-  Bom dia Airu! – eu disse assim que eu entrei no barzinho.

-  Bom dia! – ela disse feliz da vida e veio correndo na minha direção – como foi ontem à noite?

-  Foi boa – eu disse colocando o avental – tivemos uma ótima conversa durante um ótimo jantar.

-  Só isso que você tem a me dizer? – ela disse meio que histérica – você foi jantar com o Ninomiya Kazunari e tudo o que você tem a me dizer é que foi uma noite agradabilíssima e um jantar maravilhoso? – ela literalmente estava histérica – fala sério.

-  Quantos litros de coca e quantas gramas de chocolate você consumiu ontem a noite?

-  2 litros de coca e 500 gramas de chocolate ao leite.

-  Você realmente não ta bem Airu – eu disse me aproximando dela – você sabe que não pode comer chocolate e nem tomar coca, muito menos os dois juntos!

-  Eu já passei dessa fase ta bom – ela disse com a cara fechada.

-  Essa fase ainda acontecia até a semana passada!

-  Isso não importa mais! – ela disse brava – o que importa é que você foi jantar com o Ninomiya Kazunari ontem à noite!

-  E adivinha quem foi jantar também?

-  Quem? – ela de histérica brava mudou para histérica curiosa – queeeeeem?

-  Matsumoto Jun – eu disse feliz – ou melhor, Jun-chan.

-  Para tudo e chama a NASA! – ela disse – você jantou com o Matsumoto Jun!?

-  E com o Ninomiya Kazunari junto, olha só que lucro!

-  Sorte sua, você tem consciência de quantas milhares de pessoas dariam quase de tudo para estar no seu lugar não sabe?

-  Ta, agora vamos começar a falar das pessoas que queriam estar em meu lugar ou as pessoas passando fome na África?

-  É impressão minha, ou você esta bem mais feliz que ontem?

-  Talvez sim, talvez não – dei um sorriso para ela, com certeza ela sabia que eu estava pulando de alegria por dentro pelo fato de ter saído com os eles ontem a noite, com certeza foi a melhor coisa da minha vida.

--  Flashback  --

Havia acabado de virar a esquina logo depois de ter me despedido do Nino e do Jun-chan, quando escutei uma voz me chamando.

-  Yuu-chan! – Pude ver um Jun-chan correndo em minha direção logo que eu virei.

-  Jun-chan, o que foi?

-  Nada, só não achei bom te deixar ir embora sozinho pra casa a essa hora da noite – ele me disse sorrindo – sei que sua casa é perto, mas para um ladrão aparecer não custa nada.

-  Mas não tem problema de deixar o Nino ir embora sozinho?

-  Ele foi embora de taxi – ele disse – e duvido muito que ele já vai para casa, ele com certeza vai dar uma passadinha na casa do Leader – ele deu uma risadinha safada, enquanto uma brisa de vento frio passava entre agente – você não esta com frio sem blusa?

-  Só um pouquinho – eu disse com um pouco de dificuldade por causa da tremedeira de dentes – esqueci meu casaco em casa.

-  Desculpe, eu não trouxe nenhum casaco também.

-  Eu não estava pedindo o se... – minha voz parou quando senti o braço dele envolverem meu ombro, corei violentamente – Jun-chan...

-  Isso é tudo que eu posso fazer por você nesse exato momento – ele me disse enquanto me puxava para mais perto dele – espero que isso ajude.

-  O-obrigado – agradeci a ele.

-  Hoje foi uma noite bem animada não é? – ele disse sorrindo olhando para enquanto eu balançava a cabeça afirmativamente – você com certeza seria o membro mais indicado para entrar na banda mesma, só podia ser a escola da sua mãe.

-  Não tenho tanta certeza disso Jun-chan – eu disse meio inseguro – existem pessoas bem mais bonitas e talentosas do que eu.

-  Talvez até existam pessoas mais talentosas que você, mas mais bonito eu acho meio difícil sabe – pela milésima vez naquela noite senti meu rosto queimar – desculpe a sinceridade mas talvez você esteja jogando a chance da sua vida por pura besteira.

-  Eu tenho certeza que eu estou fazendo isso – eu disse enquanto envolvia a sua cintura, o frio começara a aumentar – mas entenda uma coisa Jun, eu não posso fazer isso.

-  Porque? – ele perguntou serio.

-  Não tenho nada concreto que eu posso dizer só sei que eu não posso – disse calmamente a ele, a noite estava estrelada e o vento soprava uma brisa gelada – tem alguma coisa dentro de mim dizendo que eu não posso fazer isso e eu acho que devo seguir esse sentimento até eu não poder evitar mais.

-  Entendo o que você esta dizendo, eu sentia a mesma coisa antigamente – ele disse – mas passou logo depois que eu entrei na banda.

-  Enfim, chegamos – eu disse soltando ele – obrigado pela companhia até aqui em casa

-  Que nada, sempre que precisar é só me ligar – ele disse sorrindo.

-  Então, boa noite.

-  Boa noite

--  Flashback  --

-  E foi isso que aconteceu – eu disse para Airu que estava meio travada.

-  Isso tudo em um único dia! – ela disse surpresa – não sei se você tem muita sorte ou muito azar!

-  Digamos que um pouco dos dois, florzinha – eu disse sorrindo ao ver a expressão de raiva surgindo no rosto dela.

-  Nunca me chame assim, eu tenho trauma por causa desse maldito apelido – ela disse com muita raiva – afinal, o seu não era boa coisa pianinho.

-  Você apelou agora! – eu disse correndo atrás dela e ao mesmo tempo rindo – eu vou te pegar!

E assim ficamos uns bons 5 minutos até que alguém batesse na porta do bar dizendo seu nome e falando o que queria.

-  Prazer, eu sou Aiba Masaki e estou procurando o Sunohara Yuushi, ele se encontra?