The Only Exception escrita por May


Capítulo 36
Time has brought your heart to me


Notas iniciais do capítulo

Milena THG você é um anjo que caiu do céu, sério, muito obrigada pela recomendação, foi muito gentil e fofo da sua parte ♥
por partes gostei desse capítulo, e por favor, entendam porque as coisas vão ser meio depressivas :)
o titulo significa : O tempo trouxe o seu coração ao meu da musica A Thousand years, e leiam as notas finais ♥



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Pov Katniss

- Conversar? É, realmente acho que precisamos. – Falo tentando manter a calma, mas meu coração estava tão acelerado por ter ele perto novamente, que era muito difícil controlar.

- O que é isso no seu braço? – Peeta perguntou indo direto ao ponto.

Respirei fundo, na verdade procurando alguma mentira que ele pudesse acreditar, mas sabia bem que ele não acreditaria, que ele sempre perceberia a verdade. Era mais complicado do que parecia.

- Isso não importa. – Falei olhando para ele.

- Como assim não importa? Claro que importa Katniss. Se você soubesse como eu me sinto quebrado vendo você assim. – Ele diz seriamente.

- Peeta. – O chamo, e reúno toda a coragem possível. – Eu estou sofrendo de depressão profunda. – Falo, o que era totalmente verdade. Vejo ele prender a respiração, e quando ia falar, fui mais rápida, queria me livrar logo da questão de falar sobre isso. – Tudo começou a acontecer assim que mandei você embora. Eu me senti culpada por ter te tratado daquele jeito, me senti culpada pela morte de Prim, me senti culpada por tudo o que estava acontecendo, e acima de tudo, me senti culpada por ter amado você tanto, e por continuar amando.

- Você não foi culpada. – Ele disse. Iria provavelmente continuar a falar, mas fiz sinal para que ele parasse.

- Fui, e eu comecei a me odiar por tudo isso, porque se eu não tivesse mandado você ir embora, você nunca teria ido para aquele maldito bar e ficaria sumido por tanto tempo. Foi tudo culpa minha, e como passei a odiar isso, passei a me cortar, porque me fazia esquecer os problemas, e sinto prazer fazendo isso. – Falo sentindo as lágrimas nos olhos.

- NÃO! – Peeta gritou, mas não foi um grito de fúria, raiva ou ódio. Foi um grito de desespero, provavelmente pelo o que eu falei. – Kat não, não fale isso. – Ele disse e me puxou para os seus braços. – Por favor, não fale que sente prazer fazendo isso, não é verdade. Isso acaba comigo. – Me aconcheguei devagar em seus braços, ainda sentindo as lágrimas que ameaçavam cair.

- Mas eu... Eu sinto. – Falo e agora estava chorando. – Só sei machucar as pessoas, só sei machucar você, tenho que me machucar também Peeta, eu tenho...

- Não, você não tem que se machucar, não tem que fazer isso consigo mesma. – Ele fala e começa a secar minhas lágrimas. – Você só me faz bem Katniss, você deixa meus dias melhores, e quando está triste, eu fico triste e quando está mal, eu fico mal, não é culpa é sua, é porque amo você, e só quero que você fique bem, não se culpe por tudo. Você só merece o melhor depois de tudo o que aconteceu.

Aquilo me reconfortou um pouco. Eu o abracei forte e me senti melhor assim que ele retribuiu o abraço apertado. E céus, como eu tinha sentido saudades daquele abraço, daquelas palavras gentis, saudades dele.

- Eu não consigo parar. – Falo assim que nos separamos do abraço, olho para aqueles lindos olhos azuis. – Por favor, me ajude, por favor, sem você não vou conseguir. – Estava praticamente implorando.

- Claro que vou te ajudar, eu faço tudo por você. Qualquer coisa.

Consegui sorrir um pouco e ele ficou feliz por isso.

- Sabia que hoje é Natal? – Pergunto querendo sair um pouco do assunto depressão que eu estava entrando.

Peeta arqueou a sobrancelha, um pouco surpreso.

- Natal? Passou muito rápido.

- Verdade, logo, logo é ano novo.

- E eu nem trouxe um presente pra você.

- Você que pensa que não. – Falo apoiando minhas mãos em seus ombros. – Meu maior presente foi você voltar. E voltar pra mim.

Suas mãos deslizaram de modo suave pelo o meu rosto.

- Eu te amo. – Ele disse.

- Eu amo mais. – Falo e quebro qualquer barreira que ainda existia entre nós dois com um beijo. Ele retribui no mesmo instante, enquanto envolve minha cintura com seus braços, o que nos faz ficar mais colados ainda.

- Opa. – Ouvimos uma voz vinda da porta. Me separei de Peeta e olhamos em direção.

Eram Madge e Gale, eles estavam sorrindo, e pareciam bem.

- Tanta hora para atrapalhar, e vocês resolvem vir bem agora? – Peeta pergunta injuriado.

- Desculpa casal, só quisemos certificar que estava tudo bem mesmo, até porque já faz um bom tempo que a Kat tinha subido, nunca se sabe né? – Madge pergunta.

- E o que tem o tempo que tinha subido? – Pergunto olhando para eles.

- Tem razão, só quisemos atrapalhar mesmo. – Gale disse com um sorriso malvado. – Mas na verdade, viemos porque sua avó ligou Kat.

- Minha avó? – Perguntou procurando entender onde ele queria chegar.

- Sim, ela convidou todos nós para sua casa Kat, para passar natal lá, todos juntos. – Madge completou.

- Ah. – Solto, na minha casa não era bem o local ideal, mas não queria pensar naquilo agora. – Então é melhor nós irmos indo.

- Sim, já é fim da tarde, nós esperamos vocês dois lá embaixo. – Gale disse puxando Madge para fora e fechando a porta.

Olhei para Peeta, e ele tinha uma expressão perturbada e preocupada no rosto.

- Tem algum problema nós irmos lá? – Pergunto pra ele.

- Não... Acho que você deve ir com eles.

- Eu com eles? Você também vai Peeta, qual o problema?

- Eu acho que... Acho que sua família não me quer por perto.

Arqueei as sobrancelhas.

- O que? O que você está falando? Você não tem culpa de nada Peeta. – Eu tenho. Pensei, a culpa voltando a tona, mas preferi não contar isso pra Peeta. – E todos nós queremos, meus pais não estão nem em condição de querer algo.

- Como assim?

- Você vai ver. – Falo e me levanto, estendendo a mão para ele levantar também. Ele hesitou por alguns segundos e finalmente cedeu, se levantando.

- Só não quero causar problemas.

- Não vai causar problema algum. – Falo segurando a mão dele. – Vamos.

- Ok. – Antes de começar a andar, ele me puxou para mais um beijo longo e bom.

Saímos do quarto onde estávamos e descemos as escadas. Lá embaixo todos já nos esperavam.

- Pensei que iam ficar trancados lá pra sempre. – Johanna disse.

- É tão bom ver vocês dois juntos de novo. – Annie disse de modo gentil.

- Bom e pegajoso. – Gale falou.

- Ah, chega né gente. – Falo já cansada deles ficarem falando. – E Glimmer já foi? – Pergunto notando que aquela loira insuportável não estava presente.

- Sim. – Clove respondeu. – Ela pediu mais uma tonelada de desculpas pra você.

Suspirei.

- Como assim desculpas?- Peeta perguntou.

Pedi para Clove explicar, porque não queria falar sobre isso.

- Bem, assim que ela descobriu que Prim... – Clove começou. – Diz ela que se sentiu extremamente culpada, acredita que foi na casa da Kat, implorar por perdão, dizendo que não imaginava que iam fazer isso com a irmã dala. Claro que a Kat não deixou barato, deu uns bons tapas nela, e assim que você desapareceu, ela quis ajudar, sem contar que sempre quer ajudar e age de modo muito gentil.

- Sem contar que é muito suspeito. – Acrescentei.

- Entendi. – Peeta falou. –Tem pessoas que não tomam mesmo vergonha na cara.

- Concordo plenamente com você. – Falei.

Pov Peeta.

O carro logo parou na casa dos Everdeen, olhei ainda meio com receio para a casa. Lembrava bem o que a avó da Kat tinha me dito, que ela nunca iria voltar a falar comigo, mas voltou. Tinha a leve impressão que sua avó não gostava muito de mim, e temia muito a reação dos pais dela.

Katniss apertou de leve a minha mão assim que saímos, nem sei como coube tanta gente em um carro só, talvez por ser grande, mas mesmo assim. Quando entramos na casa, notei que estava bem demorada, tinha uma bela árvore de natal e decorações bem feitas. Mas o que me chamou atenção, foi ver a Sra. Everdeen deitada no sofá, não bem deitada, e mais largada, tinha cabelos bagunçados e cara de poucos amigos, via um canal qualquer na televisão e era possível ver suas olheiras. Katniss soltou minha mão e correu em direção a ela.

- Mãe, você precisa ir pro quarto. – Ela disse devagar, se agachando ao lado da mãe.

Sua mãe deu de ombros, parecia entediada, e nunca tinha visto ela desse jeito, tão sem postura, e porte importante, era estranho, e sem dúvidas era por causa da morte da filha mais nova.

- Natal... – Sua mãe disse de modo vago. – Ela gostava de natal, não gostava?

Senti um nó se formar em minha garganta. Vi a Kat passar a mão nos próprios cabelos, totalmente sem jeito, desgovernada, e provavelmente sentindo culpa, e eu não podia deixar ela sentir culpa, por que se não...

- Gostava mãe, agora, por favor, vamos subir? Deitar na sua cama, descansar lá um pouquinho, mais tarde terá a ceia de natal.

- Não quero subir. – Ela disse.

Nossos amigos começaram a puxar uns aos outros para a cozinha, mas neguei ir, não podia deixar ela sozinha nisso. Quando eles sumiram, me aproximei de ambas.

- Precisa de ajuda? – Pergunto notando algumas lágrimas começarem a se formar nos lindos olhos da minha namorada.

- S-sim, pode me ajudar a levar ela lá pra cima? Meio pai teve que sair, pelo visto. – Ela disse.

- Claro. – Respondi suavemente.

Não deixei ela se encarregar disso. Ajudei a Sra. Everdeen, mesmo contra a sua vontade, a subir para seu quarto, Kat foi nos acompanhando, chegando lá, deixou sua mãe descansando na cama e fechou a porta, comigo ao seu lado.

- Não posso mais com isso... – Ela disse deixando agora suas lágrimas caírem. – Não aguento mais me sentir tão fraca, chorar por nada, aguentar isso, aguentar minha mãe cada vez mais delirar por causa da minha irmã, do meu pai ausente, não posso mais, agora você deve entender porque estou assim, agora. –Ela falou, e eu a abracei forte.

- Calma, vou te ajudar em tudo, pode ter certeza, não está sozinha.

Minhas palavras a acalmaram um pouco. E isso me deixou um pouquinho melhor. Ela assentiu e descemos novamente, na cozinha todos estavam reunidos, meio desconfortáveis.

- Katniss? – Uma mulher de idade falou aparecendo. Logo reconheci sua avó.

Kat sorriu para a avó e foi em sua direção, lhe dando um abraço bem apertado. No meio do abraço, a mulher olhou para mim, jurei que ela iria me olhar com ódio, raiva ou algo do tipo, mas ela me olhou de modo gentil.

- Que bom que vieram. – Ela disse.

- Obrigada por convidar meus amigos vovó.

- Por nada meu anjo, meninas que tal me ajudarem na cozinha? – Ela propôs. – E meninos, vocês tem um tempo de folga.

As meninas assentiram, e nós, meninos fomos para sala, alguns resmungando, por não ter ficado lá com elas. Nos sentamos no sofá.

- E ai Peeta, está tudo ok mesmo com a Kat? – Marvel perguntou.

- Tudo...- Respondo, oque era ótimo, estar tudo bem, tirando o pequeno problema da depressão. – Mas... Quando eu estive por fora, como foi? Com ela? – Pergunto a eles.

- Não tivemos muitas noticias. – Finnick respondeu. – As meninas que estavam mais por aqui, tentando ajudar, mas sabemos de algumas coisas.

- O que? – Pergunto.

- Sabemos que ela esteve muito depressiva... Não saía muito do quarto e quando saía... Tinha umas marcas... – Finnick continuou.

Eu sabia, era horrível, mas ouvir de novo, era pior.

- Vou ajuda-la.

- Pois faz bem. – Cato disse.

Assenti, ficamos jogando conversa fora, eles me contaram as coisas que aconteceu no colégio, e com detalhes o lance da Glimmer pedir perdão, contaram também quando me procuraram e tudo mais.

O tempo passou bem rápido, já era de noite quando vimos as meninas subirem sem nem ao menos falar coma gente. Ficamos resmungando, óbvio, pois todos namoravam com uma delas. E quando elas voltaram, nos levantamos, e eu fui ver a Kat, que estava extremamente linda (novidade).

- Você demorou. – Falo a abraçando por trás.

- Desculpa amor, minha avó precisou mesmo da nossa ajuda, mas tudo ficou ótimo. – Ela disse começando a balançar lentamente e eu comecei a acompanha-la.

- Tudo bem, como você está se sentindo? – Pergunto.

- Bem... Quando subimos, passei no quarto da minha mãe e separei uma roupa pra ela, vovó disse que meu pai não vai demorar para chegar. Ai ele vai ajudar ela, eu espero.

- Entendi, e seu pai tá bem? Em relação a tudo isso?

- Ele diz que está tudo bem, mas sei que não, cada dia ele se prende mais no trabalho, até mesmo hoje que ninguém trabalha, ele fica lá, diz que é para resolver coisas urgentes, mas sei que é mentira. – Ela diz de modo triste. – Mas quando vem pra casa, ele tenta ajudar minha mãe.

- Pelo menos, ele ajuda. – Falo de modo positivo.

- Pelo menos. – Ela repete.

A campainha tocou e Madge correu para atender. Vi o avô e o pai da Katniss entrarem, eles cumprimentaram todos nós, inclusive eu, por incrível que pareça depois o pai dela subiu e o avô foi para a cozinha encontrar sua esposa.

- E sua família? – Katniss perguntou se virando pra mim.

- O que tem minha família? – Pergunto meio desconfortável.

- Não vai dar sinal de vida pra eles? Nem ligar para desejar um feliz natal?

Respiro fundo, procurando alguma resposta.

- Bom... Eu não quero falar com eles. – Digo.

- Mas eles devem estar morrendo de preocupação. – Ela diz.

- Não se preocupe, depois ligo pra eles, mas não quero voltar pra lá agora. – Falo.

- Pode ficar aqui, até quando quiser. – Ela fala com um pequeno sorriso.

Assenti, contente com isso. Demorou um pouquinho, mas o Sr. e a Sra. Everdeen desceram, ela já parecia estar bem melhor. Os avós, saíram da cozinha também, e todos nós nos sentamos na mesa, que estava bem decorada e cheia de coisas boas.

- Um presente pra você. – O pai da Kat disse, entregando pra ela um embrulho médio. Ela sorriu, e ao abrir ficou mais contente ainda. Era um Iphone novo, o 5, branco.

- Obrigada. – Ela disse.

- Temos presentes para todos. – O avô disse, para a surpresa de todos.

Sorrimos, até que...

- E o presente de Prim? – A Sra. Everdeen perguntou. Todos se calaram. – Ah.

- Não, ela não... – O Sr. Everdeen começou apoiando uma mão no ombro da esposa.

- Primeiro natal, sem ela... – A Sra. Everdeen voltou a falar com lágrimas nos olhos.

- Eu... Vou guardar meu presente.- Katniss disse, se levantando da mesa e subindo as escadas.

Eu a acompanhei com o olhar.

- Peeta, pode me acompanhar na cozinha? – A avó perguntou se levantando também.

- Claro. – Respondi.

Fui à cozinha com ela, chegando lá, ela começou a falar, parecia muito preocupada e foi logo direto ao ponto.

- Quero falar sobre minha neta. – Ela disse olhando pra mim.

- Alguma coisa aconteceu?

- Você sabe que sim, imagino, os problemas recorrentes.

- Ah sim. – Assenti.

- Peeta, queria me desculpar por aquela vez, ter falado aquelas vezes. Eu sei que vai ajuda-la, ela me disse.

- Tudo bem. – Falo meio sem saber o que falar.

- E Peeta, se você vai ajuda-la, nunca a deixe sozinha...

- Nunca vou deixar, sempre vou ajudar, ela vai ter meu apoio e...

- Não Peeta, isso eu sei, to falando de não deixar ela sozinha mesmo, tipo não deixar ela sozinha no quarto, nem na cozinha. Porque ela... Se corta.

Assim que ela falou isso, lembrei que a Kat tinha ido para o quarto. Nem falei nada com sua avó, saí apressado da cozinha, ao passar pela sala, notei que ela não tinha voltado ainda. Corri nas escadas, esperando não ter acontecido nada de ruim. Assim que subi, fui diretamente até seu quarto. Estava com a porta meio encostada. Entrei e não encontrei ela, fui até o banheiro.

Abri a porta e arregalei os olhos, ao encontrar a Katniss se cortando, e o pior de tudo, era o sorriso que lhe acompanhava.


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Notas finais do capítulo

primeiro, acho que ces perceberam que a fic já tá bem grandinha, eu não sei, mas vocês já querem que acabe? tipo nao fique muito longa? é que é muito dificil pra mim, foi minha primeira fanfic, e eu sou extremamente apegada, mas esse dia vai chegar, porém, se vocês quiserem, continuo escrevendo até não dar mais kkk sério amores, me respondam
e outra, me desculpem, não deu pra responder a todos, então vou fazer nosso velho momento leitor novamente ♥ obrg a todos que comentaram cap anterior

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Catherine Fuhrman Ludwig

♥ vocês são muito especiais pra mim, até os reviews!