- Bem, eu acho que a sua mãe te falou hoje sobre o que foi decidido na nossa ultima reunião.
- Sim, ela me disse e eu já dei a resposta – disse a ele educadamente.
- E qual seria a resposta?
- Obviamente que não.
- Yuu! – eu escutei Airu vindo correndo para perto da gente.
- Airu, eu já dei a minha resposta e é definitiva! – eu disse sério – gostaria de alguma coisa para beber, senhor?
- Um chá, por favor – ele me disse meio assustado pelo minha mudança de humor.
- Compreendido – disse fazendo uma pequena reverencia e puxando Airu para dentro – posso saber o que foi aquilo?
- Eu é que tenho que perguntar, você ta deixando escapar a chance da sua vida!
- Eu sempre disse que não nasci e não quero ser famoso, e essa é a minha decisão desde o começo!
Virei de costa e fui servir o chá para ele.
- Desculpe se eu lhe tratei mal, mas é que desde quando eu sou pequeno eles insistem nessa historia.
- Se insistem é porque você deve ter muito talento, não acha?
- Talvez eu tenha, mas com certeza tem mais pessoas com muito mais talento do que eu, Ninomiya-sama.
- Por favor, me chame de Nino.
- Certo, Nino – disse meio envergonhada, afinal isso é o sonho de boa parte do Japão.
- Então, eu te chamarei de Yuu-chan – senti meu rosto corar na hora.
- C-certo – eu consegui dizer, muito envergonhado.
- Tome o meu cartão, eu te ligo hoje a noite para agente sair – ele me disse me dando o seu cartão.
- Certo, estarei esperando... Nino – pude ver um belo sorriso se iluminar na sua face e logo depois de sair do bar.
- O que você fez para ele sair naquela felicidade? – Airu me perguntou surgindo do nada.
- Chamei ele de Nino – virei as costas e ainda pude escutar Airu dizendo alguma coisa.
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A noite chegou calmamente em Tókio, como alguém que quisesse chegar despercebido em algum lugar.
- Eu vou indo Airu – dei um beijo na testa dela – Boa noite e se cuide.
- Boa noite – escutei antes de fechar a porta do bar que já estava completamente vazio.
Para variar, as ruas de Tókio estavam cheias como sempre.
Assim que abri a porta pude perceber que eu precisava urgentemente limpar ela. Tinha coisas espalhadas por toda a casa e ainda tinha roupas jogadas em cima do sofá e etc.
- Preciso literalmente limpar essa casa – assim que disse isso escutei meu celular tocar – Alô?
- Yuu-chan! – escutei a voz do Nino do outro lado da linha – já está em casa?
- Acabei de chegar, porque?
- Nós vamos sair para jantar lembra?
- Ah sim, vamos aonde então?
- Tem um restaurante lá perto do serviço da sua mãe, pode ser?
- Por mim, sem problema algum.
- Te vejo lá em 30 minutos, tchau! – ele desligou o telefone animadamente antes de eu dizer alguma coisa.
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Assim que entrei no restaurante pude ver o Nino com mais uma pessoa sentada na mesa.
- Boa noite Nino – eu disse assim que cheguei perto da mesa.
- Boa noite Yuu-chan! – ele me disse sorridente, talvez pelo fato de eu ter chamado ele de “Nino” – esse aqui é o Matsujun.
- Prazer, Sunohara-san – pude ouvir uma voz grossa e talvez “sexy” atrás de mim, a voz em que eu sempre quis ouvir perto de mim.