Savin me - Vol. I escrita por Ruby Luna


Capítulo 10
Cap 09 - Amor..




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Cap 9 – Amor..

[Clive]

[30 seconds to mars – L490.mp3]

Agora, já não tínhamos saída para aquela situação, nos entregaríamos naquele instante, pertenceríamos um ao outro, nos tornaríamos uma só carne.

Seus olhos eram um oceano de possibilidades, mas predominava o desejo e o amor, me levantei e estendi as mãos a levantando devagar, ficamos de pé um de frente para o outro, cuidadosamente comecei a beijá-la, o quarto estava à meia luz e ela se entregara a mim de uma forma linda, corpo e alma, enquanto a beijava, tirava sua blusa e ela repetia os movimentos que eu fazia.

Logo nos despimos e eu pude sentir sua pele quente junto a minha, uma energia emanava do seu corpo e me envolvia, nos beijamos inteiramente, logo ela equilibrara a sua força a permitindo que eu a carregasse e colocasse na cama, eu mordia seus lábios quentes, depois me envolvia em seus abraços a beijando levemente, descendo seu pescoço com carícias, mordendo sua orelha de leve, meus lábios passeavam por seus pescoço, minhas mãos apertavam a sua cintura e desciam até as pernas, eu a acariciava com desejo intenso, amava os seus gemidos e sussurros.

Ousei descer mais a minha boca em seus seios, e os beijava, acariciando mordendo com todo cuidado, logo descia mais um pouco em sua barriga a beijando e vendo seus músculos se contraindo, ela chamava meu nome, seus suspiros eram ofegantes logo voltei em direção a sua boca, e a beijava com mais intensidade e luxúria, o calor ficava mais forte, a virei de costas e comecei a beijar sua nuca, me deslizava por suas costas a tocando com minha boca, e pontas de meus dedos.

Ela se virava a mim e retribuíra em uma forma mais intensa o que eu havia despertado naquele instante. O toque de seus dedos, de sua palma, queimava minha pele, causando uma explosão de calor. Correntes elétricas se espalhavam pelos meus braços até a ponta dos dedos. Seu toque sempre me desconcertava, me levava a um estado de tensão e bem-estar incomparáveis. Ela era fogo para mim. Senti minha respiração se alterar contra minha vontade, meu corpo estremecer lentamente. Seu cheiro tinha se tornado mais intenso, mais delicado, maravilhoso. Ela ainda era um mistério para mim. Era a primeira vez que eu a tocava daquela forma tão completa, e sorri levemente ao pensar que era apenas o começo.

[Jayme]

Nada do que eu tinha imaginado em tantas noites insones poderia ter me preparado para esse momento. Apesar de evitar pensar sobre isso, meu próprio corpo rebelde tinha decidido ir até o fim o mais rápido possível. Embora Clive soubesse dos riscos, eu o deixava, pois era o meu desejo também. Tudo nele me atraía, para cada vez mais perto, como se meu corpo quisesse se fundir ao dele, atingindo assim sua própria perfeição.

Eu só podia existir sendo parte dele. Eu pertencia a ele. E eu tinha fome. Tinha pressa. Eu o queria, e me consumia com mais fogo e veneno, que eu sentia a ponto de destilá-lo. Eu estava pronta para matá-lo, o meu desejo estava passando dos limites durante aquelas preliminares eu logo o coloquei embaixo de mim com toda a minha força e fiquei por cima dele, ainda sem a penetração, eu havia me deitado por sobre ele, meus olhos o faziam estremecer eu os percebia estavam vermelhos de fogo, desejo, loucura e raiva. Eu queria matá-lo, decidi me afastar e me sentei na cama.

– Jayme? – Ele me chamava, eu tentava me recuperar daquela sensação, logo ele se sentara ao meu lado e virara meu rosto para encarar o dele.

– Não se afaste, eu te quero esta noite!

Ele me beijara novamente, suprindo a falta que me consumia por completo. O tempo parecia se estender, se alongar. Nunca imaginei que em um segundo cabiam tantas coisas, tanta realidade, tanto dele. O tempo girava devagar e logo nos deitamos novamente e ele me colocava como sua mulher e me acariciava me beijando lentamente e me deixando sem ar. Arrepios surgiam nos pontos em que ele me tocava, e se alastravam pelo meu corpo, me causando arrepios e tremores.

Enquanto me beijava lentamente, saboreando cada toque, com paciência, as pontas de seus dedos exploravam minhas costas da base da nuca até a curva dos quadris. A língua percorria meus lábios sem pressa, entreabrindo-os e tocando minha própria língua, fazendo movimentos de reconhecimento, de invasão, o que espalhou um calor já familiar no centro de meu corpo, no estômago, e entre as pernas.

O desejo me consumia e eu resolvi me vingar, o virando novamente, e o mordendo conforme os comandos do meu corpo me permitiam por reflexos de seus movimentos já feitos, eu o explorava, o mordendo e o beijando loucamente, eu podia sentir seu corpo se excitar ao meu toque, ele gemia baixo mais gemia, logo me tomava com loucura e olhava intensamente para meus olhos louco de desejo. Ela realmente estava me surpreendendo. Claro que eu conseguia imaginar a extensão do desejo que o consumia.

Meu coração acelerou novamente. A sensação de poder causar nele sensações remotamente parecidas com as que ele me causava era viciante; eu não conseguia pensar em parar.

[Clive]

Ela me levava à loucura! Não conseguia mais me controlar, logo me desvencilhei de suas mãos e a joguei por baixo de mim, ela se mostrara indefesa ao meu toque, naquele momento, embora ela não fosse humana eu sentia uma energia a emanar de mim, como se por instantes eu ficasse mais forte do que ela.

Abri suas pernas com a minha, e me coloquei dentro dela, ela me abraçara fortemente, soltando gemidos desesperados sussurros me deixando e me levando a delírios. Eu sentia uma energia a emanar no momento da penetração, força, desejo, loucura, envenenamento. Eu a queria por completo, a sentia por completo, naquele instante ela era minha, minha mulher, somente minha.

Entrelacei minhas mãos nas dela, segurando-a firme contra a cama, e experimentei mudar um pouco o peso e a forma com que eu me movia; testando os movimentos com cuidado para não machucá-la.

Ela gemia, gemia com desejo e prazer, ela gemeu baixo enquanto eu explorava devagar as melhores formas de me encaixar nela, alternando velocidade, força, ritmo, e eu senti uma explosão em meu peito, uma alegria misturada com paixão que beirava a insanidade. Ela era minha, completamente. Era minha companheira, viajava comigo naquela loucura, e estávamos ambos inteiros, até agora.

Eu ficava olhando para ela, prestando atenção em suas reações, e ela ainda conseguia ficar ruborizada – comecei a misturar estímulos, sem me separar dela, com os lábios e as mãos passeando por todo o seu corpo, por todos os pontos sensíveis, e rapidamente os gemidos baixos se tornaram altos, e em alguns momentos gritos de surpresa, quando eu fazia algo de inesperado.

Quando percebia que ela estava excitada demais eu diminuía os movimentos até parar, deixando que ela se controlasse. Os protestos que ela fazia quando eu parava só aumentavam meu desejo de prolongar tudo, sabendo que quando ela atingisse o clímax novamente ele viria com muito mais força. Mas parecia ter mais forma enquanto desfrutávamos um do outro, provavelmente o veneno ainda não tivesse feito efeito que ela temia, ou o efeito fosse ao contrário, pois eu sentia em meu corpo uma onda de eletricidade e loucura absoluta.

Tentei ajustar o ritmo dela ao meu, conduzindo com paciência seu corpo em chamas, mas era difícil; ela se abandonava com mais ímpeto, e às vezes eu tinha que chamá-la em voz baixa, acalmá-la, trazê-la de volta ao meu ritmo.

Comigo, amor não contra mim”, sussurrei em seu ouvido quando ela se moveu freneticamente contra meu corpo para alcançar a satisfação que eu estava lhe negando. Ela ofegou e abriu os olhos, mostrando mais uma vez aquela coloração escura que denunciava a extensão de seu desejo. Ela me abraçou com força e retribuí o abraço, ao mesmo tempo em que separava meu corpo do dela, e a virava de costas para mim, de lado, para mais uma vez preenchê-la, e retomar a exploração. Não sei como consegui prolongar aquilo por tantas vezes; sabia que era uma tortura para ela, bem como para mim, mas o controle vinha fácil nos momentos em que ela beirava o êxtase, e se esvaía nas horas em que eu me aproximava.

Nessas horas eu me esquecia quem era, e existia apenas o meu corpo entrando e saindo do dela, seu cheiro, seu hálito, seu sabor, sua pele contra a minha, o calor que dela emanava continuamente, apagando o calor do meu corpo humano. Acariciei suas costas com a ponta dos dedos, começando no centro e subindo até a nuca, por sob o cabelo desalinhado.

Agora que eu estava mais controlado, era maravilhoso poder observar as reações instantâneas que meu toque causava nela inteira, cada músculo que se contraía, cada arrepio na pele. Desci com os dedos, tocando-a de leve, despertando novamente seu corpo, e sentindo que o meu respondia da mesma forma. Fiquei surpreso com a facilidade com que o desejo renascia e tive certeza que eu nunca me cansaria dela.

Quando ela estava mais uma vez ardendo, me deitei de costas e puxei seu corpo sobre o meu, me encaixando dentro dela num movimento súbito e inesperado.

Minha boca estava sobre a dela, e abafou um gemido alto, ao mesmo tempo em que ela buscava ar. Gostei do acesso que tinha ao seu corpo, e aproveitei o melhor que pude, provocando, tocando, buscando dar a ela a mesma satisfação que eu atingira antes.

Dessa vez não prolonguei os movimentos, atingindo um crescendo rápido e sustentado, sempre guiado por suas respostas às minhas iniciativas.

Em um determinado momento, no entanto, não consegui continuar, e parei novamente. Estava curioso. Queria descobrir o que ela queria, seguir o ritmo dela e não o meu.

Fiquei imóvel sob seu corpo, e ela gemeu novamente em frustração. Senti seus punhos se baterem contra meu peito sólido, depois ela me abraçou forte, e começou a se mover contra mim, primeiro de forma hesitante, depois com mais desenvoltura, retomando o ritmo que eu havia desfeito, porém de forma mais errática, irregular, como se obedecesse a algum comando invisível que regulava sua velocidade, seu tempo. Em meus pensamentos seu ritmo virava uma melodia deliciosa e irreproduzível.

Quando senti que ela estava à beira do êxtase, segurei seu corpo mais uma vez, parando seus movimentos. Ela deixou escapar entre os dentes um gemido baixo de protesto, mas antes que ela pudesse reagir eu girei o corpo, imprensando o dela sob o meu mais uma vez, e acelerei o ritmo, sentindo que eu também estava mais perto de explodir novamente do que havia percebido. Coordenei meus movimentos com os dela, e em poucos segundos estávamos ambos ofegando, eu escutava sua pulsação subindo cada vez mais rápido, e seu corpo se contraindo.

Já estava familiarizado com os prenúncios que seu corpo mostrava, e dessa vez não parei mais. Ela gemia cada vez mais rápido contra meu pescoço, e eu senti, no momento que ela alcançou o ponto mais alto, seu coração perder uma batida. Depois disso ela era pura pulsação ao meu redor, me apertando, e eu quase conseguia sentir a eletricidade correr por seu corpo e chegar ao meu. Meu corpo emanava uma eletricidade descomunal e logo tudo se apagou.


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Notas finais do capítulo

Ps: Capítulo betado!