Um Dia Tudo Muda escrita por Niina Cullen


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Awaaaaaaaaan... Começo aqui, nas Notas Iniciais, chorando rs. É, quase (': ... Quero pedir desculpa as meninas que mandaram Recomendações e eu não as respondi. Sorry, foi sem querer. Não quero colocar a culpa em ninguém, mas quando eu ia postar um capítulo, que no caso, o anterior foi no dia 13, aparece a quanidade de leitores, e tal, até as recomendações, mas não via nenhuma... Bom, peço mil desculpas há Isabella Marie,e a Ruby Luna Cullen pelas palavras lindas e incentivadoras... A BruuuuhCullen também fez uma, diferente, mas fez... (:
Ain, estou sem palavras... E como agradecimento, e um pedido de desculpas silencioso, estou postando esse capítulo para vocês garotas... Ia postar ele outro dia, mas não achei justo com vocês. Não estou desmerecendo as outras leitoras, longe de mim. Também agradeço há vocês...
Bom, vamos a mais um capítulo... Agora a Bella acorda, o drama continua, e espero mais uma vez, emocioná-las... Boa Leitura!!!



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  Um Dia Tudo Muda

Capítulo 6

         Às 72 horas, haviam passado. Demoradamente, mas passado.

         Não vou dizer que tudo continuava na mesma, mas Bella continuava no coma induzido, e em poucas horas acordaria da escuridão que havia lhe tomado.

         A pequena Elisa já tinha sido enterrada. Edward queria que Bella estivesse presente, mesmo que fosse difícil, mas ela não podia, ainda faltaria um dia para ela acordar e Elisa – o corpo – não podia esperar. Edward só esperava que Bella pudesse entender...

         Esme era quem estava com Bella no quarto. Edward tinha ido até a cantina – rápido, pois ele não queria que Bella acordasse, e não visse ele ali, do seu lado – para pegar um café para mãe e para ele próprio, quando Bella começa a recobrar a consciência.

        Bella sentia ainda uma forte dor na cabeça e em sua perna direita, e quando abriu seus olhos para a nova vida que a esperava, deixando a escuridão e o terrível pesadelo que ela estava tendo – na inconsciência escura e aterrorizante –, ao qual sua filha havia morrido...

        - Filha. Você não pode deixar a mamãe. Fica! – Bella pedia, sem dar conta das lágrimas que tomavam a sua visão, sem permitir que ela visse melhor a sua anjinha que estava se afastando.

       - Eu no cosigo mamãe. – Elisa dizia chorando.

       Era uma força invisível que a impedia de correr para os braços da mãe.

       O pesadelo era repetido várias, e várias vezes na mente de Bella, e ela agradecia aos céus por agora estar acordando, pensando que havia deixado de lado aquele vazio, aquela dor de perda. Mas perda do quê? Ela não tinha perdido a sua pequena Elisa. Não tinha.

        Era nisso que Bella queria acreditar, e quando abriu seus olhos para a claridade que segava sua visão... Onde eu estou? Ela pensou, perguntando a si mesma mentalmente.

        Esme veio até ela, e pegou na mão de Bella, feliz por ela já está acordada, e com um aperto no coração ao pensar em como Bella reagiria a tudo, a perda de sua filha.

        - Minha querida. Que bom que você acordou! – Esme declarou, com tamanha compaixão, fazendo Bella olhar profundamente nos olhos dela.

        Bella não falou nada, e não sorriu como era o normal a se fazer, pois Esme era uma mãe pra ela, e não merecia a indiferença de Bella. Mas como agir, quando você acorda, e está em um quarto desconhecido? Ela queria ver Edward, que ele explicasse aquilo tudo; ela queria ver Elisa.

         Até que ela se lembrou, mas não foi capaz de continuar com a lembrança.

         - Onde. Estou? – Ela disse as palavras pausadamente, se acostumando com o som de sua voz, já que tinha ficado 3 dias sem falar – disso ela não sabia.

         - Em um hospital. – Esme disse sem hesitar, mas estava aflita. E se Bella perguntasse sobre a filha? Esme não saberia como responder. Ela não tinha ideia da dor que seria perder um filho, mas Bella sim, e mesmo sem saber de nada, já sentia os sintomas da perda.

         Bella não queria se lembrar, mas as lembranças viam de uma maneira que ela não conseguia evitar.

         O caminhão atrás do carro dela, que arrastou até a ribanceira que logo depois caiu. Tudo isso em alta velocidade. Bella pedindo que Elisa ficasse depois viu que sua filha perdia a consciência, a dor era tão grande, que fez Bella perder a consciência também...

          Tudo passava muito rápido na cabeça de Bella, mas agora ela entendia o por que de estar no hospital, mas ainda não entendia o por que da dor no coração, o vazio.

          - Esme... – Bella respirou profundamente. – Cadê minha filha? – Ela perguntou com pesar.

         Como dizer? Esme se perguntava, e não tinha respostas, e involuntariamente, uma lágrima escorreu de um de seus olhos, dando passagem para outras que se seguiam delicadamente.

         Isso não passou despercebido por Bella.

          - Esme? – Bella sussurrou o nome da sogra. – O que aconteceu com a Elisa? Onde ela está? – Bella estava desesperada, e começava a chorar, ela soltou da mão de Esme, querendo levantar dali, mas parecia que sua perna direita pesava uns 100 kg, e a dor que ela exercia com o esforço era muita, mas não se comparava a dor de seu coração.

         E foi ai que Edward apareceu com dois capuchinos nas mãos, roubando a visão de Bella.

         - Mãe, não tinha... – Edward não conseguiu terminar a frase, ele viu a mulher de sua vida o olhando intensamente, mas com os olhos cheios de lágrimas. O clima naquele quarto não estava um dos melhores, e nem era para estar.

         Esme se afastou do lado de Bella, e foi até Edward. O olhou com tamanho amor, uma forma de se desculpar por não poder permanecer ali. Ela aproveitou a porta ainda aberta, e saiu, chorando, fechando a porta atrás dela.

         Não podemos culpar Esme. Isso era uma coisa que Edward, seu filho, tinha que fazer. Ele ainda não tinha superado a dor da perda de Elisa – e nem superaria, pois essa dor sempre estaria ali, para lembra-los – mas ele tinha que ser forte, para ela, por eles.

         Edward colocou os copos de capuchinos em uma mesinha perto da porta, ao lado do pequeno sofá.

         Bella implorava com olhar, para que Edward acabasse com aquela tortura, dizendo que tudo estava bem. Mas ele hesitava enquanto encurtava o espaço entre eles. Ele viu a dor espelhada no rosto dela, era isso que ele temia. Essa dor, esse vazio, também pertencia a Bella.

         - Amor! – Edward sussurrou, sem desviar os olhos dos lindos orbes cor de chocolate da esposa. Ele pegou a mão dela, mas esta recuou. Ela recuou, pois não queria que sua atenção fosse desviada – a eletricidade que percorreria sem dúvida o corpo dela por causa do toque dele, faria isso.

         Edward não entendeu o recuo da mão dela, e lutava para que esse entendimento não viesse.

         - Onde ela está? Onde está nossa filha Edward? – Bella perguntou, jurando para si mesma que seria a ultima vez que ela fazia aquela pergunta. Aquilo estava doendo muito. Quando ia passar? Para isso Bella sabia a resposta: quando sua pequena irrompesse aquela porta, e viria até ela e a abraçaria. Mas algo lá no fundo, dizia para Bella, que isso jamais aconteceria.

         Edward respirou profundamente, se colocando no lugar de Bella, que ela queria saber, e ele precisava ficar calmo para dar essa informação. Ele teve uma confirmação de que ele precisava para acreditar, acreditar que sua anjinha não estava mais com eles. Mas Bella, Bella não teria essa certeza, ela teria que se “acostumar”, mas ninguém se conforma com a dor, pois em algum momento, ela é amenizada, mas esquecida... Jamais. É como uma ferida exposta; enquanto não cicatrizar vai doer, sangrar, mas quando cicatrizar continuará ali, para te lembrar da dor que foi por tê-la.

          - Bella... Lembra quando nos referíamos a Elisa como nosso anjo? – Foi uma pergunta retórica. – Então... Ela está alegrando o mundo lá em cima, junto com outros anjos. – Edward se lembrou das palavras de Alice no enterro, quando o padre perguntou se alguém queria dizer algumas palavras, e ela se manifestou.

          Elisa jamais deixaria de ser o anjinho deles, mas agora, ela não estaria mais ali.

          Edward dizia isso com uma dor tremenda. Ele dizia dessa forma, como contando para uma criança, achando que seria mais fácil para Bella. Mas não foi.

          Bella, que já chorava, agora soluçava.

          - Não. E-ela não me deiii-xou. Eu pedi pra ela não me deixar. – Bella dizia, e os soluços a atrapalharam de dizer mais. – Diz que é me-entira Edward. – Edward esperou, mas ele nada disse, chorava junto com ela. – Fala. Fala que ela vai entrar por essa porta pulando e sorrindo. Dizendo que nos ama. DIZ. – Ela gritava agora.

          Edward não estava suportando ver à mulher da sua vida nesse estado. Ele sabia que seria difícil, mas os dois estavam juntos, e um ajudaria o outro.

         Ele também passou por isso. Um momento em que ele se recusava a creditar nos fatos. Mas ele também sabia que seria ainda mais doloroso, se esses fatos não fossem encarados devidamente.

          Não há uma maneira de encarar a vida como ela é, mas eles tinham que aprender a lidar com que a vida tirou deles.

          - Bella. Nós, juntos, vamos superar isso e...

          - Superar? – Bella perguntava incrédula. – Você quer que eu supere a dor de perder uma parte de mim? – Ela agora entendia o vazio, e a dor, que vinha da alma, do coração, locais impenetráveis; sem cura. – Uma parte que nunca mais voltará. – Bella disse certa de tudo. Certa da culpa que ela tinha. – A culpa foi minha. Minha.

          - Não Bella. Você não tem culpa. – Edward murmurou com convicção, colocou as duas mãos nos dois lados do rosto de Bella, e a fez olhar em seus olhos, só que ela tinha desviado o olhar, escolhendo a janela para encarar. Ele ficou com medo de que ela recuasse de novo ao seu toque, mas ela não fez isso. – Foi uma fatalidade que tirou nossa filha da gente. Mas isso tudo não pode nos separar. – Era um pedido silencioso e intenso, que ele fazia.

          Edward sabia que não era o momento. Mas queria beijá-la, sentir os lábios doces do seu amor, a saudade era infinita. Ele se inclinou, mas Bella foi mais rápida, se esforçou para que seu rosto virasse, fazendo Edward parar a poucos centímetros da bochecha dela.

          Isso não era justo. Com nenhum dos dois. Mas Bella só conseguia pensar em sua dor, e em como ela, essa dor, tomaria a vida dela daqui em diante, e nem o amor de Edward, o amor que ela sentia por ele, seria capaz de trazê-la de volta.

          Edward se afastou aos poucos, sentindo que a dor, da perda, seria multiplicada. Ele perderia o seu grande amor da sua vida também? Perderia para a dor e o vazio? A dor, que estava acabando com ele, e o vazio, onde Bella estava caindo? Que estava acabando com Bella?

          - Ela já foi... – Bella não conseguia terminar a frase, e nem olhar para Edward.

          - Sim. Ontem! – Ele respondeu, sem precisar que ela continuasse. Não estava sendo fácil para ele. Não era por que ele respondia sem hesitar, que significava que a perda de sua filha, tinha sido esquecida, mas ele tinha que ser forte, mesmo que já tivesse chorado... Ele tinha que ser. Ele precisava ser. Por ela, por eles. E principalmente por Elisa.

          Bella queria gritar de novo, e conseguiu conter isso, apertando os lençóis da cama.

          Edward percebeu isso...

          - Você estava em como induzido. Elisa não podia esperar.

          - Sai. Eu preciso ficar sozinha. – Bella pediu, ainda sem olhá-lo.

          - Bella...

          - SAI. – Dessa vez ela gritou, mas perdeu o fôlego, pois as lágrimas e os soluços estavam mais intensos.

          Edward saiu como ela “pediu”. Ele estava inane. O vazio, já sentido, parecia aumentar. O que seria do amor dos dois?

            Bella se recordava de todos os momentos com a sua pequena Elisa; era uma forma branda de tentar cessar a dor. As lembranças sempre estariam vivas e presentes na vida de Bella.

            Quando Elisa aprendeu a andar...

            Edward e Bella estavam no jardim da casa deles, depois de terem tomado o café da manhã na beirada da piscina. Elisa, com apenas 10 meses e 5 dias, deu seus primeiros passinhos.

           - Elisa. Aqui com o papai! – Edward a chamava bem pertinho dela, agachado e com os braços entendidos para frente, e a palma da mão abrindo e fechando.

          Bella só os observava, sorrindo.

          Até que Elisa, que já estava em pé, se equilibrando, deu o primeiro passinho, e virou o rostinho angelical, e olhando para a mãe, foi até ela. Bella se agachou da altura da filha, e estendeu os braçinhos. Elisa foi até ela, sem nenhum momento deixar de dizer palavras desconexas e sorrir.

         Bella pegou Elisa no colo, e a encheu de beijos, vendo a cara de surpresa que Edward fazia.

        - Essa eu não entendi. – Edward disse, se levantando, e indo até os seus dois amores.

        - Ela deve ter percebido que ir até o pai era mais fácil. Ela queria desafio. – Bella deu de ombros, rindo.

        Esse era um dos momentos, que não precisava ser explicado, só bastava ser sentido. E foi sentido, pois Bella, não os teria mais.

        Tantos outros momentos ao qual Bella se recordava, e que nenhum traria sua filha de volta. Ela pegou no sono, com as lembranças inesquecíveis rondando-a. Não era mais pesadelo, era sonho. 


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Notas finais do capítulo

Meninas, desculpe qualquer erro, ou qualquer palavra ou frase que não tenha feito sentido... É que foi de última hora.
Mais uma vez um incansável obrigada a Ruby, que em todos os meus capítulos está presente, com as suas palavras, que assim, me deixam sem palavras rs, me emociono muito, você sabe disso; Isabella Marie, obrigada também (: Amei as palavras e o que você acha dessa minha história *-*