Assassins Creed: Legion escrita por Light Angel


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Heey pessoal! O capítulo 14 está fresquinho para vocês, espero que gostem. Ah, a propósito, eu depositei na fic mais uma de minhas paixões. HAHAHA, boa leitura.



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- Tirem ela daqui! – Gritava uma voz. – Ela está em estado de choque, rápido.

- Andem! Um, dois.... TREEEES! – Um som auto de um ressucitador misturado com o de um som nulo de um eletrocardiograma ecoava na sala. – ANDEM! De novo! Um... Dois... TREEEEEEES! – A tentativa inútil da mistura de sons estava ecoando, mas a cabeça da menina com olhos vidrados não processava nada disso.

- Não adianta! – Disse um cara branco de jaleco, olhando para uma pessoa na cama. A pessoa estava imóvel. – Não adianta, messere Auditore, ela se foi.

- Meu Deus, - Uma voz conhecida sussurrou e a menina paralisada sentiu-se mais segura com ela. – Sabíamos que não iria ter mais jeito, mas eu deveria ter falado melhor com ela. Olha o estado da menina.

- Ela vai precisar de uma injeção de adrenalina, do jeito que está. – Uma voz grossa que ela não conhecia disse. Ela não gostou da voz.

- Ela é uma menina forte, eu tenho certeza. – A voz conhecida parecia mais irritada do que o normal. Ela não gostou de ver a voz irritada. Mas, afinal, o que estava acontecendo?

- Ande, segure-a. Precisamos injetar o líquido agora.

Ela foi segurada por mãos muito fortes. Não estava gostando disso, o que eles iriam fazer? Ninguém falava nada, mas ela queria que a voz a protegesse.

Ela chutou uma perna. Mãos enormes a seguraram com força. Debateu um braço. Foi agarrada com mais força ainda.

Não. Não. Eles queriam fazer com ela o que fizeram com a pessoa na cama. Queriam deixá-la imóvel.

Ela começou a gritar. Um grito forte de dor e angústia. Não queria ser imobilizada, queria ficar normal.

- Não, não! – Ela gritava. – Não quero, parem, não quero.

- Calma, querida. – Acalmava a voz que ela gostava, ligeiramente comovida. – Vai ficar tudo bem.

Ela sentiu uma coisa gelada e dolorida no braço. De repente, tudo mudou. Como quando vc passa lentamente cena por cena em um filme, como um show de câmera lenta.

Tudo ao seu redor começou a rodar e a ficar cada vez mais rápido. Era como uma roleta de cassino, ela sabia o que era isso. Estava em um cassino. Não, ela não estava no cassino. Ela era o cassino.

Era a roleta. Todos a rodavam, e ela aparecia para todos.

Ela começou a rir. A rir sem parar, a rir como uma condenada que ficou sem rir por muitos anos.

Ria tanto, que seus pulmões doíam. A cena foi parando, rolando mais lentamente e ela foi ficando mais decepcionada. Queria voltar a ser a roleta. Ela queria rodar.

Uma nuvem de escuridão tomou seu corpo. Foi diminuindo, diminuindo até que ficou completamente escuro.

Onde estou? Ela perguntou para o escuro.

Mas este não respondeu. Apenas a envolveu mais e mais. Não havia mais roletas, não havia mais pessoas paralisadas na cama e nem pessoas com vozes suaves.

Apenas o escuro. O escuro e ela. Ela e o escuro.

Ele foi enrolando ela como um cobertor e ela se sentiu cada vez mais protegida pelas trevas. Mas, como tudo nem é perfeito, quando ela estava bem protegida, o escuro a soltou em um buraco fundo.

E, assim, a escuridão total tomou conta de seu ser.

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Bianca acordou em um quarto em que ela nunca imaginaria estar.

O quarto era grande, imenso e de proporções magníficas. Ela estava com uma bela camisola de seda, com os cabelos delicadamente penteados caindo pelos ombros e deitada em uma grande cama de dossel com cobertores e lençóis dourados.

O quarto era como o de uma princesa. Grande, espaçoso e extremamente amplo. Tinha tudo a seu favor, tanto quanto formalidades como a tecnologia.

Mas ela não sabia o que estava fazendo ali. Onde ela estava?

Seu corpo parecia um grande saco de batatas ao mesmo tempo em que parecia uma salsicha de boxe; Ela se sentia pesada e dolorida, não necessariamente nessa ordem.

Lentamente, ela se levantou da cama e foi até o banheiro. Quando ela o viu, quase caiu de costas. Aquele era o banheiro mais incrível que já tinha visto em toda a vida.

Uma grande banheira com controles digitais de temperatura encontrava-se no centro. O banheiro era de várias cores; luzes fluorescentes faziam isso por ele. Quando ela entrou, estava verde, mas agora estava mudando para vermelho.

Controlando a temperatura nos controles, ela entrou na banheira, com uma espuma deliciosamente macia e perfumada.

Ela suspirou pesadamente quando sentiu o torpor da água envolvendo seus membros e delicadamente acariciando cada parte de seu corpo.

Depois pelo que se pareceram duas horas terem passado, Bianca saiu da banheira e enrolou-se em uma grande toalha branca, no qual ela caminhou para o quarto.

Roupas limpas tinham sido deixadas em cima de sua cama, e felizmente eram boas ao mesmo tempo em que simples e sociais. Nada como aquele quarto grande e assustador. Mas ainda assim, lindo.

Ela pegou os jeans e a camiseta de mangas compridas de linho branco e os vestiu. Colocou tênis novos e penteou os cabelos de modo que ficaram caindo em ondas em seus ombros e costas.

Procurando a porta, ela começou a sentir uma sensação estranha. Uma sensação de lembranças.

Torrentes de lembranças a pegaram de surpresa, tudo como se fosse ao mesmo tempo. A chegada a Ordem (esse era o local em que ela estava no momento, agora ela se lembrara), a conversa com Ezio e...

Bianca ofegara. Chegara a lembrança na qual ela não queria ter se lembrado. A morte de Kayla.

Seus olhos rapidamente encheram-se de lágrimas e ela começou a soluçar.

Kayla. Kayla. Kayla.

Ela se sentia cada vez mais péssima, depois da morte da melhor amiga. E com um ódio ainda maior. Um ódio mortal pelos Templários que ela não considerava a possibilidade de ser responsável pelos seus atos.

Henrique de’Pazzi não pagara apenas pela morte de sua mãe. Pagara pelo sofrimento a sua família, ao sequestro de seu pai, ao sofrimento de seus amigos e principalmente a morte de Kayla.

Meu Deus, ela pensou aflita, Como vou dizer a Kevin que Kayla morreu? Como vou enfrentar os pais dela?

Ela se lembrava do que Kayla a fizera prometer. De que protegeria Kevin. Ela precisava lutar para proteger o menino, não importava as circunstâncias.

Outro pensamento a ocorreu. Seu pai e Jason. Desde que chegara a Ordem, ela não os vira mais. Será que tinham passado no teste? Será que estavam bem?

Essa lembrança a fez andar adiante, como se todos os seus membros tivessem se descongelado. Ela não iria perder mais ninguém.

Abrindo a porta, ela se deparou com um grande corredor com um tapete de veludo vermelho. O corredor era levemente iluminado, com paredes revestidas de madeira e portas com mogno envernizado. Havia pelo menos dezenas delas, fora as que estavam além dele.

Bianca foi andando para frente, procurando uma saída, até que se deparou com uma grande escadaria.

Descendo a escada, ela reconheceu um pouco melhor a sala em que parou. Vendo a sala de estar ao lado com sofás de veludo vermelho e a grande sala de cinema do outro lado, ela lembrou-se que estava na casa de Ezio Auditore.

Com essa lembrança, ela saiu correndo a procura dele. Não o achava em lugar algum e tudo o que encontrou foi uma grande cozinha com uma bela mesa posta. Havia tudo o que Bianca mais gostava e até algumas comidas que ela não conhecia.

Um bilhete com uma caligrafia renascentista estava posto na mesa e ela o abriu, esperançosa.

Bianca, dizia o bilhete, Espero que tenha dormido bem. Estou preocupado com você, mas desculpe-me não estar presente quando você acordasse. Eu precisei resolver alguns problemas e tratar de algumas situações, mas fique totalmente a vontade. Sinta-se em casa. Espero que saboreie o café da manhã, querida. Até breve. Ezio.

Bianca sentou-se desapontada. Nenhuma notícia de seu pai ou Jason. Começou a mordiscar um cookie de chocolate com baunilha, distraída, pensando no que ia fazer depois.

Iria procurar Kevin. Disso ela não teria dúvidas. Precisava conversar com o amigo, e explicar a morte de Kayla. Ela o amava tanto quanto amava a menina e não queria que ele sofresse também.

Espero que ele esteja bem fisicamente, ela pensou angustiada. Enfrentá-lo agora, é meu maior problema.

Depois de comer, bem pouco aliás, ela andou pela casa a procura de uma coisa para se distrair. Pensou em ir a grande sala de cinema e assistir um filme ou jogar um videogame. Parecia uma boa ideia.

Quando ela chegou na sala, seu coração quase parou. Em uma porta anexa ao lado, havia milhares de filmes e videogames. Havia clássicos que ela não via muito, mas também os preferidos de Bianca exclusivamente separados para ela.

Ela riu. Como Ezio poderia adivinhar seus gostos?

Ela decidiu jogar um videogame, pois precisava das mãos e mentes ocupadas, com medo de deixá-las viajarem demais.

Ela se deparou com o videogame predileto dela e de Jason, o qual ele tinha comprado um dia anterior antes de ela ir embora. God of War III.

Nunca tinha jogado esse videogame, era uma coisa que ela iria fazer com Jason quando estivessem juntos. Mas o disco virou tanto que ela não pensou que nunca teria a oportunidade ter uma vida normal como aquela novamente.

Pegando o videogame, ela se dirigiu a sala com um grande telão digital. Apertou a opção Diversão e nela surgiu uma porção de categorias. Escolheu a de Jogos Eletrônicos e depois digitou o nome do jogo que iria jogar.

Como se um passe de mágica, um console de PlayStation 3 surgiu na imagem e o mesmo surgiu na mesa de aparelhos saindo de uma entrada.

Inserindo o disco e pegando o controle, ela se sentou em uma dos grandes sofás de couro e a imagem monstruosa de Kratos ocupou o telão. Empolgada com a situação, ela começou a jogar o videogame, aparentemente esquecendo um pouco os seus problemas.

Ela selecionou a opção Novo Jogo e clicou para jogar com o Nível Titan, o terceiro mais difícil.

Bianca deixou-se levar pela emoção do jogo e o trailer inicial tomou conta de sua mente. Ela praticamente se sentiu no jogo.

...Uma lenda ergueu-se para tomar o seu lugar entre eles. E embora Kratos tenha sentado no trono como um Deus da Guerra, ele foi assombrado por visões da sua família. Uma família que ele próprio assassinou. Mas as mãos da morte não o conseguiriam derrotar. As irmãs do destino não o conseguiriam controlar. E nesse dia, o homem... a lenda... Kratos... terá a sua vingança.

Emocionada com a frase inicial como só uma fanática poderia estar, Bianca se lançou no jogo.

- É minha vingança – Kratos disse com uma voz aterradoramente assustadora. – Acaba... aqui.

O jogo iniciou com os titãs invadindo o Olimpo, destruindo tudo pelo caminho e jurando vingança. Ao mesmo tempo em que os deuses pareciam preocupados, eles estavam com certeza prontos para a batalha que estava por vir.

Kratos, furioso, crava a grande espada na terra e disse com uma voz ainda mais assustadora.

- Zeus... O teu filho voltou! Eu trago a destruição do Olimpo. Os Titãs irão cuidar dele.

Os soldados que os deuses enviaram para enfrentar Kratos surgem e Bianca se apoderou do controle começou a enfrentá-los avidamente.

Distraída pelo game, Bianca não percebeu uma presença na sala. Apenas foi notá-la quando ela se sentou ao seu lado, observando o jogo com um interesse impressionante.

Ela não se virou para ver quem era, estava muito concentrada. Mas levou um susto quando a voz dessa pessoa se intercalou na sala.

- Pensei que iríamos jogar esse jogo, juntos. – Jason disse com um sorriso divertido no rosto. – Mas vejo que você não precisa de mim.

Bianca ofegou. O controle caiu de suas mãos e ela se virou abruptamente.

- Jason! – Ela gritou e se jogou em seus braços.

- Bianca... – Ele a abraçou com força e beijou seus lábios apaixonadamente.

Interrompido pelo beijo, o coitado do Kratos caiu duro morto por uma espada de um soldado olimpiano bem convencido.

You are Dead. A mensagem do jogo mostrava claro o que tinha acontecido com o guerreiro e Jason se soltando de Bianca, deu uma gargalhada.

- Correção... Você precisa de mim.

Bianca gargalhou.

- Jason, você me paga! – E pegando o controle e com Jason a abraçando, ela continuou o jogo.


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Notas finais do capítulo

Então, pessoal, espero que tenham gostado. Nos encontramos em uma próxima vez. Um abraço e se cuidem.