Savin me - Vol. I escrita por Ruby Luna


Capítulo 7
Cap.06 – Relutância..




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Cap.06 – Relutância..

[Clive]

[Coldplay –Easy to please.mp3]

Eu podia ficar ali parado, estático, por horas e horas admirando sua beleza, seu jeito. Tudo nela. Chegava ser irritante o desejo que eu tinha por ela. Ficamos em silêncio por horas olhando um para o outro. Às vezes me passava pela cabeça ser como ela, só para o tempo não passar, para poder ficar ao seu lado por séculos, ouvindo o som de sua voz que me hipnotizava. Logo ela quebrara o silêncio.

- Está aqui então porque queria saber quem eu era?

- Também!

- E qual é o outro motivo?

Tentei me aproximar, e cada vez chegava mais perto de seu rosto. Ela permanecia quieta a me observar, queria dizer a ela que estava apaixonado, mas de uma maneira diferente. Em um ímpeto a beijei, sentia ondas de eletricidade correr por meio de meu corpo, um beijo intenso começou a nos sufocar naquele instante, meu corpo a queria por inteiro.

Ela correspondia em uma única sinfonia. Nossos lábios em um único toque, como se ela fosse feita somente para mim, nunca havia sentido aquilo tão profundamente por alguém, e talvez sentir aquilo por uma mulher que nem terrestre era me fascinava eu me perdia em seus lábios, no calor do seu toque, o seu cheiro. Estávamos sem ar, eu sugava dela o calor e ela o meu. Logo a coloquei em cima de meu colo, passando as mãos em suas pernas, apertando a sua cintura. Meus lábios desciam por sobre seu pescoço quente, eu mordia a sua pele, ela me apertava forte, uma sensação que parecia que iria me esmagar, sua força era brutal, mais adorava o desejo que ela tinha. Eu apertava seu quadril contra o meu, desabotoando sua blusa, colocando minhas mãos por sobre sua barriga, dedilhando e acariciando, eu beijava seus lábios intensamente. Mais em um ímpeto fui interrompido.

- Paramos por aqui!

- Por quê? – Eu perguntava desesperado e louco de desejos.

- Não podemos!

- Por quê não?

- Eu posso te matar, eu não posso me envolver com absolutamente ninguém, é da nossa origem, e você pode morrer se nos tocarmos profundamente, se é que me entende!

Eu olhei em seus olhos e eles estavam em sua coloração normal, estava compreendendo onde ela queria chegar, mas eu estava maluco por ela.

- Eu estou maluco por você!

- É um erro! Eu não posso, sou uma fugitiva, podemos morrer, eu também não posso me entregar a você e nem você a mim, posso te matar. Meu corpo produz um veneno mortífero, esses tipos de contato são feitos com aliança e mesmo assim é arriscado para humanos!

- Quer dizer que se eu... que se formos.. wow!! Tem que haver algum tipo de aliança?

- Sim!

- Casar por exemplo?

- Clive, tire a idéia de sua cabeça! Por mais que eu queira ficar com você, não podemos, pois não é garantido, sou mortalmente venenosa, e sou uma fugitiva, e você pode ser morto junto comigo.

Eu estava fascinado, os mistérios que nos rondava naquele instante eram maravilhosos. Eu a queria tanto, a desejava tanto. Eu não resistia aos seus encantos, logo me aproximei dela e a beijei novamente, com mais desejo. Ela se entregava fácil ao sentimento. Estávamos loucos um pelo outro, um fogo nos consumia.

- Pare! Eu posso matar você!

- Eu quero ser morto por você!

Nós nos beijávamos mais ardentemente, eu estava louco, a situação ficava pior, estávamos em cima do carpete da sala, e ela por cima de mim a me beijar. Todos os movimentos que fazia com ela apertando seu corpo contra o meu ela o retribuía com mais intensidade, perfeitamente. Para minha loucura ela se afastara de mim.

- Vá embora!

- Eu te quero! – Eu roubava outro beijo! Mas ela permanecia irredutível, se posicionara e me deixava louco!

- Eu não posso! Não nego a atração que sinto, mas eu posso te envenenar, posso te matar! Preciso que vá, está tarde!

Ela se moveu como raio, foi em direção a porta, ela abrira e indicava o caminho, me levantei e sai.

Ela fechara a porta sem olhar para mim, a noite estava gelada, desci até a trilha onde estava meu carro, entrei meu corpo irradiava o cheiro dela, queimava de desejos. Eu estava ficando maluco.

[Jayme]

Embora meu corpo queimasse de desejos pelo Clive, consegui me controlar. As sensações tentavam me dominar em cada toque, seu cheiro, seu gosto, se chegássemos ao ponto crucial da situação eu podia envenená-lo, o transformando em um ser como eu o fazendo corre perigo, ou pior acabando em matá-lo. Era arriscado, eu tinha que tentar me controlar, embora meu corpo corroesse de desejos.

[Editors – No sound but the Wind.mp3]

A noite passara rápida, eu continuava a observar pela janela, queria ficar ali em meus devaneios, eu podia ver os raios de sol pelos pinheiros, iluminando aquela floresta fria, aquela serra densa. Eu ouvia os pássaros o som produzido por eles, o barulho era lindo. Meu coração ainda não se acalmara, eram vãs as tentativas.

Deitei por sobre minha cama, mas ainda viajava no seu gosto, e aquilo me trazia mais desejo. Me levantei e me vesti com uma roupa mais leve, adorava o frio deste planeta. Tirei minhas botas e fiquei descalço, subi na janela e pulei entre os arbustos, meu equilíbrio me fascinava, comecei a correr em alta velocidade, estava densa a e um pouco escura, o sol ainda estava começando a nascer, ainda não tinha atingido toda a serra.

Meu longo vestido de seda e renda se desmanchava ao vento, entrava em sinfonia com meu corpo enquanto corria, tudo parecia se mover de vagar. Corri quilômetros dentre a serra, eu chegava ao pico onde o sol iluminava, eu estava mais veloz que o comum, a sensação me inebriava por completo.

Depois de um longo tempo correndo decidi voltar, o caminho era maravilhoso de se fazer, para um ser como eu, era a melhor sensação, ao chegar perto de minha cabana avistei Clive na varanda, parei a dez metros de distância e ele me vira entre as árvores.

- Jayme?

Ele chamara meu nome, logo me aproximei mais três metros em uma velocidade inigualável. Ele me olhava fascinado. Enfim cheguei à varanda, já agora andando lentamente como uma humana. Ele me olhava atentamente e logo quebrara o silêncio.

- Perfeita!

A única coisa que conseguia era sorrir em agradecimento a ele.


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Notas finais do capítulo

Ps: Capítulo betado!