LEIAM AS NOTAS FINAIS!      

Capitulo 8

E enquanto eu comia minha torrada com geleia e bebia o chá, eu não estava conseguindo parar de espreitar Justin. Porque até comendo ele ficava bonito. E eu acho que ele estava notando.

E em vez dele falar…

…Ele sorria e me olhava também, e aquilo estava me fazendo sorrir. Mas sabem o que era estranho?!

Eu estava nervosa. De novo.

-Pov Justin-

Como se descobre que está se gostando de uma pessoa?

Eu não sei essa respota porque… Bem, eu acho que nunca precisei dela.

Mas eu sabia que não estava tendo um comportamento normal.

E sabe… O desconhecido:

Me assusta.

Eu não estava parando de olhar para ela, a verdade é que eu não conseguia ou talvez não tenha tentando. Mas aquele joguinho todo estava causando algo em mim que eu não sei o que era.

E ela estava me olhando também, ou pelo menos parecia que sim.

A cozinha estava toda em silencio, Margarida tinha ido lá em cima tratar dos quartos, a verdade é que ela nunca fica muito tempo numa divisão logo que eu entre nela, e eu sabia porquê e eu gostava de a provocar. Eu nunca teria nada com Margarida porque ela é quase como uma irmã para mim.

Sua mãe era a antiga empregada aqui de casa, e desde que eu nasci que eu conhecia Lucete, mas ela falaceu uns anos atrás e como Margarida sempre acompanhava o trabalho da mãe foi quase que imediato a resposta dela quando meus pais deram a  ideia. E eu sei que ela tem orgulho do que estava fazendo, afinal ela está continuando o que a sua mãe fez a vida toda.

Só que ela é mais nova que eu, e sempre teve uma especie de paixoneta secreta por mim, mas nada que a causa-se sofrimento ou algo do genero, só que quando descobri que ela tinha arrajado namorado eu tinha que fazer alguma coisa.

E bem, é isso que eu faço, fico roçando e abraçando nela, mesmo só para me divertir. E aquilo me dava um certo gozo interno.

Mas agora o ambiente estava pesado, porque o silencio era horrivel, e eu nunca fiquei numa situação dessas com uma mulher. A verdade é que eue nunca converso realmente com elas, acho que ela ficam falando coisas sedutoras no meu ouvido por um tempo e depois toda a gente sabe o que acontece, por isso eu nunca poderei dizer que conheço as mulheres com quem transo, porque a única coisa que sei delas é a cor de sua lengirie e o quanto elas são boas na cama.

-Er… Desculpe por ontem a noite.-  Samanta se pronuciou pela primeira vez em toda a refeição.

-Exatamente pelo o quê?- Sim porque aconteceu tanta coisa que eu nem sei o que ela achava que devia pedir desculpa.

-Acho que por tudo.-Ela disse e soltou um pequeno riso abafado, mas mesmo assim eu ainda estava notando uma coisa. Samanta não olhou para minha cara directamente desde de ontem, e eu estou me perguntando se ela estava evitando o acto ou só não calhou.- Eu ontem só fiz coisas que não devia… estraguei o jantar, aproveitei de sua boa vontade, e depois ainda… er… beijei você e…- Eu a interrompi.

-As primeiras desculpas eu aceito, por causa do jantar e minha boa vontande.-Disse e nós dois rimos.- Mas pelas duas ultimas… Não.- Logo que acabei de falar Samanta olhou para mim e só ali nossos olhares se cruzaram e eu via sua expressão confusa com minha fala.- Afinal não foi só você que me beijou, eu beijei você também, e peço desculpa por não ter ido atrás de você para esclarecer as coisas ontem, mas realmente deixar para lá foi o que me pareceu mais sensanto.- eu parei de falar, mas Samanta não se pronunciou então decidi continuar.- E pelo sucedido no quarto… a culpa foi mais minha, eu devia ter batido primeiro, afinal não sabia em qual dos quartos você estava. Então… Me desculpe.- Disse e sorri para ela numa forma simpatica mas Samanta voltou a desviar os olhos.

-Er… Tudo bem, mas mesmo assim eu peço desculpa pelo… beijo e pelo sucedido no quarto também, e espero que as aceite mesmo não dizendo. Aquilo aconteceu na força do momento e nós agimos por impulso, eu não quero comprometer nossa relação profissional com isso tudo…-Eu voltei a interromper.

-Isso não vai…-mas ela me interrompeu de novo.

-E para não falar que eu estou me sentindo mal por ter feito aquilo…- Eu nunca tinha sentido o que senti agora ouvindo isso de uma mulher, ela estava falando que não tinha gostado, que estava arrependida? Eu não sei o que ela quis dizer com aquilo, mas eu tinha cereteza, fosse o que fosse. Eu não estava gostando.- E ainda por cima…-Samanta parou e vi ela apertar a toalha na mesa antes de falar.- Você tem namorada e… E meti você naquela situação, espero não causar problemas para você com aquilo. E se quiser eu mesma posso explicar para ela que não foi nada e que não significou nada para você como para mim… Eu só não quero estragar vossa relação.- Samanta falou aquilo tudo rapido e quando acabou eu via seu peito descendo e subindo rapidamente e ela respirar pela boca agora soltando sua mãos da toalha de mesa.

E sinceramente eu estava perplexo com tudo o que ela disse. Não só com o que ela disse, mas também…

…Onde ela foi tirar essa ideia de eu ter namorada afinal?

-Calma aí. Você está falando isso tudo sem me deixar dar uma explicação sequer.-Disse e logo continuei quando ela olhou para mim.- Para começar, eu não tenho namorada, então pode tirar esses remorsos de cima de seus ombros.-Disse e ri um pouco com a cara de Samanta.- E depois, eu não veijo como isso compromete nossa relação profissional, para não falar que ela nem ainda existe, já que a gente ainda não está trabalhando. E de qualquer maneira eu não sou de ficar a enrolar muito nessas coisas então eu vou ser bem direto.-Disse e ela se ajeitou na cadeira me olhando agora nos olhos.- Aquilo que aconteceu ontem aconteceu porque… Eu queria que acontece-se, não que eu tivesse planejado aquilo, mas eu não me arrependo, e sinto muito se você não gostou tanto quanto eu. Mas eu fiquei pensando nesse beijo a noite toda e eu não custumo fazer isso… Então está tudo bem se você quiser esquecer ele, e a gente faz como se nuca tivesse acontecido. Mas eu posso lhe garantir que não é isso que eu quero fazer.-disse por fim e olhei Samanta que agora estava mais surpresa do que em toda a conversa. E eu estava esperando que ela fala-se algo mas ela ainda parecia degirir minhas palavras.

Eu não tinha o porquê de ficar a enrolar com aquilo, eu nunca fui de fazer isso, então falei logo tudo porque eu não tenho o porquê de esconder que gostei.

-Eu… Eu…-Ela ia falar alguma coisa…-Eu preciso ir buscar minhas coisas lá em cima.- … Mas acho que perdeu a coragem, ou talvez não tivesse nada para me responder.

Só sei que Samanta saiu da cozinha apressada e logo ouvi ela subindo as escadas. E eu fiquei ali, com cara de bolo. Porque eu realmente não estou habituado a lidar com esse tipo de mulher.

Suspirei derrotado, definitivamente essa foi a minha pior conversa com qualquer mulher que fosse. E eu ainda não acredito que ela me deixou plantado.

-Menino Justin!- Ouvi Margarida me chamar da sala.

-Fala.-Disse logo que cheguei perto dela.

-Uma menina veio visita-lo hoje, chamava-se Laila.- Ela disse e eu simplesmente revirei os olhos, eu odeio quando elas vêm aqui, graças a deus minha mãe não estava em casa.

-O que ela queria?- Perguntei e me mandei para o sofá.

-Bem, ela não disse, esperou menino por um pouco mas depois decidiu ir embora pouco antes de menino acordar.- Ela disse pondo o ultimo trofeu de meu pai na estante.

-Graças a Deus. Me faz um favor, e sempre que ela voltar aqui nem deixe entrar… Diga só que eu não estou e que se ela quiser falar comigo que me ligue.- Disse mudando de novo de canal. Realmente ver tv é desperdicio de tempo.

-Concerteza menino… Ah e seu pai pediu que leva-se menina Samanta a casa.- Meu pai devia estar de sacanagem comigo! Só pode.

-Luís não lhe pode levar?- perguntei olhando Margarida.

-Er… Luís foi com sua mãe ao chá.- ela disse e logo começou a  andar para a cozinha até eu a perder de vista.

-Que saco!- disse para mim mesmo. Eu estava a fim de sair hoje. Peguei meu telemovel e digitei o numero de Ryan, e ao terceiro toque ele atendeu.

-Fala aí J.B .- ele disse e logo aseguir bocejou.

-Você ainda estava dormindo?-perguntei rindo.

-È, ao contrario de você eu tive uma noite bem preenchida ontem.- Ele disse e logo aseguir riu, e eu detetei malicia.

-È, imagino como você preencheu sua noite.-disse e acabei acompanhado Ryan na sua gargalhada.

-Você deveria ter vindo. Liliana estava procurando por você, e acredite bro, ela nunca esteve tão gostosa.- ele disse.

-Não me faça inveja, e minha noite não foi tão má assim, digamos que Sofia me deu um presente por ter a aturado a noite toda.- disse e logo nós dois rimos.

-Ah falando nisso, Chris falou que Samanta ficou em sua casa, é verdade?- ele perguntou rindo.

-È, mas não fique imaginando coisas, meus pais estavam aqui.- Disse desanimando.

-Claro, e era isso que o faria não transar. Me poupe Justin.- Ele disse rindo.

-Ah qual é, eu nem conheço a garota direito, e de qualquer meneira não era ela que tinha apanhado o tal namorado na cama com outra?- perguntei para ele.

-È, você não foi legal com ela na festa, agora falando disso.

-Eu estava sem paciencia, e Samanta parecia igual aquelas patricinahs sem sal, e você sabe como eu odeio mulher assim.

-Calma aí, parecia? Já não parece?- ele disse desconfiado.

-Ah Ryan, não enche!- disse debochado.

-Você vai falar, mas tudo bem, eu saco melhor pessoalmente.- ele disse rindo.

-Tá, como queira.

-E aí, me ligou para quê?! Porque não foi para fofocar néh!

-Ah, eu estou a fim de sair hoje. Tem alguma balada para hoje?- perguntei.

-Não, balada não, mas Chaz vai dar uma festa para inauguração do seu novo apartamento.-Ele disse já se animando.

-È eu me tinha esquecido disso, eu estou dentro então.- Disse.

-Ah tudo bem, mas depois passe aqui por casa, todo pessoal vem almoçar aqui.

-Tudo bem.- falei.

-Falou J.B.- Ryan disse e logo desligou.

-Er…-ouvi a voz de Samanta e olhei para as escadas a vendo já com sua pochete e um outro saco na mão.

-È para levar você em casa néh?!-perguntei e ela só assentiu com a cabeça.- Tudo bem.- Me levantei do sofá peguei meu telemovel e minhas chaves de casa e logo saimos da mesma, entrando no meu carro.

Todo o caminho Samanta ficou olhando as ruas passando pelo vidro da janela. E aquilo estava me irritando, eu ainda esperava que ela me disse-se alguma coisa. Não que eu a tivesse perguntado alguma coisa, mas normalmente eu diria algo falando o que eu achava, mas tudo bem.

Afinal, eu nem sei porque estou me preocupando com isso. E eu podia jurar que sua casa ficava perto mas o caminho pareceu mais longo do que eu realmente desejava.

-Ok, está entregue.- disse e só nesse momento ela se virou para me olhar. E só nesse moento eu reperei como ela estava bonita hoje.

Seu cabelo estava ao natural ao contrario de ontem, e ela o tinha jogado para um dos lados dando um ar meio sedutor, seus labios continuavam no mesmo rosa chamativo de sempre, e a qualquer momento que eu olhava para eles meus pensamentos voavam até ontem a noite. Seus olhos azuis também estavam me olhando agora, e eu me pergunto se ela estava me examinando tal como eu estava fazendo com ela.

Samanta desviou seu olhar do meu e vi sua mão abrir a porta, e eu não sabia o que eu iria fazer naquele momento, mas eu tinha um desejo.

E afinal, como ela não gostou do primeiro…

…Essa seria minha chance de me redimir.