– Quem quer chá? – Mai virou-se para o resto da SPR como se tivesse trocado de personalidade, todos ainda estavam surpresos pelo que tinha acontecido por isso ninguém respondeu

– Vou pegar para todo mundo de qualquer maneira – Mai disse e foi para a cozinha

Oque foi isso agora a pouco? ela nunca tinha agido dessa forma antes. Naru ficava formulando perguntas em sua mente até que decidiu ir até Mai e falar diretamente com ela então se levantou de sua poltrona e foi para a cozinha

– Mai- – Naru começou mais foi interrompido por Mai

– Oh, Shibuya-san eu já estava indo levar o seu chá – Mai disse segurando uma bandeja com os copos de chá

– Mai já chega desse comportamento – Naru disse autoritário

– Sin..– Mai disse se aproximando de Naru o suficiente para sentir seu hálito quente

– Sim?

– Não, sinto muito não sei do que está falando – Ela disse dando a volta em Naru e indo para a sala

Mai deixou o chá de Naru em cima da mesa que tinha sido separada para ele depois entregou o chá para todos os outros o último foi Takigawa que ao pegar o chá da bandeja olhou para o rosto de Mai

– Mai você aconteceu alguma coisa? seu rosto está corado – Takigawa perguntou

– Hã? estou me sentindo ótim- – Mai parou de falar pois começou a se sentir mal e ver as coisas ao seu redor girando Acho que vou desmaiar ainda bem que não estou mais segurando os copos de chá, não quero ter meu salário descontado por causa de copo quebrado. Esse foi seu último pensamento antes de apagar completamente, sentindo braços fortes e quentes a envolverem e um doce aroma de chá

– Consegui pegar ela a tempo – Naru disse pegando Mai nos baços e a levando a para o sofá mais próximo

– É por isso que ela corada, Mai está ardendo em febre – Naru disse quando colocou a mão na testa de Mai

– Isso é um absurdo ela estava bem até poucos minutos atrás – Ayako disse empurrando Naru para chegar até Mai

– Não é a toa que isso está acontecendo, Mai foi possuída – Masako disse e todos ficaram chocados afinal ninguém tinha percebido a presença de um espírito em qualquer lugar

– Porque disse isso só agora que ela desmaiou? – Naru perguntou friamente

– A presença era tão fraca que pensei que tivesse imaginando coisas, mas quando Mai desmaiou pude sentir mais claramente, de qualquer forma o espírito que está possuindo Mai não é perigoso eu sugiro que não devemos tentar expeli-lo do corpo dela – Masako disse

– Só porque não é perigoso isso não quer dizer que seja lá quem for esse espírito possa ficar fazendo do corpo de Mai sua casa – Takigawa protestou

– Eu concordo com Hara-san, ela está querendo dizer que se o espírito não é perigoso e está possuindo Mai é porque quer tentar se comunicar ou com nós ou com Mai, por enquanto temos apenas que esperar ela acordar – Lin disse

– Então por hora vamos cuidar dela até que acorde – Ayako disse olhando para Takigawa

– Preciso de água morna e alguns panos para colocar na testa dela

– Sim, sim, o que eu não faço por essa mulher – Takigawa se levantou resmungando indo buscar o que Ayako pediu

Sonho ON:

Mai acordou na escuridão densa e ficou esperando qualquer sinal de Gene aparecer

– Gene, Gene você está ai? – Mai chamava com esperança de ouvir sua voz

– Hoje ele não virá – Uma voz feminina disse atrás de Mai e ela virou-se espantada para a dona da voz

– Você.. eu te conheço você é a mãe dos gêmeos, oque está fazendo aqui e onde está Gene? – Mai perguntou desconfiada

– Não se preocupe que esse Gene está bem ele que permitiu que eu viesse no seu lugar para ser sua guia temporária – Ela disse embora tivesse um olhar triste ela tinha um sorriso gentil

– Então aquele sonho quem me mostrou foi voce?

– Sim, mas não podemos ficar conversando muito já que não tenho muito tempo por isso vou te mostrar o que é mais importante

– Certo, mas primeiro qual é o seu nome? – Mai perguntou

– Me chamo de Arisa, então vamos lá – Arisa disse estendendo a mão para Mai e a levando. Elas andaram até que imagens apareceram e uma nova visão começou

Tinha se passado um ano e meio desde a morte do Pai de Reiko e Hideki, sua mãe Arisa estava tendo muita dificuldade para criá-los, um dia Shouma irmão do falecido marido de Arisa disse que a ajudaria a criar o seus filhos e a ajudaria financeiramente se ela ficasse com ele, não tendo muitas opções ela aceitou

mas o homem que foi morar na sua casa era totalmente diferente do Shouma que ela conhecia, esse era mais agressivo e tratava mal os seus filhos

Era de manhã quando Shouma chegou na casa de Arisa visivelmente porre, ela abriu a porta e ele já entrou a insultando

– Ei vadia onde estão aqueles moleques? – Shouma perguntou segurando no pulso de Arisa e ela se contorcia tentando se livrar dele

– Me solta você está me machucando – Arisa disse fazendo força até que conseguiu tirar o seu pulso das mãos de Shouma

– Onde eles estão? quando eu achar eles eu vou matá-los – Shouma disse procurando qualquer coisa que servisse com arma, foi até a cozinha e pegou a faca de cotar comida

– Pare, porque está fazendo isso? – Arisa tentava empurrá-lo para tirar a faca de suas mãos mas não conseguia

– "porque" você pergunta? porque toda vez que olho para esses moleques lembro que eles são filho do meu irmão, aquele que ficou com você mesmo sabendo que eu a amava, então se eu matar eles você poderá ter filhos meus e nós poderemos ser felizes, eu vou tirar o fardo que você carrega – Ele disse com um sorriso demente

– Não, você está louco eu me arrependo de ter concordado em ficar com você – Arisa disse e saiu correndo para procurar seus filhos e quando os achou pegou eles e tentou achar um lugar para escondê-los, quando ouviu os passos de Shouma vindo do corredor colocou as duas crianças de baixo da cama

– Mamãe o que está acontecendo? – Reiko perguntou

– Shh.. não fale nada, não faça barulho isso é uma brincadeira não saia daí até que eu diga que podem sair – Arisa disse aos seus filhos e eles concordaram ela deu um abraço em cada um e saiu do quarto

Onde Reiko e Hideki estavam dava para ouvir Arisa discutindo com Shouma até que a discussão parou de repente e ficou tudo em silêncio, os passos de Shouma voltaram a ser o único ruído que se ouvia ele parou na frente do quarto e abriu a porta

– Ei crianças eu sei que estão aqui, saiam de onde estiverem que a mamãe está chamando vocês – Ele disse ao entrar no quarto, a faca em suas mãos estava escorrendo sangue

Reiko e Hideki ficavam apavorados cada vez que Shouma dava um passo e ficava mais próximo deles, Shouma arredou a cama e puxou as duas crianças que estavam de baixo dela

– Larga ela – Hideki gritou vendo sua irmã sendo segurada pelo braço por Shouma; Shouma empurrou Hideki e o menino cau no chão

– Primeiro ela depois você – Shouma dise levantando o braço que estava segurando a faca

Mai não precisa ver para saber o que iria acontecer, por isso fechou os olhos

– Eu não quero mais ver isso – Mai disse lagrimando e a visão terminou

– Como esse monstro pôde fazer isso, ele eram apenas crianças – Mai disse lamentando por eles

– É por isso que eu vim até você – Arisa disse e Mai olhou para ela depois continuou

– Os meus filhos estão procurando por mim mas ficaram me procurando por tanto tempo que depois se esqueceram o que estavam fazendo e começaram a procurar por figuras maternas, mulheres que eram boa em cuidar de crianças e começaram a matá-las para elas se tornarem espíritos e assim se sentirem mais próximos de uma mãe – Arisa disse

– E porque você não vai encontrá-los? – Mai perguntou

– Não posso, mesmo que eu esteja na sua frente eles não me veem estavam procurando tanto por outras mulheres que esqueceram quem é sua mãe verdadeira, por isso quero que você me ajude a falar com eles, enquanto eu não falar com eles e eles não me verem não poderemos seguir em frente

– Eu entendo como se sente Arisa-san eu irei ajudá-la

– Obrigado Mai, agora eu não tenho mais tempo tenho que sair do seu corpo e na próxima vez que você tiver um sonho não se preocupe que Gene já estará aqui – Arisa disse e Mai assentiu e as duas desapareceram

Sonho OFF:

Mai abriu os olhos lentamente sentiu sua testa gelada quanto tocou na sua testa tinha um pano úmido que deveria estar ali a um tempo pois já tinha esfriado

– Hey Mai-chan você acordou – Yasuhara disse ele estava sentado no sofá que estava de frente para o de Mai

– Yasu, quando chegou? – Mai perguntou sem perceber quem estava ao lado de Yasuhara

– Agora a pouco eu vim com- – Yasuahra parou de falar quando viu uma criatura se jogando em cima de Mai

– E-Eu quero..res..pirar – Mai conseguiu dizer entre a falta de ar e soltaram ela

– Me desculpe é que faz tanto tempo que eu não te vejo – Madoka disse sorrindo e se afastando