My Exile escrita por MellyP, Mary Jane


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Desculpem, não pude mesmo postar o capitulo ontem, mas está bastante grandinho para compensar.
A primeira conversa entre o Edward e a Bella. BJJSSS espero que gostem



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Olhei feita parva para ele até a ficha cair. Edward estava de volta. Ele era sedento pelo meu sangue.

Rapidamente virei costas e saí da sala aos tropeções, corri para o meu carro onde me escondi esperei até ao início da aula. Para meu azar a aula era Biologia, a aula em que eu ficava sentada junto a Edward Cullen.

Quando cheguei á sala ele já lá estava sentado na cadeira e quando me aproximei da mesa lançou-me um estonteante sorriso branco, mostrando com perfeição os seus dentes assimétricos.

Sentei-me e ele diz:

- Bom dia Bella. Como se deve lembrar, o meu nome é Edward Cullen.

Tentei dizer oi, mas apenas saiu da minha garganta um som muito similar a um guincho, pelo que eu decidi ficar calada.

Vendo que eu não dizia nada ele decidiu continuar a falar:

- Espero que me desculpe pela minha má educação no outro dia, mas como o meu pai lhe deve ter dito eu não me estava a sentir muito bem e passei o dia em casa doente.

Tentei dizer algo novamente mas só saiu:

- Hum

Mas que droga é essa? Ele é só um homem! Um homem gostosão, deus grego…

Pare nesse instante Bella Swan! Fale como deve ser.

- O seu pai explicou-me quando eu fui com o meu filho ao consultório.

Os olhos de Edward brilharam:

- Então é verdade o que os meus irmãos me disseram, que você tem um filho.

Assenti e disse:
- Você deve se estar perguntando o que uma adolescente de 17 anos faz com um filho.

Ele tentou negar mas acabou afirmando:

- Não que eu pense mal de si, mas sim, eu tenho essa dúvida.

Eu sorri pesarosamente e disse:

- Eu tinha um namorado, bem, na verdade noivo e acabei ficando grávida, e quando eu estava no meu nono mês de gestação Mikael morreu num acidente. Com o choque da notícia tive um começo de aborto, fui logo para o hospital onde Lukas nasceu.

Quando acabei de contar a história Edward me olhava com compaixão. Ainda bem que eu não contei a história completa.

O Sr. Banner começou a aula nessa hora. Eu tentei me concentrar na experiência

que faríamos na aula hoje.

Os slides na caixa estavam fora de ordem. Trabalhando como parceiros de laboratório, nós tínhamos que separar os slides em tipos de raízes das espécies de células das fases da mitose que eles representavam e etiquetá-las adequadamente. Nós não podíamos usar os nossos livros. Em vinte minutos ele voltaria pra ver quem havia acertado.

- Comecem - ele ordenou.

- Primeiro as damas, parceira? - Edward perguntou. Eu olhei pra cima pra vê-lo sorrindo um sorriso tão lindo que eu não podia fazer nada além de olhar pra ele como uma idiota.

- Ou eu posso começar, se você quiser. - O sorriso sumiu; ele estava obviamente imaginando se eu era mentalmente competente.

- Não - eu disse ficando corada. - Eu vou na frente.

Eu estava me mostrando, só um pouquinho. Afinal, eu podia fazer batota, ele é a droga de um vampiro, não tem como errar. Eu já havia feito essa experiência, e eu sabia o que eu estava procurando. Só podia ser fácil. Eu coloquei o primeiro slide no lugar em baixo do microscópio e ajustei a lente para o objetivo de 40 X. Eu estudei o slide brevemente.

Minha avaliação foi confiante.

- Prófase.

- Você se importa se eu der uma olhada? - ele perguntou quando eu comecei a remover o

slide.

A mão dele segurou a minha, para me parar, quando ele perguntou. Os dedos dele eram

frios como gelo, como se ele tivesse colocando-a no gelo antes de entrar na sala de aula, provavelmente ele tinha tocado na neve e a sua pele de vampiro havia conservado a temperatura.

Mas não foi por isso que eu puxei minha mão tão rápido. Quando ele tocou minha mão, eu senti uma punção como se uma corrente elétrica tivesse passado por nós, engraçado, já havia tocado em vampiros antes e nunca nenhum me causara essa sensação.

- Me desculpe - ele murmurou tirando sua mão imediatamente. No entanto, ele continuou tentando alcançar o microscópio. Eu observei ele, ainda vacilante, enquanto ele examinava o microscópio por um tempo ainda menor do que eu.

- Prófase - ele concordou, escrevendo cuidadosamente no primeiro espaço em branco da nossa folha de trabalho. Ele rapidamente trocou o primeiro slide pelo segundo, e então olhou curiosamente para ele.

- Anáfase - ele murmurou, escrevendo no papel enquanto falava.

Eu mantive minha voz indiferente.

 - Posso?

Ele sorriu maliciosamente e me passou o microscópio.

Eu olhei pela lente ansiosamente, só pra me desapontar. Droga, ele estava certo. Mas não havia maneira de não estar, era um pouco injusto eu estar a competir contra um vampiro.

- Slide três? - Eu levantei minha mão sem olhar pra ele.

Ele me passou; parecia que ele estava sendo cuidadoso para não tocar minha pele de novo.

Eu dei a olhada mais rápida que eu consegui.

- Interfase. - Eu passei o microscópio antes que ele pudesse pedir. Ele deu uma olhada rápida e então escreveu. Eu podia ter escrito enquanto ele olhava sua escrita limpa e elegante me intimidou. Eu não queria sujar a folha com os meus garranchos desajeitados de humana.

Nós terminamos antes que qualquer outra pessoa estivesse perto. Eu podia ver Mike e sua parceira comparando dois slides de novo e de novo, e outro grupo tinha aberto o livro por debaixo da mesa.

Isso não me deixou outra alternativa a não ser tentar não olhar pra ele...sem sucesso. Eu olhei pra cima, e ele estava olhando pra mim, aquele inexplicável olhar de frustração nos seus olhos. De repente eu percebi qual era a súbita diferença no rosto dele. Decidi brincar um pouquinho com o vampirão.

- Você usa lentes de contato? - Eu perguntei inocentemente.

Ele pareceu confuso pela minha pergunta inesperada.

- Não.

- Oh - eu murmurei. - Eu achei que havia algo diferente nos seus olhos.

Foi possível ver um rasgo de pânico nos seus olhos que me deu vontade de começar a gargalhar na cara dele, mas não pude.

O Sr. Banner veio até a nossa mesa nessa hora, pra ver porque não estávamos trabalhando.

Ele olhou por cima dos nossos ombros para ver a experiência completa, e então olhar ainda mais atentamente para checar as respostas.

- Então, Edward, você não achou que Isabella podia ter uma chance com o microscópio? - o

Sr. Banner perguntou.

O que é que o velho estava querendo dizer? Que eu era burra incompetente?

- Bella. - Edward corrigiu automaticamente. - Na verdade, ela identificou três dos cinco.

Sr. Banner olhou pra mim agora, sua expressão era cética.

- Você já fez essa experiência antes? - Ele perguntou.

Eu sorri timidamente, ainda furiosa

 - Não com raízes de cebola.

- Blástula de peixe branco?

- É.

Sr. Banner concordou com a cabeça. - Você estava numa colocação avançada no programa de Phoenix?

- Sim.

- Bem - ele disse depois de um momento. - Eu acho que é bom que vocês dois serem parceiros de laboratório. - Ele murmurou algo mais enquanto ia embora.

- É uma pena sobre a neve, não é? - Edward perguntou. Eu tinha a sensação de que ele

Estava se esforçando pra conversar bobagens comigo. A paranoia me atingiu de novo.

- Não muito - eu respondi honestamente, ao invés de tentar ser normal como todo mundo.

Eu ainda estava tentando desalojar o estúpido sentimento de suspeita e não conseguia me concentrar.

- Você não gosta do frio. - Não era uma pergunta.

Aí eu não resisti em fazer mais uma brincadeirinha com o vampirinho:

- Eu gosto do frio.- Disse eu piscando-lhe o olho.

Parecia que Edward ia ter um infarto, mas parece que ele decidiu pensar que era apenas uma coincidência.

- Só não gosto de superfícies escorregadias e molhadas.

Ele pareceu compreender e continuou:

- Forks deve ser difícil de viver pra você - ele meditou.

- Você não faz ideia - eu murmurei obscuramente.

Ele pareceu fascinado pelo que eu disse, por algum motivo que eu não podia imaginar. O rosto dele era uma distração tão grande que eu tentei não olhar pra ele mais do que a cortesia pedia.

- Então, porque você veio pra cá?

Ninguém havia me perguntado isso- não diretamente como ele perguntou, exigente.

- É...complicado.

- Eu acho que consigo acompanhar - ele pressionou.

Com essa eu tive que me rir. Claro que ele conseguiria, era um vampiro!

Eu pausei por um longo momento, e então cometi o erro de encontra o seu olhar. Seus olhos dourados escuros me confundiram, e eu respondi hesitante:

- Bem, depois da morte de Mikael, sempre que eu passava na rua com Lukas as pessoas lançavam-me olhares de pena, ou então julgavam-me por ter engravidado tão cedo. Eu não suportava que Lukas crescesse naquele sítio, cercado de olhares.

Mal tive oportunidade de sair dali eu aproveitei a minha oportunidade.

Ele pareceu confuso.

- Mas você continua infeliz, provavelmente mais infeliz do que quando lá estava. Fez tudo isto por seu filho?

- Nunca ouviu falar de amor entre mãe e filho?

Ele assentiu mas continuou:

- Isso só não me parece justo - ele encolheu os ombros mas seus olhos ainda estavam intensos.

Eu sorri sem humor. - Nunca te contaram? A vida não é justa.

- Eu acredito que eu já tinha ouvido isso antes - ele concordou secamente.

- Então isso é tudo - eu insisti, me perguntando porque ele ainda estava-me olhando daquele jeito.

O olhar dele se tornou avaliativo. - Você faz um belo show - ele disse vagarosamente. – Mas eu seria capaz de apostar que você está sofrendo mais do que deixa os outros verem.

Eu fiz uma careta pra ele, tentando controlar o impulso de mostrar minha língua pra ele como uma criança de cinco anos e olhei pro outro lado.

- Estou errado?

Eu tentei ignorá-lo.

- Eu acho que não - ele disse.

- Porque isso importa pra você? - Eu perguntei irritada. Eu mantive os olhos distantes, observando o professor andando pela sala.

- Essa é uma pergunta muito boa - ele murmurou, tão baixo que eu imaginei se ele estaria falando consigo mesmo. Porém, depois de alguns minutos de silêncio, eu percebi que essa era a única resposta que eu receberia.

Eu suspirei e olhei para o quadro negro, carrancuda.

- Eu estou te aborrecendo? - Ele me perguntou parecendo divertido

Eu olhei pra ele sem pensar...e disse a verdade de novo.

- Não exatamente. Eu estou aborrecida comigo mesma. Meu rosto é tão fácil de ler- minha mãe sempre me chama de livro aberto. - Eu fiz cara feia.

- Pelo contrário, eu acho você bem difícil de ler. - Apesar de tudo o que eu disse e de tudo que ele adivinhou, ele parecia sincero.

- Você deve ser um bom leitor então - eu repliquei.

- Geralmente - ele sorriu largamente, mostrando uma série de dentes perfeitos e super  brancos.

Sr. Banner pediu ordem na sala, e eu me virei aliviada para ouvir.

Eu não conseguia acreditar que eu havia acabado de explicar minha vida melancólica para esse bizarro e lindo vampiro que pode ou não me desprezar.

Ele pareceu absorvido pela nossa conversa, mas agora eu podia ver pelo canto do meu olho, que ele estava se mantendo longe de mim de novo, as mãos dele agarrando a borda da mesa, com inegável tensão. Aí percebi que ele devia estar com sede por meu sangue, pelo que me afastei dele o máximo que pude.

Eu tentei fingir que prestava atenção enquanto o Sr. Banner explicava com transparências

no projetor, o que eu havia visto antes com dificuldade pelo microscópio. Mas os meus pensamentos eram indóceis.

Quando o sinal finalmente tocou, Edward correu tão rapidamente e graciosamente da sala

como na segunda feira passada. E eu apenas o fitei, maravilhada.


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Notas finais do capítulo

Oi oi! Gostaram? Para quem quer saber não vai demorar muito tempo até a Bella dizer a verdade.
BJSS Mandem reviews!



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