Estigmas Das Trevas escrita por AngelSPN


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Agradecimento especial a Alice e Alexis por terem me indicado ao Francisco, meu mais novo leitor e escritor pois a história dele é muito, muito boa mesmo http://fanfiction.com.br/historia/220992/Commentarius_Angeli_-_Um_Testemunho/...beijos a todos!



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Bobby e os jovens caçadores afastaram-se o suficiente das criaturas noturnas. O vento soprava as madeixas do moreno que respirava com um pouco de tranqüilidade.

— Bobby, como soube? — Dean arqueia sua sobrancelha ligeiramente.

— Garoto, recebi uma mensagem de alerta de Daniel Elkins. Infelizmente cheguei tarde para ajudá-lo. — O caçador falou com a voz arrastada.

— O que aconteceu, Bobby? — O moreno já sabia a resposta, só queria confirmar as afirmações de Ruby.

— A polícia disse que fora um acidente, e que ele morreu carbonizado. Mas o macaco velho aqui encontrou o telefone que não era de Elkins. — Os jovens pararam sua atenção ao amigo.

— Era do papai? — O loiro fixou o olhar no caçador.

— Sim. E várias chamadas sua. Não foi difícil saber que vocês estavam metidos em encrencas das grossas. — O caçador retirou o boné surrado e concordou com um balançar de cabeça. — Como vocês sabiam?

— Uma garota nos procurou e nos contou que papai estava em apuros. Como a polícia não achou o celular de papai? — Sam estava olhando para o irmão mais velho que continuava quieto.

— FBI, filho. — Ambos entenderam.

— Bobby, a jovem que nos alertou está perdida nesta floresta. Temos que achá-la! — Sam falou com determinação.

— É claro. Mas não tenha muita fé que a encontraremos viva, vocês mesmo estavam com o pé no caixão. Mesmo com todos seus conhecimentos. — Bobby recolocou o boné.

— Bobby, pare! — Dean gritou, fazendo o caçador pisar no freio bruscamente.

— O que foi garoto! — Os rastros de poeira levantaram formando uma nuvem.

— Olhem! Sam é o galpão. Onde provavelmente está o pai. — O loiro apontava o indicador para uma estreita estrada de onde podia-se ver logo abaixo um enorme galpão velhos pouco iluminado.

— O covil dos malditos! — Sam sentiu a adrenalina começar a voltar.

Os três descem cautelosamente do veículo, se embrenham até o penhasco e posicionam-se atrás de uma pedra escura servindo como esconderijo. Avistaram do alto alguns vultos descendo das copas das árvores e adentrando o galpão abandonado. Um dos olhos vermelhos olhou em direção do trio que se esconderam, era como se o maldito tentasse cheirar o ar em busca de suas presas. Talvez se o vento não estivesse a favor deles o noturno identificaria a presença deles.

— Viram? Eles são espertos. Teremos problemas se entrarmos sem um bom plano. — Bobby dizia sem tirar os olhos do covil.

— Teremos que aguardar o nascer do sol. — O loiro disse quase para si mesmo.

— Mas, o pai... ele pode estar em perigo e...

— Seu irmão tem razão garoto! Nada irá adiantar se formos mortos. E certamente John está em apuros a tempo.

— Agradeço por nos ajudar Bobby. — Dean estava muito abatido, seu semblante estava muito pálido e o velho caçador começou a analisá-lo.

— Não precisa agradecer garoto, faço isso por vocês. E ninguém merece um fim nas mãos desses sanguessugas nem mesmo o cabeçudo do John. Agora vamos voltar para o carro, você está muito pálido Dean se feriu? — os três começavam a voltar ao carro.

— Longa história Bobby, acho que a ferida abriu com o esforço que fizemos contra os desgraçados. Mas eu estou ótimo, pronto para outro ataque se necessário. — Dean falava com convicção.

— Uau, deu medo. Vamos garanhão. Não nos será útil se sangrar até a morte. Me conte como conseguiu isso, temos tempo até o amanhecer.

Dean não se sentiu a vontade em falar o que estava lhe ocorrendo. Parecia uma loucura e isso o assustava. Sam começou a explicar os sonhos e as alucinações do irmão.

— Cheguei a pensar que Dean sofria alguma doença depois de tudo que ele passou, mas há alguns dias atrás eu mesmo vi os sinais demoníacos e o corte em seu corpo. Não tivemos tempo para descobrir o que lhe estava acontecendo. Ficamos sabendo que o pai estava em perigo e...o resto você já sabe.

— Isso não é nada bom. Você está tendo estigmas do que passou com Alastair no inferno. Agora porque isso? — Os três se entreolharam, apenas o silencio pairava naquele momento. Até que um grito chamou-lhes a atenção.

— Droga! É a garota. ­­— Dean falou baixo.

Ao longe a loira era arrastada para dentro do galpão ás pressas, os primeiros raios de sol começavam a despontar no horizonte.

— Me solta! Me larga seu monstro sanguinário! — A presa continuava a debater-se com ferocidade.

A criatura segurava a jovem firmemente, a claridade mostrara a pele do ser das trevas muito enrugada, parou momentaneamente farejando o ar novamente. Sua boca hedionda abriu-se em um sorriso aterrorizante. Um suspiro do vento denunciou nossos amigos, mas o sol estava nascendo. Um grunhido de ódio se fez ouvir e o monstrego entrou fechando atrás de si a porta com ferrolho, levando a loira junto.

— Dean, venha. Deixe-me fazer um curativo. Esse sangue em sua roupa está chamando os vampiros, deixando-os ainda mais ensandecidos por sangue. Enquanto Sam prepara as armas.

xxx

Dentro do galpão também ocorria uma movimentação intensa. Vampiros ouviram o parceiro chegar e ouvir de sua boca as palavras que os atormentava, CAÇADORES!

— Você os trouxe aqui sua víbora! — O homem que segurava a loira falara em tom ameaçador.

Com apenas um movimento o vampiro voou pelos ares contra um pilar de arenito, todos os presentes abriram suas bocas emitindo sons de um futuro ataque contra Ruby.

— Parem seus idiotas! — Todos voltaram sua atenção para o enorme vampiro que aproximava-se destemidamente, impondo respeito e medo aos presentes. — Ruby, a demônia das trevas está conosco.  Graças a ela poderemos recuperar a colt.

— Mas Luther, o homem não abriu o bico. Nem com as torturas que o fizemos passar. — O vampiro chefe fuzilou o subalterno com o olhar e rapidamente o vampiro que respondeu baixou o olhar e pediu desculpas.

— Eu...não quis ofendê-lo Luther.

— Chega de ladainha, Kate venha cá.

— Sim meu Luther. — Da penumbra levantou-se uma mulher esguia e de cabelos negros, em seus olhos refletia-se a paixão e a cumplicidade que tinha com Luther, o vampiro alto e de esplêndida beleza.

— Vamos prosseguir com o plano, leve todos daqui. O túnel nos levará para bem longe, enquanto eles pensam que nos pegarão em uma cilada. Quero a colt de qualquer jeito, aquela arma já acabou com muitos dos nossos é hora do acerto de contas. Se o velho aqui não quer falar, pegaremos os filhos.

— É assim que se fala, vampiro! — Ruby aproximou-se. Segurou o queixo do vampiro e seus lábios estavam quase encostando-se quando Luther segurou a mão da loira com extrema força, os olhos de Ruby revelaram-se imediatamente em uma profunda escuridão.

—Pode ser um demônio, mas sou muito mais velho que você. Não recebo ordens. Estou nessa contigo por nos dar informações sobre o caçador Daniel Elkins, que descanse nas labaredas do inferno.

Ruby não gostou nada do que estava se sucedendo, engoliu a raiva e sorriu massageando o pulso. Precisava deles para cumprir sua missão. Mais tarde o vampiro pagaria por tal ousadia. Ela percebeu atrás do vampiro o sorriso da vampira Kate.

“Sorria vampira cretina, verei seu sangue esparramado por sua boca nojenta!” — pensou a loira ainda sorrindo.

— Acalme-se Luther, farei como quiser. Cumpra seu papel e cumprirei o meu sem cruzar o seu caminho e a dos seus.  Agora tragam o Winchester e me amarrem com ele, se fizerem alguma gracinha comigo, não acabarei com você, mas com a linha do seu sangue. Compreendeu? — Ruby disse determinada.

— Amarrem-na. Vamos prosseguir com o plano.

— E não esqueçam, aviso a todos vocês. Sam Winchester é meu. Os demais são banquetes para vocês.

— Combinado demônia!


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Notas finais do capítulo

E então, o que estão achando de meus delirios? Espero os amados reviews. Eles me deixam tão bem! E prometo não demorar para postar. Beijos.