Capitulo 7

E ele sempre ficava falando em como teria orgulho de ter um filho que fizesse seus negocios crescerem e coisas desse genero.

E neste momento…

… Meus ombros estavam pesando.

-Pov Samanta-

Sabe aquele friozinho na barriga, as mãos a tremer, aquela incerteza e nervosismo que você sente no seu primeiro beijo?!

Eu não senti quando dei o meu.

Mas eu estava sentido agora…

…Com ele.

Eu até poderia dizer que estava acordando agora, mas a verdade é que eu não consegui dormir nada. Minha cabeça ficou rolando a noite toda e a única coisa que eu consegui pensar foi em a quantidade de merda que eu tinha feito ontem.

Primeiro estraguei o jantar, depois falei que tinha fome descaradamente para Justin, cuscuvilhei suas coisas e depois ainda beijei ele. Eu realmente só estava fazendo porcaria. Ah e sim, ainda apareci quase toda nua na sua frente.

E definitivamente as duas ultimas foram as piores. E eu não estou falando só pelo que aconteceu, mas eu me sinto pior ainda por agora eu não conseguir parar de pensar nisso. Tudo aconteceu tão depressa que eu nem sei bem porque eu acabei fazendo aquilo, mas… Por mais que isso pareça errado e eu nem sei bem porque eu acho errado… Eu acho que tinha gostado.

E era isso que me estava fazendo sentir mal. Eu nunca tinha sentido nada daquilo, e seu beijo era diferente, era gostoso. Seus labios eram tãos bons, eles pareciam se encaixar perfeitamente com os meus, e tinham um sabor bom, caracteristico de Justin, eu gostova de estar envolvida por seus braços, sentido seus dedos em minha cintura me puxando para junto de seu corpo.

E essa imagem ficou passando pela minha cabeça durante toda a noite, e eu também não conseguia esquecer o corpo de Justin, a verdade é que eu não tive tempo de examina-lo bem, mas seu corpo era definido e eu tinha certeza que ele se esforçava para ter aquele corpo, porque era impossivel ele o ter assim de uma hora para outra. Seus ombros eram largos e seus braços fortes e grossos, mas nada exagerado, a verdade é que aquilo estava na perfeição. E eu me condendo por pensar desse jeito.

E o pior…

… Eu não tinha coragem de encarar Justin agora, mas eu sabia que tinha que descer mais tarde ou mais cedo, e se não fosse pela educação eu teria me levantado no meio da madrugada apanhado um taxi e eles nunca mais me punham a vista em cima. Mas Justin vai ser meu colega de trabalho e aí eu sei que não poderia fugir, e eu tinha que ter um bom relacionamento com ele, ou pelo menos razoavel, e essa situação não estava em nenhuma das duas.

Para não falar que ele tinha namorada. Quer dizer, não que ele me tivesse dito, mas ele estava acompanhado por uma rapariga no jantar e eles pareciam bem intimos, claro que era namorada dele.

Eu estava fazendo a ela o que eu odiei que me fizessem a mim. E isso estava me consumindo por dentro, deixando um rasto de remorsos que eu nunca conseguiria esquecer juntamente com toda minha infelicidade com Felipe.

E o que também estava me irritando é que juntamente com todos esses pensamentos proibidos com Justin, eu pensei em Felipe. Como que se tivesse que lhe pedir desculpa por ter beijado outra pessoa, afinal eu não tinha dito um “acabou”, mas era preciso eu dizer?! Acho que Felipe é suficientemente esperto para perceber isso.

E não era nada que ele não merece-se, eu teria gosto em esfregar isso na sua cara, dizendo algo como:

- “Eu esqueci você em horas, não era tão bom assim, consegui beijar alguém horas depois de te ver com aquela galderia, e sabe que mais… foi melhor que qualquer beijo que você me deu!”

Mas eu sabia que nunca teria coragem para falar isso, e eu talvez estivesse mentindo.

Talvez.

A verdade é que eu não conseguia parar de comparar tudo entre eles, e eu não sabia para quê eu estava fazendo aquilo. Se era para me convecer que Felipe não foi tão importante assim para mim, ou estava tentando arranjar uma desculpa por ter gostado tanto do beijo com Justin.

E toda noite eu fiquei pensando nisso tudo e mesmo assim eu não cheguei a conclusão nenhuma. Ou talvez tenha chegado. Mas não a conclusão que eu queria.

Cansei de ficar na cama e me levantei afinal não estava fazendo nada ali. Fui até a casa de banho do quarto de hospedes e lavei meu rosto, e procurei algo para pentear meu cabelo que deveria estar parecendo um ninho de ratos.

Acabei encontrando mais do que procurava e achei também uma escova de dentes ainda dentro do pacote, e eu não sabai se podia usa-la mas eu não poderia descer sem escovar meus dentes. Então não hesitei. Lavei meus dentes e escovei meu cabelo, eu tinha deixado minha pochete no quarto de Justin e eu precisava dela, já que tinha lá meu telemovel, e o resto de minhas coisas.

Um barulho me fez assustar, mas logo percebi que era alguém batendo na porta. Corri até lá, mas só quando cheguei na porta é que me lembrei que estava só com roupa interior…

-Quem é?- perguntei baixo perto a porta.

-Sou Margarida senhorita. Vim trazer roupas para vestir.-Ela disse. Tudo bem, Justin tinha falado da empregada.

Abri a porta e disse-a que entrasse e logo fechei a porta. Margarida ficou me olhando por um tempo surpresa, acho que aqui ela não vê muita gente de roupa interior. Mas logo ela pareceu despertar.

-Bem senhorita, eu não sei se as roupas lhe sevirão, mas trouxe na parte de baixo o 34 e em cima um S. Espero que as roupas sirvão.-Ela disse pousando uns calçoes de pano fino e uma camisola de alsa fina com um tecido de seda branco.

-Tudo bem, elas devem dar.- Sorri gentil para ela. Margarida deveria ser ainda mais nova que eu, o que me fez ficar pensando e ao mesmo tempo ter pena, apesar que ela parecia empenhada no que fazia, e por mais estranho que pareça, ela transparecia alegria e orgulho no olhar.

-Então vou retirar-me agora senhorita, qualquer coisa estou na cozinha, pode chamar sempre que precisar.-Ela disse sorrido e logo a seguir começou a caminhar em direção a porta.

-Espere!- disse antes que ela saisse.

-Sim senhorita.-Ela respondeu virando se para me encarar.

-Amh, em primeiro lugar deixe isso do senhorita, me chama Samanta, afinal a gente deve ter idades muito proximas. E depois… Amh… Quem ta cá em casa?- Eu perguntei para ela e eu nem sabia como eu falei aquilo, mas eu precisava saber.

-Bem, Sr. Bieber já foi para a empresa, Sra. Bieber saiu para um chá com as amigas, menino Justin ainda está dormindo… Ele sempre acorda tarde, mas parece que ele tem uma visita. Uma rapariga loira, acho que seu nome era Laila, sim , acho que é isso,o está esperando na sala.- Ela disse gentil.- E todos os funcionarios estão aqui.-por fim ela finalizou.

-Ah, tudo bem.- disse e suspirei de alivio.

-O pequeno almoço já esta servido na sala para si e menino Justin. Eu vou acorda-lo agora.-Ela disse e se virou indo em direçãoa porta.

-Espere!-disse de novo.

-Sim.- Ela se virou ainda sorrindo.

-È só mais uma coisa, eu posso usar as coisas da casa de banho?-perguntei.

-Sim pode. Mais alguma coisa?-

-Er… na verdade sim, o Justin vai descer agora?-perguntei novamente.

-Acho que sim, deseja que lhe diga algo?-Ela disse e sorriu de novo.

-Ah, não não, está tudo bem, obrigada. E, só mais uma coisa, não tem um jeito de eu comer na cozinha… ou se quiser pode deixar pra lá, eu já estou indo para casa, eu posso comer lá.-falei. A verdade é que eu queria fugir daquela casa.

-Sr. Bieber deixou ordens para que tomasse o pequeno almoço connosco senho… quer dizer Samanta. Menino Justin depois a levará em casa.- Ela disse.

-Ahh… foi?! Então tudo bem, mas mesmo assim eu prefiro comer na cozinha.-falei e sorri meio forçado.

-Claro, nós providenciaremos isso.-Ela disse e logo saiu do meu quarto. Ela deveria me querer matar por dentro.

Peguei as roupas e as levei para a casa de banho logo tomando um duche rapido só para refrescar e tive que por a mesma calcinha, o que verdadeiramente me enoja, mas eu não tinha opção.

Quando finalmente acabei de me vestir, com muito custo já que o calção ficou apertado, já que eu sou mais larga na parte de baixo, mas a camisola ficou na perfeição. Calcei meus saltos e me olhei ao espelho, aquilo nem ficou tão mal assim, estava legal, eu estava parecendo uma executiva. E esse pensamento me fez rir.

Joguei meu cabelo para o lado com a mão mesmo e o deixei solto só com sua ondulação natural ainda um pouco húmido. Dobrei meu vestido e o deixei em cima da cama, iria pedir um saco para Margarida depois.

Abri a porta do quarto e o corredor estava vazio, então comecei a andar depressa para chegar logo lá em baixo, mas deus não estava comigo.

Quando estava passando pelo quarto de Justin ele sai de lá, só de calça de ganga, o cabelo molhado e sua t-shirt na mão.

-Bom dia.- Ele disse sorrindo pegando sua t-shirt do ombro.

-B-Bom dia.- Eu gaguajei e me matei por dentro por isso. Eu queria evitar mas era quase impossivel, meus olhos não saiam de seu tronco, mas logo Justin vestiu a camisola o que graças a deus tapou minha distração.

-Dormiu bem?- Ele perguntou gentil, e eu sinceramente ainda estava em choque.

-Sim, obrigado.- disse e logo olhei para baixo, já que Justin ficava olhando para mim de cima a baixo, e eu ainda não tinha percebido o que ele estava olhando, e desejava não ter nada vergonhoso á mostra.

-Vai descer não é?- Ele perguntou começando a caminhar em direcção as escadas e eu o segui.

-Sim, Margarida passou no meu quarto.- Disse ainda com os olhos postos no chão, e por mais que eu quisesse eu não estava conseguindo olhar na cara dele.

Descemos as escadas em silencio e eu agradeci a deus por isso.

-Oi Margarida.- Justin disse logo que chegamos a cozinha e avistamos Margarida. Ela estava lavando a louça e Justin foi por trás a abraçando e logo em seguida depositando um beijo na sua bochecha, o que fez Margarida corar e eu achei aquilo fofo.

-Bom dia menino Justin.- ela disse logo que Justin saiu de ao pé dela e abriu o frigorifico.

-Estranho, a mesa não costuma ser na sala?- Justin perguntou para Margarida.

-Sim, mas menina Samanta pediu que fosse aqui na cozinha.-Margarida disse olhando Justin e aseguir me olhando, fazendo Justin logo de seguida me olhar também e sorrir.

-Então tudo bem, comemos aqui.- Justin disse e logo se sentou me fazendo sentar também. Margarida nos serviu com o que pedimos.

E enquanto eu comia minha torrada com geleia e bebia o chá, eu não estava conseguindo parar de espreitar Justin. Porque até comendo ele ficava bonito. E eu acho que ele estava notando.

E em vez dele falar…

…Ele sorria e me olhava também, e aquilo estava me fazendo sorrir. Mas sabem o que era estranho?!

Eu estava nervosa. De novo.