Free To Fly escrita por Lizzy Panelli


Capítulo 4
Compras e Decoração Divinas


Notas iniciais do capítulo

Pessoas lindas de meu coração,mil desculpas pelo gigantesco atraso para postar.Eu estava super ocupada e principalmente minha criatividade não estava lá aquelas coisas nesses últimos meses ): Mas finalmente consegui escrever algo,só não sei se ficou tão bom quanto queria.
~ Por favor ,não me matem no final desse capitulo~
Desconsiderem qualquer erro ortográfico,esse capitulo não foi revisado ainda =D



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Acordei na manhã seguinte muito bem-disposta e extremamente animada.O dia de hoje tinha tudo para ser o melhor de minha vida. Hoje decoraria minha casa. Meu novo e belíssimo lar estaria em perfeitas condições para que pudesse me mudar para lá e isso simbolizava um recomeço para mim. O começo de uma nova vida.

Minha ansiedade era tanta que não eram nem 6:00 horas direito e eu já estava de pé passeando pelo quarto. Resolvi tomar um banho para relaxar antes de sair. Já de banho devidamente tomado, caminhei até o espelho e terminei de me aprontar. Assim que terminei tudo olhei no relógio, já eram 8:00 horas – estava começando a me atrasar – então resolvi pedir o café da manhã no quarto mesmo a fim de esperar Poseidon para que pudéssemos tomar café juntos. Só que desta vez o deus dos mares não teria a sorte de me encontrar nua e molhada com apenas uma toalha me cobrindo. Graças as Deuses eu estava apresentável hoje.

Depois de alguns minutos esperando – e lutando contra a vontade de comer sozinha – ouço alguém bater a porta.

– Nosso café já está servido? – perguntou Poseidon assim que abri a porta.

– Bom dia pra você também Poseidon.E sim o MEU café já está servido!

O deus dos mares mal entrara direito e já foi se jogando em minha cama como se estivesse na sua própria cama. E ao contrário dos outros dias não devorou a refeição imediatamente, ele simplesmente passou a me olhar de cima abaixo com um brilho diferente no olhar.Um brilho de admiração.

– O que tanto me olha? Há algo de errado com meu rosto? – perguntei ao deus já envergonhada passando a mão pelo rosto na tentativa de tirar qualquer coisa que ali estivesse.

– Não tem nada de errado com você, sua boba. Pelo contrário esta linda hoje, mais do que de costume! Você está tão diferente da Hera de antes e isso me encanta cada dia mais. Está mais viva e feliz do que quando estava casada. Acho que agora estou me convencendo que você realmente mudou. Está linda por dentro e por fora, exatamente como deve ser!

Respondi o elogio apenas com um leve e tímido sorriso. Não estava acostumada a receber elogios de ninguém – nem mesmo quando estava com Zeus recebia esse tipo de carinho. Provavelmente devo ter corado um pouco, exatamente como a noite anterior, afinal não é todo dia que se recebe um elogio desses ainda mais de quem ele veio.

Me sentei ao lado do deus dos mares e começamos a comer. O café da manhã daquela manhã foi realmente o mais divertido de todos em que pude desfrutar da companhia dele. Poseidon estava a toda hora fazendo piadas sobre Zeus e sempre que tinha a oportunidade fazia uma de suas famosas brincadeiras a fim de arrancar um sorriso sincero de meus lábios. Devo admitir que ele estava conseguindo isso com certa frequência naquela manhã. Quando estávamos quase acabando de comer, comecei a falar sobre meus inúmeros planos de redecoração da casa e de como pretendia deixar aquele lugar o mais incrível possível. Poseidon apenas escutava, estava tão admirado com tudo que eu falava que se perdia olhando para mim. Só não conseguia saber se essa admiração era pelas coisas que eu falava – e como eu as descrevia – ou se era simplesmente por minha causa.

– E agora Poseidon o que ouve? Por que está me olhando dessa maneira? –perguntei parando de falar.

– Nada de especial. E só que mais uma vez estou admirado pelo jeito que você fala, sabe eu nunca a ouvi falar dessa maneira com ninguém. Nunca com tanta paixão e soando tão verdadeira. Eu nunca tinha percebido que você apenas se escondia atrás de máscara – e de um homem – para que as pessoas não a machucassem. Jamais sendo você mesma e demonstrando qualquer tipo de sentimento. Mas graças ao deuses estou tendo a oportunidade de poder conhecer, e gostar, da Hera de verdade. – respondeu com um sorriso colocando a mão em cima da minha.

– Sabe antigamente eu estava tão mais preocupada em não mostrar minhas dores que me esquecia de tentar ser eu mesma.Nunca fiz questão de mostrar quem realmente eu era pra ninguém, preferia que nunca vissem minhas emoções. Que jamais vissem qualquer tipo de fraqueza dentro de mim. Então sempre foi melhor ser fria do que ser magoada novamente enquanto tentava ser eu mesma. Só que agora estou a fim de mostrar a todos que nunca fui o mostro que aparentava ser. Quero que eles possam ver quem eu realmente sou, assim como você viu – respondi triste – Mas agora que tal irmos nos apressando aqui, pois temos muito o que fazer hoje. – me levantei e tampei a comida com um pano

– Ok, então vamos madame já passou da hora de ir às compras. – disse Poseidon se levantando – Esta pronta, lady Hera? – ele me deu o braço abrindo a porta.

– Com certeza, meu querido Lorde.– respondi fazendo uma pequena reverencia e pegando seu braço. – Só mesmo você com suas brincadeiras pra alegrar meu dia.

– Estou aqui para isso! – ele respondeu rindo e chamando o elevador.

No momento que saímos do hotel o deus chamou um táxi para que pudesse nos levar até, como ele mesmo disse, a feira mais bela do mundo para que comprasse tudo que quisesse.

Depois de alguns minutos de viajem, chegamos a tal feira. Ela ocupava cerca de duas ruas e era bem parecida com aquelas feiras livres das cidades europeias.Simples e ao mesmo tempo elegante, contia milhares de riquezas a serem vendidas.

Começamos a andar e logo de cara vimos vários artistas de rua dançando, cantando e pintando para os que ali passavam a fim de ganhar algum dinheiro. Enquanto eu admirava um simpático desenhista a nossa frente e sua modelo, Poseidon me puxou e me colocou na frente dele (empurrando a modelo para longe dali)

– Eu lhe prometi que iria se divertir hoje minha querida.E sairia daqui cheia de lembranças na alma e nas mãos. Pois bem, a primeira dessas lembranças será um lindo desenho seu feito pelo meu amigo aqui – disse o deus me segurando na frente do desenhista e pedindo a ele que me desenhasse.

Confesso que no começo fiquei um pouco nervosa na frente do estranho homem e de todos que paravam para o que estava acontecendo – nunca gostei de ser observada e muito menos ser estudada em detalhas por alguém. Na hora em que o deus dos mares percebeu meu nervosismo, temendo que eu saísse correndo dali, resolveu tentar me distrair com suas impagáveis caretas e suas dancinhas desengonçadas bem atrás do desenhista. Por incrível que pareça tudo isso deu certo!

Na hora que o homem terminou seu trabalho eu tinha em minhas mãos um lindo desenho de mim, a deusa do casamento, fazendo uma careta para o deus dos mares.Sim, o desenhista pegou o momento exato em que eu estava mostrando língua para Poseidon. Pegamos o desenho, sem conseguir parar de rir da minha cara nele, e continuamos o passeio pela feira.

Compramos tudo que uma casa normal precisava.Talvez compramos até mais do que uma casa precisava, pois mal podíamos carrega as sacolas de tão pesadas que estavam.

Compramos quatro abajures, dois vasos de plantas, almofadas d’água (exigência do dr.Poseidon),entre outras bugigangas adoráveis que me conquistaram a primeira vista. O melhor de tudo é que, além de comprarmos quase toda a feira, Poseidon insistiu em tirar várias fotos minhas – de acordo com ele seriam para servir novas lembranças.

– Gostei dessa – disse apontando para uma foto em que eu aparecia descabela e sorrindo enquanto uma mulher desenhava um trevo em meu pulso.

– Também gostei dela, mas a minha preferida mesma é essa – Poseidon apontou para uma foto que eu não tinha visto ainda, provavelmente o deus tirara ela agora. Na foto eu estava de costas para ele e apoiada na ponte que existia ali, o vento balançava meus cabelos um pouco e o sol dava a eles uma coloração meio avermelhada. – Essa foto sim ficou bonita. Você está tão simples e delicada nela que dão uma beleza única a foto. - disse ele dando um grande sorriso.

E naquele momento percebi que o objetivo do deus dos mares não era exatamente comprar as coisas da minha casa ou me fazer companhia.Seu objetivo era fazer com que eu me divertisse ao máximo e esquecesse dos velhos problemas. Uma coisa é certa, ele está conseguindo isso com uma facilidade que chegava a me assustar. Mas mesmo assim eu estava grata por Poseidon fazer isso por mim.

Continuamos andando pela feira e comentando sobre as fotos, até que encontramos um adorável casal dançando ao som de um delicioso tango bem em frente a fonte. Não pude deixar de ficar admirada com a leveza que se deslocavam pelo chão. Eles praticamente flutuavam sobre o chão. Era algo realmente mágico.

O deus dos mares ficou observando cada movimento meu e assim que percebeu que eu estava encantada pelo casal resolveu aprontar mais umas das suas.

Ele simplesmente me puxou pela cintura para perto dele – para bem perto dele – deixando nossos rostos bem próximos.

– O que você está fazendo? – perguntei assustada.

– Fazendo esse dia inesquecível! – respondeu ele me rodopiando.

Em menos de dois minutos já estávamos no meio da praça, junto do casal, dançando na frente de todos. Aquilo foi estranho e divertido ao mesmo tempo.Nunca tinha dançando daquele jeito com ninguém.Mas o pior de tudo é que por mais estranho que possa parecer eu tinha gostado daquilo, principalmente a parte de ter dançado nos braços de Poseidon!

_____________

– Nossa nunca tinha me divertido tanto em um só dia. Muito obrigada por tudo isso Poseda – disse a Poseidon quando estávamos sentados na frente da feira tomando sorvete de morango – Como nunca fiquei sabendo desse lugar? Aqui é mágico, se pudesse passaria todos os meus dias aqui.

– Antes você não andava comigo! E só eu, entre os deuses, sei da existência desse lugar – disse o deus dos mares convencido terminado de tomar seu sorvete.

Como já estava ficando tarde era hora de dizer “adiós” para a feira livre e se preparar para o trabalho. E como teríamos trabalho a fazer no novo apartamento. Então partimos em direção a meu novo prédio. Agora é que o trabalho começaria.

Quando nos já estávamos devidamente acomodados no táxi partimos em direção ao meu novo prédio. Agora que o trabalho pesado começaria.

Na hora em que entramos no apartamento já guardamos todas as pesadas sacolas em lugares seguros e começamos a tirar da velha dispensa a imensa quantidade de tinta que haviam deixado ali. Trocamos nossas roupas por outras bem velhas e começamos a pintar a casa.

E em meio a tantos jornais espalhados pelo chão o deus dos mares encontrou um velho rádio no armário da cozinha e resolveu testá-lo.

– Vamos colocar uma música pra animar isso aqui! - disse ele já ligando o aparelho. Na mesma hora uma música animada começou a tocar (http://www.youtube.com/watch?v=a_426RiwST8). Poseidon começou a dançar uma maneira engraçada enquanto pintava a parede ao seu lado. Por alguns minutos eu só conseguia rir daquela cena, até que resolvi entrar na brincadeira e comecei a dançar junto a ele.

E junto a jornais no chão, pinceis jogados pelos móveis, tintas coloridas e uma boa música tocando nos divertimos mais do que trabalhamos. Não sabíamos se pintávamos um ao outro ou se pintávamos as paredes do apartamento. Depois de várias horas de “trabalho” árduo nos finalmente acabamos o apartamento.

Completamente exaustos nos sentamos lado a lado no chão e abrimos uma garrafa de vinho para comemorar o meu mais novo lar. Depois de inúmeras taças, e porque não dizer garrafas, tive uma ideia muito infeliz. Mas na hora tudo parecia tão divertido – claro, estava bêbada – que tive que tentar brincar um pouco. Claro tudo acabou de um jeito que eu nunca poderia imaginar.

Fingindo ir a cozinha pegar mais uma garrafa de bebida, fui até a despensa e peguei uma lata cheia de tinta verde que havia sobrado e caminhei, cautelosamente, na direção do deus dos mares. Chegando devagar atrás dele comecei a derramar o líquido em sua cabeça até que ele ficasse completamente coberto pela tinta verde gosmenta. Na hora Poseidon ficou meio sem ação enquanto eu ria freneticamente por ele ter caído numa pegadinha tão boba. – sei que parece idiota, mas teve graça na hora que joguei.

Só que Poseda foi mais rápido em sua vingança do que eu podia imaginar e assim que me virei o deus agarrou minha cintura e me derrubou deitada no chão a sua frente.Parei de rir na hora – a brincadeira tinha ido longe demais – e tentei me soltar. Mas mais uma vez ele foi muito rápido subindo em cima de mim e segurando meus braços, impedindo que eu escapasse.

– Herinha, você pensou mesmo que poderia fazer esse tipo de brincadeira comigo sem que eu me vingasse? – Poseidon perguntou aproximando seu rosto do meu.

– Me solte, Poseidon! A brincadeira acabou. – disse me debatendo para me soltar.

– Não acabou não. Agora é a minha vez de ter algo que a muito tempo venho querendo, apenas encare isso como um prêmio por ter ficado verde.

O deus dos mares foi se aproximando cada vez mais de meu rosto até que apenas milímetros de distância nos separavam. Nossos corpos estavam agora tão colados que eu conseguia sentir o coração do homem bater descompassado junto ao meu peito, podia até se sentir o forte calor que nossos corpos emanavam. Nossas respirações estavam a tempos misturadas, isso fazia Poseidon manter um olhar fixo em meus lábios entreabertos a espera de algo.

Talvez fosse o cheiro de tinta ou a grande quantidade de álcool ingerida que estava nos influenciando nisso, mas o fato era que aquilo por mais real que parecesse era algo errado. Esse tipo de coisa não podia acontecer, não entre nos dois. Era insanidade! Contudo na hora em que fixei meu olhar naqueles olhos verdes hipnotizantes – que imploravam para se aproximar mais – queria com todas as minhas forças que esse beijo acontecesse. Mas parecia que o destino não queria o mesmo….

Quando estávamos prestes a nos beijar, nossas bocas quase se tocando o maldito celular do deus dos mares começou a tocar incontrolavelmente cortando qualquer clima e fazendo com que nos separássemos.

Aproveitando que ele me soltou para atender o telefone me levantei e sentei ao seu lado. Ainda estava meio atordoada com o que tinha acabado de acontecer que não consegui dizer nada, apenas ficar o observando para tentar acalmar meus batimentos descompassados.

Poseidon apenas se levantou e foi até a sacada me deixando sozinha no chão. Talvez fosse para falar ou ter mais privacidade. Ou ainda estivesse apenas envergonhado.

– Quem era? – perguntei assim que ele retornou a sala.

– Era do Olimpo! Era Hades na verdade. – o deus respondeu sem olhar diretamente para mim, pude ver que ele estava com vergonha do que quase fizera a minutos atrás.

– E o que ele queria? – tentai puxar assunto para acabar com o clima tenso.

– Ele estava me dizendo algo sobre Zeus... Parece que os outros deuses resolveram levá-lo para Las Vegas a fim de tentar animá-lo já que ele anda muito triste ultimamente.

– Mas o que exatamente eles vão fazer lá? – perguntei interessada.

– Oras, o que podemos fazer em Las Vegas?! Casinos, mulheres, bebidas…. Sabe esse tipo de coisa!

– Se for assim iremos juntos! Não admito não participar dessa comemoração, afinal se não tivesse me separado de Zeus essa festa nem aconteceria. Se ele quer aproveitar a vida de solteiro eu também quero. Ainda mais agora que tenho uma última surpresa para meu ex-maridinho.Não perderia isso por nada. Vamos Poseidon, que Las Vegas nos espera!



‘’Se eu tivesse que escolher entre você e um sorriso ficaria com você pois sem você jamais conseguiria sorrir’’




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Notas finais do capítulo

Animados para a ida dos deuses para Las Vegas ? O que será que Hera e Poseidon aprontarão por lá?Continuarão o beijo que quase aconteceu? Lembrem-se Las Vegas é a cidade do pecado,lá tudo pode acontecer *-*
Mereço reviews ? E recomendações ? Prometo não demorar muito da próxima vez *o*
Até a próxima seus lindos :*