Capitulo 23

–Estamos bem?- ela perguntou me olhando e assenti com a cabeça e Samanta sorriu.- Manda beijos a Janet.- Ela disse e eu ri um pouco.

–Eu mando.- disse e Samanta me deu um selinho e logo saiu do carro entrando no seu apartamento. Suspirei e dei partida com o carro.

Hoje seria um longo dia… já que ela não estaria mais comigo.

–Pov Samanta-

Eu me pergunto quanto tempo demora até que você esqueça uma pessoa… de vez.

Quanto tempo demora para você não ser mais afectada por ela… de forma alguma!

Quanto tempo irá durar para que eu consiga ignorar Felipe.

E mostrar para Justin que só ele me importa.

Agora.

Me deitei na minha cama e mirei o tecto.

Eu tinha ficado apenas uma noite fora de casa, mas pareceu uma eternidade. Suspirei mirando meu quarto e me levantando logo de seguida.

Eu precisava de um banho, como deve ser.

Me levantei e fui até o meu armario procurei algo para vestir e optei apenas pelo meu short de ganga e um top simples vermelho, peguei uma lengerie qualquer e fui até a casa de banho. Liguei o chuveiro e esperei que a água esquenta-se para logo me despir e entrar debaixo do mesmo me relaxando.

Logo que acabei me enrolei numa toalha e penteei meu cabelo ainda molhado e o deixei solto do mesmo jeito, me vesti e fui até a cozinha preparando algo para comer.

Me deitei no sofá e liguei a tv a fim de assistir algo enuqanto comia minhas torradas acompanhas pelo sumo natural de Julia e acabei parando num filme qualquer.

Passei quase toda a minha tarde daquele jeito, assistindo filmes e comendo algo que me aparece-se a frente, não sei exatamente quanto tempo se passou mas quando desviei minha atençao para a grande janela da sala, a lua já era evidente e junto com ela as luzes da cidade.

Suspirei e decidi acabar com aquele passatempo completamente inopurtuno e de facto, fazer algo prestavel.

Me levantei no sofá levando tudo o que havia sujado para a cazinha e quando iria subir para o meu quarto a fim de despachar papelada da empresa a campanhia toca, e eu bufei sabendo que provavelmente seria Julia que se esqueceu da chave, de novo.

Desci novamente as escadas e me dergi até a entrada da casa e mesmo antes que eu pudesse abrir tod aa porta, disparei.

–Você sempre esquece a …chave.- Alcamei minha frase ao olhar a figura a minha frente.

–Boa noite para você também… Samy.- Felipe disse e sorriu sarcastico logo olhando minha figura de cima a baixo me fazendo corar com sua falta de vergonha.

–O que você quer?- disparei fria.

–Ao menos me vai convidar para entrar!?- Ele perguntou içando uma das suas sobrancelhas.

–Não.- disse do mesmo jeito.

–Tudo bem, eu entro na mesma.- Felipe passou por mim mesmo antes de acabar a frase e eu bufei indignada me virando para ele que fez questão de sentar no meu sofá.

–Felipe, vai embora!- pedi impaciente e Felipe me olhou serio.

–Não antes de a gente resolver isso.- Ele disse e eu suspirei derrotada. Se essa seria a maneira de ele me deixar em paz, lhe daria uns minutos e logo ele iria embora, pelo menos assim o espero.

–Então fale logo o que quer.- disse e fechei a porta logo parando a frente da mesma encarando Felipe que se levantou.

–Eu estou aqui…- Ele suspirou e se aproximou mais um pouco.- Eu estou aqui para te pedir desculpas Samy.- Ele disse e eu bufei sem humor.

–Pela milesima vez…- ironizei sozinha.- Felipe, acabou. Dessa vez acabou mesmo.- Disse firme e Felipe me olhou com os olhos cemi-serrados.

–Samanta… Não faça isso… Eu te desculpo está bem… Desculpo você por ter me traido com aquele cara, a gente não precisa ficar cheteados…- Ele irai continuar mas eu o interrompi.

–Desculpa!? Eu só posso estar ouvindo errado!- disse alto andando até o outro lado da sala e logo Felipe me encarou.- Você me desculpa!?- me ri.- Eu traí você!? Você bebeu?- perguntei seria para ele.

–Não…- Felipe me olhou confuso. Ok, quem deveria estar bêbeda era eu! Na altura em que me apaixonei por esse cara. Para além de canalha… é burro!

–Felipe, você não tem que me desculpar de nada, tal como eu não tenho que desculpar você. Nós não temos mais nada a ver um com o outro. Me esquece! Acabou! Não tem mais volta! Meta isso na sua cabeça de uma vez por todas, e me deixa em paz!- Gritei sem paciencia e Felipe se aproximou.

–Eu sei que você não quer isso…- Ele disse desesperado.- Você só está confusa… Por causa daquele lá!Eu nem sei como você me pode trocar pro aquele viado…- Felipe não falou mais nada, mal minha mão acertou seu rosto, ele se calou e me olhou surpreso.

E eu também fiquei surpresa. Eu fiz realmente aquilo!?

–De-Desculpa.- recuei dois passos logo depois de gaguejar, o que me deu uma raiva imensa.

–Você não fez isso.- Felipe sorriu, com aquele sorriso que eu não via a muito tempo, doentio.

A ultima vez que o vi assim, nós estavamos numa discoteca, e definitivamente, aquele foi dos piores dias da minha vida.

–Foi… Foi por impulso.- Disse me afastando mais, sentido Felipe se aproximar. E seu sorriso alargou.

Felipe já era toxicodependente a tanto tempo, que ele proprio conseguia parecer sobrio e em pleno estado normal quando na verdade, as substancias ilicitas percorriam suas veias.

E aí eu tive certeza. Ele havia se drogado.

E naquele momento eu sabia, sabia que já não estava mais segura, não com ele naquele estado. Felipe ficava impulsivo e violento quando se irritava ao minimo naquele estado. Eu, por sorte, ou azar, nunca tinha tido problemas com ele, já que naquela altura a única coisa que eu conseguia fazer, era bater em suas costas e dizer um “Eu sei como é dificl” como se ele realmente estivesse tentando parar.

–Você não fez isso Samanta.- Ele repetiu do mesmo jeito, e logo de seguida secou meu corpo com o olhar de fazendo estremecer.- Porque a gente não vai fazer as pazes como antes…- ele parou, de proposito, para que eu pudesse me lembrar de tal facto,que no momento me enojava.- Na cama.- Ele finalizou sua frase mal viu que eu me lembrara do assunto.

–Eu prefiro que a gente… Converse.- disse sentindo minha voz tremula, meu medo era evidente.

–Mas parece que não tem vindo a dar bom resultado…- Ele disse serio e logo Felipe se aproximou o tanto para me colocar entre a parede perto da porta e ele a minha frente.- Afinal… Olha oq eu você chegou a fazer.- ele disse e eu engoli em seco mal seus dedos tocaram meu rosto, me fazendo algo como uma caricia.

–Felipe… eu não quero.- Disse seria e ele riu.

–Já a algum tempo que você só diz o contrario do que realmente sente Samy.- Felipe disse e logo foi ate minha orelha a trincando me fazendo estremecer com seu toque.

E não, não era algo me excita-se, que me agrada-se. Era completamente o oposto, eu estava aterrorizada, e espera, que Felipe não supera-se minhas espectativas.

–Para. Isso é serio.- disse me tentando livrar do espaço apertado mas Felipe me puxou mesmo antes que eu consegui-se sair do lugar apertado, logo Felipe prensou seu corpo contra o meu e pegou meu rosto pelo queixo.

–Você sabe que eu te amo Samy… E mais tarde ou mais cedo você vai perceber que sempre me amou também.- Felipe sussurou no meu ouvido e logo depois passou seus labios de leve nos meus, me provocando enjoou. Virei meu rosto para o lado antes que ele fizesse algo a mais.

–Felipe… vai embora.- Pedi calma, dessa vez.

–Mas nós ainda nem começamos nosso reconcilhiamento.- Ele disse e eu engoli em seco.

Eu já estava farta daquilo, farta, com medo, impaciente, com medo, enjoada, com medo.

Naquele momento eu já estava para tudo. E eu sabia que a única forma de afastar Felipe… Seria lhe dando o que ele quer.

E assim seria.