Um Dia Tudo Muda escrita por Niina Cullen


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

O.M.G ... Tivemos muitas emoções no capítulo passado não é? Então, para quem não consegue conter as lágrimas, assim como eu, preparem os lencinhos rs (':
Pessoas... Queria agradecer a cada uma de vocês, pelos Reviews do Capítulo anterior, que definitivamente é o meu principal motivo para que eu dê continuidade. Obrigada, e para vocês: Uma Boa Leitura!
Queria ressaltar uma coisa, que não é meu dever, mas essa pessoa é tão especial, que faço isso, sabendo do trabalho dela como autora... Ela lê essa minha Fic, e leu a minha outra... Uma coisa posso garantir a vocês; não é por que ela é minha amiga, mas ela escreve divinamente... Se vocês, que são tão fieis a minha Fic, garanto que amarão a dela. Palavra de Honra rs (:
http://www.fanfiction.com.br/historia/218158/Uma_Mae_Para_o_Meu_Bebe/ageconsent_ok
Ela merece mais do que eesse espaço...
Aaah... Claro que a Luna tem outras Fic's. Ficarão curiosas? Então acessem e se divirtam com as palavras e se vicieeeem!!!



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Um Dia Tudo Muda

Capítulo 7

Mais tarde, naquele mesmo dia, Edward resolveu voltar ao quarto de Bella. Ele não tinha contado nada do que foi dito naquele quarto para a família, mas não precisava, o seu rosto – transpassando toda a sua dor e seu desespero em que tudo se resolvesse – era capaz de fazer isso.

Todos da família ainda estavam ali, Alice queria muito ver a amiga, mas Edward a impediu, ele queria vê-la de novo, saber como ela estava. Não era uma atitude egoísta, e sim, uma tentativa desesperadora de querer saber se a sua esposa, o tinha entendido, quando na verdade, não tinha o que entender.

Edward, em nenhum momento tinha se afastado daquele hospital, e a distância, por mais que fossem em metros, era atordoante para ele. Ele, de certa forma, também queria que Bella sentisse isso. Sentisse a falta dele. Era errado pedir isso, mesmo que fosse mentalmente? Será que é tão errado desejar que o amor da sua vida, não deixe de te amar?

O Doutor Carter estava saindo do quarto de Bella, quando viu Edward.

– Boa tarde senhor Cullen. – Ele o cumprimentou.

Edward só assentiu com a cabeça, e já ia abrindo a porta, que foi encostada pelo médico, sendo interrompido de entrar por este.

– Senhor Cullen. Sua esposa deseja ficar sozinha, pelo o que ela me disse. – Doutor Carter disse, se lembrando – momentos antes de sair do quarto de sua paciente, fazendo o checape rotineiro – das palavras de Bella, e da frieza com que ela falou isso.

“Eu não quero ver ninguém.”

Edward estava sem entender, mas mesmo assim continuou calado.

– Ela está se recuperando rápido, amanhã terá alta. É melhor deixá-la uma pouco sozinha. – O médico tentou explicar.

Edward até se exaltaria, se fosse a 3 dias atrás. Mas ele deixou passar, afinal, essa era a decisão de Bella. Mas ele não sabia até quando aguentaria isso tudo.


Ele deu meia volta, indo em direção a cantina do hospital. E lá, se pós a chorar. Será que seu casamento estava acabando? Simplesmente assim, sem ele poder ter a chance de lutar? De lutar pelo amor que ele ainda sente por Bella? E que sempre sentiria? Ele queria muito desabafar, mas como tinha pedido para que seus pais, sua irmã e cunhado fossem para casa, descansar, ele não tinha a quem recorrer. Não tinha a quem gritar por ajuda. Era como gritar, de dentro de um buraco fundo que estava se fechando a cada fato doloroso que a realidade o trazia, sem que ninguém o ouvisse; sem que o amor da sua vida, a razão da sua existência o ouvisse.

O dia da alta chegou. Bella já estava pronta – com a ajuda da enfermeira, que tinha acabado de sair. O gesso tinha sido retirado, mas a bota ortopédica colocada no lugar. Dificultava o movimento de Bella e ainda doía um pouco, mas nada comparado ao coração.

Bella estava de pé, encostada na cama, enxugou uma lágrima que teimava em escorrer, e encarou a porta, quando desta, entrou Edward. Ele vestia uma calça jeans preta, e uma blusa de manga cumprida branca, que realçava muito o seu corpo. Isso não passou despercebido por Bella, mas ela desviou o olhar, olhando para o chão. Edward percebeu isso, e se sentiu pior.

– Está pronta? – Ele perguntou depois de intermináveis segundos de silêncio.

Ele não obteve respostas, mas pegou a pequena mala, que tinha sido trazida por Esme com as roupas de Bella.

– Edward. – Bella sussurrou o nome dele, fazendo Edward olhá-la nos olhos. – Eu quero me despedir dela. – Ela pediu, e voltou a desviar o olhar do de Edward, que estava distraindo ela.

Edward se aproximou dela, com a mala nas mãos.

Ele não negaria isso para ela, e Bella iria mesmo se ele não a levasse. Ela já não tinha ido para o enterro, não tinha se despedido. Ela queria ir, e iria.

– Tudo bem. Nós vamos! – Ele disse.

Bella sentia a ânsia de ir até ele, e abraçá-lo, beijá-lo. Mas ela não merecia isso, no ver dela. Ela se sentia culpada, e fazendo isso, com o amor da vida dela, era uma forma de puni-la, que ela julgava ser justa. Ela só se limitou a assentir. Se afastou da cama, e Edward se postou para ajudá-la, mas Bella foi rápido, de novo.

– Não precisa. Eu ainda tenho uma perna boa. – Disse ela friamente, não só causando mais dor a Edward, como também a si própria. Se era assim que ela queria, se auto flagelar, se auto privar do amor que sempre nutriria por Edward, ela teria que saber lidar com as consequências que um mundo sem luz, sem brilho, poderia trazer.

Ao saírem do quarto, eles viram Alice, que vinha até Bella. Ela não tinha mais visto a amiga desde que esta decidiu que não queria receber visitas. Jasper, Carlisle e Esme, entenderam a decisão de Bella, mas Alice se recusava a entender. Mas ela não entraria em uma discussão agora. Não agora.

– Bella. Se eu soubesse que minha mãe teria ido pegar as suas roupas, eu teria ido com ela. Escolhendo umas mais apropriadas. – Alice disse, desaprovando o “loock” de Bella. Só por que Bella não estava vestida para matar, e sim, simples... Como sempre seria.

– Alice! – Edward repreendeu a irmã, jogando um olhar furioso nela.

Alice não estava sendo insensível. Esse era o jeito dela, e era uma maneira dela tentar amenizar a dor que era por ter perdido a sobrinha. Tentar amenizar a dor de todos.

– Ok. – Ela se afastou. – Mas poderiam me agradecer por ter despistado os jornalistas. – Disse desapontada.

Jornalistas? – Bella estava incrédula. Tudo bem que ela era uma Promotora prestigiada e casada com um executivo, dono de uma tradicional Construtora, mas... Isso era de mais. Bella estava pasma, não queria que os jornalistas presenciassem o sofrimento dela.

– Amor, fique tranquila. – Edward pediu, se aproximando de Bella, e não foi afastado por ela, quando ele passou um braço – o que não estava segurando a pequena mala – na cintura de Bella. – Tenho certeza que Alice pensou em alguma coisa? Saiu mais como uma pergunta, sem humor nenhum, como teria sido interpretada há dias atrás, mas que Alice respondeu do modo natural:

Alice bufou.

– No estacionamento subterrâneo tem uma saída e entrada só para ambulâncias. Já conversei com os responsáveis pelo hospital. Está tudo certo. – Ela disse. – Eu, papai e mamãe, e Jasper, iremos pela frente, numa forma de despistá-los.

Bella estava nervosa com aquilo tudo.

– Obrigada. – Edward sussurrou para a irmã. Agradecido por ela existir.

Esme e Carlisle sorriram para Bella, numa forma de dizer que tudo estava bem. Bella não respondeu com um sorriso, só assentiu, se despedindo com o olhar. Ela não era assim, mas tudo aconteceu com uma dimensão sem igual, com uma dor que tomava ela por inteira, a impedindo de que ela voltasse a ser a Bella quem sempre foi. Mas isso, talvez, jamais poderia ser pedido ou realizado, pois a realidade que se afeiçoou ao mundo perfeito em que aquela família vivia, corroeu tudo, fazendo com que a família perfeita não passasse de um lindo sonho, e que todos tinham acordado, pois não mais tinham o raio de sol de todas as manhãs, de todos os finais de tardes, até mesmo, não sendo impossível, o raio de sol de todas as noites enluaradas.

Edward e Bella seguiram para o elevador que levaria para o estacionamento subterrâneo. Chegando lá, Edward abriu a porta do carona para Bella, e esta entrou sem hesitar, precisando da ajuda dele, mesmo assim.

O carro já estava em movimento, seguindo para o portão que dizia: “SÓ AMBULÂNCIA”, Edward percebeu que Bella não olhava mais para frente, ela olhava para trás. Edward sabia o que Bella olhava. A cadeirinha de Elisa. Ele se culpava agora por não ter tirado isso antes, mas ele não conseguiria. Tudo que lembrava Elisa, ainda era difícil de lidar, assim como estava sendo para Bella.

– Você ainda tem certeza de que quer ir? – Edward perguntou, se referindo ao que Bella mais queria naquele momento. Na verdade ela queria algo mais impossível: ter sua pequena Elisa de volta.

– Tenho. – Ela disse firme, enxugando mais uma vez, a lágrima que teimava em escorrer e se virou para frente, relutantemente. Edward queria enxugar a lágrima que percebeu escorrer pela face da amada, mas se relutou a isso.


E assentindo para a resposta da esposa, seguiu o mesmo caminho de ontem. O caminho, que só reafirmaria mais uma vez que Elisa não estava mais com eles. O caminho que Bella enfrentaria agora.

Bella se recordava daquele cemitério.

Era o mesmo que seus pais foram enterrados, o mesmo onde ela sofreu, e carregava esse sofrimento em um lado isolado da sua consciência, mas que agora, teria que voltar a tona, com o vazio agora, sendo mais forte do que tudo, mas não tanto quanto a dor.

Eles ainda estavam no carro – estacionado – e Edward hesitou em sair, achando que Bella não queria mais seguir com isso, até que ele percebeu que ela abria a porta, e saia do carro. Edward fez o mesmo, e se postou ao lado dela.

– Pode ficar... Se quiser! – Só foi um sussurro, que mesmo assim Edward conseguiu ouvir.

– Eu vou onde quer que você esteja. – Ele disse como resposta. Uma resposta com tamanha intensidade, que Bella nem o olhou nos olhos, simplesmente seguiu, seguiu para o grande portão do cemitério.

O cemitério estava vazio, então foi fácil eles seguirem a passos lentos, até a lápide de Elisa. Eles pararam em frente. Bella não conseguiu se conter, viu aquela lápida, a lápide que tinha o nome de sua filha, e caiu de joelhos em frente a esta:

Elisa Swan Cullen.

Filha, neta, sobrinha...

Criança que alegrou o coração de todos, e onde quer que esteja, estará alegrando a outros.

A lápide de Elisa estava ao lado das duas lápides onde estavam Renée e Charlie, pais de Bella. Ela tinha a certeza de que seus pais cuidariam de sua pequena anjinha.

Renée e Charlie morreram juntos, em um acidente de carro, há 3 anos, não conhecendo a neta, que nasceu meses depois. Foi um verdadeiro milagre Bella não perder o bebê, com todo o sofrimento que foi receber a notícia, uma notícia que veio do Jornal da tevê. Dois meses atrás, fizeram 3 anos que Renée e Charlie haviam morrido, e Bella se lembrava que Elisa, mesmo sem ter conhecido os avôs pessoalmente – só por fotos, e pelo o que Bella dizia –, ajudou tanto:

– Mamãe... Pu que você tá cholando? – Elisa havia perguntado, indo até a mãe, que estava deitada na cama, chorando.

Bella não queria que sua pequena a visse naquele estado, mas foi inevitável...

Edward também estava ali, só observando, já que tudo o que ele disse, não foi capaz de afastar o sofrimento da mulher amada.

– Lembra quando a mamãe disse que o papai e a mamãe dela morreram? – Bella perguntou retoricamente, mas mesmo assim esperou pelo assentimento de Elisa.

– Ahãn! O vovô e a vovó. – Elisa disse.

Bella não conseguiu conter as mais lágrimas que vieram com o que Elisa disse. Ela não havia conhecido os avôs, mas isso não a impedia de se referir a eles como os próprios e nem a impedia de amá-los e ficar triste ao ver a mãe assim.

– É... – Bella sussurrou. – Hoje é um dia triste pra mim, porque foi o dia que eles foram embora.

Não que Bella não se lembrasse dos pais todos os dias, mas aquela data era uma confirmação a tudo. Confirmação de que ela não teria mais os pais

– Mamãe. É só dá um bijinho que a dô vai embola. - Elisa disse se aproximando mais da mãe, e dando um beijo perto do coração dela, onde ela achava que vinha a dor. Elisa estava certa, e isso fez Bella perceber que ela tinha duas pessoas que ela amava, e que a dor, da perda, eles a ajudariam a passar, mas não a esquecer. – Salô? – Elisa perguntou, olhando bem nos olhos da mãe.

Bella a abraçou tão forte, que era como se a dor estivesse suprida, num local afastado e não perceptível.No fundo da inconciência, onde deveria ficar a dor. Pois a dor, sim, é um lembrete, mas não é dela que devemos nos recordar, e sim dos bons momentos.

Elisa só tinha dois anos, e feito 3, semanas depois.

– Eu estou esperando isso Elisa. – Bella surrou para a lápide, passando os dedos no contorno das letras do nome da filha. – Esperando que sare essa dor agora. A dor de te perder. Mas você não vai vim dar um beijinho aqui... – Bella aproximou a mão que não estava contornando as letras do nome da filha, no coração. – Não vai sarar!

Edward presenciou isso tudo, calado, do lado de Bella, mas em pé, se lembrando desse dia, do dia que Elisa demonstrou toda a solidariedade para a mãe. Era só uma criança, um bebê, que sabia de vários modos para ver as pessoas que amava felizes. Mas o que seria deles agora sem ela? Ela não voltaria para dar um beijo no coração de cada um, para sarar a dor, como Bella disse.

Edward se recordará também, mas de ontem.

Todos os familiares presentes, naquele mesmo lugar...

Edward ainda não conseguia dizer como ele foi capaz de deixar a mulher de sua vida lá, naquele hospital, sozinha. Mas ele precisava estar com a filha... Mesmo que a dor, o impedisse de pensar claramente, ele foi, ficou até o final, recebeu “pêsames” de parentes; de acionistas; de pessoas que ele não conhecia. Pessoas que julgavam conhecê-lo, mas que a perda, o fazia passar por uma pessoa abstraída em seu próprio mundo, em seu próprio pesar. Pessoas que não sabia a dor do vazio que tomava o coração dele.

Já tinham abaixado o caixãozinho – branco, pequeno, um lembrete que ali, estava uma criança, que tanto tinha a vida pela frente, que tanto era a felicidade da família – de Elisa, mas Edward ainda continuava ali, sem desviar o olhar daquela lápide.

– Filho. Temos que ir. – Esme sussurrou para Edward.

Ele não desviou o olhar da lápide, mas respondeu a mãe pela primeira vez desde que ele passou em casa para trocar de roupa, e quase não foi para o enterro, pois tinha passado em frente ao quarto da filha, que estava com a porta aberta. Mas Esme estava ali, e o consolou, pois Edward não disse, só chorou, e seguiram para o estacionamento, estacionamento este, que foi a última vez que Edward viu a filha, a última vez que Edward viu Bella bem.

– Podem ir. Eu vou ficar mais um pouco. – Disse ele.

Esme abraçou o filho forte, e sussurrou para ele de novo:

– Estaremos te esperando do lado de fora.

E o deixou, ali, com os seus pensamentos torturantes.

– É bom deixarmos ele um pouco sozinho. – Esme disse, quando viu que Carlisle iria até Edward.

Carlisle confirmou, e ambos seguiram para o carro, logo depois de Alice e Jasper.

Edward agora se lembrava das palavras da irmã:

– Ela sempre será o nosso anjinho. Mas agora ela está alegrando a outros, lá em cima. Ela nunca será esquecida, e sempre estará aqui... – Ele apertou as duas mãos no coração. – E jamais sairá. Nós te amamos Elisa.

E também das palavras da mãe:

– Quando recebi a notícia que seria avó, o espaço do meu coração se multiplicou, esperando que aquele espaço fosse ocupado. E foi mesmo ocupado, quando senti Elisa se mexendo no ventre da mãe. Não que antes ela não tinha ganhado esse espaço, mas vê-la sorrindo, vê-la crescendo e alegrando as nossas vidas, me fez ver o mundo de uma maneira diferente, pois ela ensinou a cada um da família Cullen a sorrir, quando se quer chorar. Todos sentimos saudades de você minha pequena Elisa.

Era doloroso aquilo para Edward. Se ele pudesse, estaria no lugar da filha, mas ele não podia então se ajoelhou na frente da lápide:

– Te amo minha pequena!

Edward fez o mesmo que fez ontem: se ajoelhou, abraçando Bella de lado, e a trazendo para mais perto de si.

– Eu não devia ter levado ela comigo. Era pra eu morrer, não ela. – Bella disse, se escorando no ombro de Edward, rendida a eletricidade que percorria o seu corpo, com o simples toque da mão dele, por cima do casaco dela. Ainda assim, nada estava bem, mas com ele ao seu lado, era como se sentir completa, mesmo que um grande pedaço dela estivesse enterrado de baixo daquela terra úmida...

– Não diga isso Bella... – Edward disse, fazendo-a olhar nos olhos dele. – Já é difícil sem Elisa, se eu tivesse perdido você também, eu não sei se... – Edward não queria completar o pensamento que tanto o assombrava.

– Eu tenho culpa. Tudo o que estava nos atrasando era um aviso, um aviso para que aquele carro não saísse do estacionamento de casa. - Bella voltou a argumentar. – Ela queria fazer piano. – Bella sorriu com a lembrança do que Elisa disse, minutos antes de tudo acontecer. – Ela queria te fazer uma surpresa.

Ouvir aquilo fez Edward ficar calado. A dor ainda tinha a capacidade de aumentar.

– Agora ela não pode mais. Não pode mais. – Bella sentia os espasmos de dor vindo, e as lágrimas se acumularem. – Você se despediu dela. Eu não pude! – Ela disse, tentando afastar os soluços, que atrapalhariam a clareza das palavras dela. Palavras que Edward entendeu perfeitamente.

– Não. Você está enganada. Eu não me despedi dela. – Edward se levantou, ele estava transtornado com a falta de entendimento de Bella. Ele também sofria. – Eu já a vi morta. Sabe o que é isso? Ter a certeza de que você nunca mais a verá sorrindo? Que nunca mais a verá correr para os seus braços? – Ele estava a fitando com uma dor palpável em sua voz. Agora ele é quem estava sendo insensível a dor de Bella. É claro que ela sabia o que era ter a certeza de que sua filha estava morta, ela estava tendo agora...

Edward não estava julgando ela, só o que ele queria era que Bella o entendesse, entendesse que ele também estava sofrendo.

Bella não se imaginava vendo sua filha morta, só a viu, com os olhos fechados naquele acidente... Isso seria de mais para ela, mas mesmo assim, ela não queria pensar na dor de Edward, a dela já era o suficiente para fazê-la se sentir culpada, ela não precisava de mais uma para a confirmação disso. Ela se levantou, passou as mãos pelos cabelos, respirou fundo, e saiu caminhando até a saída. Edward a acompanhou, calado.

Bella tentava ignorar a dor na perna, que estava com a bota ortopédica, mas estava sendo difícil, mas essa dor nem se comparava a dor em seu coração. Aquele vazio faria parte de sua vida, enquanto ela não percebesse o que estava fazendo ao seu amor.

Edward queria estar ao lado dela, pois ele sabia que estava sendo difícil ela andar sem apoio, mas ela mesma não queria as muletas, e nem a própria ajuda dele... O que ele podia fazer? Se arrependia das palavras ditas há poucos instantes, e tinha medo de que a indiferença de Bella aumentasse para com ele.

Quando eles já estavam do lado de fora do cemitério, Bella resolveu que ia pegar um Taxi, onde quer que passe por ali.

– Bella? Aonde vai? – Edward perguntou, vendo que ela mudava o caminho.

– Pegar um taxi. – Ela disse fria.

Edward respirou fundo.

– Por favor. – Ele pediu, pegando no braço dela, querendo que ela sentisse a mesma descarga elétrica que ele estava sentindo, mas Bella ignorou essa sensação, pela primeira vez ela ignorou. Seguiu para a porta do carona do volvo de Edward e esperou que ele destravasse o alarme... Ele destravou, e ela em seguida abriu a porta e entrou.


Nenhum dos dois falou mais nada. Edward manobrou o carro, e seguiram para a avenida principal.



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Notas finais do capítulo

Uaaau rs... Saiu grande né?
E aai meninas? O que acharam? Eu peguei pesado na parte do 'surto' do Edward? Quero saber a opinião de todas vocês, isso é de muita valia para mim.
Hã... Estão ficando cansada de tanto drama? Mas essa é a chave para muitas coisas, talvez, até, superação. Okey?
Posso esperar Recomendações? Reviews eu sei que posso né rs. Não sou convencida ( *-* )e sim confio em vocês!
Obrigada...
PS: Lá em cima, tenho certeza que saiu errado ): mas não tem problema:
http://www.fanfiction.com.br/historia/218158/Uma_Mae_Para_o_Meu_Bebe/ageconsent_ok
Passem lá, tenho certeza que se encantarão lendo a Sinopse.
Claro que ela tem outras...