Os únicos que faltavam era Ayako, John e Masako quando chegaram as empregadas trouxeram a janta e todos comeram na Base quando terminaram foram para seus respectivos quartos

No meio da noite Mai acordou com o som de alguém andando pelo corredor, se levantou na ponta dos pés para não acordar Ayako e Masako e foi andando até a porta, quando abriu a porta para sua surpresa quem estava no corredor era Daichi

– Ei o que você está fazendo acordado a essa hora? – Mai perguntou para o menino que estava olhando para o chão, assustado com sua voz ele levando sua cabeça, seus olhos estavam cheios de lágrimas

– Venha aqui – Mai disse para Daichi e ele foi em sua direção lentamente Mai se abaixou na sua altura e perguntou

– Você quer me falar o que aconteceu? – Falou com uma voz suave, levantou as mãos e limpou as lágrimas do rosto de Daichi

– E-Eu tive um pesadelo.. sonhei com o dia que estava no meu quarto e.. fui sufocado por alguma coisa – Daichi disse com os olhos começando as ficar marejados, Mai puxou o menino e o deu um leve abraço para ele não se sentir incomodado e foi surpreendida quando ele retribuiu o abraço e se agarrou em sua blusa

– Shh..está tudo bem aquilo não acontecerá de novo, vamos eu te levo até o seu quarto

– Não, eu não quero ficar lá sozinho – Daichi disse segurando mais forte em Mai

– Está bem você pode dormi aqui comigo mas será apenas por hoje certo? – Mai disse e o menino sorriu em resposta

– Eu conheço um ótimo remédio para quem tem pesadelo – Mai disse sorrindo

– Você pode me levar na cozinha? – Mai perguntou e Daichi assentiu pegou em sua mão e foi a levando até a cozinha

Quando chegaram na cozinha Mai fez um copo de leite com alguns biscoitos para Daichi e deu para o menino que recebeu com um enorme sorriso e aparentemente ele estava com fome pois comeu tudo muito rápido depois que terminou de comer Mai lavou o copo e eles voltaram para o quarto

Mai se deitou com Daichi ao seu lado, como o cobertor era apenas para uma pessoa Mai ficava descoberta

– Daichi não puxe o cobertor só para você eu também estou com frio – Mai disse puxando o pano para si mas foi a vez de Daichi ficar descoberto

– Já sei, você está muito afastado venha mas pra cá – Mai disse puxando o menino para mais perto sem perceber o rosto corado de vergonha do menino assim os dois dormiram confortavelmente

Sonho ON

– Hideki-nii vem logo – Uma menina gritou ela tinha cabelos pretos enrolados que iam até a cintura e os olhos verdes esmeralda

– Reiko para de ficar gritando eu não sou surdo – Hideki disse logo atrás dela, muito parecido com Reiko ele tinha cabelos pretos enrolados e os olhos verdes as duas crianças eram gêmeos e tinham 5 anos de idade

As duas crianças ficavam correndo uma outras da outra brincando de todas maneiras até o pôr do sol

– Hideki, Reiko entrem agora está ficando tarde – A Mãe chamou os filhos e eles obedeceram, quando chegaram na porta foram recebidos pelo seu Pai, os irmãos ficaram disputando quem seria aquele que ficaria no colo do Pai, ninguém venceu pois o Pai carregou os dois e os levou para dentro da casa

A visão mudou e agora as duas crianças estavam segurando um buquê de rosas na frente do túmulo de seu Pai, sua mãe chorava e eles com sua ingenuidade perguntavam para a mãe porque ela estava chorando e o que significava dizer "seu Pai está no céu", quando ela ouvia isso de seus filhos se afundava ainda mais em lágrimas e os abraçava dizendo que tudo daria certo

A visão terminou e Mai estava na escuridão sem fim, olhou de um lado para o outro, esperou não sabe quanto tempo e nada de Gene aparecer sua visão ficou embaçada e sua figura começou a desaparecer

Sonho OFF

Mai abriu os olhos e se assustou quando viu Ayako e Masako olhando para ela com uma cara de "o que aconteceu?"

– Tá legal Mai você vai me dizer oque foi que aconteceu? – Ayako perguntou lentamente

– Aconteceu? como assim aconteceu alguma coisa? – Mai disse confusa

– Como ele veio parar aqui? – Masako perguntou apontando para Daichi que estava todo enrolado no cobertor

– É por isso que estou gelada – Mai murmurou olhando para o menino que estava enrolado no coberto e a deixou no frio a noite toda

– Eu acordei com ele andando pelo corredor de madrugada quando perguntei oque tinha acontecido ele estava chorando dizendo que tinha tido um pesadelo e que não queria voltar para o seu quarto então deixei ele ficar aqui somente por hoje – Mai explicou

– Entendo, então ele disse alguma coisa sobre o que aconteceu no quarto dele sobre o dia em que ele foi sufocado? – Ayako perguntou

– Daichi falou que estava sonhando exatamente com este dia e disse "fui sufocado por alguma coisa", ao que parece nem ele sabe o que houve tudo deve ter acontecido muito rápido mas eu não pretendo perguntar nada também, essa experiência foi de mais somente para uma criança – Mai disse e elas entenderam seu ponto de vista

Só faltava Mai se arrumar depois que ela fez sua higiene diária saiu do quarto e foi para a Base junto com Ayako e Masako mas decidiu deixar Daichi dormir mais um pouco, chegando na Base encontrou todos exceto Yasuhara, passou direto para a cozinha e foi logo preparam o chá depois de feito deu o chá para todos e foi sentar em um dos sofás

– Onde está Yasuhara, Bou-san? – Mai perguntou vendo que a sala estava muito quieta

– Ele foi mandado á Biblioteca da cidade para pesquisar sobre a Mansão por Naru – Takigawa disse e quando terminou de falar a porta da Base se abriu

– Desculpe entrar sem bater mas eu queria saber se alguém sabe onde Daichi está, procurei ele por toda parte mas não o encontrei – Naome disse ao entrar

– Você já procurou no nosso quarto? – Mai perguntou e todos olharam para ela

– Ainda não.. – Naome disse lentamente

– Então vai lá que ele provavelmente ainda está dormindo – Mai disse indiferente como se isso fosse uma coisa normal, Naome agradeceu pela informação e saiu da Base

– Mai..VOCÊ VIROU UMA PEDÓFILA? – Takigawa gritou chocado e depois gritou de dor quando Ayako bateu na sua cabeça

– Porque você fez isso sua..– Takigawa disse

– Primeiro ouça o outro lado da história – Ayako o repreendeu

– Tenho certeza que Taniyama-san tem uma boa explicação – John disse tentando acalmar todo mundo

– Estamos todos esperando Mai – Naru disse

Mai teve que explicar tudo de novo oque já tinha falado para Ayako e Masako antes, mas dessa vez falou mais detalhadamente para evitar de ficarem fazendo perguntas

– Então foi isso que aconteceu – Takigawa suspirou de alívio depois que ouviu a história

– Bou-san não saia tirando conclusão por conta própria – Mai disse irritada

– Tá bem, é só que é estranho ver você se dando bem com aquele garoto que teimou dizendo que não gostava de você – Takigawa disse passando a mão pela cabeça onde ainda estava dolorido por causa de Ayako

– Mai e Takigawa vão ajeitar uma câmera que não está funcionando – Naru disse olhando o monitor que não estava aparecendo a imagem

– Certo e onde fica? – Mai perguntou e Naru a entregou um papel, quando abriu era um mapa

– Um mapa? pra que isso?

– Esse é o mapa da casa para facilitar nosso trabalho – Naru disse

– Vamos Bou-san – Mai disse indo até o Monge que fingiu não está ouvindo, ele não queria ter que subir ou descer escadas era muito cansativo. Mai o pegou pelo braço e o arrastou até a porta

– Mai – Naru disse antes dela sair e Mai se virou

– Não vá se perder – Ele disse com um sorriso presunçoso

– É claro que não – Mai disse sorrindo da mesma forma mas por dentro tudo que ela queria era pular no pescoço de Naru e estrangular ele até ele perder essa pose arrogante

Mai foi reclamando para Takigawa durante todo o caminho sobre como Naru é um idiota e que ele não confia nela pra fazer mesmo os menores trabalhos até que chegaram a sala onde estava a câmera

– Que estranho não tem nada de errado com a câmera mesmo assim ela não pega – Takigawa disse analisando a câmera e tentando encontrar o erro

– Em horas assim você só precisa fazer isso – Mai disse indo até a câmera e dando umas pancadas

– Takigawa-san a câmera já está pegando vocês podem volta – Naru disse pelo wolk tolk

– É por isso que sempre tem uma câmera que está arranhada – Takigawa disse rindo

– Bou-san você não pode falar para Naru ele vai descontar no meu salário – Mai disse séria e Takigawa concordou ainda rindo

Mai andava distraída olhando para a parede onde tinha belas pinturas quando voltou a olhar para frente não encontrou Takigawa

– Ele realmente tinha razão eu acabei perdida, estava tão ocupada reclamando que nem prestei atenção de onde viemos – Mai disse olhando de um lado para o outro vendo se não reconhecia alguma coisa que a ajudasse a voltar para o caminho certo

– Onee-san.. – Uma voz de criança disse

– Tem alguém ai? – Mai disse mas ninguém respondeu

– Onee-san você é a próxima – Uma voz diferente da primeira falou e Mai ainda não conseguia ver de onde vinha a tal voz e as coisas só pioravam para Mai, ela estava perdida ouvindo vozes do além e o ar em volta estava ficando a baixo da temperatura normal

As luzes começaram a piscar e duas crianças apareceram Mai as reconhecia eram as mesmas crianças de seu sonho só que dessa vez ela estavam com suas roupas rasgadas tinham alguns cortes pelo seus corpos uma aura sombria ao seu redor e estavam sorrindo diabolicamente

– Onee-san venha com a gente – A menina Reiko disse estendendo as mãos para Mai

O que eu faço, oque eu faço Mai pensava tentando escapar de alguma maneira, é claro que ela poderia usar seus poderes e acabar logo com isso mas ela seria incapaz de machucar uma criança mesmo que já estivesse morta, no seu sonho essas crianças eram alegres e felizes, para se torna um espírito que ficou preso na casa alguma coisa tinha acontecido a eles e Mai não queria exorcizá-los antes de saber oque aconteceu

– Naumaku sanmanda bazaradan kan – Takigawa apareceu atrás de Mai falando seu mantra Reiko e Hideki gritaram de dor e desapareceram temporariamente

– Mai porque você não fez nada e se alguma coisa tivesse acontecido – Takigawa a repreendeu

– Desculpe Bou-san – Mai disse e explicou para ele o porque de não ter feito nada e contou sobre o sonho que teve com o casal de irmãos

– Eu entendo o que você sente Mai, mas não faça isso de novo você deveria pelo menos ter usado os sutras que Ayako te ensinou, quando eu olhei para trás e não te encontrei fiquei muito preocupado – Ele disse passando a mão na cabeça de Mai

– Vamos voltar e quando chegarmos mocinha você vai dizer o que aconteceu não podemos ficar omitindo as coisas de Naru – Takigawa disse

– Mais Bou-san..– Mai protestou não querendo falar com Naru e ter que ouvir " eu te avisei idiota "

– Nós temos que falar para Naru de um jeito ou de outro ele tem que saber que tem um fantasma aqui e que já fez sua primeira aparição

– Certo..– Mai concordou desanimada

Eles andaram corredores e corredores desceram escadas e finalmente chegaram na Base, quando entraram Mai foi indo de fininho para a cozinha para tentar escapar de ter que falar com Naru mas Takigawa a impediu

– Mai...– Ele avisou antes que ela entrasse pela porta que dava para a pequena cozinha

– Ta bom eu já ia falar – Mai disse indo até o sofá, falou para Naru que tinha algo para dizer e ele ficou esperando

– Quando eu fui até a sala que estava a câmera eu..err..eu não prestei atenção no caminho e quando estava voltando para a Base me perdi de Bou-san

– Isso não é novidade você sempre se perde mesmo – Naru disse voltando a ler o livro que estava em sua mãos e Mai ficou irritada com sua falta de interesse

– Eu ainda não acabei quando estava no corredor duas crianças apareceram foram as mesmas crianças que eu sonhei hoje- – Mai foi interrompida

– E porque não me disse desse tal sonho? – Naru perguntou

– Eu tinha esquecido agora voltando ao que eu estava falando, essas duas crianças eram um casal de irmãos gêmeos se chamavam Reiko e Hideki o Pai morreu quando tinham 5 anos isso é tudo que eu sei não tenho mais nenhuma informação – Mai terminou de falar e ficou aguardando algum comentário de Naru

– Não vai falar nada? que milagre – Mai disse fingindo uma falsa surpresa

– Pra que falar alguma coisa? viver com uma alta taxa de idiotice já deve ser vem bem difícil não vou dificultar ainda mais a sua vida – Naru disse só para ver Mai irritada mas teve o efeito oposto e que deixou todos na sala surpresos

– Sinto muito por ser assim Shibuya-san de agora em diante prestarei mais atenção em meu trabalho – Mai disse formalmente fazendo uma reverência, de agora em diante se ele quiser irritá-la Mai vai fingir indiferença e usar as armas de Naru contra ele