saíram por outro corredor, aos poucos. Bella, que tanto me assustava, saiu fingindo que ia me matar. Severus foi o último. Ouviu que eu sussurrei “Achei que fosse meu amigo”. E ouvi a resposta dele.

–Achei que o odiava, sangue-ruim.

Meu coração apertou.

–Eles te machucaram? – James virou pra mim

–Só ele...

–Eu vou matar o Seboso! Maldito!

–James... – ele se acalmou – Ele me machucou muito fundo pra ser vingado com uma azaração.

Ele me abraçou forte.

–Eu estou aqui agora, meu amor. Vem, vamos voltar para a festa e tentar esquecer essa confusão.

Eu assenti e voltamos para o salão.


James



Voltamos para o baile e dançamos um pouco. Lílian parecia, muitas vezes, com a cabeça longe. As meninas lhe faziam dançar mais e isso lhe animava um pouco. Mas logo ela voltava com aquele rosto triste. Alguns começaram a ir embora, poucos. Eu puxei Lílian e perguntei se ela queria ir dormir. Ela me olhou desconfiada, mas eu garanti: era só dormir. Ela disse que ia então, porque estava muito cansada.

Chegamos ao dormitório e estava vazio. Ela foi ao banheiro, lavou o rosto e desmontou o cabelo. Tirou o salto e o vestido. Colocou uma camisa minha sob a lingerie e nos deitamos. Eu deitei atrás dela, dormindo de “conchinha”. Antes que puséssemos dormir, ouvi a porta e a voz de um certo cachorro.

–Porra, o James ocupa o domitório pra dormir!

–Pra que seria, gênio? – a voz da dona Bianca.

–Para o que nós vamos fazer na Sala Precisa. Vem... – e ouvi-os indo embora. Lilly deu uma risadinha ao ouvir a conversa.

–Desculpa.

–Por que, meu Lírio?

–Por não fazer dessa noite o que você quer...

–Amor, eu quero me casar contigo. Ainda temos muitas noites pra fazer isso. E só pra constar: eu estou muito bem aqui com você.

Ela se virou de frente pra mim e, no escuro, eu vi uma lágrima escorrer pelo seu rosto.

–Eu aceito.

–Até que a morte nos separe.

–Nem ela, James. Nem ela...

E assim dormimos. Abraçados.

E com a promessa de que nem a morte nos separaria.



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