My Exile escrita por MellyP, Mary Jane


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Oi, estou de volta... Sábado á noite surgiu mais uma estrelinha no céu, Júlia Miranda, minha amada avó, que estará sempre no meu coração. Dedico-lhe este capitulo, pois ela gostaria de me ver seguir em frente.
Desculpem pela demora, mais este capitulo vai ter o que todos esperavam à muito!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/238927/chapter/9

Capitulo 9-

POV BELLA

O sol matinal acordou-me, senti uma brisa a acariciar-me as costas. Pera aí! Ontem eu fechei a cortina e deixei a janela fechada!

Me levantei rápidamente da cama e a primeira coisa que fiz foi checar se Lukas ainda estava o seu berço, suspirei de alívio quando verifiquei que ele lá estava.

Abanei a cabeça, sem percebendo e decidi aceitar a hipótese que eu podia ter aberto a janela e não me lembrar. Lembrei-me que essa noite havia sonhado com Edward. Nesse sonhon eu corria trás dele e nunca o encontrava, até que ele parou e me beijou.

Essa simples lembrança despoletou uma forte coloração vermelha no meu rosto e me deixou sem folego. Eu não podia negar, me estava apaixonando por Edward Cullen. Estranhamente, o facto de ele e a sua família serem vampiros não me incomodava, pelo contrário, parecia-me perfeitamente natural. O que acentuava ainda mais a estranheza de tudo isto.

Me vesti e prendi o meu cabelo. Não queria saber se estava rodeada de vampiros sedentos, estava farta de andar de cabelo solto. Usava agora uma túnica azul decotada e rendada e uns jeans pretos e justos.

Acordei Lukas e franzi o sobrolho ao recordar-me subitamente que pela primeira vez desde que tinha nascido, Lukas não me havia incomodado durante a noite.

Sorri, talvez tivesse ultrapassado essa fase, ou pelo menos assim o esperava.

Depois de eu ter dado de mamar a Lukas e tomado o café da manhã sai para o carro, mas ao abrir a porta gemi horrorizada.

Uma fina camada de neve cobria o jardim, varria a parte de cima do meu porsche, e deixava a estrada toda branca. Mas essa não era a pior parte.

Toda a chuva de ontem tinha congelado, virado gelo - cobrindo o topo das árvores em fantásticos padrões deslumbrantes, e cobrindo a calçada com um gelo mortal. Eu tive bastante dificuldade para não cair no chão seco; poderia estar mais seguro para eu voltar agora para cama.

Eu tive que usar toda a minha concentração pra conseguir sobreviver á descida nos tijolos cobertos se gelo da entrada e equilibrar Lukas nos meus braços, que se debatia para sair. Eu quase perdi o equilíbrio quando finalmente cheguei ao porsche, mas eu consegui me agarrar no retrovisor e me salvar. Claramente, hoje seria um pesadelo.

Levei Lukas à cresce. Me deliciei ao ver que já não lhe custava tanto ir para lá, mas infelizmente continuava a custar-me. Interrogo-me se isso algum dia há de passar, mas penso que não.

Meu amado carrinho parecia não ter problemas com o gelo preto que cobria a estrada.

Apesar disso, eu dirigi bem devagar pra não cravar uma espécie de trilha na rua principal.

Quando eu saí do meu carro na escola eu vi porque eu tive tão poucos problemas.

Algo prateado chamou minha atenção, e eu caminhei para o fundo do carro- para examinar os meus pneus. Havia pequenas correntes cruzadas em formatos de diamantes ao redor deles.

Charlie deve ter acordado sabe-se lá que horas pra colocar as correntes nos meus pneus. De repente eu senti minha garganta apertando. Eu não estava acostumada a ser cuidada, e a preocupação de Charlie me pegou de surpresa.

Eu estava no canto de trás do porsche, tentando lutar com a onda de emoções

que as correntes de neve trouxeram, quando eu ouvi um som estranho. Era como um arranhão muito alto, estava rapidamente se tornando dolorosamente alto. Eu olhei para cima, estarrecida.

Eu vi várias coisas simultaneamente. Nada estava se mexendo em câmera lenta como acontece nos filmes. Ao invés disso, a adrenalina pareceu fazer o meu cérebro trabalhar muito mais rápido, e eu fui capaz de absorver em detalhes claros várias coisas ao mesmo tempo.

Edward Cullen estava parado quatro carros á minha frente me encarando horrorizado. O rosto dele se destacou do mar de rostos, todos petrificados com a mesma expressão de choque.

Mas de mais imediata importância havia uma van azul escura derrapando, pneus guinchando contra os freios, girando selvagemente no gelo do estacionamento.

Ia bater na traseira dado meu porsche, e eu estava entre eles. Eu nem tive tempo de fechar os meus olhos ou de dirigir um último pensamento a Lukas. Logo antes de ouvir o barulho de algo se quebrando vindo da carroceria do meu carro, alguma coisa bateu em mim, forte, mas não da direção que eu estava esperando.

A minha cabeça bateu contra o gelo empretecido, e eu senti alguma coisa sólida e fria me pressionando no chão. Eu estava deitada no chão atrás do carro de pintura queimada que estava estacionado próximo ao meu.

Mas eu não tive a chance de prestar atenção em mais nada porque a van ainda estava vindo. Ela havia feito uma curva no fundo do meu lindo carrinho, e ainda girando e deslizando, estava prestes a colidir comigo de novo.

Uma voz baixa me disse que alguém estava comigo, e a voz era impossível não reconhecer.

Duas mãos longas, brancas ficaram protectoramente na minha frente e a van parou a um palmo de distância de mim, as mãos grandes cabendo perfeitamente num vão profundo na lateral da van. As mãos dele se moveram tão rápido que ficaram fora de foco.

Uma delas estava de repente agarrando o fundo da van, e alguma coisa me estava puxando e empurrando as pernas como se elas fossem de uma boneca de trapo até que elas encostaram no pneu do carro com a pintura queimada.

O baque de um som metálico fez meus ouvidos doerem, e a van estava estabilizada no chão, vidro caindo no asfalto - exatamente onde minhas pernas haviam estado.

Tudo ficou absolutamente silencioso por um longo segundo antes da gritaria começar. Mas mais claramente que a gritaria, eu podia ouvir a voz baixa, desesperada de Edward no meu ouvido.

- Bella? Você está bem?

- Eu estou bem. - Minha voz soou estranha. Eu tentei sentar, e me dei conta que ele estava me apertando do lado do corpo dele com muita força.

- Tenha cuidado - ele avisou quando eu relutei, - eu acho que você bateu bem forte com a cabeça.

Eu me dei conta de uma dor pulsante centrada bem acima da minha orelha esquerda.

- Au - eu disse, surpresa.

- Foi o que eu pensei. - A voz dele, incrivelmente, fez parecer que ele estava prendendo uma risada.

Eu sabia se eu não estranhasse o facto de ele se deslocar tão depressa iria chamar as atenções indesejadas sobre mim, pelo que decidi representar o papel de tolinha:

- Como diabos... - eu parei, como se estivesse tentando limpar minha mente, me orientar. - Como é que você chegou aqui tão rápido?

- Eu estava parado bem ao seu lado, Bella - ele disse, seu tom estava sério de novo.

Eu tornei a sentar, e dessa vez ele deixou, soltando o seu braço da minha cintura e escorregando pra o mais longe de mim que foi possível no espaço limitado. Eu olhei para a expressão preocupada, inocente dele e mais uma vez estava desorientada pela força dos seus olhos dourados. O que é que eu estava perguntando a ele?

E então eles nos encontraram, uma multidão de pessoas com lágrimas saindo dos olhos e escorrendo pelo rosto, gritando umas para as outras, gritando para nós.

- Não se mexam - alguém instruiu.

- Tirem Tyler da van! - Outra pessoa gritou.

Havia um fluxo de atividade ao nosso redor. Eu tentei levantar, mas as mãos frias de Edward me puxaram pra baixo pelo ombro.

- Fique quieta por enquanto.

- Mas está frio - eu reclamei. Eu me surpreendi quando ele gargalhou baixinho.

Havia uma margem no som.

- Você estava bem ali - Eu o lembrei, e a gargalhada dele parou na hora. – Você estava perto do seu carro.

A expressão dele ficou dura. - Não, eu não estava.

- Eu vi você. - Tudo ao nosso redor estava um caos. Eu pude ouvir a voz áspera de adultos se aproximando da cena. Mas eu obstinadamente me mantive na nossa discussão; eu estava certa, e ele ia ter que admitir.

Honestamente me estava a divertir, mas também estava a ficar um pouco farta. Porque é que ele não confiava em mim? Eu não iria sair correndo gritando que ele era um vampiro…

- Bella, eu estava em pé com você, e eu te tirei do caminho. - Ele usou todo o poder imenso, devastador do seu olhar em mim, como se estivesse tentando me comunicar algo crucial.

Por instantes, ao olhá-lo nos olhos tive uma súbita vontade de acreditar no que ele dizia e esquecer tudo o que eu acreditava. Abanei a Cabeça veementemente livrando-me do seu olhar hipnotizador

- Não - eu apertei minha mandíbula.

O dourado dos seus olhos brilhou. - Por favor, Bella.

- Porquê? - Eu perguntei.

- Confie em mim. - Ele alegou, a voz dele opressiva.

Eu podia ouvir o som de sirenes agora. - Você promete que vai me explicar tudo depois?

- Tá bom - ele disse, subitamente exasperado.

- Tá bom - eu repeti enfurecida.

No fundo, era tudo o que eu desejava, a verdade. Ok, em bora eu já a soubesse eu queria a verdade através dos seus lábios.

Foi preciso seis paramédicos e dois professores- Sr. Varner e treinador Clapp- para afastar a van o suficiente pra trazer macas até nós.

Edward veementemente recusou a dele, e eu tentei fazer o mesmo, mas o traidor contou a eles que eu tinha batido a minha cabeça e que provavelmente tinha tido uma concussão.

Eu quase morri de humilhação quando eles colocaram o suporte de pescoço. Parecia que a escola inteira estava lá, assistindo sobriamente enquanto eles me colocaram no fundo da ambulância. Edward pôde ir na frente.

Era enlouquecedor.

Pra piorar a situação, o chefe Swan chegou antes que eles pudessem me colocar a uma distância segura.

- Bella! - ele gritou em pânico quando me reconheceu na maca.

- Eu estou completamente bem, Char- pai. - eu suspirei. - Não tem nada errado comigo. Por favor, vá pegar Lukas à cresce e me encontre no hospital.

Ele se virou para o paramédico mais próximo para pedir uma segundo opinião. Eu desliguei ele da minha mente pra tentar considerar a confusão de imagens inexplicáveis se agitando loucamente na minha cabeça.

Quando eles me tiraram de perto do carro, eu pude ver um buraco profundo na lateral do carro com a pintura queimada- uma cavidade muito distinta que se ajustava ao contorno dos ombros de Edward...como se ele tivesse se forçado contra o carro com força suficiente para danificar a estrutura de metal... Sério, estes vampiros me arrepiavam….

Naturalmente, a ambulância conseguiu uma escolta policial. Eu me senti ridícula em cada instante enquanto eles me tiravam de lá. O que piorou a situação foi que Edward entrou no hospital por suas próprias pernas. Eu pagava para ver o vampiro amarrado a uma maca e com suporte para pescoço. Eu apertei meus dentes ao perceber que até aí ele devia parecer devastadoramente belo (e sexy).

Eles me colocaram na sala de emergência, uma sala longa com uma fileira de camas separadas por cortinas em tom pastel. Uma enfermeira colocou um medidor de pressão arterial no meu braço e um termómetro em baixo da minha língua. Já que ninguém se incomodou em puxar a cortina para me proferir alguma privacidade, eu decidi que não era mais obrigada a usar aquele suporte para pescoço ridículo.

Quando a enfermeira foi embora, eu rapidamente soltei o Velcro e joguei ele em baixo da cama.

Houve outro fluxo do pessoal do hospital, outra maca foi trazida para o meu lado. Eu reconheci Tyler Crowley da minha aula de História em baixo das bandagens apertadas na cabeça dele que estava coberta de sangue. Tyler pareceu 100 vezes pior do que eu me sentia.

Mas ele estava me encarando ansiosamente.

- Bella, me desculpe.

- Eu estou bem, Tyler- você parece horrível, está tudo bem? - Enquanto falávamos, as enfermeiras começaram a tirar as bandagens encharcadas dele, deixando expostas uma porção de cortes superfíciais em toda a sua testa e na bochecha esquerda.

Ele me ignorou. - Eu pensei que fosse matar você! Eu estava indo rápido demais e bati errado no gelo...

Ele choramingou enquanto a enfermeira tocava o seu rosto de leve.

- Não se preocupe com isso; você errou a pontaria.

- Como é que você saiu do caminho tão rápido? Você estava lá, e de repente não estava

mais...

- Umm... Edward me tirou do caminho.

- Quem?

- Edward Cullen- ele estava do meu lado. - Eu sempre menti muito mal; eu não soei nem um pouco convincente.

- Cullen? Eu não vi ele... Uau, foi rápido demais, eu acho. Ele está bem?

- Eu acho que sim. Ele está aqui, em algum lugar, mas eles não o fizeram usar uma maca.

Então eles me levaram pra fazer um raio-x. Eu disse a eles que não havia nada errado comigo, e eu estava certa. Nem uma concussão. Eu perguntei se podia ir embora, mas a enfermeira disse que eu tinha que falar com um médico antes. Então eu estava presa na sala de emergência, esperando, sendo molestada pelos pedidos contantes de desculpa de Tyler e pelas promessas de que ele ia me recompensar.

Eu tentei convencê-lo de que estava bem, mas ele continuou se atormentando. Finalmente, eu fechei os meus olhos e ignorei ele. Ele continuou com o seu discurso cheio de remorso.

- Ela está dormindo? - Perguntou uma voz musical. Meus olhos se abriram.

Edward estava no pé da minha cama, sorrindo. Eu encarei ele. Não foi fácil - seria mais natural admirá-lo.

- Ei, Edward, eu lamento muito - Tyler começou.

Edward levantou a mão para parar ele.

- Sem sangue, sem danos - ele disse mostrando seus dentes brilhantes. Sério, estava começando a ficar sinistro.

Ele foi se sentar na borda da cama de Tyler, me encarando. Ele sorriu de novo.

- Então, qual é o veredito? - Ele me perguntou.

- Não tem absolutamente nada de errado comigo, mas eles não querem me deixar ir embora. - Eu reclamei.

- Como é que você não está acorrentado numa cama como o resto de nós?

- Tudo depende dos seus contatos - ele respondeu. - Mas não se preocupe, eu vim pra te animar.

Nessa hora um médico virou no corredor e o meu queixo caiu. NOSSA! Santa Maria mãe de Jesus! Era simplesmente deslumbrante… Ele era jovem, ele era loiro... e muito mais bonito do que qualquer estrela de cinema que eu já tenha visto. No entanto, ele era pálido e parecia cansado, com círculos embaixo dos olhos. Pela descrição de Charlie, esse tinha

que ser o pai de Edward. O pai vampiro.

Pelo amor de Deus, porque é que os vampiros têm que ser sempre taaaaão irresistíveis? Apesar de eu não poder negar que Edward era ainda o mais bonito Carlisle era o segundo.

- Então senhorita Swan - Dr. Cullen disse numa voz notavelmente atraente, - como é que você está se sentindo?

- Eu estou bem - eu repeti pela última vez, eu esperava.

Ele caminhou para o painel de luz em cima da minha cabeça, e o ligou.

- Seu raio-x parece bom - ele disse. - A sua cabeça está doendo? Edward disse que você bateu com força.

- Ela está bem - eu repeti com um suspiro, olhando de relance na direção de Edward.

Os dedos frios do doutor tatearam levemente no meu crânio. Ele percebeu quando eu gemi.

- Delicado? - Ele perguntou.

- Na verdade não - podia ser pior.

Eu ouvi uma gargalhada e olhei pra ver o sorriso complacente de Edward. Eu revirei os olhos.

- Bem, o seu pai está na sala de espera- você pode ir pra casa com ele agora. Mas volte se você tiver vertigens ou se tiver qualquer problema com a sua visão.

- Eu posso voltar para a escola? - eu perguntei, imaginando Charlie tentando ser atencioso.

- Talvez você devesse pegar leve hoje.

Suspirei, ainda bem, queria passar algum tempo extra com Lukas.

Eu dei uma olhada pra Edward. - Ele vai poder voltar para a escola?

- Alguém tem que espalhar a boa notícia que nós sobrevivemos - Edward disse fazendo chacota.

- Na verdade - Dr. Cullen corrigiu. "Parece que toda a escola está na sala de espera.

- Ah não - eu gemi cobrindo o rosto com as mãos.

Dr. Cullen ergueu as sobrancelhas. - Você quer ficar?

- Não, não! - Eu insisti jogando as minhas pernas pelo lado da cama e me colocando rápido de pé. Rápido demais- eu cambaleei, e Dr. Cullen me segurou. Ele pareceu preocupado.

- Eu estou bem. - Eu assegurei pra ele. Não tinha porque dizer pra ele que os meus problemas com o equilíbrio não tinham nada a ver com o fato de eu ter batido com a cabeça.

- Tome Tylenol para a dor - ele sugeriu enquanto me sustentava.

- Não dói tanto - eu insisti.

- Parece que você teve muita sorte - Dr. Cullen disse enquanto assinava a meu quadro com um gesto floreado.

- Sorte que Edward estava do meu lado - eu emendei com um olhar duro na direção do objeto da minha declaração.

- Oh, bem, sim - Dr. Cullen concordou, subitamente ocupado com uns papéis na frente dele.

Depois ele olhou pro outro lado, pra Tyler, e andou até a próxima cama. Minha intuição flutuou; o Dr. sabia de tudo.

- Eu temo que você terá que ficar conosco um pouco mais de tempo. - Ele disse para Tyler e

começou a checar os cortes dele.

Assim que o Dr. ficou de costas eu me aproximei de Edward.

- Será que eu posso falar com você por um minutinho? - eu cochichei por baixo do fôlego.

Ele deu um passo se afastando de mim, sua mandíbula subitamente apertada.

- Seu pai e seu filho estão esperando por você - ele disse entre dentes.

                Fiquei apreensiva com a menção a Lukas, mas deixei passar.

Eu olhei de relance pra Dr. Cullen e Tyler.

- Eu gostaria de falar com você em particular, se você não se incomodar. - eu pressionei.

Ele me olhou fixamente, e depois me deu as costas e caminhou pelo longo quarto. Eu praticamente tive que correr para acompanhá-lo.

Assim que viramos na curva para um pequeno corredor, ele se virou para me encarar.

- O que você quer? - ele perguntou, parecendo aborrecido. Seus olhos eram frios.

A expressão nada amigável dele me intimidou. Minhas palavras saíram com menos severidade do que eu pretendia.

- Você me deve uma explicação - eu lembrei ele.

- Eu salvei a sua vida, eu não te devo nada.

Eu vacilei com o ressentimento na voz dele. - Você prometeu.

- Bella, você bateu com a cabeça, você não sabe do que está falando - o tom dele era

cortante.

Agora o meu temperamento estava em chamas, eu encarei ele desafiadoramente, uma coisa era ele dizer que eu podia ter cometido um erro (coisa que eu sabia que era mentira) outra era chamar-me maluca.

- Não tem nada errado com a minha cabeça.

Ele me encarou de volta. - O que você quer de mim, Bella?

- Eu quero saber a verdade - eu disse.

- Eu quero saber porque estou mentindo por você.

- O que você acha que aconteceu? - ele soltou.

Saiu num sopro.

- Tudo o que eu sei é que você não estava em nenhum lugar perto de mim, Tyler também não viu você, então não diga que eu bati muito forte com a cabeça. Aquela van ia esmagar nós dois- e não esmagou, e as suas mãos deixaram buracos na lateral dela- e você deixou um buraco na lateral daquele outro carro, e você não está absolutamente machucado. E a van devia ter amassado as minhas pernas, mas você estava segurando ela... - Eu tinha noção do quanto aquilo soava louco, e eu não pude continuar. Eu estava com tanta raiva que podia sentir as lágrimas chegando; eu tentei forçá-las a desaparecer apertando os meus dentes juntos.

Ele estava me olhando incrédulo. Mas o rosto dele estava tenso, na defensiva.

- Você acha que eu tirei uma van de cima de você?. - O tom dele questionava a minha sanidade, mas só me deixou mais suspeitas. Era como uma fala perfeitamente decorada por um ator talentoso.

Eu simplesmente afirmei com a cabeça uma vez, mandíbula apertada.

- Ninguém vai acreditar nisso, sabe. - agora a voz dele tinha um tom de zombaria.

Aí eu perdi o controle e falei para ele, também com tom de zombaria e raiva:

- Há dois anos se me dissessem que existiam vampiros eu não acreditava, mas tive provas e agora até socializo com eles, veja só a minha evolução!

E saí batendo com a porta à saída, deixando Edward para trás congelado.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Oi! Espero que tenham gostado! No próximo capitulo terá a reação de Edward e de sua família e a conversa que todos esperamos à tanto tempo.
Só vou postar o próximo capitulo se a história chegar aos 75 reviews, ou então se tiver uma recomendação. Eu não gosto de fazer chantagem, mas preciso de me animar.
Bjss!