Ciganos Vampiros escrita por Titina Swan Cullen


Capítulo 19
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

oieeeeeee
nada como começar o dia com um capitulo fresquinho.....
boa leitura....



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Pov Edward

Saímos do pequeno casebre de Zafrina após algumas explicações. Prometemos ficar de olho em Leah até saber de fato o que ela pretendia já que como sempre tudo que era relacionado a nossas companheiras se tornava oculto.

Meu pai não participou da segunda inspeção indo tratar diretamente com Jacob os assuntos de segurança e meus irmãos me acompanharam. Como já imaginávamos todos os homens da guarda passaram na vistoria.

Durante os dias que se passaram estivemos tão ocupados com os assuntos de segurança do reino e de nossas companheiras que sequer tivemos um tempo com elas. Também não sofremos novos ataque e por incrível que pareça até os suckings resolveram dar um tempo.

Zafrina estava empenhada em algo que iria bloquear as investidas de Aro e das tais semideusas. Minha mãe tinha medo que, segundo palavras dela, sucumbíssemos ao desejo e acabássemos desonrando-as; sempre que as víamos era durante as refeições ou em alguma seção das aulas que batizamos como intensivão da Dona Esme, que ela ficou irritadíssima quando soube.

Minha mãe com a ajuda de Zafrina ensinava-as a falarem nossa língua e estava até dando certo. Elas não falavam ainda frases completas mais palavras separadas e assim podíamos nos comunicar sem a necessidade constante de minha mãe.

–E então o que acha?- perguntou Jasper chamando minha atenção. Estávamos na sala da sede resolvendo sobre o treinamento dos homens da guarda; o número que tínhamos sempre fora o suficiente mais com os ataques que sofremos achamos melhor reforçar para eventuais surpresas.

– Acho o que? - perguntei com os olhos ainda fixos nas planilhas.

– De levarmos elas para um piquenique no lado norte?- perguntou.

– Eu acho uma boa ideia – intrometeu-se Emmet- Meus olhos estão começando a ficar escuros e com a mamãe em cima delas fica difícil da gente se aproximar.

– Fora que depois que provei o sabor de Alice, - Jasper suspirou saudosista- o sangue de nenhuma outra mulher vai me satisfazer.

Também começava a demonstrar sinais da sede em meu organismo, nesses últimos dias estava mais irritadiço e acabava descontando em meus soldados. Como meu pai havia dito o sangue de nossa prometida era algo muito precioso. Enquanto com o sangue comum tínhamos que nos alimentar cerca de cinco ou mais vezes por semana com o sangue de nossas companheiras já faziam quase quatro semanas que estava em nosso organismo nos sustentando.

Mas tinha que concordar que meu corpo já desejava por mais, ainda não tinha falado com ela por medo, sei lá, de que ela me rejeitasse, ou que minha mãe estivesse certa e eu acabasse agarrando ela. Afinal eu sou homem e fazia um bom tempo que não tinha contato intimo com mulher. E sem contar que Isabella mexia comigo de uma maneira que nenhuma outra mexera; além de ser minha prometida, eu ansiava muito tocar seu corpo que graças, para o bem do meu sossego, minha mãe o cobria com os vestidos mais largos possíveis. Verdade que eu também ficava meio cabreiro com tanto zelo de Esme por elas, era uma preocupação um pouco demasiada. Emmet tinha razão, era melhor falar com elas enquanto ainda tínhamos o controle da sede. Suspirei.

– Concordo. – disse por fim – Já falaram com nossa mãe?- indaguei, com certeza ela iria querer ir junto.

– Não. Mais... – Japer sorriu vitorioso- falei com nosso pai. E ele vai nos dar uma forcinha com ela; afinal somos seus futuros maridos. - Bateu no peito dando uma de valente.

– Também acho. – disse Emmet. Hoje ele resolveu achar tudo. - Se era para adiantar logo o casamento já está mais que demorado.

– Ô cabeça...- bati com a pasta na cabeça dele – e como elas iriam proferir as palavras para o enlace final? O inicial pode ser por um parente, mas o final não. Elas tem que dizer e sabe que como é tradição no nosso povo, todos tem que servir de testemunha.

–É. Não ia adiantar elas falarem nessa língua que quase ninguém entende. – disse Jasper assinando a ultima página do relatório de sua equipe.

Nesse momento o radio dele apitou.

– Tudo pronto.- ouvimos a voz de Carlisle.

– Conseguiu?- perguntou Jasper mostrando que nem ele mesmo acreditava que daria certo seu plano.

– Sim só que terão trinta minutos para tirarem elas do castelo. Mais do que isso não consigo segurar a mãe de vocês.- respondeu.

– Já estamos indo -Jasper falou mas nosso pai o chamou.

– Zafrina já conversou com elas sobre a sede. – usou um tom sério - Espero que não ajam como trogloditas com elas e me decepcionem. - repreendeu. Um bipe foi ouvido finalizando a conversa.

Estávamos parados na sala um olhando pra cara do outro e no segundo seguinte saimos correndo pela porta em direção ao castelo. Como Jasper e eu fomos mais rápidos ficamos pesos na porta enquanto Emmet nos esmurrava para desobstruir a saída.

– Andem logo suas maricas, estamos perdendo tempo! - disse dando um empurrão na gente que quase demos de cara na parede em frente.

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Como Zafrina nos disse elas aguardavam próximo ao estábulo. O céu de fim de tarde estava claro com algumas nuvens bem longe da região onde iríamos. Na verdade o céu podia estar desabando que não me impediria de levar Isabella para uma volta. Apenas nós dois.

As três estavam de costas conversando distraídas ao lado de um dos cavalos, usavam saias floridas e blusas brancas fofas. As saias eram tão longas que não saberia dizer se estavam de sapato ou descalças. Em cima de uma pedra, uma cesta grande de vinil, provavelmente com as guloseimas para o piquenique. Assim que sentiram nossa presença se viraram nos brindando com sorrisos.

Ouvi um suspiro longo e sôfrego ao meu lado e olhei a tempo de ver Jasper emitindo os últimos sons. Emmet, com a sutileza de um gorila, deu um tapa no queixo dele fechando sua boca.

–Pô cara, não envergonhe os machos alfas..- murmurou pra Jasper que não se importou e caminhou apressado para perto de Alice.

– Venha doçura.- segurou a mão de Alice a puxando pra dentro do estábulo - Vou lhe mostrar o Trovão. – disse se referindo a seu cavalo. Um corcel negro puro sangue.

Respirei fundo e continuei meu caminho até minha razão de viver. Meu bebê como sempre estava com as bochechas, salpicadas pelas sardas, vermelhinhas. Isso era algo que jamais me cansaria de admirar em minha cigana. A deixava ao mesmo tempo inocente e sexy. Sexy? Que merda o que eu estou pensando? Se controle Edward, se controle.

– Boa tarde. – ela disse orgulhosa de si mesmo por já conseguir pronunciar algumas palavras enquanto me fitava com seus olhos castanhos perfeitos.

– Ótima tarde. – respondi devagar já levando uma de suas mãos aos meus lábios. Ela soltou um riso baixo mais suficiente pra me deixar ainda mais apaixonado por ela.- Preparada para um passeio a cavalo? – perguntei e aos poucos fui soltando a mão de Isabela mas senti seus dedos acariciando meu rosto. A barba por fazer devia estar arranhando sua palma tão delicada mas não pude deixar de fechar os olhos e me permitir deliciar com o perfume inebriante de sua pele e do sangue em seu pulso.

– Ahham- ouvi um pigarro alto atrás de mim que fez Isabella puxar a mão rápido demais. – se não se importa querido irmão – disse Emmet dando ênfase ao querido irmão- o tempo urde e logo certa mamãe virá atrás de nós.

Embora minha vontade fosse de socar Emmet por ter atrapalhado um momento como aquele, ele tinha razão, não podíamos perder tempo ali. Puxei levemente Isabella para meu lado e adentrei o estábulo sendo seguido por meu irmão e minha cunhada. Bem a tempo, pois assim que passamos pela entrada Trovão veio galopando em alta velocidade com Jasper e Alice que estava a sua frente na montaria rindo a vontade da alta velocidade do cavalo.

Emmet e eu trocamos um olhar divertido.

– Quem chegar por ultimo é mulher do lobisomem.- ele disse já pegando Rosálie pela cintura que soltou um grito de surpresa, jogando ela na sela de Ventania, seu cavalo.

Fiz o mesmo com Isabella que ao contrário da irmã parecia já esperar por isso ficando afoita para que a corrida começasse.

Relâmpago era o meu cavalo favorito só que ele era por demais arisco, então assim que saímos dos limites da cidade real afrouxei a guia para que ele cavalgasse de forma mais lenta. Isabella me olhou de modo duvidoso.

– Chegar?- perguntou virando seu rosto franzindo as sobrancelhas.

– Quase bebê. – respondi- Já estamos chegando, é só que Relâmpago está cansado. – menti. Na verdade eu tinha medo de que o cavalo ficasse arredio e Isabella pudesse se assustar. Era a primeira vez que eu o montava acompanhado e não queria nem imaginar de por ela em perigo.

Passada a euforia da recente corrida, Isabella recostou-se em meu peito e com o braço que envolvia sua cintura apertei de modo mais firme caso ela acabasse cochilando. Sua cabeça estava abaixo de meu queixo e o vento com o galope contribui para me inebriar com o aroma. Involuntariamente soltei um gemido quando ela se virou de lado moldando-se ainda mais no meu abraço e minha mão acabou roçando de leve em seu seio, afrouxei na mesma hora o abraço sem graça com a situação e acho que ela sentiu o mesmo já que se afastou ficando super reta e rígida como uma tábua.

– Me desculpa. – pedi e com certeza era a minha vez de estar com a cara pintada de vermelho intenso. Que mancada Edward! Ótimo, minha consciência resolveu me recriminar também.

– E então Edward, vai ficar pra trás?- Jasper veio tirar sarro com minha cara com uma Alice ofegante e descabelada pela cavalgada. Péssima hora.

– Ehhh Jasper, olha a cara deles; - Emmet contornou Trovão com Rosálie abraçada por trás firmemente - Com certeza estavam praticando promiscuidade.- completou irônico.

– Prommm... – disse Alice sem entender.

–Cidade? – completou Isabella também confusa.

–Não é nada não.- disse Jasper dando um olhar recriminador para Emmet – é coisa desse cabeção.

Dizendo isso atiçou o cavalo que iniciou uma nova corrida. Aproveitei e segui ele, deixando o cabeçudo pra trás. Voltei a abraçar Isabella só que desta vez tomando cuidado com a mão boba.

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– Como vão pedir pra elas?- perguntou Emmet se referindo a nossa “alimentação.” Já tínhamos chegado ao local do piquenique, era ao lado do lago que quando mais novos nossa mãe nos trazia. A magia do local ainda estava presente mesmo depois de tantos anos. Os cisnes no lago, o gramado bem verdinho e até algumas pedras na beira que serviam de trampolim quando íamos saltar.

Zafrina não se esquecera de nada para esse lanche, até a tolha enorme quadriculada de azul e branco ela tinha posto na cesta. As meninas jogavam migalhas de pão doce para as aves que cercavam elas em busca do alimento.

– Ainda não sei...- disse Jasper- talvez do único jeito.

– Como? – questionou Emmet colocando a garrafa térmica na toalha. – Me dê o seu sangueeeee. – disse fazendo uma imitação de conde Drácula.

– Não seu idiota- respondi já rindo da encenação fajuta dele. – Acho que essa é uma boa oportunidade pra gente se conhecer melhor e fortalecer o nosso enlace.

– Tem razão; –disse Jasper - depois do lanche a gente fala com elas.

– Mas não se afastem muito. - lembrei-os – Ainda estamos na cidade real mas sem os seguranças. Não iremos colocá-las em perigo- afirmei.

– Outro? - ouvi Rosálie dizer estendendo a mão para Emmet. Não percebemos sua aproximação e ele a olhou surpreso e ao mesmo tempo confuso. Resolvi dar uma ajuda.

– Ela quer mais pão. – esclareci. De nós três ele era o que tinha mais problemas para entendê-las mesmo que já falando algumas palavras em nossa língua.

– Ahhhh.... aqui está minha rainha- disse dando uma generosa fatia do pão para ela. Rosalie sorriu e deu um beijo no rosto de Emmet, pegando o grandão de surpresa. Correu se juntando as outras dividindo a fatia.

Emmet continuava parado com cara de paisagem. Jasper estalou os dedos em sua frente para despertá-lo, mas ele continuava catatônico.

– Tá vendo? Depois não quer pra gente rir da cara dele.- peguei um pouco do suco e joguei no rosto dele.

– Cara...- disse passando a mão no local onde recebeu o beijo- nunca mais vou lavar meu rosto.

– Ahahahahaha- Jasper e eu gargalhamos. Eu juro que tentei mas a cada dia ele ficava com mais cara de bocó – ahahahahahahaha.

– Ahhh... EU VOU PEGAR VOCÊS!- correu atrás da gente mais desta vez corremos mais rápido na direção das meninas. Infelizmente para nos desviarmos delas antes da trombada, fomos na direção errada mergulhando no lago. Os cisnes que estavam próximos se assustaram e começaram a bicar Jasper e eu.

– Sai pra lá.- disse enxotando uma das aves. Seu bico era capaz de quebrar se ele continuasse bicando minha pele.

–Hahahahahahaha – ouvimos risadas e vimos que as meninas e Emmet riam da gente.

– Ah...vocês estão rindo? – disse Jasper correndo em direção a Alice que fugiu dele.

– É bebê vem cá. – disse de forma manhosa já bem próximo de Isabella que tentou correr mas fui mais rápido segurando seus braços a puxando para o lago.

– Não...não – ela tentava se soltar mais ouvia o riso em sua voz. Por isso continuei a puxando e quando ela já estava com a água até o joelho parei de puxá-la. Sua respiração estava descompassada pelo recente esforço e trazia um sorriso largo no rosto quase coberto pelas mechas.

–Ficou com medo bebê? – perguntei num to brincalhão já hipnotizado com a visão de minha menina quase mulher. A minha companheira.

– Nadar....não. – ela disse negando com a cabeça.

– Eu sei que não sabe nadar; – passei os dedos em seu cabelo colocando as mechas pra trás de sua orelha. – jamais a colocaria em perigo Isabella.- Levantei seu queixo para que ela me olhasse.- Você é minha vida, é meu bem mais precioso.

Levemente puxei o corpo de Isabella em minha direção aproximando nossos rostos. Não consegui parar de olhá-la e a vi morder levemente seu lábio inferior umedecendo-o. Minha boca encheu-se de veneno na expectativa de saborear seu sangue. E senti meu auto controle no limite assim como algo latejante em minha calça.

Fechei os olhos e contei mentalmente até dez. O que havia de errado comigo? Começava a crer que minha mãe tinha razão em mantê-las afastadas de nós, pelo menos EU não conseguiria resistir mais muito tempo com Isabella.

– Esme- abri os olhos e vi que Isabella me encarava- falar...mulher....homem- disse apontando dela para mim.- Isabella ....Edward, casal? – perguntou. Sabia que ela se referia ao quase beijo de agora e não iria agir por impulso de novo. Primeiro ela tinha que querer e segundo não sabia se conseguiria me controlar perto dela.

– Sim Isabella. Somos um casal.- olhei em volta e não vi nem um de meus irmãos ou cunhadas. Percebi que Isabella ainda estava na água assim como eu e não queria que ela ficasse resfriada.- Venha, vamos sentar um pouco enquanto se seca.

Peguei uma caneca e coloquei um pouco de café quente para que ela se aquecesse. As nuvens antes distantes estavam bem mais próximas agora e logo teríamos que voltar ou pegaríamos a tempestade.

– Edward gostar Isabella?- a pergunta dela me pegou de surpresa principalmente porque pensei que com meus atos já estava mais do que claro o que eu sentia por ela.

– Gostar? Não bebê.- disse passando um dedo em seu narizinho.- Eu te amo Isabella...- suspirei - Mais que minha própria vida. – ela ainda me encarando sorriu e encostou a cabeça em meu peito. Passei um dos braços em seus ombros e ficamos abraçados por um tempo olhando a paisagem. Os cavalos estavam amarrados numa arvore próxima e os cisnes já estavam de volta a tranqüilidade do lago.

–Isabella amar Edward.- ela murmurou bem baixinho mas consegui ouvi-la. Segurava firme a caneca de café se aconchegando mais a mim. Senti meu peito inflar de felicidade e beijei o alto de sua cabeça.

–Te amo muito bebê. – sussurrei.

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– Não acredito que tiveram coragem de me enganar!- minha mãe disse e seu tom de voz era além de triste, de quem estava muito decepcionada. Mal chegamos ao estábulo e um dos empregados trazia ordens expressas para nos reunirmos no escritório. Todos sem exceção.

Já sabíamos que era minha mãe, com certeza possessa pela nossa recém escapulida.

– Querida, já pass...- antes que meu pai pudesse completar a frase minha mãe lançou um olhar mortal que o fez cala-se na mesma hora.

– Se algo acontecesse com elas?- questionou e nós apenas encarávamos nossos próprios pés.- Zafrina e as outras tem tentado por algum feitiço que as proteja fora do castelo mas ainda não conseguiu. Se as semideusas aproveitam um descuido desses eu nem quero pensar no que poderia ter acontecido com elas. – chorou. –E VOCÊS TAMBÉM SERIAM ATINGIDOS!- berrou nos batendo com o travesseiro do sofá de couro.

–Esme...- meu pai tentou novamente mas minha mãe virou pra ele dando uma travisseirada certeira em seu ombro - Seu idiota.- murmurou. – Colocar seus filhos e noras nesse perigo...- olhou para as meninas que estavam atrás da mesa observando com olhos arregalados os quatro marmanjos apanhando que nem menininhas.- Venham queridas – chamou - precisam de uma alimentação decente.

Seguimos elas indo juntos para a sala de jantar. Encontramos ali a mesa já posta e uma Esme, mais calma, começou a falar dos preparativos para a festa de apresentação. Era costume apresentar os noivos para nosso povo e logo depois realizar o casamento; só ainda não tínhamos apresentado elas por ainda não falarem nossa língua.

A festa seria realizada nos jardins do castelo que era bem amplo e oferecia a segurança necessária para elas. Nossa mãe sempre as chamava para que participassem sendo que acho que elas ficaram tão perdidas como nós no meio de tantos nomes de tecidos, flores e cores.

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Emmet se servia de mais uma caneca de vinho enquanto eu ainda estava na primeira. Seus olhos estavam com a cor natural, bem mais claros assim como os de Jasper após nosso “lanche” da tarde.

Meu pai estava em uma das grandes poltronas da sala com Jasper mostrando o relatório de sua equipe. Por incrível que pareça ele já havia feito a contabilidade uma dúzia de vezes. Eu mesmo já tinha feito umas três e não conseguíamos encontrar o erro.

– Vemos isso amanhã- disse Carlisle fechando a pasta. Esfregou as mãos no rosto dando sinais de apreensão do que viria a seguir. O relógio antigo na parede marcava 01:47 hs da madrugada. Essa hora geralmente ele já estaria dormindo, mas acho que o motivo é que ele estava adiando a conversa com minha mãe. – O que deu errado Edward?- perguntou de modo cauteloso.

Claro que ele tinha percebido que meus olhos continuavam escuros ao contrário de meus irmãos.

– Nada. Só não tive um momento oportuno.- desconversei. O que diria para ele depois de ter se arriscado a dormir no sofá por causa da gente? Que não tive coragem de pedir a Isabella um pouco de seu sangue?

– Pois trate de achar esse momento. –disse se levantando e guardando alguns papéis- Sabe que se não se alimentar dela terá que ser com as donates e melhor seria se fosse de Isabela para fortalecer o enlace.- pos uma mão em meus ombros me encarando. – Boa noite.- despediu-se.

Meu pai estava certo. Cedo ou tarde precisaria me alimentar e mesmo achando que meu corpo não aceitaria mais o sangue de outra não tinha coragem de falar com Isabella. Também não podia deixar chegar ao ponto do vampiro me dominar e acabar colocando ela em perigo.

– Não se preocupe tanto Edward, com certeza assim como as outras entenderam, Isabella também entenderá. – disse Jasper dando o ultimo gole na caneca de vinho.- Também vou indo. Essa conta acabou com meus neurônios.

– Que já são poucos. – rebateu Emmet num tom zombador, indo pra fora da sala com ele.

– Vá se fuder Emmet! – ouvi Jasper reclamar.

Acabei com a garrafa de vinho e resolvi me deitar; não ia adiantar muito ficar remoendo isso. Amanhã ou melhor, hoje era um novo dia e falaria com ela depois.

Ouvi a voz de um anjo me chamando. Um toque quente no meu braço e aquele aroma que fez minha boca encher de veneno ajudou-me a despertar por completo. Fitei Isabella que me encarava de modo duvidoso. Estava em meu quarto e embora não tivesse tirado os olhos dela pela visão periférica vi que ainda era alta madrugada.

Sentei na cama tentando confirmar pra mim mesmo que estava sonhando.

– Querer falar Edward – a voz doce e macia disse.

– Isabella?- certifiquei-me - Algum problema? – meu sentido alerta automaticamente ficou ligado. Não devia ter tomado tanto vinho ontem ou será que foi agora pouco? Sei lá. Olhei pro lado a procura de minha espada e mesmo que o quarto estivesse muito escuro já a tinha visto. Ia me levantar quando ela com a palma da mão me empurrou levemente contra o dossel da cama.

– Edward não querer Isabella?- perguntou e notei que sua voz estava chorosa.

– Bebê – você está chorando?- bastou eu acabar de perguntar para soluços saírem da boca de Isabella. Não pude resistir e a puxei em direção ao meu colo.- Por que chora bebê? Porque?- perguntei enquanto a ninava.- Alguém fez alguma coisa com você? – indaguei preocupado.

Não podia sair assim e deixar Isabella naquele estado mais assim que ela se acalmasse ia atrás de quem fez com que minha cigana chorasse.

– Edward não querer Isabella. – voltou a dizer e só agora prestei atenção ao que dizia.

– Como assim Isabella, eu não quero você? – perguntei a virando para que ficasse de frente pra mim. – Sabe que eu só quero você. Eu disse ontem não se lembra? – passei os dedos em seu rosto enxugando suas lágrimas - Você é minha vida.

– Edward não querer sangue – disse mostrando o pulso pra mim.

– Ahhh – soltei um suspiro surpreso. As irmãs provavelmente falaram com ela do que aconteceu e ela deve ter ficado assim por que não pedi seu sangue. Como fui burro. Tinha vontade me socar. Por minha causa meu bebê ainda se debulhava em lágrimas.- É claro que quero Isabella. Eu só fui um idiota e não queria agir precipitado, tive medo de assustá-la.- falei por fim.

Isabella agora mais calma, passou a mão no nariz que já estava vermelho devido ao choro. A encarei e seus olhos tinham um brilho estranho, quase que ... malicioso. Por um momento me senti tonto e sem que eu percebesse ela abriu as pernas colocando uma de cada lado do meu corpo. Fiquei em choque sem saber o que fazer. Braços pequenos circularam meu pescoço e minha respiração a esta hora estava tão pesada que saia ruidosamente pelo quarto. Sem meu consentimento, minhas mãos apossaram-se da fina cintura de Isabella trazendo-a de encontro ao meu corpo.

Uma boca quente, muito quente se apossou da minha. Sem pedir permissão a língua de Isabella encontrou a minha e numa dança envolvente nossos corpos caíram na cama. Eu por cima dela e ela ainda com as pernas enroscadas em minha cintura. Minhas mãos possessivas começaram a explorar seu corpo pequenino e macio.

– Ahhhh - soltei um gemido quando minha mão tocou um de seus seios. Minha cabeça parecia que iria explodir a qualquer momento. Algo me dizia que era para parar mas não estava conseguindo raciocinar direito. Minha calça estava muito apertada e algo clamava por liberação. Isabella também percebeu e uma de suas mãos apertou de leve minha nada discreta ereção.

Nessa hora meus olhos caíram no pescoço de Isabella onde mostrava a pele alva e uma veia a mostra revelava o bombear do seu sangue. Minha boca encheu de veneno e sem mais me conter a mordi.

Ahhh seu sangue era maravilhoso. Um néctar dos deuses; puro, doce, feito especialmente pra mim. Meus quadris ganharam vida própria e começaram a se movimentar em direção ao corpo de Isabella. Não faça isso, não faça isso, minha mente ordenava e meu coração dizia que algo estava errado. Ela também não estava me ajudando com seus movimentos intensos de vai e vem, friccionando nossos sexos.

Pare Edward. Pare. Minha mente mandava mas meu corpo não obedecia. Sugava com vontade o sangue de Isabella na medida que bombeava sob a calça o sexo dela.

De alguma forma ela se contorceu e suas mãos trabalharam firmes tirando meu membro pulsante e duro pra fora da calça.

– Eu não vou conseguir lidar com isso.- disse reunindo uma força hercúlea para parar aquilo. Seu dedo macio passou pela ponta da cabeça de meu membro espalhando o liquido que saia. - Por favor Isabella... - gemi já sem controle. Ela parou na mesma hora me empurrando para que saísse de cima dela. Ainda desnorteado com o furacão de sensações que sentia a fitei.

– Meu nome é Nadja. – respondeu com um sotaque diferente.



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Notas finais do capítulo

Shiiiiii.... e agora gente? Bem na hora do bem bão acontece isso. Quando Edinho pensou que fosse molhar o biscoito com o bebê eis que surge Nadja....... O que será que os aguarda?
Nadja a declarar......kkkkkkkkkkkkkkk desculpe não podia perder a piada.
Perceberam que Edward sentiu na hora exata quando Isabella deu lugar a Nadja, só que ele tomado pela sede e desejo aliado aos encantos da semideusa não conseguiu se controlar mas..... deixa pra lá, ou melhor para os próximos capitulos rsrsrsrs.
Espero que tenham gostado... eu amei, principalmente porque as ciganas começaram a abrir o bocão. E Esme super nervosa não deixou pedra sobre pedra kkkkkkkk, mas sou suspeita pra falar rsrsrsrs
Aguardo coments e recomends como sempre agradeço de coração a todos que dão um tempinho dizendo o que acharam.
Um grande bjo no coração de todos e se não der pra postar até lá, desejo um excelente Natal cheio de amor, família e muita comida boa e não se esqueçam se quiserem me dar um presentinho pode recomendar a fic .....eu aceito rsrsrsrs
Um grande bjo e inté............