P.O.V.: Violet

"Não vai doer!" Isso que elas têm a me dizer?

–Eu não vou, suas loucas!- eu gritei, me levantando da cama.

–Vai, sim.- Zoey disse com um sorriso malicioso no rosto.

–Ele vai vir aqui amanhã, Violet.- Emy disse, toda meiga. -Além do mais...- ela começou a falar e ergueu meu celular.

–Nós já mandamos uma mensagem.- Zoey completou.

Meu sangue começou a ferver. Eu, provavelmente, estava vermelha de raiva, muito vermelha.

–Como você puderam?- eu gritei, mais que irritada.

–A gente tava tentando te ajudar, Violet.- Emy disse. -E a ideia nem foi noss....

–Foi da coisinha cutie que é sua sobrinha, que vai acordar com os seus berros.- Zoey disse, colocando meu celular no criado mudo.

As duas continuavam sentadas em cima da cama, e a cada segundo, eu cogitava apertar a garganta de cada uma delas.

–O que vocês querem dizer?- eu perguntei.

–Ela que nos deu a ideia. Até ela viu que você têm algo.- Zoey disse.

–O que vocês escreveram?- eu perguntei, respirando profundamente.

–Olhe.- ela disseram juntas, apontando para meu celular.

Eu dei alguns passos e peguei o pequeno BlackBerry. "Uma nova Mensagem".

"Vejo vc amanhã.. x ', uma resposta do Zayn.

Eu vasculhei minha mensagens, um pouco nervosa, afinal, o que que aquelas loucas poderiam ter escrito? Eu tenho até medo da resposta.

"Hey, Zayn! Vc pode vir aki amanhã? Precisp conversar com vc. Beijos *-* ", como assim? Aki com K? Eu não escrevo assim!

–Saiam!- eu gritei, irritada pela falta de privacidade.

Elas se entreolharam, mas saíram sem ter tempo de olhar pra trás, levando uma portada na cara.

Eu estava irritada com elas, com vergonha de falar com o Zayn... O que faltava?

Eu me arrastei até a cama bagunçada, tentando, inutilmente, dormir ainda com as roupas do dia.

Eu sou retardada mesmo! Como isso pôde acontecer? Eu vou ter que falar a verdade? Não, eu nem tenho tanta certeza do que eu sinto....

Eu só voltei porque não sabia se realmente queria que a música fosse meu sustento. Eu fiquei confusa. E não era minha intenção reencontrar o Zayn. Era só para eu esfriar a cabeça e me decidir. Mas minha mãe teve que... Isso não é culpa dela.

Meus pensamentos voaram por toda aminha vida, e eu me deixei levar, perdida e confusa.

Meus olhos se abriram, irritados. Eu havia adormecido e acordara por um barulho familiar. Meu estomago roncando.

–Ah!- eu suspirei, me levantando da cama.

03:37.

Eu xinguei baixinho por acoradar no meio da madrugada e ainda nem estar de pijama.

–Ai!- eu reprimi um grito ao bater o quadril na quina da mesa.

Meus olhos até lacrimejaram um pouco e minha pele ardia, mas eu abri um sorriso ao ver as embalagens das pizzas que eu havia pedido em cima da mesa. Eba!

Sem querer acordar ninguém, eu puxei uma cadeira e peguei um pedaço de pizza.

–Você devia estar dormindo.- Joe disse, me fazendo derrubar meu pedaço de pizza na mesa.

–Primeiro: você me assutou. Segundo: louco.- eu disse tentando controlar minha respiração.

–Não consigo.- ele respondeu sem nem ao menos esperar minha pergunta.

–E eu estou com fome.- eu disse, empurrando a embalagem pra ele.

–Comer de madrugada é tão estranho.- ele falou rindo, mas pegou um pedaço.

–É, muito estranho.

–Você tá com saudade de NY?- ele perguntou de repente.

–Um pouco.- eu respondi.

Ele riu e se sentou ao meu lado.

–Isso é bom. Eu, Amber e, principalmente Ally, nós sentimos sua falta.

–Eu também senti falta de vocês.

–Ally quase nos enlouqueceu.- ele riu.

E nós dois gargalhamos.

–Eu... Eu ainda não me decidi.- falei sinceramente.

–Ninguém vai te obrigar a nada, Violet.- ele respondeu, colocando a mão em cima da minha, me encorajando.

–Eu sei disse, Joe.- eu murmurei.

Eu não tinha dúvida do meu amor pela música. Nunca duvidaria., mas eu simplesmente não via alternativa. Agora, mais do que nunca, eu via que a verdade por trás das palavras de Joe. Meus pais e todos as pessoas que me amam, vão me apoiar qualquer for minha escolha.

–Espero que saiba.- ele disse, com uma clara irritação nos olhos. A mesma de quando ele veio me buscar da escola em NY.

Flashback on:

Meu coração palpitava rapidamente, talvez, quem sabe, pela bebida que Drew me dera. Meu corpo se movia sem esforço e eu balançava de um lado para o outro, me escorando nele.

–Vamos subir?- ele sussurrou no meu ouvido, me abraçando pela cintura.

Eu balancei a cabeça positivamente, e um sorriso brincou em seus lábios. Drew me puxou pela escada. Quando, finalmente chegamos em seu quarto, ele abriu a porta e começou a me beijar.

–Isso é bom.- eu murmurei, fora de mim e tirando meus sapatos.

Ele começou a descer as mãos pelas minha costa, fechando a porta com o pé, e jogando minha bolsa em algum lugar do quarto bagunçado.

–É?- ele perguntou, com uma voz totalmente maliciosa e cheirando a álcool.

Suas mãos deslizaram até a minha bunda, e ele me puxou mais para si. Seus lábios continuavam se movendo com os meus e suas mãos se encaminhavam para minha coxas, em busca da bainha do meu vestido preto.

–Não.- eu sussurrei, tentando tirar sua mão do tecido.

Mas foi inútil. Novamente, seus lábios se moveram, agora para meu pescoço, e desciam pelos meus ombros, me deixando desconcentrada.

Minha mãos se desvencilharam dos cabelos dele e desceram até a barra da camisa, instintivamente. Em questão de segundos, ela voou e ele estava ofegante.

Ele me levantou, e eu abracei seu quadril com as pernas, levantando meu vestido aos poucos.

Quando seus lábios tocaram meus seios, ele já estava em cima de mim na cama. Ele continuou com os movimentos circulatórios na minha barriga, o que me deixava um pouco excitada e eu continuava com os braços em torno de seu pescoço.

Meu vestido voou loga depois, assim como sua calça. Só roupas intimas.

Suas mão foram para minha costas, me acariciando, e agilmente, encontrou e abriu o meu sutiã.

"He takes your hand, I die a little (Ele pega sua mão, eu morro um pouco.)

I watch your eyes, and I'm in riddles (Eu vejo os seus olhos, e estou em pedaços.)

Why can't you look at me like that? (Por que você não pode olhar para mim assim?)"

O que eu estava fazendo? Será que ele... Zayn.

–Não, Drew.- eu disse, saindo debaixo dele e fechando meu sutiã.

–Ah, vamos lá, Violet!- ele disse, frustrado.

–Não, Andrew.- eu disse, firme e o encarando.

–Violet...- ele deixou meu nome suspenso no ar, enquanto se aproximava de mim novamente.

Ele beijou meu pescoço, mordeu minha orelha, causando um arrepio em mim, ele tentou novamente, abrir meu sutiã, mas eu estava lúcida para me esquivar.

–Eu não quero, Andrew.- eu repeti, e vesti meu vestido.

–É?- sua voz soava ameaçadora e alterada, um cheiro muito forte de álcool.

Ele pegou meus pulsos e me prendeu à parede.

–Me larga!- eu gritei, com as lágrimas escorrendo pelo meus rosto.

–Eu não quero te machucar, Violet.- ele disse, a voz calma e fria. -Você só precisa...

–Ir pra cama com você? Pra você me fuder?- eu gritei, irritada com sua grosseria.

–Isso. Não com essas palavras, mas de qualquer jeito, sim.- ele deu de ombros, e um traço de malícia voltou aos seus olhos.

–Nem morta, Andrew!- eu gritei e lhe dei um chute na virilha.

Enquanto ele arfava de dor, curvado no canto do quarto, eu corri, pegando minha bolsa no caminho e voando porta fora.

–Você vai me pagar, sua vadia!- eu o ouvi gritar, mas o ignorei, enquanto ainda podia ouvir seus gemidos de dor.

Trombei com alguém de braços fortes para me pegar antes de meu corpo se chocar contra o chão.

–Chris!- eu o abracei assim que vi seu rosto.

–Violet? O que houve?- ele perguntou, preocupado.

Ele me afastou um pouco, e me analisou.

–Vestido no lugar, bolsa...- ele parou quando viu meus pés descalços e percebeu meu rosto. -O que aconteceu, Violet?- eu podia ouvir a irritação em sua voz.

–Andrew.- eu murmurei o nome daquele idiota.

–Ele te fez alguma coisa?- ele perguntou, mas depois percebeu. -Ele fez algo que você não queria?

–Não, eu consegui me safar.- eu disse, e um pequeno sorriso surgiu em meus lábios.

–Eu vou matar aquele imbecil!- ele rosnou, e deu um passo à frente.

–Não. Por favor, Christopher!- eu lhe implorei.

–Ninguém magoa minha irmãzinha do coração.- ele disse e eu sorri.

–Ele não vale a pena.- eu sussurrei, e escondi meu rosto em seu peito largo e forte.

–Vamos, vou te levar para o quarto.- ele disse, passando um braço por meus ombros, e me levando para meu quarto.

–O que houve?- Jennifer perguntou, mas viu meu rosto abatido e me abraçou.

E foi assim, subimos em silêncio até o meu quarto. Chris se ocupou em ligar para o meu irmão, enquanto Jennifer continuava abraçada a mim. Logo, Emy e Rose estavam junto comigo.

Será que eu ainda consigo ficar aqui? Agora, eu tenho todos os motivos para voltar. Mas, eu quero vê-lo...? Ou não?

Flashback off.