Assassins Creed: Legion escrita por Light Angel


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Hola, mis queridos amigos Assassinos! Como van? HAHAH, e ae, aí vai mais um cap, espero que gostem! Vamos lá, que a cada dia que passa, estamos crescendo juntos. Boa leitura!



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Depois de ter passado algumas horas com Jason (mesmo algumas delas terem sido desperdiçadas no videogame), Bianca começou a sentir a dor da perda novamente.

Ela ainda não havia contado a ele sobre a morte de Kayla, mas ainda assim algo dizia a ela que teria de contar mais cedo ou mais tarde.

Andando de mãos dadas com ele pelo Sub-29 (ainda ela se surpreendia muito que aquela cidade de moradias caberia em apenas um andar, mas estávamos falando dos Assassinos, então nem vale a pena discutir), Bianca começou a refletir sobre o que iria falar. Mas, depois de tanto pensar, ela resolveu tomar sua decisão.

- Jason, - Ela disse com a voz embargada. – Preciso falar com você.

Ele a olhou assustado, preocupado e um pouco desconfiado.

- Pode falar, Bia. O que houve?

Não sabendo por onde começar, ela resolveu ir, primeiramente, pelo começo.

- Jason, como foi que conseguiu passar no teste da Ordem?

Jason rapidamente relaxou e deu um sorriso verdadeiro na direção de Bianca, como se a preocupação dela fosse a coisa mais boba do mundo.

- Bia, passei da mesma forma que você. Fui completamente verdadeiro, mesmo que em uma hora, eu percebi que estava em uma rua sem saída. Mas, quando pensei em você... – Ele enrubesceu. Mas seu rosto mostrava uma determinação que ela nunca havia visto antes. – Quando pensei em você, consegui forças para continuar. Mesmo sem saber muito o que era tudo aquilo.

Bianca sentiu os olhos sendo tomados por duras lágrimas. Jason havia arriscado a própria existência por ela. Por ela e por mais ninguém. Ela sentiu uma forte paixão incontrolável por ele e ao mesmo tempo um senso de proteção inimaginável. Ela não suportaria perdê-lo. Dessa vez, não conseguiria agüentar.

Com lágrimas nos olhos, ela se jogou nos braços de Jason e começou a soluçar. Assustado, ele retribuiu o abraço, fazendo carinho em suas costas, ansioso.

- O que foi? – Ele estava frenético. – Eu disse alguma coisa errada?

Bianca conseguiu controlar o choro e com uma risada, disse:

- Claro que não, seu idiota. Pare com isso. – E, rindo, ela se afastou alguns centímetros dele para beijá-lo. Ela o beijou com tanta força e tanto amor, que não saberia se teria outra oportunidade como aquela novamente.

Jason retribuiu o beijo com força, como se estivesse no mesmo ritmo que Bianca. Em poucos minutos, os dois estavam sem fôlego.

- Eu amo você. – Bianca sussurrou pela primeira vez. Mas as três palavras estavam carregadas de emoção.

- Eu também amo você, Docinho. – Jason a abraçou com força e ela percebeu que ele nunca mais a havia chamado assim desde aquele dia quando ela se despediu dele em Summerlin.

Eles ficaram por uns momentos abraçados, esquecendo todos os problemas, quando Bianca lembrou-se de mais alguma coisa.

- E meu pai? – Ela disse nervosa. – Ele também passou?

A expressão de Jason se tornou sombria, como quando ele faz quando fica sem saber uma resposta importante.

- Eu não sei, Bianca. – Ele disse desculpando-se. – Quando entrei, eu fui encaminhado para um lugar muito estranho e monstruoso. Chamavam aquilo de Base Central. De  lá, eu não sabia onde mais estava. Fui conduzido por um cara, que é intitulado o líder daqui. – Ele ficou confuso. – Além do mais, eu ainda não sei o que é isso aqui.

Ah, então foi isso que Ezio foi fazer hoje de manhã. Receber Jason. Deve ter sido ele que o trouxe até mim.

- Bom, - Ele continuou. – Ele me trouxe direto até a sua casa, se é que aquilo pode ser chamado de casa, porque pelo amor de Deus, e ele me disse que te encontraria ali. Fiquei mais tranqüilo e muito feliz, aliás.

Ele sorriu timidamente. Ela adorava quando ele fazia isso.

Mas o sorriso de Bianca desapareceu rapidamente. Kayla. Kayla. Será que Jason ainda será capaz de me amar quando soubesse que ela morreu por minha culpa?

- O que foi, Bia? – Ele acariciou seus cabelos. – Aconteceu alguma coisa, não foi? Você está estranha.

Ela suspirou. Teria de enfrentá-lo mais cedo ou mais tarde.

- Jason, - Ela começou. – Preciso te contar uma coisa. Na verdade, tudo isso aqui, tem a ver comigo. Com minha família, com minha linhagem.

Ele ergueu levemente as sombrancelhas, mas não disse nada. Balançando a mão, fez um sinal para que ela prosseguisse.

- Você deve estar se perguntando aonde é que nós estamos. – Ela fez um sinal ao redor. – Estamos na sede americana da Ordem dos Assassinos, situada no subterrâneo de Las Vegas.

- Ordem do que? – Ele franziu as sombrancelhas.

- Espera. Deixa-me terminar. Olhe, eu sei que é muito confuso, mas está mais do que na hora de eu te contar a verdade, Jason. – Ela abaixou a cabeça, não conseguindo fitar o menino nos olhos.

Jason não disse nada. Apenas continuou com as sombrancelhas erguidas e fitando Bianca atentamente.

- Meu sobrenome, Auditore, é de muitos séculos atrás. E, mesmo os descendentes dos descendentes dos Auditore ainda seguem esse mesmo caminho. Temos muitos descendentes em toda a Europa, e agora atualmente, em todo o mundo.

- Tudo começou como quando o homem contém rivalidades. Todos têm rivalidades, certo? Enfim, existe uma rivalidade a qual a minha família faz parte. Somos contra os Templários, ou melhor – Bianca se corrigiu, balançando a cabeça. – Minha família e meus descendentes são contra. E, óbvio, as outras pessoas também. Tem famílias dentro dessa Ordem tão grandes quanto a minha e que possuem inúmeros descendentes como a minha.

- E tudo isso serve a uma única causa: A Ordem dos Assassinos, iniciada há muitos séculos atrás, na Europa. Pela história que eu sei, Altair foi um dos primeiros Assassinos, mas antes dele devem ter surgido muito mais. Mas, ele foi um Assassino de grande importância. Assim como Ezio Auditore, meu descendente. Eu, descendo por parte da irmã de Ezio, mas por um motivo ao qual não sei, seus filhos levaram o sobrenome Auditore.

- Ezio foi um dos Assassinos renascentistas mais importantes do mundo todo. E, - Ela sorriu para Jason – Ele é o líder dos Assassinos desde o final de 1400.

- Espere um minuto, Bianca. Foi quer dizer, era não é?

Bianca riu. Ela sabia exatamente o que Jason estava pensando. Não era possível, mas ainda assim era possível.

- Não, Jason. Ele ainda é. E, aparentemente, é o cara que você conheceu agora a pouco. Ezio Auditore.

- Como é que é? – Jason ofegou. – Bianca, o que você está me dizendo é um absurdo. O cara parece ter uns dezoito anos. Como ele pode ter mais de quinhentos anos?

- Tenha paciência, vaqueiro. – Ela riu. – Eu irei chegar lá.

               E assim, Bianca contou o que realmente eram os Assassinos. Era uma organização formada há muitos séculos, ao qual serviam um lado apenas: A Justiça.

               Os inimigos declarados dos Assassinos, eram os Templários, o qual ela explicou que eles também eram uma organização tão grande quanto aos Assassinos, e que aquele homem com quem tinham lutado, Henrique de’Pazzi, era o líder da sede nos Estados Unidos.

               - Como Ezio? – Jason perguntou curioso e encantado.

               - Bem, sim e não. – Ela explicou. – Ezio é o Líder dos Assassinos mesmo. De todo o mundo. A sede costumava ser em Monteriggioni e depois em Roma. Mas, por um motivo de privilégio, a sede passou aos EUA.

               - Então, se Henrique de’Pazzi era o líder da sede dos Templários na América, onde fica a sede e quem comanda?

               - Pelo que eu sei, Jason, fica na Itália. Agora, quem comanda, não sei.

               - Nossa – Ele a fitou impressionado. – O que esses Assassinos fazem é muito maior do que política ou ciência. É como uma nova era.

               - Sim, é assim mesmo. – Ela sorriu. – Lutamos contra Injustiças e corrupções. Basicamente há dois primeiros motivos no mundo todo. O lado dos Assassinos e o lado dos Templários. Por muito tempo, esse lado corrupto e injusto dos Cavaleiros tentaram conquistar muitos países do mundo. E a Itália e a Inglaterra era a maior potência.

- Mas a Inglaterra só irá pender ao lado dos Templários na época da Independência dos Estados Unidos, no qual um Assassino igualmente famoso, Connor, conseguiu recuperar um pouco do controle dos EUA para os Assassinos e ajudar na guerra de Independência. E, a partir daí, a sede dos Assassinos passou para cá.

- Os EUA é o país que mais apóia a organização. Temos o apoio do presidente, dos governadores e até mesmo da polícia federal e estadual. Muitos Assassinos estão ingressados na FBI, na CIA e até mesmo na Casa Branca. A união faz a força, não é mesmo?

- Mas, como os Templários seguem tudo o que fazemos, também há muitos deles por aqui. Mas, eles tem uma base em Las Vegas, a Fortaleza 43. Ou melhor, por enquanto, tinham uma base.

Ela repetiu um sorriso que ela nunca repetira fazia algum tempo. O mesmo sorriso de confiança que ela dera ao invadir a Fortaleza 43 e lutar contra um batalhão de guardas.

Jason a olhou curioso, como se ele estivesse avaliando a coisa mais extraordinária de sua vida.

- E você serve a essa causa, não é mesmo? Você é uma Assassina?

Bianca abaixou os olhos. O sorriso sumira de seu rosto e no lugar surgiu uma careta de preocupação e medo. Mas ela as escondeu rapidamente.

- Bem, eu faço e não faço. Só entrei nisso para poder vingar a morte de minha mãe, que lutou até a morte para me proteger dessa verdade. Meu pai era um Assassino, sabe? – Ela o olhou nos olhos. – Mas isso não quer dizer que eu seja ou que eu tenha que ser.

- Quero ser uma adolescente normal, Jason. Quero viver a minha vida, crescer e ser feliz. Não quero ter preocupações, nem remorsos e nem responsabilidades como essa. Quero ser apenas a Bianca Auditore de sempre.

Jason a abraçou forte. Enterrando o rosto em seus cabelos, ele a apertou contra o peito e sussurrou em seu ouvido.

- Não me importa se você é uma Assassina ou uma pessoa normal. Não me importa se você é uma pessoa boa ou má. Eu te amo do jeito que você é, com ou sem defeitos, normal ou diferente.

Ela o abraçou com força. Sabia que Jason, no final das contas, era bem mais que seu melhor amigo. E, por isso, ela sofria bem mais. Já perdera Kayla, não sabia como Kevin estava, sua mãe morrera e seu pai quase fora morto pela mesma pessoa que causou isso tudo: Henrique de’Pazzi.

Ela sentia um ódio tão grande pelo Templário morto, que dava vontade de fazê-lo ressuscitar e matá-lo de novo.

De repente, ela voltou a realidade. Jason estava empolgado com tudo isso, mas ele não sabia o risco que corria apenas por falar com ela. Kayla morrera nas mãos imundas dos Templários e Jason poderia morrer também.

Ela não queria correr esse risco. Não com ele.

Mas ela sabia o que tinha que fazer nesse momento. Jason precisava saber o resto da verdade.

- Jason, tem mais uma coisa. – Ela contou com os olhos marejados. – Uma coisa que você precisa saber.

Jason a fitou com seriedade. Ele estava preparado.

- Você se lembra de quando vocês foram atacados em Summerlin? – Ela olhou para o chão imaculado. Não tinha coragem de encará-lo nos olhos.

- Sim. – Ele respondeu cautelosamente. – Você nos salvou. Eu nunca conseguirei agradecer pelo o que você fez a mim, a Kayla e Kevin. Tenho certeza que eles também são gratos.

Bianca engoliu um soluço.

- Não, Jason. Se não fosse por mim, vocês não precisariam ter passado por isso e...

Ele não a deixou terminar a frase. Segurou a menina pelos ombros e a fitou com seus grandes olhos azuis metálicos.

- Bianca Auditore, quantas vezes eu terei de dizer que a porra da culpa não é sua? – Ele quase gritou praticamente. – Eu já disse que se não fosse por você, não estaríamos vivos. Não estaríamos juntos! Agora eu entendo isso tudo. Você cumpriu uma missão, e daí? Sua família depende disso mesmo, vocês lutam por uma causa. É seu dever, Bia.

- Você não entende...

- Ah, nem começa, vai. Você mesma me falou que os Assassinos são inimigos dos Templários. Então, óbvio que eles perseguiriam você de todas as formas, pois agora você também é uma peça no tabuleiro. Querendo ou não, você faz parte dessa causa.

- Mas, Jason...

- Bianca, para. – Ele ergueu os braços para o céu, exasperado. – Não me importo de ter sido seqüestrado ou levado para este lugar. Está certo que também sinto falta de meus pais, da minha vida, mas sei que estou bem. E, eles provavelmente, devem saber também.

- Está vendo? – Ela explodiu. – Agora, você também está afastado de sua família. O que você acha que eles estão pensando? Não é tão simples assim, Jason. Você sabe. A sua vida está em risco, você é procurado só por falar comigo.

- Por minha causa, sim! – Ela gritou. – Minha mãe morreu para me salvar, meu pai foi seqüestrado e agora, mesmo depois de salvá-lo, eu nem sei onde ele está. E, vocês foram colocados nesse jogo desgraçado para me atrair. E OLHA SÓ NO QUE DEU! – Ela berrou, rompendo-se em lágrimas.

- Estamos bem! – Ele respondeu no mesmo tom, seus olhos explodindo de raiva.

- Mentira! Nem todos estão bem, Jason Hank. Você não sabe de tudo o que aconteceu em Summerlin. Você e Kevin ficaram menos feridos, mas não Kayla. Ela que pagou o preço maior. Ela pagou o preço por eu ter nascido. Por eu existir. Kayla...

- Vai ficar bem! – Ele segurou ela pelos ombros. – Eu sei que ela está ferida, mas vai ficar bem!

Ela o empurrou longe. Estava tremendo de ódio.

- Vai ficar bem é o caralho! – Ela urrou. – Ela morreu, Jason. Kayla está morta!

Bianca caiu de joelhos no chão. Tremendo e soluçando, se amaldiçoava. Se ela não fosse uma peça tão importante, ninguém correria risco. Ela não agüentava mais.

Ela olhou para suas mãos, amaldiçoando-as. Pegou em seus cabelos, olhando-os com aversão. Não merecia tê-los. Kayla perdera os cabelos. Bianca tinha que perder também.

Jason caiu de joelhos na frente da menina. Seu rosto estava devastado, pois ele amava Kayla tanto quanto Bianca amava. E, como ela, estava pensando em Kevin também.

- Por quê?... – Ele sussurrou. Depois, abaixou a cabeça e chorou lentamente.

Bianca nunca tinha visto Jason tão frágil. Ele sempre fora um menino forte, capaz de se cuidar sozinho, frio e calculista quando necessário.

Ela queria reconfortá-lo, mas Jason não merecia consolo de uma menina tão imprestável e suja como ela.

Depois de terem se passado alguns minutos, ela sentiu mãos fortes em seu rosto.

Jason a beijou delicadamente nos lábios, e a puxou para si.

- Entenda, meu amor. – Ele sussurrava. – Não é sua culpa. Você fez tudo o que podia. A culpa é deles. Dos Templários. Não se compare a eles, você não é assim. Você tentou, mas somos humanos, Bianca. Cometemos erros e imprevistos, e você não fez nada de errado. Só estava tentando nos proteger, não poderia imaginar que ele daria um golpe tão baixo assim. Não se culpe. Eu não quero e Kayla também não iria querer.

Ela tremia, mas não disse nada. Jason poderia ser suspeito, mas ela sabia que no fundo tinha um pouco de lógica.

- Olhe aqui – Ele a fitou nos olhos. – Você é a pessoa em quem eu confiaria minha vida. A minha alma. Eu amo você mais do que qualquer coisa no mundo, e em minha opinião, você é mais do que uma amiga ou uma irmã para mim.

- Eu te amo, Bianca. E quero ser mais do que seu amigo.

Ela enxugou os olhos rapidamente, e sorriu levemente para ele.

- Você é. Você já é bem mais que meu amigo, Jason Hank. E eu te amo mais do que a minha própria vida.

Ele riu relaxadamente. Depois, enxugando as próprias lágrimas, pegou ela nos braços e a girou. E, dando um longo beijo em seus lábios, ele sussurrou em seu ouvido:

- Cara, eu nunca pensei que eu iria sossegar de vez. Já faz tempo que eu estou atrás de você, hein?

Ela gargalhou.

- Ah, e eu não estou?

Ele deu um sorriso relaxado e luminoso. Depois, segurou na mão de Bianca.

- Acho melhor irmos encontrar seu pai. Está na hora de você apresentar seu novo namorado a ele. 


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Notas finais do capítulo

Então, foi isso pessoal! Espero que tenham gostado, deixem review para uma Assassina carente, por favor! kkkkkkk, até o prox cap pessoas, se cuidem s2



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