Ciganos Vampiros escrita por Titina Swan Cullen


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

oieeeeeeeeee,
aproveitei umas partes de minha outra fic para explicar melhor a idéia
boa leitura.........



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Pov Carlisle


– Naquela época nós, vampiros antigos, não éramos muitos e a magia que as semideusas lançaram fizeram efeito apenas nos recém transformados. Meus irmãos e eu havíamos sido transformados a quase 1300 anos e já tínhamos visto muita coisa, mas naquele ano de 2020, nada se comparava ao que a Terra passava naquele momento.

Fiz uma pausa olhando os rostos perplexos de meus meninos, esperava que falassem algo, mais estavam, acho eu, tão chocados que não esboçaram nenhuma reação. Nunca comentei com eles essa parte da minha vida; sentia vergonha pelo meu irmão e ainda me doía muito relembrar.

Soltei um suspiro que sequer sabia que prendia e continuei a contar-lhes um pouco mais.

Flashback On

–Viviamos na Inglaterra, ou o que tinha sobrado dela; era até então governada pela rainha Elizabeth I e seu filho Charles; ali haviam poucos vampiros sendo os mais antigos meus irmãos e eu.

Após o comando dado pelas tais semideusas sobre os vampiros, os humanos que ali residiam não sabiam de nós e vezes ou outras recebíamos visitantes que ao chegar logo eram informados de nossa presença no local e o modo que deviam agir pelos outros vampiros, que ficavam estrategicamente nas fronteiras.


Agiamos assim devido a caça desenfreada pelo sangue humano. O comando dado por elas fazia efeito apenas nos recém criados que infelizmente ainda não possuíam o controle da sede e que de pouquíssimos passaram a quase totalidade. Qualquer foco de cidade, com aglomerações, era logo dominado por eles.

Meus irmãos e eu intervínhamos tentando ensiná-los que era sim possível ter controle sem matar, mas quando encontrávamos resistência os expulsávamos ou quando não, o destruíamos.



“Éramos contra isso, mas não podíamos deixar que tirassem vidas inocentes humanas, mesmo sob a magia das semideusas.



“Mesmo assim ainda tínhamos controle da situação. Os recém transformados ficavam em nossa casa, sendo vigiados até assumirem o controle total da sede e saiam para alimentar-se apenas acompanhados dos mais antigos.



“Na época não entendia como, mas os humanos souberam onde estávamos. Vieram atrás de nós não só os daquela região, mas outros vindos de vários lugares e na casa haviam inúmeros recém transformados.



“Tentamos falar com os humanos de que seria fruto da imaginação deles; implantar o comando em suas mentes, mas não houve jeito, algo impedia do comando fazer efeito. Fomos atacados e com nossa velocidade vampirica nos escondemos.



“Eram muitos e simplesmente derrubaram o local repleto de recém transformados. Como nossa força é mil vezes maior que a do humano houve uma verdadeira carnificina na época. Tentamos impedi-los, mas a situação fugiu do controle. Através do poder de telepatia chamei os mais antigos que estavam em locais mais afastados ou de outras regiões para ajudar, mas já era tarde.


“Eles não conseguiam se controlar e com tanto sangue ao redor tornou-se ainda pior. E quando parecia ser o fim dos humanos naquela região de alguma forma, inacreditavelmente, os vampiros que estavam no interior da casa pararam de atacar. Os homens percebendo que não mais reagiam, atacaram com madeiras e lanças banhadas em veneno lançando os corpos ao fogo.



“Meu irmão Aro fugiu prevendo já nossa morte iminente, já Caius e eu entramos na casa tentando salvá-los, pois nem todos estavam agindo daquele modo por querer, alguns já haviam aceitado nossa ajuda para controlar a sede.



“Mas em determinado momento algo como uma força invisível nos paralisou. Entendia agora porque os vampiros não atacavam; estavam paralisados com algo. Caius e eu também fomos alvos fáceis sendo logo atingidos.



“Por estar um pouco afastado vi meu irmão logo ser estraçalhado e jogado na enorme fogueira no meio da sala. Tentava me mover ou falar, mas nada podia. A grossa fumaça atingiu o teto e rapidamente senti o cheiro dos corpos de meu irmão e dos outros sendo queimados. Nessa hora senti muita raiva, verdadeiro ódio e jurei que se saísse vivo todos os humanos pagariam por isso.



“A energia que me paralisava começou a sugar minhas forças e ainda pude ver a multidão se dirigindo para meu lado com o intuito de ferir-me. Senti os golpes e a dor era muito intensa e antes de desmaiar vi rostos femininos belíssimos atrás dos homens que me atacavam, elas estavam sorrindo e logo vi que eram as semideusas.



“Acordei com algo gelado sendo passado em meu rosto, parecia um ungüento. Uma velha senhora estava ali passando aquilo em mim. Como sou um vampiro não tinha mais ferimentos em meu corpo, apenas a exaustão.

– Não preciso disso! - falei rispidamente para a senhora tirando aquela gosma de mim. Estava muito fraco e apenas por sentir seu cheiro a sede aumentou me fazendo salivar.



– Eu sei quem você é. – ela respondeu com uma voz baixa. – Esme! - chamou.



“Uma belíssima menina de cabelos encaracolados cor de mel e rosto com formato de coração, veio até nós. Trazia uma vasilha de madeira nas mãos e imediatamente minhas narinas inflaram sentindo o doce cheiro do sangue.

“Mesmo fraco meu corpo atacou ferozmente o pote nas mãos da menina. A velha senhora apenas sorriu enquanto a menina olhava com temor para mim. Bebi o sangue rapidamente ainda lambendo os resquícios na vasilha.



“Já saciado momentaneamente, pude perceber onde estava; era uma caverna bem escura e alta; apenas com uma fogueira no meio. Haviam outras pessoas lá, estavam mais afastadas vasculhando o local que pelo visto era novo não só para mim; pareciam não notar o perigo que corriam com minha presença ali.



– Porque esta me ajudando? - perguntei largando a vasilha no chão.



– Algo muito ruim vai acontecer, - disse com voz macabra. - não posso deixar minha neta sem proteção.



–Não entendo do que está falando. – me levantei indo em direção a saída da caverna.



– As criaturas que tiraram sua força, eu posso vê-las.- aproximou-se de mim - Eu sei tudo o que pretendem fazer. – seus olhos nublados me fitaram.



– Por acaso é uma delas, bruxa? – falei me virando para ela. Já tinha ouvido falar dessas mulheres que usavam poções e hipnotizavam homens e que se consideravam também como seres místicos.



– Assim como você sou humana porém tenho alguns dons. – pôs a mão num dos bolsos do longo vestido tirando de lá uma pedra brilhante. Na mesma hora a pedra transparente mudou a cor para o vermelho intenso - não sou porque quero, mas trata-se de uma herança familiar.



–Não sabia que fazer alguns truques de magia era considerada uma herança familiar. - respondi sarcasticamente.



– Não somos iguais a elas; somos feiticeiras legitimas, nossa magia embora muito poderosa não é suficiente para acabar com elas. É passada de geração em geração.



Olhei Esme que voltara para junto das outras pessoas.



– E ela - apontei com a cabeça- também é uma bruxa?



– Ainda não; mais um dia será. - olhei novamente para a senhora. Levar uma menina comigo somente me atrapalharia na vingança pelo meu irmão fora que ainda tinha Aro. Não sabia onde ele estava e queria encontrá-lo, saber como estava.



– Não posso ajudá-las. –falei friamente.



– Eu salvei sua vida, me deve isso! – olhei-a novamente.



– Bem lembrado, como conseguiu me salvar? – desconfiei - O que me garante que não é um plano daquelas mulheres para saber onde estão os outros.



– Como lhe disse, nossa magia é poderosa. -.jogou a pedra no alto e ela transformou-se em um pássaro. - Fique conosco e só assim juntos conseguiremos destruí-las.



– Ficar com vocês? – era só o que me faltava. -você apenas me disse para salvar a menina. – apontei para Esme.



– E é isso que fará; na hora certa apenas a salvará. – olhei para a caverna escura e lembranças de meu irmão sendo aniquilado passaram em minha mente. Talvez até entendesse o que essa avó queria mais como ajudá-las?



– Correm perigo comigo aqui- bati em meu peito – não apenas pelo que sou, mas também porque logo aqueles homens virão atrás de mim.


–São elas que estão controlando os homens, lobisomens e vampiros. Para destruir-nos. – sentou numa pedra próxima a fogueira - Nesse mundo, um precisa do outro para sobreviver; assim como você precisa dos humanos para se alimentar. Essas criaturas precisam de nós para manter o equilíbrio ao seu redor. – franzi a sobrancelhas não entendendo essa história de equilíbrio.



– O que quero dizer é que essas criaturas não podem matar nós seres místicos. Por isso usou os homens para nos atingir. Se elas matarem um de nós, com suas próprias mãos, perderão o poder que possuem.



– Até onde eu sei elas querem apenas transformar um exercito de homens em escravos para seu harém. – disse duvidoso - Não seria mais fácil destruir tudo de uma vez e dominar logo essa maldita Terra? - falei exasperado.



– Elas não podem agir tão de repente assim, além do mais não é isso o que elas querem. Elas prezam apenas pelo desejo carnal, luxúria e é isso o que as alimenta. Além do que ainda devem satisfação aos guardiões, que pelo visto não sabem o que elas tem feito. E temos sorte delas ainda não saberem do dom que possuem.- sorriu- por isso precisamos antes de mais nada falar com eles.



– Os Guardiões? – perguntei. Sabia que as coisas funcionavam como se fosse uma hierarquia . Os guardiões estariam no topo desta cadeia, eram como semideuses; mas nunca soube de interferirem na vida aqui. Estavam lá apenas como lembretes.


– Sim...elas são as ultimas da linhagem deles, dos protetores do universo. Elas possuem a essência de cada um deles; um poder tão grande, tão grande mais que de algum modo ainda é desconhecido para elas. Se cair em mãos erradas se tornará um problema não só nosso mais também deles.


– E o que está esperando para falar com eles?– indaguei.


–Preciso de todos os seres juntos; humanos e místicos para abrir o portal. - Levantou-se ficando de costas para mim. - Assim poderei falar com os guardiões e saber por que permitiram que isso acontecesse.



–E porque acha que elfos e fadas irão nos ajudar?- questionei.


– Não conto com a boa vontade deles...- Sorriu como se sentisse já a vitória.-Tenho meus próprios métodos de persuasão.



–Mas e porque eu e não outro? Existe mais vampiros por ai.-lembrei-a.



–Eu preciso de um representante de cada raça, de um líder.



–Não sou um líder.



–Eu vejo, lembra-se? – me encarou - Você é destinado a liderar; é um rei.



“Fechei os olhos e suspirei pensando. Depois de um tempo oscilando em o que ser verdade e o que era fruto da minha imaginação, acabei ficando com eles. Saímos da caverna à noite e logo a tarde do outro dia estávamos em outro local.


“Assim fizemos por vários dias seguidos, não estava cansado, mas com certeza eles estavam. Havia homens, mulheres e crianças. Iam se revezando sempre fazendo feitiços, que segundo a velha senhora, seria para despistar as semideusas. Diziam ter que esperar até certo alinhamento de estrelas para poder evocar o feitiço.


“Nenhum dos bruxos demonstrou medo de mim a não ser Esme, que sempre que possível mantinha-se afastada de mim. Queria muito sair dali e voltar para buscar a vingança, mas as ciganas, acho eu, conseguiam ter algum controle sobre mim me fazendo ficar ali. Meus dons conseguiam ver a alma deles e sentia que não estavam agindo com o intuito de vingança e sim prezavam pelo bem.


“Depois de tanto tempo acabei me afeiçoando a eles, principalmente a Esme. Embora tivesse quase dois mil anos aquele sentimento era novo para mim. Sabia muito bem que não podíamos ter companheiras e meu maior medo era de te-la e depois com os anos, a idade a levasse de mim.


“Nunca havia sentido isso por ninguém, mais nós sombrios quando queremos algo nada nos impede. Não queria lhe fazer mal, mas não podia mais resistir. Dessa forma acabei seduzindo Esme; lancei o comando levando-a num lugar um pouco afastado, não muito, dos outros.


“Declarei todo meu amor a ela e mesmo sabendo que por vontade própria não retribuiria, beijei-a. Desde aquele dia sempre nos encontrávamos, ela sempre me retribuía sob o comando. Nunca tínhamos nada alem de beijos.

“Os dias se passaram e chegou finalmente a noite do tal alinhamento. Um velho cigano estava ao meu lado, seguido por um homem muito barulhento, depois uma menina muito miúda e um garoto com feições pra lá de esquisita que pareciam em transe, com certeza estavam enfeitiçados; juntos os cinco seres, representantes de cada raça, formávamos um pentágono e ao centro a bruxa.

“A hora de um novo portal se aproximava, a feiticeira lançou algo na fogueira que estalou lançando faíscas azuis brilhantes na noite. Com uma tinta escura rabiscou o chão com um formato de estrela onde cada um de nós era uma das pontas.


“Pediu que todos se concentrassem, fechamos os olhos e o elfo e a fada que já estavam prá lá de Bagdá, apenas continuaram parados. Começou a murmurar palavras desconexas girando as mãos no ar lançando muito mais do pó azul. De repente senti como minha alma saísse de meu corpo embora continuasse ali parado, sem forças para me mover via tudo o que acontecia.


“Todos os lideres começaram a flutuar e feixes de luzes saíram de nossos olhos. Todos se transformaram assumindo sua forma verdadeira; o homem barulhento virou um enorme lobo, a pequenina menina virou uma minúscula fadinha, o garoto esquisito se revelou um robusto arqueiro do povo élfico; senti meus ossos estalarem e meu corpo triplicar de tamanho me transformando no ser sombrio.


Um espelho grande e transparente surgiu na frente da feiticeira e de lá algumas vozes nada satisfeitas reclamaram:

– COMO SE ATREVEM?- perguntaram com a voz de trovejante.- JÁ DISSEMOS QUE EM SEUS PROBLEMAS NÃO PODEMOS MAIS INTERFERIR.


–VOCÊS ESCOLHERAM ASSIM! – disse a outra voz.


– Eu posso explicar – disse a bruxa e na minha mente a vi passar imagens dos acontecimentos de tudo que nós vínhamos sofrendo desde a vinda das tais semideusas.


– Não podemos permitir isso. – começou um deles sendo logo interrompido por outro.


– Elas deixaram que o mal as dominassem...


–Temos que agir rápido...


– Antes que elas descubram....


Eles falavam todos ao mesmo tempo se tornando um amontoado de falas desconexas


Não sei onde estava, mais via a bruxa ao meio compenetrada na profusão de vozes e cores. Após algum tempo eles se voltaram para ela.


– Erramos ao permitir que elas viessem para cá e muito mais deixando-as viveram aqui. Iremos intervir por vós nessa guerra que não só é de vocês, mas também nossa, o que será feito com a magia que elas lançaram fica a cargo de vocês, criaturas terrenas, decidirem.


– Tragam-nas.- Dizendo isso um amontoado de luzes saiu do portal em disparada pelos confins da terra para segundos depois voltarem com as semideusas presas em correntes de luzes.


Elas tentavam em vão se soltar até que um brado as paralisou.


– Desonraram a nós seus pais e toda essa raça a qual disseram admirar.



– A...- tentaram falar.


–CALEM-SE! – gritaram não deixando que elas nada dissessem. - Condenamos ao esquecimento eterno já que com a morte poderiam voltar reencarnadas. Perdem esse corpo carnal e nenhum outro os terá...- enquanto as palavras eram ditas, o corpo delas tornavam-se transparentes; vi elas se desesperarem mas nenhum som era ouvido de suas bocas. Apenas se debatendo nas prisões invisíveis. - Viverão para sempre no limbo eterno e de lá jamais sairão...


Então algo muito rápido aconteceu; um homem com feições conhecidas a mim, pulou no centro da estrela desenhada, seguido por outros homens que seguraram os ciganos que estavam mais próximos. Ergueu uma espada perfurando as costas da a feiticeira deixando-a caída no chão. Em seguida lançou a espada no portal quebrando a conexão.


–... a não ser que seu próprio sangue as libertem. – dizendo isso jogou um punhado de ervas na imagem translúcida das semideusas que desapareceram.

Queria me mover, correr para socar a cara daquele infeliz mais não conseguia me mexer; ele girou nos calcanhares ficando de frente para mim e um sorriso de desprezo brotou em seu rosto.


– Ora Carlisle,- Aro lamentou-se - sempre se unindo a ralé.- disse me dando as costas sendo seguido por seus comparsas.


Usei uma força sobre humana para em mover mas continuava inerte no ar junto com os outros. Esme e as outras, agora libertas corriam em nossa direção. Ela segurou a cabeça da avó no colo tentando de alguma forma prolongar seus últimos momentos. Com a voz rouca e quase sem vida a velha cigana murmurou algo para a neta.


– Não...não posso – ouvi Esme negar veemente.


– Se não fizer todos vão morr.....- sua voz rouca falhou sendo silenciada para sempre.


Esme se levantou sacudindo a longa saia e com as costas das mãos secou as lágrimas.


– Que assim seja feito então.- disse numa voz tão suave e com intenso contraste com a situação que estavamos. Ela uniu as mãos com força no centro e um sonoro tapa foi ouvido servindo de introdução. –Eu Esme Yngji, herdeira de Fedora Yngji, amaldiçôo a todos os vampiros e humanos pelo sangue inocente derramado. De agora em diante sobreviverão um em favor do outro, com o enlaçamento das almas.Vampiros jamais poderão enlaçar-se a força com seu companheiro, ele deve te querer e só ele te livrará do enlace, caso contrário até certa idade, pagará com a própria vida.


Ao dizer estas palavras bateu palmas mais três vezes e caiu desacordada ao lado do corpo sem vida da avó. Nossos corpos, ainda suspensos, caíram e senti minha alma sendo puxada novamente de encontro a ele.


Flashback off


Pov Jasper


– Então quer dizer que foi você que amaldiçoou a gente?- perguntei para minha mãe.


– Eu não me lembro de nada daquela noite.- disse com a voz triste - Tudo que sei foram seu pai e os outros que me contaram.


– Acho que talvez ela tenha sofrido algum tipo de bloqueio naquele dia. Desde então todos os dons que nós vampiros possuíamos desapareceu e então o enlace passou a ser feito. Os países foram dominados por cada um preservando pelo bem dos seus e aqui, na remota terra coberta pela desolação, eu e aquele povo formamos Darting. Alianças foram formadas e desde então procuro ter informações sobre Aro, sabia que ele tentaria de algum modo trazê-las de volta mas somente com o feitiço de magia negra dos mortos; e isso ele não saberia.


– Como pode ter tanta certeza?- questionou Edward.


– Todo esse tempo busquei informações e aqui comigo está a única feiticeira capaz de evocar esse feitiço.- lançou um olhar amável a minha mãe.


– Quer dizer... minha mãe?- perguntou Emmet contrariado- Por que nunca nos disse isso?


– Foi para protegê-los. Não sei o quanto Aro sabe sobre isso e se ele souber que os únicos herdeiros capazes de fazer isso ainda estiverem vivos....- Jamais me perdoaria.


Assenti formando uma linha fina com meus lábios. Senti muita pena de meu pai e tudo que ele devia sentir com relação a esse irmão.



– Mas pelo que falaram – Emmet quebrou o recente silencio -teria que ser o próprio sangue, as tais semideusas tiveram filhos?



–Pelo que sei não e é aí que entram as meninas, – disse meu pai - de algum modo elas tem relação com as outras.


– O que importa é que elas estão seguras aqui conosco e o que quer que Aro quisesse fazer com elas não conseguirá mais. – disse Edward.


– Mesmo assim sinto como se algo faltasse- disse preocupado – como se algo ainda não encaixasse.


– Ah cara de novo não... você sempre encafifa com alguma coisa.- Emmet disse balançando no lugar com cara de não acredito!


– Não é preciso se preocupar...- sorriu Zafrina - apenas temos que firmar o enlace final. Dessa forma as almas delas ficam unidas para sempre com as suas e Aro não terá brecha para usá-las.


– Então vamos logo marcar a data – disse esperançoso puxando Alice pra mais perto. Não via a hora de tomá-la como esposa.


– Tyje... – Alice balançou os braços na minha frente chamando minha atenção- suntem încă în așteptare. (Ei.... ainda estamos esperando).


– După toate vorbesc atât de mult? -disse Isabella encarando Edward.( Afinal o que tanto falam?)


– Putz - Emmet deu um tapa na testa- nos esquecemos da tradução para elas.


Olhei para elas e estavam verdadeiras feras.


– Quem vai começar a explicação- disse Emmet olhando de minha mãe para Zafrina.


Um silvo do ar assoviando pelo vaso que caia encheu a sala. Passou despercebido pela minha mãe e nossas companheiras mais não para nós que viramos no momento exato que Leah o pegou antes que tocasse o chão.


– Me desculpem, só vim avisar que Jacob chegou. – ela disse e seus olhos percorreram nossas prometidas de modo duvidoso.


–Jacob nunca precisou nos avisar de sua chegada. – Edward disse desconfiado com olhos fixos em Leah.


– Não queria atrapalhar, com licença. – disse se virando mais minha mãe a chamou.


– Espere Leah, vamos com você. – ela ficou de costas para Leah e piscou um olho pra gente. – Minhas noras precisam descansar e depois eu converso com elas. Hai fetelor, hai să chat room.– (Venham meninas, vamos conversar no quarto).


– Ahhh nu poate! – disse Alice de forma infantil batendo os pés com as mãos na cintura.Tentei envolver suas pequenas mãos para acalmá-la e ela se desvencilhou com um safanão.( Ahhh não é possível!)


– Sunteți de rulare în!– Rosalie pontuou dando uma cutucada forte no peito de Emmet. (Vocês estão nos enrolando!)


– Numărarea sau nu vom afla cine Ascunde!– disse Isabella se afastando de Edward. (Contando ou não vamos descobrir o que escondem!)


–Amor!- dissemos os três juntos mais elas já estavam atravessando a porta.


– Elas tem um gênio!- murmurou minha mãe nos deixando com cara de babaca.


–Que merda, tudo contribuí para que fiquemos afastados delas.- disse jogando um dos travesseiros num canto- Desde de que chegamos não foi possível passar um tempo juntos.


– Se elas não nos aceitarem, nunca iremos ter esse enlace final.- Edward disse exasperado.


– Algum problema Zafrina? – meu pai perguntou e olhamos para ela. Continuava no mesmo lugar só que seus olhos fitavam a porta.


– Nada de importante. – as palavras não combinava com sua expressão; ela parecia pensativa demais.


– Tem certeza?- perguntei.


– Eu...- hesitou – não tenho certeza ainda mais quero que saibam que gosto muito dela...- abaixou os olhos enquanto as palavras começaram a fluir tão rápido que tive de me concentrar para acompanhar seu raciocínio.- Apenas pareceu-me algo errado com ela. Por enquanto, – levantou o olhar nos encarando - por enquanto não confiem na Leah. – sua voz baixa era ansiosa.






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Notas finais do capítulo

Gentéim......
Como estão? Amei os coments do cap anterior mas algumas leitoras acharam um pouco confuso e sei que é verdade porque minha cabeça é crazy de pedra, kkkkkkk
Por isso me desculpem florzinhas; precisei abordar este assunto para começar a desenvolver a nova etapa das ciganas que no capitulo que vem vão soltar a língua rsrsrsrs...vou tentar esclarecer um pouco mais.
Relembrando: a fic se passa no ano de 2325. Quando ocorreu a ultima batalha que resultou na morte de quase todos os humanos foi em 2020, quando as pessoas nômades, ciganos, que sobreviveram por viverem afastadas das grandes cidades. Lançaram uma maldição, um feitiço nos vampiros os obrigando a respeitarem os poucos humanos onde eles passaram a depender um do outro seja pelo sangue ou pela proteção contra aqueles que não se importavam com a própria morte ou a vida humana; as ciganas são descendentes diretas das semideusas; elas queriam ser adoradas pelos homens vivendo na luxuria e pelo controle do desejo carnal nos homens, quando não conseguiram ter esse controle em todos, agiram por ódio colocando vampiros e todas as outras criaturas contra os humanos e vice versa; foram aprisionadas no limbo do esquecimento onde deverão ficar para sempre pois não tiveram a morte, e sim seus espíritos aprisionados lá; mas Aro achou um modo de resgatá-las e comandá-las já que elas possuíam o maior poder de todo o universo e assim ter o domínio de todos aos seus pés, já que, quem as libertar as dominará; MASSSSSSS LEMBREM-SE o feitiço para tirá-las do limbo só pode ser feito por outro feiticeiro com o mesmo sangue delas, somente o mesmo sangue te livrará, ok? Acho que já falei d+ e agora deu pra entender um pouco... ou será que ficou mais confuso rsrsrsrs
Segredos sendo revelados, então foi a Esme a poderosa feiticeira que lançou a maldição au-au, eu sabia kkkkkkkkkkk
E o que será que Leah estava fazendo ali? Coitada gente, já estão pensando maldade dela...ela é tão P U R A kkkkkkk
Espero que tenham gostado e logo teremos mais um capitulo... muito obrigada a todos pelas reviews e o carinho dedicado; aguardo maisssssss. Um grande bjo e inté.......



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