Light And Darkness escrita por Naslir


Capítulo 2
Capítulo 2 - "Patadas" e bebidas


Notas iniciais do capítulo

Para quem estava curioso para saber os nomes dos personagens principais, sinta-se feliz agora porque você descobrirá! Apenas de uma, porque eu continuo sendo má! Muahahaha! Esse capítulo deu um pouco de trabalho, porque foi difícil encontrar com a garota que eu escrevo, e a gente é meio enrolada para colocar nossas ideias no "papel". Enfim, ele está bem humorado e ainda conta mais um pouco das personagens. Boa leitura!



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Antes de começar a andar, a loira analisou novamente o lugar. “Eu sabia.” ela pensou. Sabia que aquele lugar onde ela estava uma hora ou outra iria virar aquele caos.

– Típico dela... - a garota falou em um pequeno sussurro apenas para si, soltando um suspiro antes de sair em busca da outra garota que provavelmente estaria caída em algum lugar completamente bêbada, na cama com um qualquer ou em um lugar totalmente proibido.

Valeu a pena ter analisado o lugar novamente, pois sem precisar se esforçar muito viu um pequeno grupo que torcia com gritos, palmas e todo tipo de incentivo, cercando certa coisa. Piscou para poder enxergar aquilo melhor, ela não estava com um bom pressentimento. Sentiu um arrepio subir por sua espinha, o medo se tornou visível nos olhos da garota, ela realmente não queria ir lá, pois havia muitos homens naquele grupo que ela avistara. Porém ir até lá era, provavelmente, sua única chance de voltar para casa.

Ela se aproximava vagarosamente do local, tentando ver o que estava acontecendo no centro do círculo que algumas pessoas formavam. Ela esticou um pouco seu pescoço sobre o ombro de um homem que atrapalhava sua visão. Infelizmente sua intuição estava certa, a garota vê a morena supostamente bêbada sentada no chão. Ao lado da garota estava um mordomo alto que segurava uma bandeja cheia de pequenos copos com um líquido meio transparente dentro e, sentado do outro lado, havia um moreno que a encarava com um olhar desafiador.

– Senhorita Dafine, o que você está fazendo?! - perguntou a ruiva adentrando no meio do círculo. Ela estava com os braços cruzados e batendo seu pé em um ritmo meio acelerado, mostrando sua total decepção em ver a prima naquele estado, apesar de não ser a primeira vez que a via daquele jeito. - Você por um acaso... Está bêbada? – ela perguntou, era óbvio que não receberia uma resposta coerente, pois sabia que a morena estava realmente bêbada.

– Pera... Sabe o meu nome?... – Dafine falou. Parou um segundo para pensar, ela já passou por várias situações em que teria que falar coisas com coisa no estado em que se encontrava. – Eu? Bêbada? Mas é claro que não, querida. - disse a morena em um tom aparentemente normal, apenas aparentava estar normal.

– Por acaso sou sua prima, conheço você há muito tempo. – disse. Sabia que falar com um bêbado era inútil, mas ela não subestimava sua prima, já que ela parecia mais lúcida do que deveria estar. - Estou com você nesta festa horrível, já que você me obrigou a vir, e nós precisamos ir embora! Agora! – ela disse já perdendo sua paciência.

– Não vou embora. – a morena falou negando com a cabeça. - Além do mais, a competição com esse bosta está interessante! – exclamou. - Estou ganhando!

– Dafine, vamos embora se o meu pai souber que estou a essa hora da noite em um lugar como esse... Eu não quero nem pensar o que vai acontecer... - a loira pensou no que poderia acontecer com ela caso seu pai descobrisse. Ela balançou a cabeça para afastar aquele pensamento. – Anda, vamos logo. – insistia com a morena.

Esta não deu ouvidos à loira. Continuava sua pequena competição com o homem ao seu lado. A ruiva estava começando a perder a paciência, então decide tomar uma providencia: ela chega perto da morena e a segura pelo braço puxando com dificuldade para que ela pudesse levantar.

– Ei estou ganhando! – a morena grita indignada. - Você acha que vou sair da competição num momento crucial desse?! - disse ela se soltando da garota e sentando no lugar onde estava antes de ser puxada pela mais nova, que bufa revirando os olhos. O “adversário” da morena desvia seu olhar que antes a desafiava e passa a olhar a loira com um olhar mortal.

– É melhor você deixar essa garota em paz. – falou o moreno se levantando e indo em direção à ela. - Se a filinha do papai quer ir embora, que vá sozinha. Estamos em um momento importante e se voltar a importunar esse lugar, prometo que faço coisa pior com você, gracinha... – ele falou apontando o dedo para a cara da garota. Ela recuou dois passos, certamente tinha ficado com medo, pois o homem era musculoso e parecia muito forte.

– Epa! - a morena anunciou. Ela se levanta com dificuldades se apoiando em alguns amigos que a ajudavam. - Eu não quero discursão, entenderam?... - ela falou chegando perto cambaleando.

– Dafine, volte para lá, a gente ainda não terminou a competição. - o moreno disse virando-se e direcionando um olhar feroz para a garota que continuava sendo ajudada pelos amigos que estavam à sua volta.

– Ah ta. – a morena falou sarcasticamente tentando chegar mais perto dele. - Como se eu já não tivesse ganhado. – falou desafiando-o com o olhar, o que fez com que o garoto franzisse o cenho.

– Eu ainda posso ganhar, agora volte. - o rapaz falou em um tom de liderança, o que não fez com que a garota se assustasse, mas ela não estava muito bem para desafia-lo em um jogo de palavras, e com não estava muito bem, me refiro ao fato de ela estar bêbada, apesar de não estar sofrendo com todos os efeitos que geralmente acontecem. A loira apenas observava a situação. Ela e a garota se encontravam em uma situação bem desagradável em que um imbecil tentava dar ordens nas duas, enquanto uma multidão as observavam com olhares curiosos. Tinha que fazer alguma coisa. Então ela fechou os olhos e respirou fundo, tentando criar coragem para enfrentar aquele homem.

– Quem é você para ficar dando ordens desse jeito? - ela falou indo para frente em um pequeno e tímido passo.

– Olha aqui pirralha... – ele ia dizendo, porém ela o interrompeu, já com coragem o bastante para aquilo.

– Só passa de um metido que só porque é "forte", acha que pode mandar em qualquer um! - falou dando mais um passo à frente, o que fez com que o rapaz recuasse. A garota estava com uma expressão séria e ao mesmo tempo desafiadora.

– Eu não sou metido. – ele disse com uma expressão parecida com a da loira, mas não tão confiante quanto tal.

– É um metido sim. Se acha que a força e a popularidade são melhores do que a inteligência, você está muito enganado. - a garota ia falando enquanto caminhava para frente e o rapaz recuava a cada passo que a menina dava. Ele ia mudando sua feição de superior para amedrontado e indefesso. - E lhe garanto uma coisa, um tonto como você não é capaz nem de entender o motivo de ser um ser humano. Acha que é melhor do que todo mundo, o "rei da cocada preta", o melhor em tudo... Mas simplesmente, não é... - ela disse firme com suas palavras dando um ultimo passo para frente. O rapaz recua e da de costas na parede, abaixando lentamente apenas por olhar o rosto da loira, ele estava derrotado, finalmente caiu a ficha de que ele não passava de um babaca. Ela se vira sem olhar para trás, pois sabia que o rapaz estava em uma situação deprimente, e sabia que a culpada daquilo era ela. Mesmo tendo feito tudo aquilo, ela não gosta de ver pessoas em situações como aquela.

Vai em direção à morena que se debatia nos braços dos amigos que tentavam acalma-la. Chega perto dela e a segura pelo braço, tentando ergue-la. Não conseguiu, então decidiu colocar o braço livre dela em seu ombro, servindo-se de apoio enquanto levava a morena em direção à porta da boate.

As pessoas que assistiram à cena entre a loira e o rapaz apenas a aplaudiam enquanto ela praticamente arrastava a morena para fora do local. O rapaz nada fez, apenas ficou sentado perplexo enquanto assistia à saída das duas moças pela porta da frente.

– Ei vai me levar pra onde, loirinha? – Dafine dizia enquanto tentava se libertar do aperto da mais nova que ainda a arrastava em direção ao carro. - Não sou lésbica. - É claro que tantas dozes de vodka iriam fazer efeito mais cedo ou mais tarde.

– Também não sou. – ela falou enquanto ainda andava em direção ao carro que estava a poucos metros de distancia. - Vamos para casa. - disse ela chegando ao carro de Dafine.

– Olha, esse é o meu carro. - disse a morena com os efeitos alcoólicos cada vez mais visíveis.

– Sim, eu sei que é seu carro. - a loira falou apertando o botão do controle para abrir o carro. Este emite um barulho, e logo depois a ruiva abre a porta para o banco de trás. - Entre. Eu não acredito que você lembra do seu carro mas não lembra que eu sou sua prima - disse em relação a ultima fala da mais velha.

– Ta pensando que eu vou deixar uma qualquer dirigir o meu carro?! - a morena aproveitou a oportunidade, já que a loira a soltou, e foi até onde a mais nova estava tentando tira-la dali e sentar-se no banco do motorista, colocando as chaves na ignição do carro para dar a partida, já que quem estava com as chaves era ela o tempo todo. - É meu!

– Você acha que vai conseguir dirigir neste estado, mocinha? - a mais nova falou enquanto segurava no seu braço da outra e puxava-a dali antes que ela engatasse o freio de mão. A loira leva a garota até o banco do passageiro, deixando-a lá sentada e logo depois fechando a porta e voltando para o banco da frente. - Olha vê se fica quietinha que eu já to sem paciência. - disse ela dando ré no carro para sair da vaga onde estava entrando na curva que dava para a estrada central.

Durante o percurso, a morena resmungava várias coisas sem sentido em relação à loira não tê-la deixado dirigir o carro ou até mesmo quem seria ela. “Ninguém merece...” pensava. Não aguentava ficar ouvindo a garota resmungar, sem contar que ela ficava se revirando no banco, uma hora está sentada normalmente, em outra esta de ponta cabeça com os pés para cima.

– Dafine. - a loira suspirou para conseguir paciência. A menina endireitou-se no banco para ouvir o que a mais nova tinha para falar. - Vê se fica quietinha ai que eu não estou afim de discutir com você. - disse ela dirigindo o carro calmamente, como uma motorista consciente, podemos dizer que isso é uma outra característica da menina, ela segue as regras, coisa que a morena, com toda a certeza, não faz normalmente.

– Você não manda em mim! – a morena disse dando língua para a ruiva e cruzando os braços indignada. A mais nova observava tudo o que acontecia pelo espelho retrovisor, ainda se lamentando pelo fato de ter deixado que a morena a levasse para aquela festa. - Eu nem te conheço! Por que está aqui! Você é uma assaltante, só pode! - a morena falava ficando de joelhos no banco onde estava e se inclinando para frente, usando como apoio os dois bancos à sua frente.

– Dafine, senta ai e fica quieta, você vai acabar se machucando. - a poucos metros à frente, tinha uma curva meio acentuada. Ela faz a curva como faria qualquer uma, mas a estrada estava meio esburacada o que fez com que o carro chacoalhasse um pouco. Com isso a morena caiu para o lado, e ficou deitada no banco, sem parar de resmungar.

– Olha aqui, você anda direito com meu carro viu se não... – Dafine para de falar na mesma hora. Não estava com uma cara muito boa. Ela sentou-se de joelhos e colocou uma mão na boca e a outra em sua barriga, mas de nada adiantou. A garota vomita em cima das pernas soltando um gemido de nojo logo depois.

– Eu sabia. – a loira suspira. –Avisei para você não beber muito, mas... - disse já avistando o local em que a morena morava e que ela estava de hospede há apenas dois dias.

Era um apartamento, daqueles de três andares que para chegar em cada um, precisa usar a escada, já que ele não possuía um elevador. Mas pelo menos possuía uma cobertura, pode-se dizer que ela da para o gasto, como costumava dizer a morena. Apenas para o privilegiado que mora no terceiro andar que pode ir à cobertura, já que ela é privada. E era exatamente onde a morena morava.

A loira suspira novamente ao olhar pelo espelho retrovisor e ver a mais velha naquele estado. Para outras pessoas até que aquilo seria engraçado, mas para ela era deprimente ver sua prima daquele jeito e até um pouco irritante.

Como era um apartamento de três andares, não havia garagem, portando os moradores do local deveriam estacionar seus carros na rua à frente da construção. A loira já tinha parado o carro em uma vaga e saído do carro.

– Chegamos. –disse abrindo a porta de trás onde a morena estava. – Vamos, saia dai. – ela disse fazendo um gesto para que a morena saísse de dentro do carro.

– Não... Não quero sair... – a morena repetiu a frase inúmeras vezes, deixando a mais nova impaciente.

– Sai logo... Por favor! – a loira disse colocando a mão na cabeça em um gesto de extrema impaciência. – Quer saber, anda! – ela pegou o braço da garota e a puxou do carro com um pouco de violência enquanto ela se rebatia e gritava alguns palavras que não deveriam ser ditas, logo depois de conseguir tira-la de dentro do carro fechou a porta e o travou.

Ela puxa a morena até a porta do edifício e com dificuldades, consegue pegar a chave e abri-la. Ao entrar no que seria a portaria, avista um grande lance de escada. “Como vou subir isso...” ela se perguntava enquanto olhava perplexa a escada que parecia que subia até o céu. Tomou fôlego e passou um dos braços da morena por seu pescoço, servindo-a de apoio para ficar mais fácil subir até o andar onde ela morava. Por causa do cansaço que sentia, parecia que carregava uma barra de ferro com três vezes o seu peso, apesar da morena ser até bem leve para sua idade e tamanho. Cada passo, suas pernas fraquejavam um pouco, ela se perguntara a cada degrau se conseguiria chegar, mas em nenhum momento pensou em desistir, não iria deixar sua prima ali apesar de querer fazer aquilo.

“Finalmente!” pensou a garota enquanto se livrava do peso em suas costas. Ela estava ofegante e deitou por poucos segundos no chão tentando recuperar o fôlego enquanto a morena parecia estar inconsciente. A loira se levantou e foi até a porta onde dava acesso ao apartamento em que morava a mais velha. Ela colocou a chave na fechadura e deu as voltas necessárias para abrir a porta, que fez um pequeno rangido.

– Levante-se Dafine, chegamos. – ela falou enquanto olhava para morena que agora estava sentada ao invés de deitada. Incrivelmente ela se levantou e adentrou na casa sem a ajuda da loira, que agradeceu, já que ela não iria precisar leva-la novamente. Ela fechou a porta e a trancou, logo depois indo direto para seu quarto, onde apenas tirou sua roupa e maquiagem e literalmente desabou em cima da cama dormindo em questão de segundos.



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Notas finais do capítulo

O que acharam? Prometo tentar fazer o próximo capítulo o mais rápido possível! E lembre-se de deixar reviews, não dói e faz bem para as autoras! Beijins e até o próximo capítulo!



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