Um Dia Tudo Muda escrita por Niina Cullen


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Ooi...
Meninas, estou tão triste com o que aconteceu essa semana ):
Robsten não pode acabar, não vou julgar, mas quero acreditar que são montagens... Espero que vocês, de alguma forma me entendam. Estou com medo de que o 'bloqueio' possa me afetar nos capítulos em que estou escrevendo, mas uma coisa eu tenho certeza: jamais 'abandonarei' vocês, continuarei a dar continuidade, e feliz em ler as Reviews de todas vocês, mas... Rob e Kristen, deram a vida a personagens que mudou o meu conceito total - pode parecer exagero, mas não é -, personagens que me inspiram a criar Fics, dando vida ao 'meu Edward, e a minha Bella' das minhas fics e a me entreter... E eles, como um casal... É triste imaginar o fim.
Desculpem pelo meu 'surto' de desabafo, mas queria compartilhar com vocês isso, espero, que sempre que quiserem, compartilhem comigo algo que queiram...
Obrigada... Vamos torcer para o melhor de ambos.
Boa Leitura!!! Me deixem feliz, com os seus Reviews inspiradores e suas opiniões que sempre serão bem-vindas.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/239409/chapter/8

  Um Dia Tudo Muda

Capítulo 8

                Fazemos coisas irracionais só para tentarmos diminuir o vazio de nosso coração. Era isso que Bella fazia; estava errando, errando com o amor da sua vida, em uma forma de diminuir o vazio em seu coração.

              Chegaram ao estacionamento da grande casa. O estacionamento, onde tudo estava bem, e depois, deu lugar para a dor. Um espaço profundo, sem espaço para se enxergar a luz da esperança que se esvaiu, talvez a partir do momento em que o Tucson de Bella saiu do estacionamento daquela casa.

               Bella saiu do carro de Edward – quando este já tinha estacionado –, e correu para dentro da casa. Ela não queria relembrar de tudo o que foi dito naquele local. Ela não queria recordar, de novo, dos avisos; os avisos que poderiam ter sido interpretados, e feito com que a sua filha ainda estivesse aqui.

               Ela entrou pela entrada da cozinha, e viu que Carmen encarava a tevê no apoio da parede com o semblante assustado. Bella olhou a tevê que havia na cozinha, e chorou, chorou com o que via e ouvia. Carmen só percebeu agora, que Edward praticamente arrancou pela cozinha, parando ao ver Bella chorando.

                - Senhor Cullen. Desculpe-me, eu não sabia... – Carmen tentou se desculpar, afinal de contas, ela não ouviu o carro chegando, e sempre assistia aquele canal, o canal que passava Jornal nesse horário... O Jornal que dizia que os jornalistas estavam esperando alguma declaração de Isabella Swan Cullen, e enquanto ela não aparecia, eles reprisaram as imagens do acidente. Imagens essas que deixaram Bella em um torpor, sem igual.

                 - Bella... – Edward tentou consolá-la, mas Bella se afastou, e correu para as escadas, passando pelo corredor que levaria até seu quarto e o de Edward, mas ela não queria ir para lá, foi direto para o quarto de Elisa...

                 Lá, Bella se lembrou das palavras do Jornalista, e as imagens que não saiam de sua cabeça, tão vívidas, dando ênfase ao que faltava.

                 - Parece que Isabella Cullen já saiu do hospital. E o que tudo indica é que saiu pelos fundos, para evitar os jornalistas. Tentamos falar com os parentes que saíram a pouco, mas estes não se declararam também. Enquanto esperamos por novas declarações, vamos voltar um pouco no tempo, e rever o acontecido.

                Mostravam o carro da visão do helicóptero, ou no chão. E em ambas as imagens, o estado do carro era deplorável, principalmente na parte de trás. Parte esta que estava Elisa.

               Os paramédicos socorrendo...

               Bella foi a primeira a sair do carro:

              - A promotora Isabella Cullen acaba de ser retirada das ferragens, depois de muito esforço dos bombeiros. E parece que Elisa Cullen, de apenas 3 anos, continua no banco de trás do carro. Está presa por causa da cadeirinha, e o achatamento do carro...

              ...

              - Isabella Cullen e a filha Elisa acabam de dar entrada no Hospital Central de Nova York. O que tudo indica, é que Elisa está com traumatismo craniano, não temos mais nenhuma informação, mas acabamos de ver Jasper Hale, cunhado da promotora Isabella. Senhor Jasper, alguma coisa a declarar? Como a família está nesse momento crítico?

             Mas Jasper não disse nada. Estava transtornado por ter acabado de ver a sobrinha e a cunhada naquele estado...

              Só foi isso que Bella pôde observar e ouvir em pouco tempo, antes de Edward irromper a porta dupla da cozinha e ficar de frente para ela. Ela ainda queria acreditar que tudo não passava de um sonho ruim, de um pesadelo. Mas como, quando as evidências diziam ao contrário? Como, quando Bella, agora, olhava para a cama da sua anjinha vazia, com o edredom rosa... Sem Elisa? Bella nunca mais cobria sua filha, nem daria um beijinho de boa noite. Ela nunca mais ouviria o sono tranquilo de sua pequena.

               Bella não se conformava com a frieza do jornalista. Tudo bem que era o trabalho dele, mas...

              E como Bella foi resgatada primeiro do que sua filha? Era Elisa para ser resgata, e não ela. O carro poderia explodir, mas desde que Elisa estivesse fora, sã e salva, para Bella estava tudo bem.

               Edward foi até o quarto deles, pensando que Bella estaria lá, mas ele estava enganado. Bella estava no quarto da filha, e quando ele atravessou o corredor, indo abrir a porta...

               - Droga! – Edward esbravejou baixinho. Bella tinha fechado a porta por dentro, logo depois que entrou.

               - Senhor Cullen. – Carmen chamou do topo da escada, fazendo Edward desviar o olhar da maçaneta. – É bom o senhor deixá-la um pouco sozinha, se me permite dizer. Está sendo muito difícil para ela, assim como está sendo para o senhor. Mas amanhã tudo estará melhor. – Carmen acreditava na frase: “Nada melhor do que um dia após o outro”, mas para Bella, aquela frase não fazia jus a sua dor. Nenhum dia seria melhor, se ela não estivesse com sua filha nos braços, sentindo o calor dela...

               Edward concordou passando as mãos nos cabelos, numa tentava desesperada de acreditar no que Carmen disse. Ele seguiu para seu quarto, e lá ficou...

               Já Bella, estava deitada na caminha de Elisa, e nem notou nada do que tinha acontecido do lado de fora daquele quarto. Ela estava com uma roupinha de Elisa, a colocando perto do peito.

               - Por que você tinha que me deixar Elisa? – Bella perguntava para o vento que adentrava pela fresta da parede-janela do quarto da filha. – Eu não vou suportar sem você aqui.

               Bella se deu conta, de que anos passariam, sem ela poder mais abraçar a sua anjinha. Ela queria que todas as memórias que fazia ela se lembrar de Elisa, fossem embora, mas era dessas memórias que Bella precisava para continuar viva. Mas como? Sendo que essas memórias só trazem alegrias, que nunca mais voltaram?

               Será que as lembranças eram tudo o que Bella tinha? Será que se lembrar de acontecimentos vividos, era uma solução para dor?

               Sem respostas, as recordações vieram como um turbilhão nos pensamentos dela...

               O dia que Elisa escolheu a própria decoração do quarto foi há alguns meses, no dia do aniversário dela.

               - Mamãe. Eu quelia rosa clalinho e lilás nas paledes. E... – Elisa colocou a mão debaixo do queixo, imitando o jeito do titio Jazz, como ela mesma se referia a Jasper.

              - Não é a mim que você tem que dizer filha...  – Bella sorriu, pegando Elisa no colo. – É pra vovó!

              Elisa olhou para a vovó Esme, que estava do lado da porta do quarto, e sorriu.

              - Vovó. Eu quelo...

             - Você acha que a vovó não sabe suas cores favoritas? – Esme sorriu, atravessando o quarto, indo até nós. Pegou a mãozinha de Elisa e a beijou. – Que tal com alguns detalhes azuis?

            Esme sabia perfeitamente os gostos de Elisa, e não negava nada a ela.

            No final, o quarto estava lindo. Do jeitinho que Elisa queria ou até mesmo melhor do que ela pensava. Desde as paredes, até os detalhes, a caminha, a cômoda azul clara perto da porta, a cortina que cobria totalmente a parede-janela, os ursinhos de pelúcia, as fotografias da família. Tudo, nos mínimos detalhes estava perto...

            Elisa não tinha aproveitado bem o quarto. Bella pensará com pesar.

            Bella adormeceu com aquelas lembranças, voltando a sonhar com a sua Elisa.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!