Três dias se passaram depois de eu ter conversado com o Nakamoto. Neste exato momento eu estou sentado entre Sho e o Lider, esperando conversando banalmente em uma barraquinha de rua.

- Como anda a sua vida Yuu? - Satoshi me perguntou tomando mais um pouco de sua cerveja.

- Anda bem enrolada e, como eu já contei pra vocês. Eu não sei o que fazer – abaixei um pouco a cabeça.

- Mas você não pode continuar com essa vida que você está levando, não importa o quanto goste dos dois, porque uma hora você vai ter que se decidir – Sho falou seriamente pra mim.

- Eu sei, mas... - eu não tinha palavras – Eu estou muito confuso.

- Que tal você deixar os dois de lado por um tempo e ir fazer uma viagem pra longe daqui?

- Você acha que eu já não pensei nisso? - olhei para o rosto do Satoshi – mas me falta é muita coragem pra isso.

- Bem, esquecendo a viagem pro Alasca... – Sho comeu um pouco da sua comida – Então o que você vai fazer?

- Eu ainda não faço a menor ideia – terminei de comer o meu prato – Vou voltar pra casa e pensar muito sobre isso, tchau – me despedi, rapidamente. Estava louco pra chegar em casa.

- Espera que eu te levo pra casa – Satoshi se ofereceu.

- Está bem.

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- Entra – disse assim que destranquei a porta e fiquei um pouco feliz por saber que nem Masashi e nem Takahito estavam lá em casa.

- Parece que os benditos não estão aqui né... – ele sentou no sofá da sala – Posso passar a noite aqui?

- Ainda não se acertou com o Nino? - eu perguntei com um sorriso bobo no rosto e pude ver os olhos de Satoshi perderem um pouco o brilho – Mas enfim, pode dormir quando você quiser.

- Obrigado – ele pegou o celular e começou a digitar uma mensagem para a mãe dele avisando que ia dormir na minha casa – Mas porque você não larga esses dois e fica com o Sho ou com Jun?

- Como se fosse fácil assim – eu sentei no mesmo sofá com ele – Se fosse tão fácil assim eu já tinha me casado com a Airu.

- Por falar nela, porque você não pede ajuda para ela? - ele disse terminando de escrever a mensagem e enviou a mensagem – Afinal, uma ajuda feminina nessas horas pode ajudar.

- Boa ideia, eu vou mandar uma mensagem pra ela.

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- Quanto tempo que você não me liga ou me manda um email hein! - ela disse entrando na minha casa e paralisou logo que viu o Líder – O-Ohno Satoshi!

- Há quanto tempo não é? - Satoshi deu mais um de seus sorrisos – então, acho que você já sabe da situação do nosso amigo Yuushi não é?

- Sei sim e eu acho que ele é um ser muito sortudo por ter aqueles dois gatos correndo atrás dele – Airu era o tipo de pessoa que não sabia o que poderia e não poderia falar – Por falar nisso, tinha um gostosão te procurando ontem lá no bar.

- Mais um não... - senti que a minha felicidade despencou de um penhasco – A criatura pelo menos deixou o nome?

- Um tal de Takahashi Banri – ela disse pegando um papel dentro da bolsa – E ele disse pra você ligar quando te der vontade.

- Ai não, o Banri não! - eu peguei o telefone da mão dela – mas mesmo eu ligando pra ele não vai resolver o meu problema.

- Bem, pra que você me chamou aqui? - Airu me perguntou.

- Pra resolver o meu problema, é claro.