My Exile escrita por MellyP, Mary Jane


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Oi! Vocês não imaginam o quanto orgulhosa estou do desempenho da fic! Eu pensava que não iria ter um único comentário, mas mais de 50 comentários nos primeiros sete capítulos era algo que eu nem ousava pensar alcançar.
Espero que gostem do capitulo, nas notas finais tenho uma notícia muito triste, por favor LEIAM.



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Capitulo 8-

Depois da aula de Educação Física, que apenas consegui sobreviver graças a um garoto legal chamado Mike Newton, ele nobremente cobriu a minha posição e a sua própria, então eu só saia da minha posição quando era a minha vez de sacar.

O meu time se abaixava e saia do caminho sempre que era a minha vez.

A chuva era só uma névoa quando eu caminhei para o estacionamento, mas eu estava mais contente quando eu entrei na cabine seca. Eu liguei o aquecedor e baixei o zíper do meu casaco, baixei o capuz e afofei meu cabelo para que o aquecedor o secasse no caminho pra casa.

Eu olhei ao redor pra ter certeza de que o caminho estava limpo. Foi aí que eu vi a figura ereta, branca. Edward Cullen estava encostado na porta do seu Volvo á três carros de distância de mim e olhando atentamente na minha direção.

Eu rapidamente olhei pra longe e dei a ré na camionete quase batendo num Toyota Corolla na minha pressa.

Travei o mais rápido que pude. O meu carrinho era demasiado lindo para ficar já com uma amolgadela. Eu respirei fundo, olhando pra fora pelo outro lado do meu carro, e cautelosamente tirei o carro, com mais sucesso.

Eu olhei direto para a frente quando eu passei pelo Volvo, mas pela minha visão periférica, eu poderia jurar que vi ele rindo.

A fúria me dominou, quem é que aquele vampiro pensava que era para se rir de mim? Sem pensar nas minhas ações soltei:

- Sanguessuga dos diabos!

Só depois percebi a borrada que tinha feito, as sobrancelhas de Edward se uniram e ele cambaleou. Forcei o motor do carro o máximo que pude, fazendo com que o motor rugisse furiosamente e fazendo-me desaparecer pelas ruas de Forks.

Fui pegar meu bebé à creche, hoje estava muito bem-disposto, embora a senhora que lá trabalha tenha olhado para mim com uma carranca, provavelmente por eu lhe ter arrancado Lukas das mãos e a ter ignorado.

Só em casa é que as consequências das minhas ações me atingiram. Eles podiam descobrir que eu sabia do seu segredo e decidir matar-me para o manter. O que seria de Lukas aí? Claro que os Cullen pareciam simpáticos, mas continuavam a ser vampiros, desesperados por manter o seu segredo.

Dei de mamar a Lukas ainda a tremer, eu era uma irresponsável, uma grande irresponsável…

POV EDWARD

Ou eu estou com mania das perseguições ou esta garota sabe mais do que deve. Espero ardentemente que seja a primeira opção. Decido ir a casa dela esta noite, ver se encontro algo de suspeito.

Primeiro vou caçar, não posso arriscar perder o controlo com ela tão perto de mim. Cacei três cervos e dois leões da montanha e quando acabei senti-me um pouco ensopado, mas vale a pena.

Corri até à casa dela já era 2h 30m da manhã. Tentei abrir a janela do quarto dela, mas estava demasiado enferrujada e fez um pequeno barulho a abrir, olhei ansiosamente mas Bella não tinha acordado.

Entrei suavemente no quarto, só aí reparei que apesar de Bella não ter acordado, outra pessoa tinha. O filho dela, Lukas, me encarava do seu berço.

Aproximei-me dele devagar, mas o pequeno não começou a chorar, apenas continuou a fixar-me com uns olhos verdes muito arregalados. Sorri para ele, e Lukas levantou uma mãozinha para mim. De Bella só tinha a cor do cabelo, que era igual ao dela, devia ter cerca de oito meses.

Invulgares eram as crianças que se aproximavam dos da minha espécie, pressentiam que não eramos normais e este pequenino era extremamente invulgar.

Reparei também nas fotos no criado-mudo tinha duas fotografias, uma dela e de Lukas, ainda na maternidade e outra de Bella, linda com uma barriguinha de sete meses, com um jovem, extremamente alto, loiro, atlético, com pele dourada bronzeada pelo sol e olhos verdes. O garoto beijava-lhe a barriga descoberta.

Não precisei de pensar muito para descobrir quem era. Era o pai de Lukas e não havia como o negar. Se a minha memória não me falhava o seu nome era Mikael e pela sua aparênciamais valia estar escrito Pai de Lukas na sua cara.

Depois a minha atenção se desviou para a verdadeira merecedora deles, Bella. Eu a conseguia ver, as cobertas no chão e os lençóis enrolados por suas pernas. Enquanto eu olhava, ela se virou inquieta e colocou um braço por cima da cabeça.

Ela não dormia profundamente, pelo menos não à noite.

Ela sentiu o perigo próximo?

Fiquei com nojo de mim mesmo quando a vi mexer de novo. O quanto eu era melhor que qualquer outro bisbilhoteiro? Eu não era melhor. Era muito, muito pior.

Relaxei as pontas dos meus dedos, para me deixar cair. Mas primeiro me permiti um longo olhar para o rosto dela.

Não estava tranquilo. A pequena ruga estava entre suas sobrancelhas, os cantos de seus lábios para baixo. Seus lábios tremeram, e então se abriram.

- Está bem, mãe. - Ela resmungou.

Bella falava dormindo.

A curiosidade me invadiu, mais forte que o nojo que tinha por mim mesmo. O encanto que aqueles pensamentos falados, desprotegidos e inconscientes, era incrivelmente tentador.

Alguma vez eu tinha realmente pensado que ela era comum?

Pensei naquele primeiro dia, e meu nojo pelos garotos que ficaram tão rapidamente intrigados por ela. Mas quando eu me lembrei do rosto dela nos pensamentos deles, não conseguia entender por que não a tinha achado linda imediatamente. Parecia uma coisa óbvia.

Nesse momento - com seu cabelo escuro embaraçado e selvagem envolta de seu rosto pálido, usando uma camiseta puída cheia de buracos e uma calça surrada, provavelmente do seu tempo de gestante - ela me deixou sem fôlego. Ou teria, pensei ironicamente, se eu estivesse respirando.

Ela não falou. Talvez seu sonho tenha terminado.

Eu encarei seu rosto e tentei pensar em algum modo de deixar o futuro suportável.

Machucá-la não era suportável. Isso significava que minha única escolha era tentar ir embora novamente?

Os outros não podiam discutir comigo agora. Minha ausência não iria colocar ninguém em perigo. Não teria nenhuma suspeita, nada para levar os pensamentos de ninguém de volta ao acidente.

Eu vacilei como tinha feito esta tarde, e nada pareceu possível.

Não podia esperar ser rival dos meninos humanos, quer esses garotos específicos a atraíssem ou não. Eu era um monstro. Como ela me podia ver de qualquer outro jeito? Se ela soubesse a verdade sobre mim, iria assustá-la e repulsá-la. Como a vítima em um filme de terror, ela iria correr, gritando de horror.

Lembrei-me do primeiro dia dela na aula de biologia… e soube que essa seria exatamente a reação certa para ela ter.

Era besteira imaginar que se fosse eu quem tivesse a convidado para esse baile bobo, ela teria cancelado seus planos feitos em cima da hora e concordado em ir comigo.

Não era a mim que ela estava destinada a dizer sim. Era para alguma outra pessoa, humana e quente. E eu nem podia - algum dia, quando ela dissesse sim - me deixar caçá-lo e matá-lo, porque ela o merecia, quem quer que fosse que tivesse escolhido.

Eu devia a ela fazer a coisa certa agora; não podia mais fingir que estava só em perigo de amar essa garota.

E mesmo assim, não importava realmente se eu fosse embora, porque Bella jamais me veria do jeito que eu queria que ela visse. Ela nunca me veria como alguém que merecesse ser amado.

Nunca.

Um coração morto, gelado, podia ser despedaçado? Parecia que o meu podia.

- Edward. - Bella disse.

Eu congelei, encarando seus olhos fechados.

Ela tinha acordado, me visto aqui? Ela parecia adormecida, mas sua voz tinha sido tão clara…

Ela suspirou calmamente, então se moveu inquieta outra vez, rolando de lado – ainda dormindo e sonhando.

- Edward. - Ela murmurou suavemente.

Ela estava sonhando comigo.

Um coração morto, gelado, podia bater de novo? Parecia que o meu podia.

- Fique. - Ela suspirou. - Não vá. Por favor… não vá.

Ela estava sonhando comigo, e nem era um pesadelo. Ela queria que eu ficasse com ela, lá em seu sonho.

Eu lutei para achar palavras para nomear os sentimentos que me invadiram, mas não existiam palavras fortes o suficiente para descrevê-los. Por um longo momento, me afoguei neles.

Quando eu emergi, não era o mesmo homem que havia sido.

Minha vida era a meia-noite, sem mudanças, sem fim. Deveria, por necessidade, sempre ser a meia-noite para mim. Então como era possível que o sol estivesse nascendo agora, bem na metade da meia-noite?

No momento em que me tornei um vampiro, trocando minha alma e mortalidade por imortalidade na dor abrasadora da transformação, eu tinha realmente congelado. Meu corpo se tinha transformado em algo mais para pedra do que para carne, permanente e sem mudanças.

Eu mesmo, também, tinha congelado como era - minha personalidade, meus gostos e desgostos, meus humores e meus desejos; todos fixados de um jeito.

Era a mesma coisa para o resto dele. Todos nós estávamos congelados.

Pedras vivas.

Quando uma mudança chegava para um de nós, era uma coisa rara e inalterável. Tinha visto acontecer com Carlisle, e uma década depois, com Rosalie. O amor os tinha mudado de um jeito irremediável, um jeito que nunca mais mudava. Mais de oitenta anos se haviam passado desde que Carlisle achara Esme, e ele ainda a olhava com os olhos incrédulos de primeiro amor. Seria sempre assim para eles.

Seria sempre assim para mim também. Eu sempre amaria essa frágil garota humana, pelo resto da minha existência sem limites.

Olhei para seu rosto inconsciente, sentindo esse amor por ela se acomodar em cada célula do meu corpo de pedra.

Ela dormia com mais calma agora, um sorriso fraco em seus lábios.

Sem deixar de observá-la, comecei a planejar.

Eu a amava, então eu tentaria ser forte o suficiente para deixá-la. Eu sabia que não era forte assim agora. Teria que trabalhar nisso. M as talvez eu fosse forte o suficiente para moldar o futuro de outro jeito.

Alice tinha visto só dois futuros para Bella, e agora eu entendia os dois.

Amá-la não evitaria que eu a matasse, se eu cometesse erros.

Mas eu não conseguia sentir o monstro agora, não conseguia achá-lo em nenhum lugar dentro de mim. Talvez o amor o tivesse silenciado para sempre. Se eu a matasse agora, não seria intencional, só um horrível acidente.

Eu teria que ser extraordinariamente cuidadoso. Jamais, jamais seria capaz de baixar a guarda. Teria que controlar cada respiração. Teria sempre que manter uma distância segura.

Não cometeria erros.

Finalmente eu entendi o segundo futuro. Tinha estado aterrorizado por essa visão - o que poderia acontecer que resultaria em Bella se tornar uma prisioneira nessa meia-vida imortal?

Agora - devastado por desejar a garota - eu podia entender como eu, num egoísmo indesculpável, pediria a meu pai esse favor. Pediria a ele que tirasse a vida e a alma dela para que eu pudesse ficar com ela para sempre.

Ela merecia coisa melhor.

Mas eu vi mais um futuro, uma linha estreita pela qual eu talvez pudesse caminhar, se pudesse manter meu equilíbrio.

 E se eu conseguiria fazer? Ficar com ela e deixá-la humana?

Deliberadamente, inspirei fundo e depois outra vez, deixando que seu cheiro passasse por mim como fogo. O quarto estava cheio de seu perfume; a fragrância dela saía de cada superfície. Minha cabeça girou, mas lutei contra a tontura. Teria que acostumar com isso, se eu fosse tentar ter qualquer tipo de relacionamento com ela. Respirei novamente, deixando o ar me queimar.

Só depois de duas horas a observando é que me lembrei o que realmente devia estar fazendo. Olhei em volta. Não queria tirar os olhos de Bella para fazer algo desinteressante que já sabia o resultado. Não, Bella não sabia de nada, era impossível alguém pensar isso quando visse o seu inocente rosto a dormir.

Olhei também o pequeno, que já havia dormido. Eu iria proteger os dois, e se pudesse seguir o destino de manter Bella humana, ia cuidar de Lukas como se fosse meu filho

Os observei dormindo até que o sol nascesse atrás das nuvens no leste, planejando e respirando.


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Notas finais do capítulo

Oi! Espero que tenham gostado! Eu gosto muito do ponto de vista de Edward, é muito mais profundo do que a Bella, embora eu ame a Bella!
LEIAM (MUITO IMPORTANTE):
Aqui vão as notícias tristes: A minha avó mora nos EUA e está muito doente mesmo, Câncer. As previsões dos médicos são que ela não passe da próxima semana, por isso eu e a minha mãe vamos para lá para passar uns últimos momentos com ela.
No fundo eu estou contente por a ver partir, ela já está sofrendo muito e vai para um sítio melhor. Eu só não quero que vocês desistam da fic, eu me esforcei muito para ela ficar assim, cada capitulo, e não queria ver o trabalho ir por água a baixo.
Beijos a todos os leitores e até para a semana!



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