My Exile escrita por MellyP, Mary Jane


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Oi oi! Amei os comentários! Sinto-me tão feliz que vou postar hoje o terceiro e o querto.



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Eram 5h40 da manha quando Lukas acordou para mamar, meio sonolenta eu o peguei no colo e sentei-me na cadeira de balanço e dei-lhe o peito. Meus olhos vez ou outra se fechavam, mas logo eu os abria novamente.

Sabia que não podia voltar a dormir, pois logo teria que trocar Lukas arrumar suas coisas para a creche, tinha que descer pedir para Charlie cuidar dele enquanto eu tomo um banho e depois arrumar minhas coisas. Até pensei em lhe dar banho mas quando vi que estava chovendo achei melhor não, aquela friagem não faria bem á ele se tomasse banho.

Coloquei nele um macacão com uma camisolinha grossa azul por baixo, ele estava tão fofinho que me apeteceu dar-lhe um apertão na bochecha. Arrumei uma bolsa com tudo o que ele iria precisar na creche, fraldas, toalhetes, uma troca de roupa, se ele precisar, leite em pó, embora ele ainda mame, terá que beber o leite em pó, teria que pegar a mamadeira da geladeira á saída.

Vesti uma blusa verde e umas calças de ganga azul escuras e umas sapatilhas azul escura.

Vesti a blusa verdes pois Mikael adora me ver com ela, disse que realçava os meus olhos castanhos chocolates e o meu sorriso.

Olhei para a sua foto no criado mudo e suspirei.

- Bom dia Bells!- Disse o meu pai alegremente quando eu desci as escadas. Fala sério, de onde é que eu fui tirar o mau humor matinal? Mamãe quando acorda parece o nascer do sol, e agora papai está radiante… Vida é tão injusta.

Mas para meu consolo Lukas também era assim, estava muito rabugento, pelo que tinha a certeza que iria chorar muito quando o deixasse na creche, o que me iria partir o coração, mas não o podia levar comigo para a escola.

- Tenho que ir Bells, se despache ainda tem que largar o pequeno Charlie Jr. na creche.

Assenti beijei-lhe a face, Charlie acariciou a face de Lukas e disse:

- Até logo Charlie Jr. tenha um bom dia.

Quando terminei o cereal pequei Lukas corri para o carro, com sorte chegaria a horas á escola. O coloquei na cadeirinha e arranquei para a creche.

A creche de Lukas era duas quadras antes da escola. Desci do carro e fui ate o portão de entrada.

__ Posso ajudar? – Perguntou uma moça, tinha uma bata azul, provavelmente trabalha da creche, pensei

__ Eu sou Isabella Swan, acho que meu pai avisou que eu viria hoje com meu filho Lukas.

Charlie é que tinha inscrito o meu pequeno na creche, quando ele o tinha feito eu ainda estava e Phoenix.

__ Ah sim, o chefe Swan avisou sim... Esse é o Lukas?

__ É Sim...

__ Ele disse que você o buscaria ao 15:30.

__Exatamente, é a hora que eu saio da escola...Eu separei numa bolsa tudo que ele poderia precisar hoje, fraldas, mamadeiras, leite em pó, toalhetes, uma troca de roupa... Acho que não esqueci de nada.

__ Certo sem problemas.

__ Qualquer problema é só me ligar.

__ Pode deixar.

Dei a bolsa para ela e um beijo na testa de Lukas

__ Eu te amo muito, espero que se comporte.

Ao me ver a afastar ele começou a chorar, tudo o que eu queria era voltar para trás e ficar com ele mas eu precisava de completar a escola para arranjar um emprego decente para nos sustentar, apesar de eu ter a certeza de que nunca enfrentaríamos problemas financeiros. Mikael deixou-nos muito dinheiro quando morrera, ele e a sua família são ricos.

Entrei no Porsche e arranquei para a escola deixando umas lágrimas solitárias escorrerem pela minha face.

Estacionei e vi que teria sérios problemas em não chamar atenção, o segundo carro mais chamativo a seguir ao meu era um volvo prateado. Todos no parque de estacionamento estavam a olhar para o meu carro de boca aberta.

Saí do carro tentando ser discreta, mas falhando miseravelmente, toda a gente estava a olhar para mim. Corei violentamente baixei a cabeça e caminhei até ao edifício principal.

Lá dentro estava bem iluminado e bem mais quente do que imaginava.

A secretaria era pequena, com uma pequena sala de espera com cadeiras dobráveis, carpete laranja, avisos e prêmios abarrotados pelas paredes e um grande e ruidoso relógio. A sala era partida ao meio por um grande balcão, cheia de cestas de arame repletas de papéis e anúncios coloridos colados na parte da frente. Havia três mesas atrás do balcão, uma delas estava ocupada por uma mulher ruiva e grande, usando óculos. Ela vestia uma camiseta roxa, que imediatamente me fez sentir demasiado vestida.

A ruiva olhou para mim.

__ Posso ajudá-la?

__ Sou Isabella Swan - informei-lhe, e vi seus olhos demonstrarem reconhecimento imediato.

Eu era esperada, tópico de fofocas, com certeza. A filha da ex-mulher do chefe de polícia que acaba de ter um filho retorna á casa.

__ Claro - ela disse. Ela percorreu uma pilha precária de documentos em sua mesa até achar o que procurava. - Seu horário está aqui, e um mapa da escola. - Ela trouxe várias folhas até o balcão para me mostrar.

Ela me ditou todas as minhas aulas, mostrando-me no mapa a melhor maneira de chegar até elas, e me deu um papel para que todos os professores assinassem, que deveria trazer de volta no fim do dia.

Ela sorriu para mim e desejou, que eu gostasse de Forks. Sorri de volta da maneira mais convincente possível.

Voltei para o meu carro, enquanto esperava pelo começo das aulas, tinha chegado cedo demais.

Ouvi o meu Cd preferido todo até chegar a hora da primeira aula, encaminhei-me para a sala, tive alguns percalços para a encontrar, mas correu tudo bem.

Levei o papel para o professor, um homem alto e calvo. Sua mesa tinha uma placa que o identificava como Sr. Mason. Ele ficou-me olhando assim que leu meu nome - o que não era encorajador - e lógico que fiquei vermelha igual a um tomate. Mas pelo menos ele me mandou sentar numa classe vazia no fundo da sala sem me apresentar à turma.

Era mais difícil para meus colegas ficarem-me encarando enquanto eu estava no fundo da sala, mas de alguma forma eles conseguiam.

Fixei meu olhar na lista de leitura que o professor tinha-me dado. Era bem básica: Brontë, Shakespeare, Chaucer, Faulkner. Já tinha lido todos. Isso era reconfortante... E chato.

Fiquei pensando se minha mãe me mandaria minha pasta de trabalhos velhos, ou se ia pensar que isso era colar. Fiquei pensando em diferentes discussões que teria com ela enquanto o professor falava.

Rapidamente, eu fui para a próxima aula, Politica com o professor Jefferson, prédio seis. Não foi difícil de achar, o resto da manhã passou da mesma maneira. Meu professor de trigonometria, o Sr. Varner, a quem eu detestaria de qualquer forma por causa da matéria que ensinava, foi o único que me fez ficar na frente da turma e me apresentar. Eu gaguejei, fiquei vermelha, e tropecei no caminho para a minha classe.

Depois de duas aulas, comecei a reconhecer muitos dos rostos em cada uma delas. Sempre havia aqueles que eram mais corajosos e vinham se apresentar e me perguntar se estava gostando de Forks. Tentei responder o máximo de verdade que conseguia, mas não consegui evitar e o que mais fiz foi mentir bastante.

O que mais me irritou foi que alguns até me evitavam como se eu tivesse alguma espécie de doença contagiosa. Como a cidade era pequena eu imaginava que eles já deviam saber de Lukas, ou seja, “Cuidado ela tem um filho é contagioso!”. Ou “Ela tem um filho? Deve ser uma vadia!” Não que eu me importasse com isso, não me envergonhava de Lukas em nenhum momento, pelo contrário, eu me orgulhava dele.

. Durante o intervalo fui para o refeitório quando os vi, eles estavam sentados num canto do refeitório, o mais longe possível de onde eu estava. Eram cinco. Não conversavam e não comiam, apesar de cada um deles ter uma bandeja intocada de comida na sua frente. Eles não estavam me encarando, como a maior parte dos outros alunos, então era seguro ficar olhando para eles sem ter medo de encontrar um par de olhos excessivamente interessado. Mas não foi nenhuma dessas coisas que chamou, e prendeu, minha atenção.

Eles não se pareciam em nada. Dos três garotos, um era grande - musculoso como um levantador de peso profissional, com cabelo escuro e encaracolado. Outro era alto, mais magro, mas ainda musculoso, e com cabelo loiro escuro. O outro era mais magro, menos musculoso, com cabelo cor de bronze, meio bagunçado. Ele parecia mais jovens do que os outros, que pareciam que poderiam estar na faculdade, ou até mesmo serem professores ao invés de alunos.

As garotas eram opostas. A mais alta era maravilhosa. Ela tinha uma silhueta linda, do tipo que se vê na capa da revista Sports Illustrated, na edição de roupas de banho, e daquelas que fazem as outras garotas se sentirem mal consigo mesma só por estarem na mesma sala. O cabelo dela era dourado, gentilmente balançando até o meio das costas. D A outra garota era mais baixa e parecia uma fadinha. Bem magra, com feições pequenas. O cabelo dela era totalmente preto, cortado curtinho e apontando para todas as direções.

Foi aí que caiu a ficha. Rosalie! Ela era a garota loira. Ela acenou-me sorrindo e chamou-me, deixando todos a olhar para mim e os restantes elementos da família de Rose olhando escandalizados para ela. Caminhei para a mesa deles e continuei a reparar em pequenas coisas no seu aspeto.

E ainda assim, eles se pareciam muito. Todos eram muito pálidos, os mais pálidos de todos os alunos dessa cidade sem sol. Mais pálidos do que eu, a albina. Todos tinham olhos bem escuros, apesar da diferença na cor dos cabelos. Além disso, eles tinham olheiras – sombras arroxeadas, como machucados. Como se todos eles tivessem passado a noite em claro, ou quase se recuperando de ter o nariz quebrado. Apesar de seus narizes, de todas as partes de seus corpos, serem perfeitamente retos e angulares.

Parei perto da mesa deles e disse:

- Oi, o meu nome é Bella, sou amiga de Rose.

Rosalie apresentou-nos dizendo:

- Oi Bella estes são O Emmett, o Jasper, a Alice e o Edward.- falou enquanto apontava para cada um.

Todos ainda estavam demasiado chocados para dizer algo e Alice foi a primeira a recuperar-se e disse:

- Bom dia Bella, é um prazer conhecê-la!

Caminhou graciosamente até mim, nunca imaginei que alguém pudesse fazer algo assim tão gracioso, pelo que fiquei espantada. Beijou-me as faces e disse:

- Tenho um pressentimento que nós as três vamos ser muito amigas.        ´

Com isto todos os outros saíram do transe, a maioria revirando os olhos, sabe-se lá por quê e Emmett deu uma gargalhada tão estrondosa que juro que os meus ossos tremeram.

Mas o ruivo, Edward, penso eu, o mais bonito de todos, levantou-se rápidamente e falou algo tão rápido que eu nem percebi o que ele disse e saiu de rompante.

Rosalie desculpou o irmão dizendo que ele não se estava a sentir muito bem, e todos continuaram a conversar como se nada tivesse acontecido.

Falei do meu filho, Lukas, até que Alice me pediu para ver uma fotografia dele. Abri a carteira e tirei a sua fotografia mais recente, tinha sido tirada a semana passada, ele estava a usar uma camisa branca pequenina e uns calções azuis, estava lindo.

A fotografia passou por todos na mesa e todos sem exceção ( Até o loiro, Jasper) disseram: “Ohhhh que gracinha!”

Ficamos conversando até chagar a hora da aula, Biologia, supostamente Edward estaria naquela aula, mas não veio. Por alguma razão tinha uma sensação que era por minha culpa, mas rapidamente tirei isso da cabeça.

Quando as aulas acabaram fui buscar o Lukas á creche e fui para casa. Dei-lhe de mamar. Supostamente tinha comido na creche, mas eu não confiava na creche por isso decidi amamenta-lo.

Dei-lhe banho e quando acabei ele já tinha adormecido, vesti-lhe um pijaminha e o coloquei no berço.

Depois desci e comecei a preparar o jantar para quando Charlie chegasse. Enquanto preparava o jantar percebi que algo me incomodava, algo acerca dos Cullen.

Havia algo acerca deles que me lembrava algo, mas eu não me conseguia lembrar o quê.

Fiz arroz com bifinhos e cogumelos e quando Charlie chegou perguntou:

- Boa noite filha! Como foi seu dia, está gostando de Forks? E como está o pequeno Charlie Jr.?

- O dia correu bem papai, Forks está a ser fantástica e o Lukas está a dormir.

Ele olhou-me duramente e disse:

- Bem, o Charlie Jr. é igualzinho ao avô, adora uma boa sesta.

Suspirei, era inútil continuar a discutir este tópico, por isso concordei deixando muito feliz.

Jantámos com Charlie a falar sobre os seus colegas da polícia, quando acabámos ele lavou a loiça e eu fui dormir, só me lembro de estar exausta e mal me deitei caí no sono.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Quero mais comentários please....
Vou começar agora a escrever o quarto capitulo!
BJSSS



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