Estigmas Das Trevas escrita por AngelSPN


Capítulo 7
Capítulo 7




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Dean, Sam e Bobby estavam prontos. Estavam com facão, flechas e outras armas. Todos embebidos com sangue de homem morto. Bobby sabia que Elkins cheirava a vampiro na sua cola, sempre fora assim e se precaveu com o sangue.

Os amigos aproximaram-se da janela de madeira que batia levemente com o vento, Dean abriu-a e pulou para dentro, havia feno espalhado no chão. Logo em seguida o moreno seguiu o irmão. Bobby ficara escondido do lado de fora, pronto para dar cobertura aos jovens. Sam fechou as janelas, olhou ao redor havia alguns vampiros dormindo em redes de pano de estopa. Os irmãos caminharam entre eles vagarosamente. Sam empurrou a porta ao lado lentamente sem fazer qualquer ruído, não havia nada além de palha. Dean olhava os adormecidos e não percebera uma garrafa no meio do caminho, o som do vidro ecoou. Mas nenhum deles acordou, o loiro respirou fundo e continuou sua trajetória em busca do pai. Teias de aranha davam ao lugar um aspecto ainda mais assustador.. No meio do galpão uma mulher seminua estava pendurada de cabeça para baixo com a jugular estraçalhada. Dean sentiu o estômago embrulhar, sentiu o olhar do irmão clamando sua presença. Ruby estava amarrada a um pilar de madeira que sustentava o galpão.

— Ela está viva? — O loiro sussurrou ao irmão.

— Sim, está apenas desacordada. Ruby, está me ouvindo? Hey Ruby! — Sam chacoalhava a moça lentamente, não queria assustá-la ainda mais e acabar acordando todos os vampiros. Com a faca começou a cortar as cordas do pulso da jovem. Podia-se ouvir o grunhido de alguns vampiros e a tensão estava tomando conta do local.

— Anda logo com isso, Sammy. — Dean agora se distanciava na tentativa de encontrar John.

Ruby começou a mexer-se, Sam tapou a boca da garota.

— Hey...psiu. vim aqui para te ajudar. Não podemos fazer barulho, entendido? — Sam começou a soltar a mão da boca da jovem que balançava freneticamente a cabeça em compreensão. — Ótimo, venha comigo.

— Seu pai, está naquele corredor, subindo as escadas. Eles estavam torturando-o, falavam sobre a colt. — A loira deixava as lágrimas caírem em sua face.

— Psiu, está tudo bem. Como você sabe da colt?

— Longa história agora vamos!

Sam chamou o irmão em um sussurro, demonstrando sua descoberta.

— Ruby viu papai, ele está lá em cima.

Dean olhou para a loira que continuava com lágrimas abundantes na face, ele sentiu um desconforto, mas teve que admitir e agradeceu pela informação. Sem perder tempo subiu e lá estava John, muito machucado.

— Pai, pai. Acorde.

— Humm, Dean? Filho..cof..cof..cof...o que você está fazendo aqui? É perigoso! Cadê seu irmão? — O Winchester mais velho encarou aqueles olhos verdes que brilhavam em vê-lo vivo. Depois de tudo John pensou que jamais conseguiria encontrar aquele olhar nos seus novamente.

— Vigiando as escadas. Venha eu lhe ajudo. — Dean cortou as amarras e apoiava seu pai em seu ombro. John realmente estava muito debilitado. A urgência na voz do filho fez com que John se pusesse de pé, entontecido agarrando-se ao filho.

Até agora as coisas haviam ocorrido da melhor forma, sem despertarem os malditos. Restava sairem daquele covil, não queriam um confronto, não naquele momento em que estavam tão vulneráveis. Dean ajudava o pai a descer as escadas olhando com cuidado para não despertar os noturnos, o som da escada velha rangia a cada passo que avançavam. Sam aproximou-se e ajudou-os.

Dean respirou fundo, e o cheiro era como algo indecifrável espalhado no ar, infectando-o por dentro, ele conhecia esse cheiro, sabia de onde era. Isso começou a apavorá-lo. Dean não sentia medo, mas devia admitir que nos últimos dias as coisas não estavam sendo fácil. Para tentar livrar-se da sensação de pesadelo balançou a cabeça como forma de afastar as alucinações que começavam a se materializarem e os sons o atordoavam.

—Dean o que se passa? — Sam começou a ficar tenso.

—Ajude o pai, temos que sair daqui. Eu...estou bem é apenas o nervosismo e apreensão, rápido eles estão acordando!

O loiro tinha razão, se não saíssem acabariam sendo pegos. Ruby olhava para os lados, os vampiros já deveriam estar atacando. Mas estavam dormindo? Será que ficavam fracos com a luz do sol? Por um curto segundo ela perdeu-se em seus pensamentos mórbidos e uma voz forte se fez ouvir no fundo escuro do corredor, a atenção dos Winchester foi triplicada. Os irmãos seguravam seus facões banhados em sangue de homem morto prontos para a luta. O bando dos adormecidos estavam a postos e muito desperto, foram tão rápidos que não tiveram tempo o suficiente para distanciarem-se.

— A que devo a honra da família Winchester? — Luther deixou-se mostrar com a pequena luz que adentrava as frestas do galpão. — Sinto o cheiro do medo no ar, parei de contar os inúmeros corpos de caçadores que subjuguei, mas vocês...vocês terão um gosto especial.

Sam virou-se próximo do irmão, estavam predestinados a este momento, sabiam que não teriam alternativas senão escutar e esperar o melhor momento para atacar. O Winchester mais jovem sentiu o corpo de Ruby apertar-se ao seu, buscando proteção.

— Não queremos mais problemas com vocês, meus filhos não têm nada a ver com a sua vingança. Deixe-os ir e...

— Cale a boca caçador! Daqui só sairão corpos secos. Acabem com eles!

Os vampiros sedentos os atacaram com ferocidade, a primeira cabeça rolou aos pés de Luther que a chutou raivosamente e pulou sobre Sam. O jovem sentiu a imensa força do vampiro.

— Como se sente agora caçador? — Luther segurava o jovem fortemente pressionando o pescoço do moreno.

— Sam! — Gritou Dean ao ver o irmão em perigo.

— Nem um passo a mais ou eu quebro o pescoço dele! Largue a arma, agora! — O vampiro pressionou mais forte o pescoço do moreno, fazendo-o soltar um gemido.

—Ok, calma. Estou abaixando a arma. Agora solte ele. — O loiro abaixava o facão vagarosamente sem tirar os olhos do irmão. O som da arma atingindo o chão tranqüilizou o resto dos vampiros.

— Vocês humanos, porque não nos deixam em paz? Temos tanto direito de viver quanto vocês.

— Eu acho que não! — John mirou no vampiro e atirou. Alguns sorrisos escaparam dos lábios dos vampiros mas ao verem seu mestre caindo sem vida o medo e o receio da arma os fizeram recuar.

— Luther! Nãoo! — A vampira enraivecida partiu para cima de John, que surpreso pela agilidade dela não teve tempo para se defender.

— Desgraçado! Onde você escondeu essa arma? Como poderia estar com você? Responda antes de dilacerar sua garganta! E vocês dois paradinhos. Cadê a vadia? Hã? Foi ela, sim. Tudo armação daquela demo...

—Kate sentiu a voz sumir e pela sua garganta a fumaça negra entrava em seu corpo, sufocando-a. John desvencilhou-se e engatilhou novamente a arma ele sabia muito bem o que estava acontecendo. Mas a arma falhou, ou melhor ele usou a última bala em Luther. E as gargalhadas agora estavam descomunal, os olhos da mulher intensificaram-se tornando-se totalmente brancos.


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Notas finais do capítulo

Obrigada a todos pelos maravilhosos reviews. Estou muito contente por continuarem a ler as minhas fics. E um gradecimento a Elise por ter recomendado minha fic. Beijos! E espero seus comentários com o rumo que estou dando a essa história envolvendo nossos tão amados Winchesters!