The Only Exception escrita por May


Capítulo 37
But it's enough to keep me going


Notas iniciais do capítulo

sorry pela demora, mas espero que gostem do cap ♥ o titulo significa Mas é suficiente para me manter viva da musica Last Hope Paramore



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- Katniss? – Minha voz saiu tão assustada, que ela olhou pra mim, deixando a lâmina cair no chão. Sua expressão mudou rapidamente para angustia.

- Peeta! O que você está fazendo aqui? Sai daqui! Saí. – Ela começou a chorar e se encolheu em um canto, tampando o rosto com as mãos.

Eu permaneci imóvel, sem saber o que fazer. Não sabia que era tão grave assim a situação. Ela ficou uns 5 minutos daquele jeito, depois levantou o rosto vermelho e marcado pelas lágrimas.

Acordei do pesadelo e fui em sua direção. Ela fez sinal para que eu parasse, mas eu não parei. Fiquei a alguns centímetros de distancia e a encarei. Eu estava mil vezes pior que antes, só de ver ela fazer isso.

- Você tem que me deixar. – Ela disse no meio das lágrimas. – Nunca vou parar. Eu não consigo.

- Não vou te deixar. – Falei pegando uma toalha, segurando seu braço e começando a limpar o sangue que estava ali, junto com outros cortes, que só de ver, era de quebrar o coração. – Falei que não deixaria, falei que vou te ajudar.

- Não deve.

-Deixei você uma vez, porque pediu, e olha só no que deu. Também sou culpado, então, por favor, não peça isso. – Falei e me virei para a pia, molhando a toalha e voltando a passar.

- Não quero... Que me veja assim, Peeta. – Ela disse. -    SAI DAQUI, EU NÃO QUERO NINGUÉM, EU QUERO VIVER SOZINHA. ENTENDA ISSO. – Ela começou a gritar e eu me assuntei com sua atitude.

- Katniss, para. – Tentei segurar ela, para acalma-la.

- NÃO. – Ela me empurrou. – VOCÊ TEM RAZÃO, VOCÊ É CULPADO, NÃO TÁ NA HORA DE ME DEIXAR ENTÃO? – Ela continuou gritando.

Fiquei incrédulo com suas palavras e vi sua avó entrar no local com uma espécie de agulha.

- Katniss, já chega por hoje. – Ela disse séria.

- ME DEIXA, NÃO VAI APLICAR ISSO EM MIM. – Ela gritou para a avó.

- O que é isso? – Perguntei sem entender.

Ela não me respondeu, apenas segurou a neta pelo braço, enquanto a mesma tentava se afastar, e aplicou a agulha no braço. A Katniss empurrou a avó também de maneira brusca, mas cambaleou pra frente e pra trás.

Não disse nenhuma palavra, fechou os olhos e desabou no chão.

- A coloque na cama. – Sua avó disse.

Fiz o que ela pediu, a pegando no colo e colocando sobre sua cama. Depois puxei um cobertor e coloquei sobre ela.

- O que foi isso?

- Fui ao médico com meu filho há um tempo, porque de repente a Katniss começou a ficar agressiva, se cortar, e ter comportamentos que não eram do tipo dela. Só foi piorando Peeta, e ele nos entregou o remédio para acalma-la, que como viu, tem que ser injetado. Toda semana, pelo menos ela tem dois ou três surtos desses e precisamos aplicar.

- Então é pior do que eu pensava.

- Ah sim. Ela está muito doente. – Ela falou e depositou um beijo na testa da neta. – Como sua mãe também não está muito melhor, eu vim pra cá, para cuidar dela. Quando está assim, fala coisas desagradáveis, só não se deixe abalar. Não é ela. É a depressão, então apenas a ajude, está bem? – Ela sorriu fraco.

- Não vou deixar ela. Não se preocupe. – Falei e olhei pra Kat. – Ela demora para acordar?

- Não, daqui a pouco já está de pé novamente, e mais calma. – Ela disse e foi até a porta. – Vou deixa-los.

Assenti e ela saiu, fechando a porta. Já eu, me sentei na beira da cama e fiquei observando ela.

Pov Katniss.

Acordei depois de muito tempo. Minha visão ainda estava um pouco embaçada. Esfreguei os olhos e me virei para o outro lado da cama, dando de cara com um belo par de olhos.

- Peeta. – Falei anda sonolenta. Ele estava deitado do meu lado e me abraçou carinhosamente.

- Você demorou a acordar. – Ele disse beijando minha testa.

- Eu sei o que fiz. – Falo com voz chorosa. – Sinto muito, entendo se estiver irritado comigo.

- Não estou irritado com você meu amor. – Ele diz e olha pra mim. – Se sente melhor?

- Sim. – Falo com os olhos marejados. – Eu te amo só não me deixe.

- Nunca vou te deixar. – Ele sorriu de lado.

Eu o abracei forte.

- Perdemos o natal, culpa minha. – Disse ainda o abraçando.

- Não tem problema, podemos ver alguma coisa legal pra fazer no começo do ano. O que acha? Aproveitar ainda esse tempo de férias.

- Eu já sei o que podemos fazer. – Falo e olho pra ele.

- O que seria?

- Ir à sua casa.

Vi Peeta empalidecer e arregalar os olhos.

- Minha casa? Acho melhor não, nem piso lá. Não quero ver meus pais e pensei que depois de tudo, você não fosse querer nem mais olhar pra lá. Então isso é não. Não vamos lá, nem pensar.

- Mas Peeta...

- Não, não, não.

- Eu quero conhecer a sua casa. Direito. Sou sua namorada, não sou? Eu quero, por favor. – Pedi.

- Mas...

- É sério!

- Tudo bem, tudo bem.

Xxx

Dia 31 chegou bem rápido pra falar a verdade. Peeta ficou comigo todos os dias, e além do mais, ficava de olho em mim 24horas, para que eu não fizesse nenhuma besteira. E nenhum desses dias, eu pensei em fazer o que eu fazia.

Estava quase na hora, então terminei de me arrumar rapidamente. Tinha colocado uma meia calça preta uma saia, uma blusa de frio, e um, sobretudo, que tampava a saia e ia até quase meus joelhos. Prendi meu cabelo em um coque bem arrumado, deixando apenas alguns fios encaracolados para fora.

Passei o perfume e peguei a minha bolsa, com algumas roupas, já que passaríamos alguns dias lá.

- Vamos? – Peeta apareceu no meu quarto. Ele também estava bem arrumado.

Eu tinha escutado ele falar ontem no telefone com seus pais, que morriam de preocupação, e aceitaram que nós dois fossemos pra lá.

- Estou pronta. – Peguei a bolsa e fui com ele.

- Linda. – Ele beijou meu rosto e eu sorri.

Descemos as escadas e me despedi do meu pai e dos meus avós. Depois entramos no carro e Peeta dirigiu até sua casa. Lembro-me que a viagem era meio longa mesmo, mas não lembro da casa, porque estava de noite. Quando chegamos, antes de descer, Peeta suspirou.

- Se não se sentir bem, nem com meus pais, nem com a casa, podemos ir embora, só me avisar, e vamos à mesma hora, certo?

- Não se preocupe. – Sorri de lado e saímos do carro.

A casa dele é muito bonita, rustica, mas bonita. Tinha uma longa entrada, cheia de pedras pequenas, até que chegamos à porta. O quintal também era enorme, e estava muito frio, porém tinha cessado um pouco a neve.

Peeta abriu a porta e segurou minha mão para entrarmos juntos. Por dentro sua casa também era muito bonita. Então seus pais apareceram. Eles sorriram e a mãe de Peeta correu até ele lhe dando um abraço apertado.

- Meu filho que bom que está bem. – Ela disse ainda o abraçando muito forte.

- Mãe, você está me... sufocando. – Ele falou

Ela riu baixo.

- Desculpe, mas estava morrendo de preocupação.

- Sinto muito. – Ele falou.

E ela assentiu ainda sorrindo, e se virou para mim.

- Katniss! – Me deu um abraço também, depois continuou falando. – Você está muito bonita, espero que se sinta a vontade.

- Obrigada Sra. Mellark. – Falei timidamente.

Ela sorriu, o pai de Peeta cumprimentou ele, com um abraço também e depois me desejou boas vindas, agradeci novamente e Peeta foi comigo em direção ao quarto dele.

- Eles estão se esforçando. – Ele disse quando já estávamos a sós novamente.

- Eu sei que estão. – Falei pra ele. – Foram muito simpáticos, e realmente estavam preocupados com você.

- Talvez. – Ele diz. – Vamos lá embaixo rapidinho? Preciso falar com eles que podem chamar os outros parentes.

- Pode ir lá, vou arrumar as coisas aqui. – Falei e ele negou.

- Não... Você sabe que não gosto de... Deixar você sozinha.

- Está tudo bem, é sério. – Falo. – Estou sob controle, e tomando aqueles remédios que o médico passou. Não vou fazer nada. Juro.

- Confio em você. – Ele me dá um selinho e saí do quarto.

Aproveito que ele saiu e dou uma olhada em seu quarto. Bem organizado. Tinha alguns livros em uma estante, cadernos. Depois de dar uma olhada rápida, tiro o casaco e coloco junto com minhas coisas. Dou uma arrumadinha rápida nas nossas coisas e me sento na cama.

Peeta estava demorando. Olho para minhas mãos. Em seguida para meus braços. Vejo os cortes recentes, e alguma coisa me incomoda. A vontade. Mordi os lábios. Não era para ainda sentir vontade. Mas eu sentia.

Queria passar a lâmina na minha pele, sentir ela abrir, a dor. Muita dor. Apertei meus braços e fechei os olhos, desejando que a vontade passasse. Contei até 10. Peeta confiava em mim.

Mas devia ter alguma coisa que cortasse naquele quarto. Devia ter. Mas Peeta não gostaria... Eu estava delirando já.

- Kat? – Peeta me chamou, abri os olhos e vi que ele estava inclinado em minha direção, olhando para minhas mãos que apertavam meus braços.

- Ainda bem que você chegou. – Pulei em sua direção, lhe abraçando.

- Você teve uma recaída? – Ele perguntou preocupado.

- Senti vontade, mas já passou. Juro que já passou. – Falei.

- Acredito em você. De qualquer forma, desculpe a demora, era pra eu ter voltado o mais rápido possível. Mas já avisei meus pais. Vai vir outras pessoas da família e á meia noite, terá uma surpresa pra você. – Ele disse enlaçando minha cintura e me beijando.

- Surpresa? – Perguntei terminando de beijar ele. – Gosto de surpresas, mas você sabe que eu sou extremamente curiosa.

- Sei que é. – Ele beija meu pescoço que me causa uma série de arrepios. – Mas vai ter que aguentar.

- Sem graça. – O empurrei em direção a cama, e ele caiu nela rindo. – Sabe o que vou fazer?

- Não, o que vai fazer? – Ele perguntou divertido.

- Vou descer lá embaixo e passar o dia todo com sua família, e não vou te dar, nem um beijo se quer. – Sorri e me virei, indo em direção à porta.

Mas ele foi mais rápido e me puxou por trás, me colocando nas costas.

- Você nem é doida de fazer isso. – Ele fala voltando comigo nas costas.

- Ahaha, você não me conhece, agora me põe no chão Peeta!

- Ok. – Ele diz, mas não me coloca no chão e sim na cama e passa por cima de mim, me prendendo. – Acontece que não vou deixar você ir.

- Veremos. – Peguei um travesseiro rapidamente e joguei em seu rosto.

Como ele foi pego de surpresa, aproveitei e fui pro lado, depois pulei da cama, mas fui atingida por um travesseiro na cabeça. Peguei o mesmo e joguei em Peeta, mas ele vinha com uns 3 na mão, em minha direção, corri para o outro lado do quarto, e ele aproveitou e trancou o quarto, pegando a chave.

- Ah não. – Cruzei os braços. – Você me deixa na curiosidade, ainda me prende aqui. – Falo fazendo cara de brava.

- Pensa pelo lado bom, você está em boa companhia. Em ótima aliás.

Dei risada.

- Namorado mais convencido que esse? Impossível. – Falei e fui em sua direção.

- Depois de você querer me torturar, dizendo que não vai mais me beijar hoje. – Ele diz.

- Isso é tortura é? – Pergunto e dessa vez sou eu que beijo seu pescoço cheiroso.

- Uma das piores. – Ele diz passando a mão no meu cabelo. – E você também nem conseguiria, olha só, já me agarrando aqui.

Dei risada.

- Ok, ok, não aguentaria mesmo. – Falo sorrindo. – Mas agora chega de melação.

Peeta riu também.

- Tá até parecendo uma antiga Katniss ai, que eu conheci a um certo tempo atrás. – Ele diz.

- Não se preocupe, meus espíritos estão voltando.

Rimos e depois saímos do quarto porque a mãe dele nos chamou para ajudar na preparação da festa de ano novo. Eu ajudei sua mãe na cozinha, e ele ajudou a arrumar. E assim o dia foi passando rápido.

Nesse tempo, conversei muito com a mãe de Peeta. Ela me contou as coisas de quando ele era pequeno, ri bastante sabendo das besteiras que ele fez, até cheguei a pedir que ela me contasse sobre as antigas namoradas dele.

Depois, já de noite, tomei banho e me arrumei, coloquei um vestido branco que não passava do joelho. Como iriamos ficar dentro de casa mesmo, não precisaria colocar roupas de frio.

Passei uma maquiagem leve e arrumei meu cabelo, deixando ele solto mesmo. Quando fiquei pronta, desci e fui encontrar com Peeta, que estava lindo também, de branco, como todos ali.

- Você está linda. – Ele fala e me da um beijo.

- Você que está.

Foram chegando vários parentes de Peeta. Ele me apresentou para todos, que foram muito simpáticos. Fiz até amizade com uma das primas dele, que se chamava Naya e era apenas um ano mas velha.

As horas foram passando e quando estava perto de meia noite, a campainha tocou e fiquei meio sem entender, ao ver que minha família estava entrando ali. Nunca pensei que eles fossem se dar bem algum dia.

- Temos um bom motivo. – Meu pai falou. Até minha mãe estava ali.

Então essa deveria ser a surpresa. Deu meia noite e os fogos de artificio começaram. Todos nós brindamos.

- Tem um motivo especial por eu ter reunido as duas famílias que mais se odeiam. – Peeta falou, arrancando risada da maioria. – Foi por isso que todos estão aqui. – Ele olhou pra mim e pediu para que eu levantasse e fosse em sua direção. – Eu, um Mellark, sou apaixonado por uma Everdeen. Irônico não?

Sorri de lado.

- E não é qualquer paixonite não, é verdadeiro Katniss. – Ele segura uma das minhas mãos. – Nunca quero me separar de você, e apesar de ter deixado você super curiosa, te digo que... Valeu a pena. – Ele puxa algo do bolso, e arregalo os olhos quando ele abre e se encontra um anel lindo.

- Katniss Everdeen, aceita se casar comigo?


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Notas finais do capítulo

acho que vocês gostaram haahahah, nao se preocupem, ta longe de acabar ♥
vejo vocês nos reviews