Smile escrita por Léo Cancellier
Notas iniciais do capítulo
Narrado por Cebola.
Acordei com o barulho de um sino. Achei que iria começar alguma missa. Quando me levantei, vi que estava no meu quarto. Era de noite e a lua iluminava o cômodo. Esfreguei os olhos e me levantei. Olhei-me no espelho. Por que estava tão arrumado? Sem saber o que fazer, desci as escadas até a cozinha. A minha mãe estava chorando. Perguntei o que era, mas ela não respondeu. Corri para fora de casa. O meu pai me encarava, mas não falava nada.
Fui procurar Magali, Cascão e o resto da turma. As pessoas me encaravam enquanto eu corria. Elas balançavam a cabeça e algumas choravam. Por que faziam isso?
Finalmente encontrei a turma na porta do cemitério. Todos estavam vestidos com roupa de gala. O local estava todo decorado, com velas, flores, etc. Magali e Cascão vieram ao meu encontro.
– Cebola. Você está atrasado. – disse Magali.
– Atrasado para que? – perguntei.
– Para o seu casamento. – respondeu Cascão.
Casamento? Mas eu iria me casar com quem?
Magali me arrastou até a frente de uma lápide. Era a da Mônica. O que estava acontecendo? O local estava cercado por velas.
De repente, as luzes da rua se apagaram uma por uma. O cemitério ficou iluminado apenas pela lua e pelas velas. Porém, a lua foi coberta por uma nuvem. Logo, um raio iluminou o local, mas não começou a chover. As chamas das velas ao redor da lápide começaram a crescer. Vi uma movimentação na terra. Logo, um dedo saiu do chão, seguido por uma mão e um braço. Mônica começou a sair da terra. Mas não era a Mônica antiga, mas a sua irmã, que era muito parecida, só que não era dentuça.
Ela sacudiu a terra da roupa. Estava com apenas 10 anos. Mas começou a se transformar. Primeiro, cresceu. Depois, o seu vestido se transformou em um vestido de noiva e os dentes ficaram maiores. O cabelo ficou curto. Pronto: a Mônica antiga estava parada na minha frente. Ela avançou até o local em que eu estava parado e segurou a minha mão. Nem parecia que estava morta. Senti calor emanando dela.
Mônica se postou ao meu lado e entrelaçou seus braços no meu. Ficamos encarando a lápide. Por detrás dela, surgiu um senhor. Parecia ser um padre. Surgiu da escuridão. As luzes das velas davam-lhe uma aparência sombria.
Ele começou a falar as coisas que os padres sempre falavam nos casamentos. Logo chegou o momento esperado.
– E os noivos podem se beijar. – anunciou o padre.
Os meus lábios se encontraram com os de Mônica. Começamos a nos beijar. As chamas das velas ficaram mais intensas. Mais um raio. Beijava-a com tanta intensidade que nem percebi o que estava acontecendo.
Estava viajando nos seus lábios e passando a mão pelo seu corpo. Senti algo duro e as minhas mãos começaram a se encher de pó. Quando descolei meus lábios dos dela, me espantei. Um esqueleto me encarava. Eu estava beijando uma caveira! Virei para a turma. Todos eram caveiras e me encaravam também.
AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!
Acordei com alguém me sacudindo. Já era de noite.
– Careca. Acorda. – ah, era o Cascão. – Você dormiu no cemitério e estava gritando.
– Mal aí. – me desculpei. – Pesadelo. Depois eu conto.
– Vamos. A turma toda está esperando na balada.
Sacudi a terra e a grama e me levantei.
– Você precisa trocar essa roupa e tomar um banho. Vamos. Eu ligo para a galera avisando. – disse Cascão.
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